quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sair do Euro e da União Europeia pela esquerda. Um texto do Polo de Renascimento Comunista na França

                                                                         

PRCF [*]

Todos nós devemos meditar acerca de uma pesquisa de opinião (cuja íntegra pode ser vista no sítio web do instituto de sondagem IPSOS.fr ) rica de ensinamentos, em particular sobre a evolução da maneira como os nossos concidadãos e os operários em particular apreendem a UE e o euro. 

A conclusão evidente desta sondagem é a necessidade de reforçar o PRCF. Pois as evoluções da opinião pública podem abrir dois tipos de perspectivas: uma progressista se e apenas se os republicanos de unirem em torno de uma frente progressista e patriótica e portanto se formos bastante influentes e fortes para orientar as forças de esquerda nesta direcção; a outra para um fascismo do século XXI.

21/Janeiro/2014

No princípio de Janeiro de 2013, a Ipsos salientava o recuo e a crispação identitária da sociedade francesa, assim como a exacerbação da desconfiança no seu seio. Quase um ano depois, os resultados da segunda edição do inquérito "Fracturas Francesas" confirmam o essencial das tendências observadas no ano passado. "Fractures Françaises – 2014 – vague 2" é um inquérito Ipsos/Steria realizado para Le Monde / France Inter / Cevipof / Fondation J. Jaurès. 

1) Um corte cada vez mais profundo entre os franceses e a política. A adesão às críticas contra a vida política, já muito elevadas em 2013, ganha ainda mais terreno. Para 65% (+3) dos franceses, a maior parte dos homens e das mulheres políticos estão corrompidos. 84% (+2) pensam que os homens políticos agem principalmente pelos seus interesses pessoais. A progressão mais espectacular refere-se à ideia segundo a qual "o sistema democrático funciona mal, minhas ideias não são bem representadas" (+6 pontos para 78%). A alta é particularmente clara junto aos que têm menos de 35 anos (+12 para 84%) e junto dos simpatizantes socialistas (+11 para 50%). 

2) A Europa cada vez mais contestada. A quatro meses das eleições europeias, o recuo e a desconfiança da opinião pública exacerbam as crispações em relação à Europa. Para enfrentar os grandes problemas dos próximos anos, a grande maioria dos franceses (70%, +5) defende um reforço dos poderes nacionais em detrimento daqueles da UE (67%, +10 para a UMP). A contestação da moeda única está igualmente em progressão clara. 33% (+5) dos franceses desejam que a França saia da zona Euro e retorno ao Franco (contra 67%, -5 que ela permaneça no Euro). Esta ideia já é maioritária junto aos operários (em 52%, +8, ou seja, uma das mais fortes progressões). Além disso, só 45% dos franceses (34% dos operários) consideram que a pertença da França à UE é uma coisa boa, contra 40% para os quais é uma coisa má. 

3) A clivagem entre as categorias populares e os mais abastados acentua-se. Sob a aparente estabilidade de certos indicadores, fortes evoluções estão em marcha no seio das diferentes categorias da população. Onde a opinião dos quadros melhora, a dos operários degrada-se bastante claramente. Para 68% (+7) dos quadros, a mundialização é uma oportunidade ao passo que ela é percebida como uma ameaça para 74% (+4) dos operários. Da mesma forma, para cerca de três em cada quatro quadros (72%, +16), a França deve abrir-se mais ao mundo de hoje ao passo que 75% (+13) dos operários pensam que ela se deve proteger. O corte com a política é ainda mais claro junto às classes populares. 87% dos operários pensam que o sistema democrático funciona mal e que suas ideias não estão bem representadas (+8, ao passo que esta ideia é estável nos quadros em 65%, +1). A procura de autoridade é muito mais forte junto aos operários: 64% são favoráveis ao restabelecimento da pena de morte (contra 26% dos quadros). De notar igualmente que 74% dos operários consideram que não se sente mais em casa como antes (+7, contra 38% -12 nos quadros) e que para 39%, os imigrados que se instalam em França tomam o trabalho dos franceses (+7, contra 9% - 13 nos quadros).

[*] Pole de Renaissance Communiste en France. 

O original encontra-se em www.initiative-communiste.fr/... 

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

DECLARAÇÃO DE HAVANA

                                                                    
SUMMIT II CELAC

28 e 29 de janeiro de 2014

Os Chefes e os Chefes de Estado e de Governo da América Latina e do Caribe, reunidos em Havana, Cuba, durante a Segunda Cúpula da Comunidade da América Latina e das Caraíbas (CELAC) , realizada em 28 e 29 de Janeiro 2014

Reafirmando a validade do património histórico da Comunidade, composto, por sua vez, pelo patrimônio histórico do Grupo do Rio e da Cúpula de desenvolvimento da América Latina e Caribe e integração e Demonstrações, Despacho e decisões especial adoptado pelo I CELAC Cúpula, realizada em Santiago, Chile, em 27 e 28 de Janeiro de 2013, na Cúpula de Fundação da Caracas em 3 de dezembro de 2011, na Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, realizada em Riviera Maya, Cancun, México, em 23 de fevereiro de 2010, na Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, iniciado em Salvador, Brasil, em 16 e 17 de dezembro de 2008, e na processo de convergência que levou à CELAC.

