sábado, 28 de setembro de 2019

domingo, 22 de setembro de 2019

O que Marx entendia sobre a escravidão


                                                                             
Escultura do artista plástico Sergio Romagnolo, utilizada na capa do livro Marx nas margens: nacionalismo, etnias e sociedades não ocidentais(Boitempo, 2019), de Kevin B. Anderson.



Marx, como gerações de socialistas, viu o caráter particularmente capitalista da escravidão no Novo Mundo – e o elo inextrincável entre a emancipação dos escravizados e a libertação de toda a classe trabalhadora


Kevin B. Anderson (*)

Este ano marca o 400º aniversário da chegada dos primeiros africanos escravizados à Virgínia. Embora esse evento funesto esteja sendo atualmente discutido de maneiras profundas e penetrantes, poucos na grande mídia estão dando atenção para o caráter particularmente capitalista da forma moderna de escravidão do Novo Mundo – um tema que atravessa a crítica a O Capital de Marx e suas extensas discussões sobre capitalismo e escravidão.


Marx não via a escravização em larga escala dos africanos pelos europeus, iniciada no começo do século XVI no Caribe, como uma repetição da escravidão Romana ou Árabe, mas como algo novo. Ela combinava formas antigas de brutalidade com a forma genuinamente moderna de produção de valor. 

A escravidão, escreveu ele em um rascunho de O Capital, atinge “sua forma mais odiosa . . . em uma situação de produção capitalista”, na qual “o valor de troca se torna o elemento determinante da produção”. Isso leva à extensão da jornada de trabalho além de qualquer limite, fazendo pessoas escravizadas literalmente trabalharem até a morte.

Seja na América do Sul, no Caribe ou nas plantations do sul dos Estados Unidos, a escravidão não era um elemento periférico, mas central do capitalismo. Como o jovem Marx teorizou essa relação em 1846 em A miséria da filosofia, dois anos antes do Manifesto Comunista:

“A escravidão direta é o eixo da indústria burguesa, assim como as máquinas, o crédito etc. Sem escravidão, não teríamos o algodão; sem o algodão, não teríamos a indústria moderna. A escravidão deu valor às colônias, as colônias criaram o comércio universal, o comércio universal é a condição da grande indústria. Assim, a escravidão é uma categoria econômica da mais alta importância.”

Tais conexões entre capitalismo e escravidão estão por toda parte nos escritos de Marx. Mas ele também abordou como várias formas de resistência à escravidão poderiam contribuir para a resistência anticapitalista. Esse foi especialmente o caso antes e durante a Guerra Civil estadunidense, quando ele apoiou fervorosamente a causa antiescravista.

Uma forma de resistência abordada por Marx foi a dos afro-americanos escravizados. Por exemplo, ele levou muito a sério o histórico ataque de 1859 a um arsenal em Harpers Ferry, Virgínia, realizado por militantes antiescravistas, tanto negros quanto brancos, sob o comando do abolicionista radical John Brown. 

Ainda que o ataque tenha falhado em desencadear a insurreição de escravos que os militantes esperavam, Marx concordou com os abolicionistas de que esse foi um evento importante, depois do qual a situação não seria mais a mesma. Mas ele acrescentou uma comparação internacional com os camponeses russos e a ênfase na ação autônoma dos afro-americanos escravizados em seu potencial contínuo de insurreição em massa:

“A meu ver, a coisa mais importante que está acontecendo no mundo hoje é, de um lado, o movimento entre os escravos na América, iniciado pela morte de Brown, e o movimento entre os escravos na Rússia, de outro . . . Acabei de ver no Tribune que houve uma nova revolta de escravos no Missouri, naturalmente reprimida. Mas o sinal já foi dado.”

Nesse momento, Marx parecia perceber uma insurreição em massa dos escravos como a chave para a abolição, e talvez algo mais no que tange ao desafio da própria ordem capitalista. Logo depois, quando o Sul declarou sua secessão e a Guerra Civil eclodiu, ele declarou seu apoio à causa do Norte, não obstante os ataques abrasadores a Lincoln por sua hesitação inicial em defender, sem mencionar levar a cabo, a abolição da escravidão e o alistamento de tropas negras.

Durante a guerra surgiu uma segunda forma de resistência ao capitalismo e à escravidão, não nos Estados Unidos, mas na Inglaterra. Enquanto as classes dominantes do país ridicularizavam os Estados Unidos como um experimento fracassado de governo republicano e até atacavam o plebeu Lincoln por sua falta de sofisticação, as classes trabalhadoras britânicas viam as coisas de maneira diferente. 

Ainda lutando por seus direitos diante da necessidade de comprovar exorbitantes qualificações de propriedade os trabalhadores viam os Estados Unidos como a forma mais ampla de democracia que existia na época, especialmente depois que o Norte se comprometeu com a abolição.

Como Marx relatou em vários artigos, as reuniões de massas organizadas pelos trabalhadores britânicos ajudaram a bloquear as tentativas do governo de intervir a favor do Sul. Nesse exemplo magnífico do internacionalismo proletário, os trabalhadores britânicos rejeitaram as tentativas de vários políticos de fomentar a animosidade em relação ao Norte com base no fato de que os bloqueios da União haviam reduzido o fornecimento de algodão, criando assim desemprego em massa entre os trabalhadores têxteis de Lancashire. Como Marx entoou em um artigo de 1862 para o New York Tribune:

“Quando grande parte das classes trabalhadoras britânicas sofre direta e severamente com as consequências do bloqueio sulista; quando outra parte é indiretamente afetada pelos cortes com o comércio estadunidense, devido, como é dito, à egoísta “política protecionista” dos Republicanos [dos EUA] . . . em tais circunstâncias, a mais simples justiça exige que se preste homenagem à sensata atitude das classes trabalhadoras britânicas, mais ainda quando contrastada com a conduta hipócrita, intimidatória, covarde e estúpida do John Bull oficial e bem-de-vida.”

Em 1864, a Primeira Internacional era formada, com muitos dos seus primeiros militantes sendo provenientes dos quadros organizadores dessas reuniões antiescravistas. Nesse sentido, um movimento antiescravista da classe trabalhadora ajudou a formar a maior organização socialista que Marx lideraria durante sua vida.

Com o fim da guerra, uma Reconstrução Radical estava em pauta nos Estados Unidos, incluindo a perspectiva de dividir as antigas plantations escravistas para viabilizar as doações de quarenta acres e uma mula para as pessoas anteriormente escravizadas.

