sábado, 23 de janeiro de 2016

Não permitiremos que direita e capachos do imperialismo voltem à América Latina, diz Evo a movimentos sociais

                                          
                                                            Freddy Zarco/ABI
Centenas de ativistas de Bolívia, Argentina, Venezuela, Chile, entre outros países, estão reunidos em La Paz 

Vanessa Martina Silva | São Paulo 

‘Não podemos abandonar governos progressistas, muito menos o presidente Maduro. Temos obrigação de defender líderes antiimperialistas’, acrescentou o presidente da Bolívia.
      
“Aos movimentos sociais de Argentina, Venezuela, Brasil: não podemos permitir que a direita e os capachos do imperialismo voltem a governar na América Latina. Se somos movimentos sociais, temos a obrigação de combater com mais informação e unidade”, disse o presidente boliviano, Evo Morales, em discurso na cúpula internacional, realizada em La Paz neste sábado (23/01), em comemoração aos 10 anos de seu governo no país.

Durante o encontro de movimentos sociais, Evo ressaltou: “temos a tarefa de defender tanto a Revolução Bolivariana da Venezuela e a Revolução Cidadã do Equador, como as transformações sociais realizadas por Lula e Dilma no Brasil e por Néstor e Cristina Kirchner na Argentina”.

Ele lembrou ainda que, quando chegou ao governo recebeu grande apoio dos ex-presidentes Néstor Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil): “Não podemos esquecer que nos ajudaram quando precisávamos” e fez um chamado de especial atenção com relação à Venezuela: “Não podemos abandonar esses governos, muito menos o presidente [Nicolás] Maduro. Temos a obrigação de defender nossos líderes antiimperialistas que hoje estão presidentes”.

Evo ressaltou ainda que, apesar de muitos acharem que na Bolívia o império foi derrotado, eu digo que “enquanto existir imperialismo e capitalismo, a luta seguirá. Nossa obrigação é sermos propositivos. Rechaçarmos a propormos algo diferente”.  


O mandatário indígena lembrou a importância simbólica de ter chegado ao poder: “Após tantos séculos de luta eu me lembro que diziam que tínhamos que passar da resistência à tomada do poder, que nos governássemos a nós. Quero dizer ao movimento indígena que na Bolívia cumprimos esse mandato, após 500 anos da invasão europeia. Nas distintas épocas de dominação colonial o que fizeram? Sempre tentaram nos dividir para nos dominar, roubar ou saquear economicamente”.

E concluiu: “Com luta, unidade e debate, chegamos onde estamos, com o apoio do povo boliviano. Eu estou orgulhoso dos movimentos sociais bolivianos que garantiram a estabilidade política e econômica do país ao me eleger presidente”.

(Com Opera Mundi)

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