Sublinhando que dois anos de funcionamento da Comunidade da América Latina e do Caribe que construímos um espaço de diálogo e consenso político que nos une e torna possível a aspiração de trabalhar juntos para o bem do nosso povo, que permite por sua vez, uma melhor integração e projeção de nossa região a nível internacional.

Ratificando hoje o nosso compromisso irrevogável para fortalecer esta área do diálogo político eficaz. Temos sido, são e serão diferentes e, a partir dessa diversidade é que temos de identificar os desafios e objetivos e pisos de convergência comuns que nos permitam avançar na integração da nossa região. Fortalecer nossa democracia e todos os direitos humanos para todos, dá mais oportunidades para o nosso povo, construir sociedades mais inclusivas; melhorar a nossa produtividade; 's agitar o nosso comércio, melhorar a nossa infra-estrutura e conectividade e redes necessário que cada vez mais se unem nossos povos trabalhar o desenvolvimento sustentável, para abordar as desigualdades e uma distribuição mais equitativa da riqueza, a fim de que todos e cada um sente que a democracia dá sentido às suas vidas. Essa é a missão da CELAC, que é a tarefa a que fomos chamados e que é a responsabilidade política antes de nós e que nos damos conta de nosso povo.

1. Reiteramos que a unidade ea integração da nossa região deve ser construída de forma gradual, de forma flexível, com respeito pelo pluralismo, a diversidade eo direito soberano de cada um dos nossos povos de escolher a sua forma de organização política e econômica. Reiteramos que a nossa Comunidade baseia-se no pleno respeito aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, a solução pacífica de controvérsias, a proibição do uso e da ameaça do uso da força, o respeito autodeterminação, a soberania, a integridade territorial, não-interferência nos assuntos internos de cada país, a protecção e promoção de todos os direitos humanos, o Estado de direito, a nível nacional e internacional, incentivando a participação dos cidadãos e democracia. Também nos comprometemos a trabalhar juntos em prol da prosperidade para todos, de modo que erradicar a discriminação, a desigualdade ea marginalização, as violações dos direitos humanos e do Estado de violações da lei.

Dois. Reafirmar o princípio geral de que o fortalecimento da CELAC como um fórum e ator político internacional é uma das nossas prioridades. Neste contexto, é fundamental para buscar a melhoria da coordenação e cooperação entre os membros da CELAC, no âmbito das organizações internacionais, desde que isso é possível e viável.
                                                   
Três. Expressamos nossas mais profundas condolências sobre a morte do Comandante Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Rafael Chávez Frías, que ocorreu em 5 de março de 2013 um dos principais fundadores e apoiadores da CELAC, promotor humanista e incansável de unidade latino-americana e Caribe, que lutou contra a exclusão social, a pobreza e impulsionou o desenvolvimento global da região.

Quartro. Ressaltamos a nossa intenção de continuar a avançar juntos na consulta e na integração latino-americana e caribenha e consolidação de nossa comunidade, como os ideais e sonhos de nossos heróis e libertadores. Afirmamos nossa decisão de estabelecer ações que nos permitem prevenir e, se necessário, tratar a coordenação, os efeitos da atual crise internacional com múltiplas inter-relações, que continua a impactar negativamente os esforços de nossos países para promover o crescimento e desenvolvimento sustentável e abrangente região.

Cimco. Promover uma visão de desenvolvimento integrado e inclusivo, para garantir o desenvolvimento sustentável e produtiva, em harmonia com a natureza, nas áreas em que podemos construir sinergias, particularmente em áreas como energia, infra-estrutura, o comércio intra-regional, a produção de alimentos , indústrias a jusante, investimentos e financiamentos, a fim de alcançar um maior desenvolvimento social para nossos povos.

6. Nós levamos o nosso compromisso, o desenvolvimento regional integrado inclusivo e equitativo, tendo em conta a importância de assegurar favorável para economias pequenas e vulneráveis, os países em desenvolvimento, sem litoral e tratamento ilha.

7. Congratulamo-nos com os importantes resultados alcançados nas Assembleias Coordenadores Nacionais e os Ministros dos Negócios Estrangeiros realizadas até agora, e apelamos para a implementação das decisões e mandatos constantes dos acordos alcançados, com base nos princípios de flexibilidade e participação voluntária.

8. Nós reconhecemos que a experiência de dois anos de existência da CELAC, demonstra a importância do diálogo em curso para construir um consenso sobre questões de interesse regional, com base nos princípios da solidariedade, da complementaridade com outras experiências ou instituições regionais e sub-regionais, e de cooperação, visando a obtenção de resultados eficazes para alcançar o desenvolvimento sustentável, solidário e inclusivo da América Latina e do Caribe. Incluir progresso no diálogo com os mecanismos de integração regional e sub-regional.
                                                         
9. Apelamos à comunidade internacional a tomar medidas urgentes para enfrentar as fragilidades sistêmicas e medidas desequilíbrios. Expressamos nossa vontade de trabalhar juntos para superar os desafios que apresenta o cenário internacional atual, e fazer esforços para aumentar as taxas de crescimento econômico sustentado e de longo prazo dinâmica para a região, que vai levar a um aumento da equidade social e da inclusão e integração de América Latina e Caribe, levando em conta o valor do empreendedorismo e as PME como instrumentos para fortalecer as economias nacionais.