No prefácio de 1867 a O Capital, Marx comemorou os seguintes desenvolvimentos: “Após a abolição da escravidão, uma transformação radical nas atuais relações de capital e propriedade da terra está em pauta”. O que não ocorreu, pois a medida foi bloqueada pelas forças moderadas no Congresso estadunidense.

No rescaldo da Guerra Civil, Marx discutiu o surgimento, novamente Estados Unidos, de uma terceira forma de resistência ao capitalismo e à escravidão, bem como ao racismo. Na sua visão, séculos de trabalho negro escravo convivendo com trabalho branco formalmente livre tinham criado enormes divisões entre os trabalhadores, tanto urbanos quanto rurais.

A Guerra Civil varreu parte da base econômica dessas divisões, criando novas possibilidades. Novamente em O Capital, ele discutiu essas possibilidades com evidente apreço, quando também pôs no papel sua frase mais notável sobre a dialética entre raça e classe, aqui destacada em itálico:

“Nos Estados Unidos da América do Norte, todo movimento operário independente ficou paralisado durante o tempo em que a escravidão desfigurou uma parte da república. O trabalho de pele branca não pode se emancipar onde o trabalho de pele negra é marcado a ferro. Mas da morte da escravidão brotou imediatamente uma vida nova e rejuvenescida.

O primeiro fruto da guerra civil foi o movimento pela jornada de trabalho de 8 horas, que percorreu, com as botas de sete léguas da locomotiva, do Atlântico até o Pacífico, da Nova Inglaterra à Califórnia.

O Congresso Geral dos Trabalhadores, em Baltimore (agosto de 1866), declarou: ‘A primeira e maior exigência do presente para libertar o trabalho deste país da escravidão capitalista é a aprovação de uma lei que estabeleça uma jornada de trabalho normal de 8 horas em todos os Estados da União americana. Estamos decididos a empenhar todas as nossas forças até que esse glorioso resultado seja alcançado.”

De fato, os líderes sindicais de 1866 estavam dispostos a pôr o capitalismo diretamente na mira, algo que posteriormente não seria visto com muita frequência nos Estados Unidos. No entanto, o sonho de Marx de solidariedade de classe com transversalidade racial não foi alcançado naquele momento devido à relutância dos sindicatos brancos em incluir trabalhadores negros como membros. O tipo de solidariedade com transversalidade racial que Marx vislumbrava pôde ser vista em larga escala algumas vezes desde então, principalmente na sindicalização em massa na década de 1930.

Quatrocentos anos após a chegada dos africanos escravizados na Virgínia, os afro-americanos continuam a experienciar o legado da escravidão nas condições de encarceramento em massa, no racismo institucionalizado tanto das políticas habitacionais como de emprego, e na crescente desigualdade de riqueza.

Ao mesmo tempo, somos confrontados com o governo mais reacionário e anti-trabalhadores de nossa história, um governo que fomenta e se alimenta das mais odiosas formas de racismo e misoginia para obter apoio entre setores da classe média e das classes trabalhadoras.

Sob esse prisma, a declaração de Marx, “o trabalho de pele branca não pode se emancipar onde o trabalho de pele negra é marcado a ferro”, continua sendo um lema tão relevante quanto era há 150 anos.
Publicado originalmente na revista Jacobin, por ocasião dos 400 anos da chegada de escravizados aos EUA. A tradução para o português é de Allan M. Hilani e Pedro Davoglio, para a Jacobin Brasil.



(*) Kevin B. Anderson é professor de sociologia e ciência política na Universidade da Califórnia-Santa Bárbara. Ele é autor de Marx nas margens: nacionalismo, etnias e sociedades não ocidentais (Boitempo, 2019), Lenin, Hegel, and Western Marxism, (sem tradução) e, com Janet Afary, de Foucault e a revolução iraniana: as relações de gênero e as seduções do islamismo (É Realizações, 2011). Também editou livros sobre Raia Dunaiévskaia e Rosa Luxemburgo, e um volume sobre os cadernos etnológicos de Marx, ainda no prelo.

(Com Boitempo/Prestes a Ressurgir)

Chega de Trump

Alex Falcó Chang/Rebelión

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Paulo Guedes põe o Brasil à venda

                                                                          
                     

           É preciso resistir nas ruas para 
               deter a destruição do País

Edmilson Costa (*)

O ministro Paulo Guedes resolveu tirar a máscara e revelar os verdadeiros objetivos de sua política econômica de terra arrasada. Em longa entrevista ao jornal Valor Econômico, órgão destinado aos grandes empresários, ele revelou seu plano estratégico para servir aos interesses do imperialismo, dos banqueiros e rentistas, do grande capital e do agronegócio. 

Sem meias palavras e um pouco também sem cerimônia, Guedes afirmou que seu objetivo é realizar uma privatização acelerada de todas as empresas públicas (“todas de uma só vez”, disse), desvincular todo o orçamento do governo federal, dos Estados e Municípios, desindexar a economia e avançar contra salários, direitos e garantias, assim como contra a estabilidade dos funcionários públicos. Ou seja, um desmonte completo do Estado, com a destruição dos direitos e a entrega do patrimônio público do País ao capital privado nacional e internacional.

Guedes quer ainda congelar o salário mínimo, rebaixar os salários, privatizar o ensino público e, especialmente, as universidades públicas e a ciência, quebrar o pacto federativo, reduzir os impostos para os ricos e, pasmem, realizar um arrocho fiscal que significará cortes drásticos em 24 das 31 áreas do governo. 

É uma política de destruição e desmonte do Estado para engordar os bolsos dos banqueiros e rentistas com os pagamentos de juros da dívida interna. Ironicamente, ele chama esse plano de “Caminho da Prosperidade”. Em outras palavras, isso significa que Paulo Guedes vai vender a preço de banana todas as empresas públicas brasileiras, como já fez com a Embraer, entregar para as multinacionais as riquezas do pré-sal descobertas pela Petrobras, além dos recursos minerais e da biodiversidade. 

Num gesto que mistura sinceridade e cinismo, ele garante que vai desinvestir e desmobilizar os ativos públicos e, para tanto, deverá colocar o BNDES como financiador do processo de privatização. É como se você vendesse a sua casa para um estranho e ainda concedesse um financiamento generoso para quem vai adquirir o seu imóvel.

Sob o argumento de que o orçamento público está vinculado ou carimbado, como costuma dizer, ele afirma que vai desvincular das garantias constitucionais todo o orçamento público. Como nós sabemos, os constituintes de 1988, para garantir as verbas para educação e saúde e outros itens da pauta social, definiram que tanto o governo federal, quanto os governos estaduais e municipais deveriam obrigatoriamente investir um percentual do orçamento em saúde e educação e áreas sociais. 