10. Reafirmamos que a erradicação da pobreza e da fome é necessário promover políticas econômicas que promovam a produtividade eo desenvolvimento sustentável das nossas nações, trabalhando para fortalecer a ordem econômica mundial para o benefício de nossos países, promover a complementaridade, solidariedade e cooperação e fazer cumprir os compromissos de ajuda ao desenvolvimento de países desenvolvidos.

11. Reafirmamos nosso compromisso de promover o crescimento, o progresso, a inclusão social eo desenvolvimento sustentável de nossos estados, formulação e desenvolvimento de planos, políticas e programas com metas mensuráveis ​​e cronogramas que visam a universalização do gozo e exercício dos direitos econômicos, sociais e culturais, com prioridade para aqueles que vivem em extrema pobreza e em setores mais vulneráveis, como os povos indígenas, afro-descendentes, mulheres, crianças, pessoas com deficiência, idosos, jovens e migrantes.
                                                                         
12. Congratulamo-nos com o sucesso da Conferência Global sobre o Trabalho Infantil Em terceiro lugar, e reiteramos nosso compromisso para a eliminação das piores formas de trabalho infantil até 2016, bem como a erradicação do trabalho infantil no menor tempo possível.

13. Congratulamo-nos com a adoção da Declaração e Plano de Ação de Caracas autoridades de Desenvolvimento Social para erradicar a fome ea pobreza. Vamos continuar a trabalhar em planos, políticas e programas para reduzir progressivamente as desigualdades de renda que estão no cerne da fome, da pobreza e da exclusão social, entre outros, as políticas fiscais progressistas, a criação da protecção de emprego formal permanente assistência e segurança social, definição de salário mínimo ea elevação progressiva, que seria realizada de acordo com as capacidades de cada membro da CELAC, aumentando gradualmente o investimento social.

14. Damos a máxima prioridade ao reforço da segurança alimentar e nutrição, alfabetização e pós-alfabetização educação pública em geral livre, maior qualidade e relevância social da posse da técnica, profissional e de terra, desenvolvimento da agricultura incluindo familiar e camponesa e decente e sustentável, o apoio aos pequenos agricultores, o seguro-desemprego, saúde pública universal, o direito à moradia adequada para todos eo desenvolvimento produtivo e industrial como fatores fundamental para a erradicação da fome, da pobreza e da exclusão social.

15. Reiteramos nosso compromisso de trabalhar juntos para fortalecer os mecanismos nacionais, regionais e multilaterais na luta contra o tráfico ilícito de bens culturais e assegurar a integração cultural dos nossos povos, promovendo o intercâmbio de conhecimento cultural, tradicional e moderno.

16. Reconhecemos que os povos indígenas e as comunidades locais desempenham um papel importante no desenvolvimento económico, social e ambiental, e da importância de práticas agrícolas sustentáveis ​​tradicionais relacionados à biodiversidade e utilizar os seus recursos, o seu direito de acesso à água adequada para a irrigação de acordo com as leis de cada país, e os sistemas comunais de posse da terra, e da oferta de sementes tradicionais, e acesso ao financiamento e aos mercados.

17. Decidido a se fortalecer, de forma holística, a base de produção com ênfase em práticas culturais locais e sustentáveis ​​dos povos indígenas e comunidades locais, para a gestão integrada que otimiza o uso eo acesso à água para irrigação, a partir de uma visão de gestão de bacias hidrográficas recuperação da fertilidade do solo, repondo mulch, fertilizantes orgânicos, terraços ea conservação e valorização da biodiversidade através da recuperação e produção de sementes nativas e produção de sementes melhoradas.

18. Destacamos o papel fundamental das políticas públicas e reconhecer a valiosa contribuição do setor privado, da sociedade civil, movimentos sociais e da sociedade como um todo. Notamos os progressos realizados e nos comprometemos a continuar empurrando-os activamente, de acordo com as prioridades nacionais e as estratégias de desenvolvimento de cada estado para atingir as metas de erradicação da fome, pobreza e exclusão social. Reconhecemos a importância da cooperação internacional, regional e bilateral para este fim.

19. Reconhecemos as iniciativas nacionais, sub-regionais e regionais para garantir o direito humano à alimentação e promover a segurança alimentar e nutricional, reduzir a pobreza e promover a inclusão total e progresso bem-vindo nestes esforços, o estresse casal Isso para proteger ainda mais o sucesso deve ser favorecido complementaridade e solidariedade entre nossas nações.

20. Reiteramos nosso compromisso de fortalecer os mecanismos de controlo em cada país para programas e projetos sociais implementados em diferentes setores, com especial atenção aos grupos mais vulneráveis ​​da população, a fim de avaliar o impacto de uma perspectiva multidimensional e Compartilhamento melhores práticas com outros países da região.

21. Apoiamos a América Latina e Caribe sem Fome 2025.

22. Reafirmamos nosso desejo de promover programas regionais, sub-regionais e bilaterais de cooperação triangular para o desenvolvimento, bem como uma política regional de cooperação Sul-Sul e triangular, tendo em conta as características e necessidades específicas de diferentes áreas e sub-regiões, bem como cada um dos países que o compõem.