Na educação, o percentual é de 18% para o governo federal, 25% para os governos estaduais e 25% para os municipais. Na área da saúde o percentual é de 13,2% do orçamento federal, 12% do estadual e 15% do municipal. Mas Guedes quer acabar com a obrigatoriedade e deixar tudo por conta dos políticos locais, que deverão aplicar os recursos de acordo com suas conveniências.

A educação pública ficará sem recursos para atender as demandas dos estudantes e será completamente destroçada. Aí então aparecerão os conhecidos abutres financeiros, que irão justificar a privatização do ensino público porque a educação está sucateada. A

A saúde também sem verbas ampliará o caos no atendimento público e, mais uma vez, os abutres financeiros aparecerão para reivindicar a privatização da saúde e o fim do SUS (Sistema Único de Saúde). As pessoas morrerão na porta dos hospitais porque não terão dinheiro para pagar os tubarões da mercantilização da saúde. É a volta da política típica do período da República Velha, quando os coronéis dos Estados e Municípios definiam as prioridades de acordo com seu curral eleitoral.

Quem pensou que o saco de maldades do governo estaria satisfeito com a reforma da previdência, deve estar profundamente decepcionado. Agora, Guedes se prepara para um desmonte completo do Estado mediante a retirada de direitos dos funcionários públicos. 

                                                                 

Partidário radical do Estado mínimo, Guedes disse que vai redesenhar a estrutura do governo central, que está com excesso de funcionários públicos. Por isso ele vai reduzir de maneira drástica o número de funcionários públicos, acabar com a estabilidade desses trabalhadores, reduzir os salários e transformar função pública num entreposto a serviço dos governantes de plantão. Ou seja, quando as pessoas não tiverem mais atendimento nos hospitais, nem funcionários e professores na rede pública não se esqueçam: foi o Guedes que mandou reduzir a prestação dos serviços públicos.

Em sua sanha entreguista, Guedes vai colocar todo o dinheiro arrecadado com a venda das estatais e com a economia de recursos em função da política de austeridade para pagar os juros e amortizações da dívida interna em favor dos rentistas, afinal, o objetivo central do governo é beneficiar o grande capital. 

Vale lembrar que os donos dos títulos da dívida pública ganharam rios de dinheiro com a política de juros escorchantes que vigorou durante a maior parte dos últimos 30 anos de práticas neoliberais no Brasil. Como os juros eram mais elevados que o crescimento dos recursos fiscais, a dívida foi crescendo como uma bola de neve. Transformou-se numa dívida puramente financeira: não serviu para construir um hospital, nem uma escola ou uma estrada. Apenas se transformou num instrumento confortável para os rentistas em geral acumularem rios de dinheiro à custa dos cofres públicos.

Guedes também quer mexer nos programas sociais, como o Bolsa Família, cobrar mais impostos da população pobre e reduzir os impostos dos ricos. Nem as camadas médias, que tanto apoiaram Bolsonaro nas últimas eleições, ficarão de fora do austericídio que Guedes quer impor na economia. 

Ele disse que vai acabar com as deduções da saúde e educação no imposto de renda e estimular a pejotização, isto é, a contratação de trabalhadores sem os direitos e garantias previstos na Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, e ainda diminuir os impostos cobrados das empresas. Ou seja, é a barbárie institucionalizada com nome e sobrenome.

Como até agora os projetos de Guedes não tiveram em contrapartida uma resposta à altura dos trabalhadores, ele se torna mais ousado nessa ofensiva. Sua última proposição é retirar da Constituição os reajustes do salário mínimo. Pela proposta da equipe econômica, a ideia é congelar os reajustes do salário mínimo por alguns anos até que as contas públicas fiquem equilibradas. 

Não se pode esquecer que o congelamento dos reajustes do salário mínimo ou reajuste abaixo da inflação foi uma prática permanente no período da ditadura. Essa proposta de Guedes prevê uma economia de R$ 37 bilhões por ano com essa medida. Vale lembrar ainda que até 2016 a lei previa que o salário mínimo seria reajustado pela inflação, mais o percentual de aumento do Produto Interno Bruto de dois anos anteriores. 

Esta medida resultou em aumentos reais do salário mínimo ao longo de mais de uma década, o que trouxe como consequência a melhoria de condições de vida de uma parcela expressiva dos trabalhadores que recebem salário ou benefícios nessa faixa de renda. Com o golpe, essa política foi revogada.
                                                                        
Ainda na ofensiva para privilegiar o grande capital, Paulo Guedes quer desonerar de qualquer forma a folha de pagamento e outros tributos dos empresários, ou seja, quer reduzir o conjunto dos impostos que os empresários pagam ao Tesouro. O argumento, mais uma vez, é cínico: as desonerações serão feitas para aumentar o emprego. É sempre a mesma mentira: recentemente se prometeu a criação de 5 milhões de empregos se a reforma trabalhista fosse aprovada. 

Tal presente a ser dado aos empresários, que somará a quantia de R$ 326 bilhões, representa recursos bem maiores que os orçamentos da educação e do meio ambiente, por exemplo. E, para completar o desmonte do Estado, a proposta orçamentária para 2020 prevê corte em 24 das 31 áreas do governo: os investimentos públicos, que já eram baixos, deverão cair de R$ 89,1 bilhões para R$ 19 bilhões. É a politica de terra arrasada para destruir direitos, salários e entregar o País ao grande capital.

Acontece que esse tipo de política fracassou em todos as nações do mundo onde foi aplicada, deixando suas economias quebradas e destroçadas. O exemplo mais recente é o da Argentina, que vive atualmente o caos econômico em função das práticas neoliberais. Mesmo assim, Guedes teima em implantar no Brasil iniciativas que a vida já se encarregou de desmoralizar em todos os países do mundo. 

Acadêmico medíocre e condutor incompetente da pasta da Economia, Paulo Guedes quer implementar a mesma política da ditadura chilena, a quem serviu, num gesto patológico e vingativo, pois até hoje não se conforma de não ter sido aceito pela academia (mesmo composta em sua maioria por economistas neoclássicos), em função de suas ideias rasteiras e pouco fundamentadas. Por isso, seu apelido entre os economistas era Beato Salu, personagem louco e folclórico de uma novela da rede Globo.

Portanto, é hora de organizar a resistência e a contraofensiva para combater as ações desse ministro ensandecido. Se essa política se consolidar, aumentará ainda mais as desigualdades sociais e a miséria da população brasileira. Ou seja, a catástrofe nos ameaça e só a luta nas ruas, nos locais de trabalho e moradia, as grandes mobilizações de massas serão capazes de derrotar esse governo e reconstruir o País na direção do poder popular.

(*) Edmilson Costa é Secretário Geral do PCB
(Esta coluna está agora em novo endereço: Av. Amazonas,491, sala 619 - Velha Guarda do PCB.BH)

Bloqueio contra Cuba só tende a aumentar com Trump

Alex Falcó  Chang/Juventud Rebelde
(Novo endereço desta coluna: Av. Aamazonas, 491, sala 619- Velha Guarda do PCB- BH)

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Trabalhadores do ensino se mobilizam


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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Che Guevara: revolução sem fronteiras

                                                  

"Estaria disposto a entregar minha vida pela libertação de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada a ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém"

Haroldo Ceravolo Sereza e Fernando Carvall

Conta o anedotário da Revolução Cubana que Fidel Castro, durante uma reunião em que buscava um presidente para o Banco Central do país após a queda da ditadura de Fulgêncio Batista, entrou na sala e perguntou se havia um economista na sala. O médico argentino Ernesto Che Guevara (1928-1968), que foi um dos líderes da guerrilha na Sierra Maestra, ergueu a mão e terminou por assumir o posto – as primeiras notas do peso cubano pós-revolução foram assinadas por Che. Tempos depois, Fidel disse a Che que não sabia que ele era economista e que ficara surpreendido com a informação. Che, então, percebeu que entendera errado: Fidel procurava um economista, não um comunista...

A coragem de Che Guevara, que se expressa nas lutas guerrilheiras e na disposição para assumir as mais diferentes tarefas revolucionárias, fez dele um ícone mundial da luta por um mundo melhor. Nascido numa família de classe média argentina, asmático, goleiro e leitor de poesia, embrenhou-se pela América Latina, montado numa motocicleta, no início dos anos 1950, nos intervalos do curso de medicina.

Na segunda viagem, em 1954, estava na Guatemala quando o presidente Jácobo Arbenz resistiu o quanto pode às tentativas de desestabilização promovidas pelos Estados Unidos e pela companhia bananeira United Fruit. Neste país, conheceu sua primeira companheira, a peruana Hilda Gadea (1925-1974), aproximou-se do comunismo e construiu os laços que o levariam a se tornar uma lenda da revolução cubana.

Com Ernesto Che Guevara, o baralho Super-Revolucionários, que Opera Mundi e o site Nocaute publicam, ganha mais uma grande figura, talvez a mais conhecida imagem da rebeldia socialista, imortalizada na foto de Alberto Korda. 

Concebido por Haroldo Ceravolo Sereza, autor dos textos, e com desenhos do artista Fernando Carvall, essas cartas, numa análise séria, mas sem perder o humor jamais, atribuímos "notas" à atuação desses grandes nomes da revolução.

A ideia é, depois de alcançarmos um número suficiente de cartas, montar um jogo inspirado no conhecido Super Trunfo e publicar um livro com os cards e informações sobre esses super-revolucionários.

Já foram publicadas cartas de Antonio Gramsci, Fidel Castro, Luiz Carlos Prestes, Frida Kahlo, Alexandra Kollontai, Bela Kun, Nelson Mandela, Mao Zedong, Simone de Beauvoir, Ho Chi Minh, Leon Trotsky, Olga Benario, Karl Marx, Salvador Allende, Tina Modotti, Carlos Marighella, Rosa Luxemburgo e Franz Fanon.

As notas são provisórias e estão sujeitas a modificação.



REBELDIA 10

Ernesto Guevara de la Serna (nome de batismo de Che) foi, desde muito jovem, um rebelde. Nascido na classe média alta no interior argentino, leitor de poetas e filósofos, não deixou que o curso de medicina o afastasse das questões humanas. Assim conheceu a obra de Karl Marx.

DISCIPLINA 7

Che Guevara esteve entre os 82 guerrilheiros que desembarcaram na embarcação Granma e iniciaram a luta contra as tropas de Fulgêncio Batista. Vitoriosa a revolução, organizou os tribunais que condenaram à morte cerca de 550 integrantes da violenta ditadura de Batista, submissa aos interesses dos Estados Unidos.

TEORIA 8

Che Guevara foi, sobretudo, um pensador das experiências guerrilheiras em Cuba e das tentativas – em geral mal-sucedidas, registre-se – de reprodução dessas experiências em outros países da América Latina e da África. O foquismo (tentativa de implantar focos guerrilheiros que se convertem-se, idealmente, em “novos Vietnãs”), deve muito a suas elaborações e seu exemplo.

POLÍTICA 7

Inicialmente um apoiador do peronismo de esquerda da Argentina, Che tornou-se um revolucionário e um "exportador da revolução". Foi, no entanto, mas combatente que um nome da reconstrução de Cuba após o fim dos combates.

COMBATIVIDADE 10

Se soube ser também um "burocrata", ao comandar o Banco Nacional (banco central) e ocupar o posto de ministro da Indústria, foi na linha de frente que Che tornou-se uma figura emblemática. O sucesso da Sierra Maestra, no entanto, não se repetiria no Congo em 1965 e na Bolívia, em 1967, onde foi capturado, em 8 de outubro, e assassinado no dia seguinte.

INFLUÊNCIA 9

Em 1965, como forma de proteger Cuba de eventuais retaliações, Che renuncia a todos os cargos no país e escreve a famosa carta a Fidel Castro em que anuncia sua partida para "novos campos de batalha". Nesta carta, aparece a frase "hasta la victoria siempre" (até a vitória, sempre), amplamente difundida. Esse espírito revolucionário e sua coragem inspiraram jovens de todo o mundo, inclusive no Brasil: um dos grupos que foi à luta armada contra o regime militar, a Dissidência Comunista da Guanabara, adotou o nome MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) em homenagem a Che.


(Com Opera Mundi)

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“Temos que conter esta marcha sinistra”

                                                              
“A ameaça que paira sobre o Brasil é aguda. Mas não é assim apenas pelo ataque das forças antidemocráticas. A ameaça é facilitada e engrandecida pela falta de resposta dos democratas ao ataque. O país está inerte, como se tomado pelo pasmo ou pelo receio.”