23. Reconhecemos, nesse sentido, os insulares do Caribe e da América Central, bem como países da costa norte da América do Sul partir de sub-regiões mais vulneráveis ​​de uma áreas econômicas, sociais e ambientais, costeiros e defensor promovendo de solidariedade e de comércio complementar, investimentos e projectos e medidas de cooperação destinadas a superar os desafios diferentes e dificuldades associadas à sua vulnerabilidade.
                                                                 
24. Nós nos comprometemos a continuar a contribuir para o esforço de reconstrução e desenvolvimento do Haiti, de acordo com as áreas prioritárias identificadas pelo governo, e com pleno respeito à sua autoridade e soberania e ao princípio de não-intervenção nos assuntos internos de acordo com resolução especial em cooperação com o Haiti, aprovada pelos Ministros das Relações Exteriores, e ratificada pelos Chefes de Estado e / ou Governo na Primeira Cúpula de CELAC. Conclamamos os governos, doadores tradicionais e instituições financeiras internacionais para apoiar de forma mais ampla e rapidamente, a implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (NSDH) do Governo do Haiti, especialmente no campo da agricultura. Nós pedimos que você também para apoiar o Plano Nacional para a Erradicação do Cólera, que precisa de prevenção e controle urgente, bem como os investimentos em infra-estrutura de água, saneamento e capacitação das instituições do país.

25. Afirmar que o desenvolvimento de uma Agenda Estratégica Regional sobre Gestão de Riscos de Desastres integrada é necessário que o sujeito é reconhecido como um acções internas relacionadas com a estimativa e processo de redução de risco, preparação, assistência humanitária e reconstrução, que deve ser parte de um plano de ação coordenada e articular as autoridades locais, nacionais, sub-regionais e regionais.

26. Temos o compromisso de continuar consolidando princípios regionais fortes para o reconhecimento dos direitos dos migrantes e de reforçar a coordenação das políticas de migração regionais e posições comuns nas negociações sobre a migração global e inter-regional, particularmente, na promoção debate internacional sobre a relação entre a migração, desenvolvimento e direitos humanos.

27. Reafirmamos nosso desejo e compromisso de avançar na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

28. Reafirmam a importância crucial do processo intergovernamental de elaboração da Agenda de Desenvolvimento pós-2015, para ser aberto, transparente e inclusivo. Ressaltamos que a agenda de desenvolvimento novo deve ser feita com base no pleno respeito pelos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, e à luz dos princípios consagrados no Documento Final da Rio +20, "O Futuro que Queremos"; bem como as diferentes abordagens, visões, modelos e ferramentas que os países determinados a alcançar o desenvolvimento sustentável, com base nas circunstâncias e prioridades nacionais. Deve tomar cuidado para que o processo é universal e flexível o suficiente para responder às prioridades, necessidades e condições dos países em desenvolvimento e tendo em conta as necessidades especiais de diferentes países, incluindo os países menos desenvolvidos, os países em desenvolvimento sem litoral, pequeno Estados insulares e os países de renda média chamados em desenvolvimento.

29. Reconhecemos a necessidade urgente para a nova Agenda de Desenvolvimento explicitamente incluído como um objetivo, indicadores e prazos de cumprimento específicas, meios de implementação para assegurar o cumprimento, o que inclui novos, adicionais e previsíveis de recursos financeiros, o desenvolvimento ea transferência de tecnologia, capacitação em países em desenvolvimento.

30. A nova agenda deve basear-se na experiência em alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio, harmoniosamente para definir Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; excluem qualquer condicionalidade, e eliminar lacunas no seio das sociedades, entre as regiões e no mundo. Ele também deve reforçar o compromisso da comunidade internacional, que as pessoas são o centro de suas preocupações, para promover o crescimento econômico sustentável e inclusivo, desenvolvimento social e proteção ambiental participativa.

31. Reafirmar Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas A/RES/64/292, de 28 de julho de 2010, na qual a Assembléia Geral reconhece o direito à água e ao saneamento como um direito humano essencial para o pleno gozo de vida e de todos os direitos humanos.

 32. Convencido de que a mudança climática é um dos mais graves problemas do nosso tempo, expressamos profunda preocupação com seu crescente impacto negativo nos países em desenvolvimento e os pequenos Estados insulares em particular, que está minando os esforços para erradicar a pobreza e alcançar o desenvolvimento sustentável. Neste contexto, e com base no princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas e respectivas capacidades, reconhecemos que a natureza global da mudança do clima requer a cooperação de todos os países e sua participação numa resposta internacional eficaz e apropriada, de acordo a responsabilidade histórica de cada um para este fenômeno, para acelerar a redução global das emissões globais de gases de efeito estufa medidas  e adaptação, em conformidade com as disposições e princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas Clima e as decisões tomadas na Conferência das Partes em Alterar.

33. Congratulamo-nos com a conclusão do Diálogo Interativo da Assembléia Geral em harmonia com a Natureza, realizada em Nova York em 22 de abril de 2013 como parte das comemorações do Dia Internacional da Mãe Terra, um evento que discutiu o diferentes abordagens económicas no contexto do desenvolvimento sustentável, para promover a forma mais ética da relação entre a humanidade ea Terra.