O alerta acima foi feito pelo jornalista Jânio de Freitas em carta encaminhada ao ato “Ditadura Nunca Mais”, que na terça-feira (03/09) reuniu mais de 500 participantes na Associação Brasileira de Imprensa – ABI, em um movimento que tem por objetivo preservar o Estado Democrático de Direito e se opor aos retrocessos que estão sendo impostos à sociedade pelos atuais governantes.

Freitas foi escolhido por unanimidade pelos organizadores do ato como o representante dos jornalistas na mesa do ato Ditadura Nunca Mais!, por simbolizar, independentemente da figura do presidente da ABI, Paulo Jeronimo, o Pagê, a categoria dos jornalistas.

Colunista da Folha de S. Paulo há mais de 30 anos informa, ele reflete e se posiciona sobre o momento político do País, de forma lúcida e independente.

Natural de Niterói, 87 anos, Jânio começou a carreira como desenhista e diagramador do Diário Carioca no início da década de 1950, foi repórter, repórter fotográfico e redator-chefe da revista Manchete, em 1959 migrou para o Jornal do Brasil, onde se tornou editor-chefe e um dos responsáveis pela reforma editorial e gráfica do JB, ao lado do artista plástico Amílcar de Castro. Depois assumiu cargos de direção no Correio da Manhã e na Última Hora

Em 2002, recebeu a Medalha Chico Mendes de Resistência, concedida pela ong Tortura Nunca Mais, a quem se destaca pela defesa dos direitos humanos e por uma sociedade justa e menos desigual.

Por estar adoentado, Jânio de Freitas não pôde estar presente à solenidade em defesa da democracia e da liberdade, nunca tão ameaçada quanto nos tempos atuais. Agradeceu o convite, lamentou a ausência imposta por seu médico, mas fez questão de escrever uma carta sobre o momento político brasileiro, que foi lida publicamente durante o evento, pelo seu amigo pessoal, o jornalista e professor, João Batista de Abreu, recém eleito para o Conselho Deliberativo da ABI que lembra: “Antes de se tornar jornalista, Jânio queria ser aviador, mas um acidente frustrou seu desejo. A vida mostrou que no jornalismo seus voos foram mais altos!.

Eis a carta:

“Prezados democratas,

Se eu pudesse estar aqui, diria que a ameaça à democracia é permanente, como a Europa em vão nos mostra outra vez. A ameaça que paira sobre o Brasil é aguda. Mas não é assim apenas pelo ataque das forças antidemocráticas. A ameaça é facilitada e engrandecida pela falta de resposta dos democratas ao ataque. O país está inerte, como se tomado pelo pasmo ou pelo receio. É triste e necessário notar que a reação à Amazônia em fogo precisou vir de fora, para estar à altura da tragédia provocada.

Se eu pudesse estar aqui, diria que é preciso e urgente nos dirigirmos às consciências embotadas, uma a uma, em toda parte, para alertá-las sobre o que se passa a cada dia. Sobre a importância destrutiva dessa marcha sinistra sobre as suas vidas, sobre o futuro em que viverão seus filhos e netos. É preciso despertar o sentimento democrático hoje refugiado na perplexidade ou no desânimo.

Se eu pudesse estar aqui, lembraria que todo avanço da civilização foi fruto de inconformismo. A liberdade, os direitos humanos, a cultura, onde existam e nas doses a que aí chegaram, foram obras, todos, dos inconformados de todos os tempos.

Se eu pudesse estar aqui, faria um pedido: sejamos inconformados. O ser humano, a justiça entre todos e o Brasil democrático precisam do nosso inconformismo.“

Jornalista Jânio Sérgio de Freitas"


(Com a Associação Brasileira de Imprensa)

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O GALO VERMELHO CONTRA RETROCESSOS NA VENEZUELA

                                                


 Diante das vacilações do governo venezuelano  PCV defende
 política revolucionária contra a crise e o imperialismo

Tribuna Popular [*]


Reunião da Comissão Política do PCV.O Partido Comunista da Venezuela (PCV) exortou o governo nacional a implementar "uma política revolucionária contra a crise capitalista e a agressão imperialista". Um aspecto central disso deve ser "o protagonismo da classe trabalhadora e do povo trabalhador da cidade e do campo na tomada de decisões, na condução política do processo bolivariano e no controle de toda a cadeia de produção, distribuição e comercialização de bens e serviços de consumo de massa pela população".

Carlos Aquino, membro do Birô Político do PCV, expressou a preocupação dos comunistas diante da grave deterioração do poder de compra do povo. "Há mais de um ano, o Executivo nacional assumiu o compromisso de que o salário mínimo e as pensões seriam equivalentes a meio petro – com um preço referencial de 60 dólares por petro, de acordo com o preço estimado de um barril de petróleo –, e essa promessa não foi cumprida; mas, mesmo que fosse cumprido, o mesmo não seria suficiente para cobrir as necessidades básicas dos trabalhadores e de sua família", disse Aquino.

Por isso, expôs o dirigente, o PCV reivindica que se cumpra o que estabelece a Constituição da República: "que os trabalhadores recebam um salário suficiente para cobrir a cesta básica e que ela seja atualizada regularmente". 

O PCV questionou a inação do governo nacional em atacar o alto custo de vida, expresso nos incessantes aumentos de preços, "deixando mãos livres para os capitalistas em detrimento da renda salarial dos trabalhadores". 

Nesse contexto, o Partido do Galo Vermelho exige do Executivo o estabelecimento de um controle real de preços, publicando o preço de venda ao público (PVP) em cada produto e facilitando os mecanismos de controle pelos trabalhadores e pelo povo.

Contra as políticas trabalhistas regressivas

O PCV insistiu em denunciar o avanço das ações antissindicais e antioperárias por parte de funcionários do Ministério do Trabalho em nível nacional. "Conclamamos o Presidente Nicolás Maduro a pôr um fim à situação que vêm sofrendo milhares de trabalhadores, especialmente frente aos funcionários públicos que agem descaradamente em favor das patronais públicas e privadas, mas sobretudo em benefício da burguesia", disse Aquino.

"Por isso", enfatizou o dirigente: "o PCV insiste na exigência de que o governo deixe sem efeito as diretrizes sobre as convenções coletivas emanadas do ministro Piñate em outubro do ano passado, que fizeram retroceder importantes direitos e conquistas dos trabalhadores. O Partido Comunista manterá e intensificará as ações de luta e protesto da classe trabalhadora na defesa de seus direitos e contra políticas trabalhistas regressivas", reafirmou.
10/Setembro/2019

[*] Jornal do Partido Comunista da Venezuela.

O original encontra-se em prensapcv.wordpress.com/...
e a tradução do PCB em pcb.org.br/...