34. Congratulamo-nos com a recente assinatura da nova Convenção de Minamata em Mercúrio, como o primeiro instrumento vinculativo negociado sob Nações Unidas nos últimos 12 anos eo primeiro na agenda de desenvolvimento sustentável pós Rio +20, observando que isso implica um passo importante para o desenvolvimento do direito ambiental internacional, o objectivo de proteger a saúde humana eo meio ambiente contra os riscos de mercúrio, especialmente instando os países membros a tomar as medidas que possibilitem rápida entrada em vigor e sua efetiva implementação. Instamos também a participação no encontro regional GRULAC em preparação para a Sexta Sessão do Comitê Intergovernamental de Negociação sobre Mercúrio (INC-6).

35. Os países da América Latina e do Caribe expressar nosso apoio à presidência peruana da 20 ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e da 10 ª Reunião das Partes do Protocolo de Quioto, a ser realizada em Lima, Peru, 1. a 12 de Dezembro de 2014, temos o compromisso de garantir o seu sucesso e da sua fase preparatória, que são etapas essenciais no processo de desenvolvimento de um instrumento jurídico no âmbito da Convenção reforçada devido em 2015. Ressaltamos a importância deste instrumento, para ser eficaz e facilitar a participação de todos os países devem respeitar os princípios e disposições da Convenção.

36. Nós incentivamos a participação de representantes dos países da Comunidade na primeira pré-COP Mudança do Clima Social, a realizar de 13 a 16 de Outubro de 2014 em Caracas, Venezuela, o que representa uma importante iniciativa no processo de negociação no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para reforçar a parceria de pessoas do governo na construção do futuro regime que é necessário para combater as alterações climáticas.
                                                       
37. Estamos comprometidos, de acordo com as nossas capacidades e as leis nacionais, para apoiar a investigação científica sobre o uso de drogas nos países da CELAC, a fim de avançar no desenvolvimento de tratamentos, incluindo vacinas e antídotos.

38. Reitera-se a natureza da América Latina e Caribe e Porto Rico, observando resoluções sobre Porto Rico adotadas pelo Comitê Especial de Descolonização das Nações Unidas, reiteramos que é uma questão de interesse CELAC.

39. Os países membros da CELAC estão empenhados em continuar a trabalhar no âmbito do direito internacional, e em particular a resolução 1514 (XV) da Assembleia Geral das Nações Unidas, 14 de Dezembro de 1960, para garantir que a região América Latina e do Caribe é um território livre do colonialismo e colônias.

 Incentivamos a participação de representantes dos países da Commonwealth no primeiro  sociais pré-COP Alterações Climáticas, que terá lugar de 13 a 16  Outubro de 2014 em Caracas, Venezuela, o que representa uma importante iniciativa  o processo de negociação no âmbito da Convenção  Mudanças Climáticas das Nações Unidas para reforçar a parceria de pessoas do governo  construindo o futuro regime que é necessário para lidar com a mudança
climática .

40. Instrua o Quarteto para CELAC, com a participação de outros Estados-Membros que desejem participar deste mandato, apresentar propostas para avançar como indicado no parágrafo 38 do presente Declaração.

41. Reiteramos nossa rejeição de listas unilaterais e certificações dos países desenvolvidos que afetam países da América Latina e do Caribe, em particular aqueles relacionados com o terrorismo, o tráfico de drogas e de natureza similar, e ratificar o Comunicado Especial aprovado CELAC até o dia 5 de junho, que rejeitou a inclusão de Cuba na lista de chamada dos estados que promovem o terrorismo Internacional do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

42. Reafirmamos a Declaração de Santa Cruz, chamado de "Qhilla Ama, Ama e Ama Suwa Llulla" (não roubar, não mentir e não ser preguiçoso) da Primeira Reunião Extraordinária de Ministros e Altas Autoridades de Prevenção e Combate à Corrupção da Comunidade da América Latina e das Caraíbas (CELAC), adotada em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 8 de novembro de 2013, que prevê, nomeadamente, que os crimes de corrupção deve ser combatida em um rigoroso e desimpedida para a investigação, julgamento e punição com relação a leis nacionais e acordos internacionais, bem-vindos a criação de um Grupo de Trabalho especializada em Prevenção e Combate à Corrupção, que vai preparar um plano de trabalho, a fim para promover e avançar as linhas de acção como base e prioridades estabelecidas na Declaração e Plano de Ação para 2014 CELAC, otimizando recursos, complementando o trabalho feito em outros foros e mecanismos multilaterais e evitando a duplicação de esforços.

43. Ressaltamos a importância de nossos países para fortalecer a sua preparação em disputas cuidado internacional e considera que deve avaliar a possibilidade de que a nossa região está dotada de mecanismos apropriados para a resolução de disputas com investidores estrangeiros. Expressamos a nossa solidariedade com os países da América Latina e do Caribe que são afetadas por reivindicações que ameaçam o desenvolvimento de seus povos, e pedimos empresas e grupos multinacionais para manter um comportamento responsável de acordo com as políticas públicas adotadas pelo Estados que recebem o investimento. Ad Ref

44. Reafirmamos a importância do desenvolvimento de ferramentas para fortalecer o sistema financeiro internacional, o que deverá proporcionar uma regulamentação mais rigorosa e eficaz de grandes instituições financeiras, bem como a adopção de medidas específicas para atingir as melhores práticas internacionais em medidas internacionais fluxos financeiros. Em consonância com isso, é de grande importância reduzir a excessiva dependência de avaliações das agências de classificação de risco de crédito.

45. Consideramos que é essencial para a estabilidade e previsibilidade da arquitetura financeira internacional, garantir que os acordos entre devedores e credores no âmbito da reestruturação da dívida soberana são respeitadas, permitindo fluxos de pagamentos são distribuídos aos credores cooperativos como concordou com eles no processo de reajuste consensual da dívida. Instrumentos são necessários que permitem razoável e definitiva entre credores e devedores soberanos acordos, permitindo abordar questões de sustentabilidade em uma dívida ordenada.

46. Expressamos nossa convicção da importância adquiriu o investimento estrangeiro direto em nossa região ea necessidade que contribuam de forma eficaz para o processo de desenvolvimento de nossos países, e resultar em aumento dos níveis de bem-estar das nossas sociedades, sem impor condições, com respeito pela sua soberania e de acordo com seus planos e programas nacionais.

47. Consideramos que é necessário ter uma ferramenta para o planejamento América Latina eo Caribe para os novos desafios da CELAC, por imperativos são os esforços coletivos de integração, solidariedade e cooperação, em particular os países vulneráveis ​​mutuamente benéficos e menos desenvolvidos do que servirá para obter claros, mensuráveis ​​e adaptável a diferentes objetivos nacionais realidades, com vista à erradicação da pobreza e promoção do desenvolvimento sustentável.

48. Reafirmamos a importância da cooperação regional e integração financeira. Neste sentido, apoiamos as resoluções aprovadas pelos ministros de reuniões CELAC em 2013.

 49. Nós acolhemos com o Governo do Estado Plurinacional da Bolívia e do povo boliviano, pelo lançamento bem sucedido do primeiro satélite de comunicações espaço Bolívia chamado de "Tupac Katari" (TKSAT-1), realizada em 20 de dezembro de 2013, no Centro Espacial Xichang,  República da China, reconhecendo que os benefícios de satélite atingindo milhões de bolivianos, facilitando o acesso à educação e à informação e assegurar o gozo dos direitos humanos e facilitar o intercâmbio de conhecimentos científicos entre os diferentes povos das Américas América e do Caribe.

50. Reiteramos nosso firme apoio aos legítimos direitos da Argentina na disputa de soberania sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes, bem como os juros ao longo da vida em que o litígio seja resolvido por meio pacífica e negociação, de acordo com as disposições da Resolução 31/49 da Assembleia Geral das Nações Unidas.

51. Reiteramos nosso compromisso com o princípio do direito soberano dos Estados de dispor de seus recursos naturais e para gerir e regulá-los. Expressar também o direito do nosso povo para explorar, de forma sustentável, os recursos naturais, que têm o potencial de ser usado como uma fonte importante para o financiamento do desenvolvimento econômico, a justiça social eo bem-estar do nosso povo.

52. Reiteramos nossa profunda rejeição da aplicação de medidas coercivas unilaterais e reiterar uma vez mais a nossa solidariedade com a República de Cuba, ao mesmo tempo reafirmar o nosso apelo ao Governo dos Estados Unidos da América para pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e lugares financeiros sobre aquela nação irmã por mais de cinco décadas.

53. Nós nos comprometemos a continuar trabalhando para fortalecer a América Latina eo Caribe como zona de paz, em que as diferenças entre as nações sejam resolvidos por meio do diálogo e da negociação, ou outras formas de solução pacífica estabelecido no direito internacional.

54. Levando-se em conta os objectivos delineados na Declaração de Suriname, aprovados na Primeira Reunião de Ministros da Cultura da CELAC realizada em 14 e 15 de março em Paramaribo, Suriname, enfatizamos a importância da cultura na América Latina e no Caribe como fundamento da identidade de cada país e, como um catalisador para os processos de integração regionais. Ressaltamos a importância de indústrias culturais e culturais para as economias nacionais e estamos empenhados em promover o empreendedorismo cultural como uma ferramenta para a conservação do nosso património cultural e na criação de oportunidades de emprego e riqueza para o nosso povo, por isso, contribuindo para o bem-estar dos nossos cidadãos e para o avanço da sociedade como um todo.

55. Congratulamo-nos com a realização da Cimeira Mundial VI em Artes e Cultura, realizada em Santiago do Chile, entre os dias 13 e 16 de Janeiro último, o que tem contribuído para projetar a região como um cenário privilegiado para encontros e diálogos viáveis vocação universal no campo da cultura.

56. Reiteramos nosso apoio ao processo de diálogo que tem lugar em Havana, Cuba, entre o Governo da Colômbia e as FARC, e congratulamo-nos com os progressos realizados por alcançar acordos sobre dois pontos importantes da agenda. Instamos as partes a continuar o processo para acabar com um conflito interno há mais de 50 anos tem afetado o desenvolvimento político, social e econômico dessa nação irmã. Saudamos e apreciar o papel dos países garantes, Cuba e Noruega, e os acompanha, Chile e Venezuela, países em realizações.