Esta notícia encontra-se em http://resistir.info/ .

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Cinco maiores bancos do país lucram mais de R$ 50 bilhões no 1º semestre de 2019


                                                            SEEBMG
       
Os lucros dos cinco maiores bancos do Brasil, juntos, somaram R$ 50,5 bilhões, no 1º semestre de 2019, um crescimento médio de 20,7% em doze meses e rentabilidade variando entre 15,6% na CAIXA e 23,6% no Itaú. No caso do Santander, a unidade brasileira foi responsável por 29% do resultado global do banco.

Os cinco ativos somados totalizam R$ 6,7 trilhões e apresentaram alta média de 7,6% em relação a junho de 2018.

A carteira de crédito total dos cinco bancos juntos atingiu R$ 3 trilhões, com alta de 3,2% no período. Somente as carteiras do BB e da CAIXA apresentaram queda (respectivamente, -0,4% e -1,9%).

No segmento de Pessoa Física, os itens com as maiores altas são empréstimos consignados/crédito pessoal, cartão de crédito e veículos. Para Pessoa Jurídica, o segmento de micro, pequenas e médias empresas, apresentou variações mais expressivas do que o de grandes empresas. 

Com as carteiras de crédito em alta, as despesas com devedores duvidosos (PDD) tendem a crescer, todavia, apenas no Bradesco (18,3%) e no Itaú (11,5%).

Os bancos seguem ganhando com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas e, apenas no 1º semestre de 2019, já arrecadaram um total de R$ 69,9 bilhões nesse item, com alta média de 4,5%. 

A cobertura das despesas de pessoal + PLR por essa receita secundária dos bancos variou entre 112,8% na CAIXA e 198,3% no Santander – cobrindo quase duas folhas de pagamento). No Itaú, a cobertura foi de 161,0%.

Com relação aos postos de trabalho, o saldo foi negativo no Itaú, no BB e na CAIXA. Foram fechados 983, 1.507 e 2.046 postos em doze meses nos três bancos respectivamente. No caso do Itaú, o banco aponta que esse saldo negativo se deve ao fechamento de agências no período. No Santander, foram abertos 904 novos postos de trabalho, enquanto, no Bradesco, o saldo foi de 1.515 novos postos abertos para a ampliação da área de negócios.

Quanto à rede de agências, Santander abriu 40 novas agências em doze meses. No Itaú, foram fechadas 199 agências físicas no mesmo período (195 apenas no segundo trimestre) e abertas 36 agências digitais, as quais já somam 196 unidades. Bradesco e Banco do Brasil fecharam, respectivamente, 119 e 48 unidades, em um ano. O BB já conta com 162 escritórios digitais, sendo que 9 deles foram abertos de junho de 2018 a junho de 2019. Na CAIXA, foram fechadas 12 agências entre junho de 2018 e junho de 2019.

As apostas e os investimentos dos bancos seguem no sentido da priorização pelo atendimento digital. Agências digitais, agências-café, aplicativos para smartphones, inteligência artificial, entre outros, que têm espaços e serviços no mesmo ambiente do atendimento bancário trazem grandes preocupações quanto à segurança, além das condições de trabalho e da saúde dos bancários.

https://bancariosbh.org.br/cinco-maiores-bancos-do-pais-lucram-mais-de-r-50-bilhoes-no-1o-semestre-de-2019/

(Com o Sindicato dos Bancários de BH)

-Atenção para o novo endereço deste blog: Av. Amazonas, 491, sala 618, BH-

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Encontro Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores

                                                                                                                        Whatsapp

                                    UNIDADE CLASSISTA PRESENTE!

No momento em que a classe trabalhadora sofre em escala mundial os mais terríveis ataques aos seus direitos históricos, a Corrente Sindical UNIDADE CLASSISTA/PCB esteve presente no ENCONTRO INTERNACIONAL DE TRABALHADORAS E TRABALHADORES em Caracas, entre os dias 29 e 31 de agosto. Este Encontro revestiu-se de grande significado, por propor um enfrentamento organizado às políticas antissociais adotadas pelos representantes do capitalismo monopolista e ultraliberal, que vem privatizando as redes públicas de saúde, educação, entre outras, mas que também vem precarizando a contratação da força de trabalho. Só no Brasil são mais de quatro dezenas de milhões de desempregados e subempregados, em meio à miséria que avança.

A política de retrocessos, em muitos casos, utilizando-se de expedientes que beiram ao fascismo, adotada por governos em diferentes parte do mundo está a serviço das classes dominantes em seus respectivos países e procura, através da criminalização das organizações dos movimentos sindicais e populares, pavimentar o caminho para melhor explorar a força de trabalho. 

Na América, essa mesma política vem sendo implementada por governos subservientes ao imperialismo estadunidense, prestando apoio aos criminosos bloqueios impostos a Cuba e Venezuela, dois países que avançam em conquistas sociais para seus povos, além de resistirem à rapinagem imperialista que tenta se apropriar a todo custo dos recursos naturais que em especial a Venezuela dispõe.

A tentativa de golpe contra o governo constitucional de Maduro foi rechaçada pelo movimento popular. Frustrada a tentativa capitaneada por Trump e seus serviçais, o imperialismo tenta estrangular a economia da Venezuela bloqueando seus recursos financeiros depositados em bancos internacionais e impedindo a importação de produtos básicos essenciais. Por tudo isso, os delegados presentes no Encontro Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores aprovaram, por unanimidade, a declaração de apoio que abaixo damos conhecimento aos trabalhadores brasileiros e do mundo.

Somos anti-imperialistas e anticapitalistas!

Somos UNIDADE CLASSISTA-PCB!

"DECLARACIÓN FINAL DEL ENCUENTRO INTERNACIONAL DE TRABAJADORES 2.019

Los trabajadores y trabajadoras reunidos en la ciudad de Caracas, capital de la República Bolivariana de Venezuela, con motivo del “I Encuentro Internacional de Trabajadores y Trabajadoras en Solidaridad con el Gobierno y el Pueblo Venezolano”, luego de las deliberaciones efectuadas hemos llegado a las siguientes conclusiones:

El mundo de hoy está marcado por la impronta de la globalización del capital.

El carácter actual del capitalismo asume una voracidad sin precedentes que afecta a la clase trabajadora y a la humanidad en su conjunto.

El capitalismo neoliberal abarca el sistema económico-financiero mundial, persigue la búsqueda incesante de ganancias mediante la conquista de nuevos mercados, fortalece el predominio del capital financiero, intensifica el saqueo de los pueblos y la explotación del trabajo.