57. Reiteramos o nosso apoio para a proclamação pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 2013 como a Década Internacional de ascendência Africano, que terá início em 1 de Janeiro de 2015 sob o tema "justiça Descida Africano e desenvolvimento", bem como o Comunicado adotado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros da CELAC, em sua terceira reunião, que proclamou a Década de ascendência Africano América Latina e Caribe lançado em 1 de Janeiro deste ano.

58. Reconhecemos a importância de se considerar o papel essencial da ação coletiva dos povos indígenas e das comunidades locais na conservação e no uso sustentável da diversidade biológica, como uma contribuição significativa para o Planeta. Apoiamos as ações que estão sendo desenvolvidas para aumentar o seu reconhecimento oficial.

59. Reiteramos a necessidade de medidas para proteger os direitos do conhecimento tradicional e ancestral dos povos indígenas e tribais e as comunidades locais, evitando violação por terceiros através de registros que não reconhecem a sua propriedade, e para promover a justa participação e da partilha equitativa dos benefícios resultantes da sua utilização. Apoiamos a negociação que está ocorrendo nesse sentido em fóruns multilaterais relevantes.
                                                         
60. Ressaltamos que as negociações sobre o documento final conciso e da Conferência Mundial sobre Povos Indígenas da Reunião Plenária de Alto Nível da sexagésima nona sessão da Assembleia, a ser conhecido como a Conferência Mundial sobre Povos Indígenas orientada para a acção , a ser realizada em 22 e 23 de Setembro 2014, em Nova York, será destinado a partilha de conhecimentos e melhores práticas sobre a aplicação dos direitos dos povos indígenas, incluindo a realização da Declaração do Milênio das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, e tomou nota das recomendações dos principais temas da Conferência Preparatória para a Conferência Mundial dos Povos Indígenas do Mundo sobre os povos indígenas, realizará de 10 a 12 de junho de 2013, em Alta, Noruega . Tomamos nota da iniciativa do Governo do México para realizar uma reunião preparatória para a Conferência Mundial, em abril de 2014.

61. Apoiamos o Ano Internacional da Agricultura Familiar declarado pela Assembléia Geral das Nações Unidas.

62. Congratulamo-nos com a eleição do Estado Plurinacional da Bolívia para a presidência do Grupo dos 77 e China durante 2014, e estamos comprometidos a fornecer o nosso total apoio na realização de que a responsabilidade para que isso resulta em favor dos interesses da América América e do Caribe. Saudamos também a organização de uma Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Grupo dos 77 e China, a ser realizada em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, em 14 e 15 de Junho de 2014, em comemoração o 50 º aniversário da fundação do G77.
                                                                           
63. Considerar a necessidade de uma distribuição geográfica equitativa no sistema das Nações Unidas e enfatizar a necessidade de a América Latina eo Caribe aumentou quantitativa e qualitativamente a sua presença em cargos-chave das Nações Unidas e outras organizações internacionais, que visam a dedicar nossos melhores esforços .

64. Reiteramos as nossas posições sobre uma ampla reforma do sistema das Nações Unidas, em particular, para a democratização dos decisores internacionais, em particular o Conselho de Segurança. Democratização é obrigada a incluir a representatividade, a transparência, a eficiência, a democracia, o respeito pelos mandatos de outros organismos das Nações Unidas e prestar a devida atenção a todos os membros das Nações Unidas.

65. Considerando-se que a migração internacional é um fenômeno global que envolve mais de 220 milhões de pessoas que estão entre as mulheres, crianças, adolescentes e indígenas, reconhecemos o valor da resolução de conteúdo adotado na Segunda Diálogo de Alto Nível das Nações Conferência sobre Migração e Desenvolvimento (DAN2013), que privilegia a abordagem dos direitos humanos enfatiza a urgência de proteger os grupos mais vulneráveis ​​da fluxos migratórios e sublinha a necessidade de um maior envolvimento das Nações Unidas, suas agências, fundos e programas na área, bem como o interesse de incluir a questão da migração internacional sobre a Agenda de Desenvolvimento pós-2015, entre outros assuntos, e nós estamos empenhados em reforçar as acções de cooperação, no âmbito da responsabilidade compartilhada, para avançar a atenção dos muitos desafios que a migração internacional coloca.

66. Reafirmamos o compromisso de fortalecer a luta contra o crime organizado transnacional, em conformidade com o direito internacional. Neste contexto, estamos cientes de que o crime ea violência são um obstáculo ao pleno desenvolvimento da América Latina e do Caribe, e enfatizar a necessidade de uma visão de consenso regional de segurança pública, com foco no desenvolvimento humano, eo respeito pelos direitos humanos e os princípios da soberania nacional e não-ingerência nos assuntos internos. Com esta perspectiva, devemos fortalecer os mecanismos de diálogo e de coordenação, conforme apropriado, para melhorar as estratégias regionais de segurança cidadã e desenvolvimento sustentável.