Hoy el imperialismo estadounidense es su cancerbero más acérrimo. Nuestra América es el principal teatro de operaciones donde desarrolla su ofensiva por mantener la hegemonía global e imponer su modelo. La restauración neoliberal en el continente conlleva a que los Estados Latinoamericanos y del Caribe sufran la amenaza del uso unilateral de la fuerza o la pérdida efectiva de su soberanía. La naturaleza de la región padece los estragos destructivos del neoliberalismo. La clase trabajadora es cada día más explotada, especialmente, las mujeres y los niños. Los migrantes son perseguidos con políticas xenofóbicas. La democracia se socava progresivamente bajo la impronta de organizaciones supranacionales que refrendan la política exterior de EE.UU.

Ante esto, la República Bolivariana de Venezuela se ha convertido en un bastión de dignidad. El país se ha trazado, desde la llegada del Comandante Hugo Chávez a la Presidencia, una política de inclusión social que puso fin al neoliberalismo. En Venezuela germina un nuevo modelo de convivencia, se libra una decidida resistencia anti-imperialista y se desarrolla un enfoque sobre los asuntos públicos distinto al dogma neoliberal. Esta lucha de perspectiva anti-sistémica se integra con la defensa de la soberanía y se expresa en una política exterior independiente de inspiración bolivariana que apuesta a un mundo multicéntrico y pluripolar.

Se trata de un proyecto liberador adaptado a los nuevos tiempos, orientado a una mayor justicia social, que ya ha demostrado que la redistribución de las riquezas y la soberanía plena en el manejo de los recursos energéticos, entre otros aspectos, permite grandes logros en la política social. Aunado a ello, se forjó una vigorosa democracia participativa y surgió el protagonismo colectivo como característica de la nueva forma de hacer política que va emergiendo en las organizaciones del Poder Popular.

A tono con el Plan de la Patria, programa de la transición venezolana al socialismo, se han creado los Consejos Productivos de Trabajadores como parte de un incipiente modelo de gestión pública concebido para contribuir con la diversificación económico-productiva del país y por ende, enfrentar los efectos perniciosos de la guerra económica desatada contra el pueblo venezolano.

Dichos Consejos se inscriben en una concepción donde se proyecta que la clase trabajadora asuma roles de dirección propios de una democracia laboral profunda y en consecuencia, asuma el importante papel que le corresponde jugar en la edificación del Socialismo Bolivariano.

En efecto, ya los trabajadores y trabajadoras con la reciente creación de una Vice-Presidencia para el área en el PSUV, vislumbran nuevos retos y se abre un abanico de posibilidades a la clase trabajadora para incidir más en la conducción del proceso de cambios existente en el país. Asimismo, cabe resaltar que en el marco del proyecto político que se desarrolla en Venezuela surge una concepción bolivariana de la Seguridad y Defensa de la Nación que tiene en la Milicia Obrera a un importante referente para asumir la resistencia integral ante el imperialismo y su modelo neoliberal.

En el proceso bolivariano se han creado condiciones, con las política públicas en general y particularmente con la “Ley del Trabajo, los Trabajadores y Trabajadoras”, que reivindican a la clase trabajadora. La revolución venezolana con sus irrebatibles aciertos y a pesar de sus errores engloba un verdadero intento de inclusión social, una aspiración igualitaria en plena gestación, una apuesta por los más necesitados, es decir, una obra emancipadora en proceso direccionada a reivindicar a todos los excluidos y explotados.

Sin dudas, la Revolución Bolivariana es atacada ferozmente por su éxito inicial en la redención de los humildes, por su dignidad irreductible, por la esperanza que significa actualmente para los pueblos del mundo y por su proyección hacia el socialismo. Esta proeza es una herejía a los ojos de los poderosos del mundo, un peligro para los planes neoliberales y un desafío a la Doctrina Monroe que desde el norte pretenden imponer en el continente.

Por estas razones, desde la Casa Blanca se articula una guerra no convencional contra Venezuela que tiene como propósito derrocar al gobierno del Presidente Constitucional de la República Nicolás Maduro como paso imprescindible para exterminar al chavismo, acabar la democracia y apoderarse de las riquezas de Venezuela.

A tono con estos planes implementan un conjunto diverso de medidas coercitivas unilaterales, amenazan con invadir militarmente al país y con especial fuerza, aplican un inhumano bloqueo económico, financiero y comercial que agrava los problemas del país. Esto se traduce en cuantiosas pérdidas que impiden la adquisición de alimentos, medicinas, insumos para la producción, materias primas, entre otros rubros imprescindibles para población.

El Grupo de Lima, la Alianza del Pacífico, la Organización de Estados Americanos, la presencia en el continente de la Organización del Tratado del Atlántico Norte, el Fondo Monetario Internacional, el Banco Mundial y las bases militares estadounidenses son los instrumentos predilectos del imperialismo como parte integral de la estrategia para someter a Venezuela y culminar su apuesta geopolítica de dominar el continente. En otras palabras, la Casa Blanca viola permanentemente el derecho internacional público en su ofensiva dirigida a cerrar el ciclo de los gobiernos progresistas o revolucionarios en el continente. Los planes geo-estratégicos del imperialismo en la región se encaminan a perpetuar el neoliberalismo con el objetivo de expoliar sus riquezas naturales y continuar explotando a los trabajadores.

Sin embargo, el pueblo venezolano y el resto de los pueblos de Nuestra América resisten, luchan y se erigen en un reto anti-imperialista que ya ha asestado importantes reveses a la política de la Casa Blanca. Proyectos alternativos han guiado las luchas que germinaron en gobiernos progresistas o revolucionarios hoy son verdaderos desafíos para las pretensiones hegemónicas de EE.UU., allí radica una preocupación geo-estratégica para las élites de la potencia norteamericana. Lejos del fin del ciclo progresista, la preocupación de los poderosos se acentúa ante los éxitos político-electorales que en el corto plazo se vislumbran para las fuerzas progresistas en América del sur.

Ante la arremetida imperialista, Venezuela es un ejemplo de dignidad que articula a la clase trabajadora junto a otros sectores dominados y oprimidos a los fines de amalgamar voluntades y emprender planes por la redención de los pueblos de Nuestra América. La empresa libertaria del continente tiene su inspiración en Venezuela y ella es la principal trinchera para la emancipación americana. En síntesis, en el continente se afronta una disyuntiva histórica, se confrontan el Ideario Bolivariano y la Doctrina Monroe, cuestión que indica la importancia geopolítica de las luchas progresistas o revolucionarias que se desarrollan en la Patria Grande.

En este contexto, el “I Encuentro Internacional de Trabajadores y Trabajadoras en Solidaridad con el Gobierno y el Pueblo Venezolano”, declara:

Exigimos respeto a la soberanía de la República Bolivariana de Venezuela así como ratificamos el respaldo a la Revolución Bolivariana y saludamos los esfuerzos del Presidente Constitucional Nicolás Maduro por mantener la paz en la nación suramericana.

Saludamos a la Revolución Bolivariana por la implementación de un modelo político-social incluyente que protege a la clase trabajadora ante las agresiones imperialistas.

Condenamos de la forma más enérgica las políticas imperialistas y su proyecto neoliberal porque socavan la soberanía de las naciones en función del saqueo de sus riquezas y la explotación de los trabajadores y trabajadoras.

Denunciamos la militarización de Nuestra América y especialmente, la presencia de las bases militares de Estados Unidos y de la OTAN en América Latina y el Caribe.

Repudiamos el uso de la fuerza y la implementación de medidas coercitivas unilaterales utilizadas para someter a nuestros pueblos y a sus clases trabajadoras.

Acompañamos a los pueblos y a los gobiernos del mundo que luchan por su soberanía ante los planes del imperialismo. Expresamos especial solidaridad con el pueblo venezolano en su lucha por su autodeterminación.
Igualmente, el “I Encuentro Internacional de Trabajadores y Trabajadoras en Solidaridad con el Gobierno y el Pueblo Venezolano” acuerda hacer suya el espíritu de la “Proclama y Plan de Lucha de los Trabajadores del XXV Encuentro del Foro de Sao Paulo” adoptadas en la ciudad de Caracas en el mes de julio de 2019. En consecuencia, aprobamos el siguiente Plan de Lucha:

Realizar un “Encuentro Internacional de Trabajadores y Trabajadoras” anual que tendrá su sede en la República Bolivariana de Venezuela.

Coordinar en las capitales del mundo una jornada el 9 de diciembre de 2019, día de la conmemoración de la Batalla de Ayacucho, contra las políticas injerencista del imperialismo estadounidense en Nuestra América. (NO MÁS TRUMP)

Realizar una jornada internacional de movilización en apoyo a la Revolución Bolivariana y contra el neoliberalismo el 27 de febrero del año 2.020. (Conmemoración de los 31 años de la primera insurrección en Carcas contra el neoliberalismo)

Convocar una twitazo anti-imperialista el día 5 de noviembre 2019 (aniversario de la IV Cumbre de los Pueblos de Mar de Plata 2.005).

Convocar una movilización mundial por la paz en Venezuela, en Nuestra América y contra los planes de guerra del gobierno de Estados Unidos para el mes de abril de 2020.

Desarrollar una jornada internacional de repudio a la Doctrina Monroe, contra el Bloqueo y demás Medidas Coercitivas Unilaterales para el día 28 de junio de 2.020.

Crear hasta el próximo Encuentro una Comisión Coordinadora de las delegaciones presentes en el “I Encuentro Internacional de Trabajadores y Trabajadoras en Solidaridad con la Revolución Bolivariana” a los fines de cumplir el presente plan.

Aprobado en la Ciudad de Caracas, Cuna del Libertador Simón Bolívar y Capital de la República Bolivariana de Venezuela a los 31 del mes

Fuente: Prensa PSUV

1º de septiembre de 2019"

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

25º Grito dos Excluídos: concentração sábado debaixo do viaduto Santa Tereza às 9h e passeata


Atenção para novo endereço deste espaço: av. Amazonas, 491, salas 618 e 619, BH)

Nova diretoria da FENAJ reafirma compromisso com a defesa da categoria, do jornalismo e da democracia

                                                                   
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) tem nova direção, que assume a entidade para mandato de três anos. A Federação continua presidida por Maria José Braga, reeleita em eleição direta, ocorrida em junho. A diretoria é constituída pela Executiva, vice-presidências regionais e departamentos, integradas por dirigentes sindicais de vários Estados.

A solenidade de posse foi realizada na noite de 24 de agosto, em Fortaleza (CE), encerrando o 38º Congresso Nacional dos Jornalistas. Em seu primeiro pronunciamento do novo mandato, Maria José ressaltou a importância da unidade do movimento sindical dos jornalistas e reafirmou o compromisso da entidade de fazer a defesa dos jornalistas, do jornalismo e da democracia.

Os jornalistas, como integrantes da classe trabalhadora brasileira, estão perdendo conquistas históricas e sofrem com questões específicas da categoria, como o desrespeito à jornada de 5 horas diárias e as constantes violações ao direito do exercício profissional por meio da violência. O jornalismo brasileiro está enfraquecido e a democracia ameaçada, exigindo posições e ações firmes da entidade de representação da categoria.

Na manhã de domingo, 25, a diretoria fez sua primeira reunião presencial. A presidenta falou sobre a dinâmica da direção, em que não há jornalistas liberados para atividades sindicais, e sobre a estrutura da FENAJ, que conta com somente dois funcionários. “Nossa estrutura reduzida exige que os dirigentes assumam as mais diversas tarefas para que a entidade cumpra seu papel”, disse.

Na reunião da diretoria foi deliberada a realização de um seminário de planejamento estratégico da gestão, pré-agendado para o mês de novembro. A direção executiva, composta por nove membros, vai realizar telerreuniões, uma vez por semana, para as deliberações e os encaminhamentos cotidianos.

Velha Guarda do PCB passa por reestruturação e se fortalece

                                                                      

O Partido Comunista Brasileiro em BH está usando toda sua capilaridade na preparação de seu XVI Congresso Nacional que ocorrerá no ano que vem no Rio de Janeiro.

A Velha Guarda do PCB começou a debater questões internas e optou por dar mais clareza sobre as posições do Partido, durante encontro coordenado pelo professor Túlio Lopes (foto),  secretário político do partido no Estado.

A tesouraria foi reformulada bem como as Comissões de Organização, Finanças, Política e Agitação e Propaganda, que têm à frente Emanuel Bonfante Demaria Júnior, Carlos Roberto, José Francisco Neres, Antônio Almeida e José Carlos Alexandre.

Uma das resoluções da Velha Guarda será contribuir com a discussão em torno do lançamento de chapa completa do PCB às eleições do próximo ano. Outra é a de organizar o acervo histórico de cada militante do segmento, muitos com 50 ou mais anos no partido.