67. Expressamos nossa profunda preocupação com a situação humanitária e de segurança piora na República Árabe da Síria, ea ameaça que representa para o Oriente Médio, a paz ea segurança internacionais. Sírio elogiar as partes para concordar com negociações na Conferência Internacional sobre a situação na Síria (Genebra II), sob os auspícios do Enviado Especial Conjunto das Nações Unidas e da Liga dos Estados Árabes dirigir. Parabenizamos o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas para a organização desta conferência. O diálogo ea negociação são urgentes e indispensáveis ​​para o progresso nos esforços de reconciliação nacional e para garantir a plena aplicação das Convenções de Genebra, na Síria. Reiteramos que só um processo político inclusivo liderado pelos sírios podem levar a paz e para a realização das legítimas aspirações do povo sírio, com base na aplicação estrita dos princípios de soberania, independência, auto-determinação, integridade territorial e não ingerência nos assuntos internos.

68. Destaca-se a celebração, pela primeira vez na Organização das Nações Unidas, uma Reunião de Alto Nível sobre o desarmamento nuclear, a 26 de setembro de 2013, em que a CELAC reafirmou a necessidade urgente de avançar para o desarmamento nuclear ea eliminação total e Visão geral de armas nucleares de forma transparente, verificável e irreversível, e exortou a trabalhar para o progresso em direção à negociação de um tratado universal juridicamente vinculativo que proíbe armas nucleares com um calendário acordado multilateralmente. Temos a promessa de dar continuidade a essas posições.
                                                                 
69. Expressamos nossa profunda preocupação com as consequências humanitárias das proporções enormes e os efeitos globais de qualquer detonação nuclear acidental ou intencional. Instamos a comunidade internacional a reiterar a sua preocupação com as consequências humanitárias das armas nucleares, onde quer que você realizar o debate sobre estas armas. Congratulamo-nos com os resultados da Conferência de Oslo sobre o impacto humanitário de Armas Nucleares, realizada em março de 2013 e, a este respeito, chamamos a todos os Estados para participar na segunda Conferência Internacional sobre o impacto humanitário Armas Nucleares, que será realizada no México, em 13 e 14 de Fevereiro de 2014.

70. Notamos com satisfação o acordo preliminar entre a República Islâmica do Irã e do Grupo 5 +1, em Genebra, sobre o programa nuclear do Irã, o que demonstra que o diálogo ea negociação são o caminho para resolver as diferenças entre os Estados, e expressar nossa expectativa de que em breve uma solução abrangente e duradoura para a questão é atingido. Afirmamos o direito inalienável de todos os Estados, de acordo com as disposições do TNP de desenvolver pesquisa, produção e uso de energia nuclear para fins pacíficos, sem discriminação, que, juntamente com o desarmamento ea não-proliferação, são os pilares do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, a que todos os membros fazem parte da CELAC.

71. Reiteramos o nosso apelo para a Conferência para o estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares e outras armas de destruição em massa no Oriente Médio, a ser realizada o mais cedo possível, de acordo com o acordado entre as Partes no Tratado de Não-Proliferação Armas Nucleares em 1995, 2000 e 2010, como uma ajuda valiosa para fortalecer a paz ea forma de segurança.

72. Enfatizamos o valor ea contribuição para a paz ea segurança do Tratado para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe e seus Protocolos (Tratado de Tlatelolco), que primeiro estabeleceu a mais densamente povoada área livre de armas nucleares no planeta. Reiteramos nosso pleno apoio ao trabalho do Organismo para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe e, nesse sentido, reafirmamos a importância da colaboração e cooperação entre a CELAC e OPANAL, uma agência especializada da região para articular posições comuns e de trabalho conjunto sobre o desarmamento nuclear.

73. Notamos a adopção do Tratado de Comércio de Armas pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Abril de 2013.

74. Tomamos nota das atividades internacionais da CELAC, especialmente a visita da Troika Ministerial estendido para a Federação Russa, as reuniões da Troika Ministerial CELAC aberta com os ministros dos Negócios Estrangeiros da República da Coreia, República Popular da China , o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo, Turquia e Japão, realizada em Nova York para marcar o início da 68 ª Sessão da Assembléia Geral da ONU e de organizar o trabalho, com cada um desses parceiros Roteiro para o diálogo ea cooperação.

75. Congratulamo-nos com a criação da CELAC Forum-China e mecanismo para o diálogo com a Rússia, os elementos que podem aumentar de forma positiva as actividades da Comunidade.

76. Estamos convencidos de que é necessário continuar a busca de novas sinergias CELAC internacionalmente, para o qual é necessário para voltar aos já iniciados em 2012 e estabelecer padrões de convergência adicionais e relacionamentos.

77. Congratulamo-nos com a coordenação entre os Estados-Membros CELAC nas Nações Unidas, e manifestar a nossa disponibilidade para continuar a trabalhar em gradualmente na matéria, e estender o trabalho para outros locais, nos casos possíveis e necessárias.

78. Também expressar nosso apoio ao processo de preparação da II Cimeira UE-CELAC, que se realizará em Bruxelas em 2015. Nós comissão os coordenadores nacionais e Altos Funcionários do Diálogo CELAC-UE, conforme apropriado para finalizar a negociação do acordo internacional para a criação da Fundação UE-ALC, com vista para a II Cimeira UE-CELAC.

79. Agradecemos ao presidente do Chile, Sebastián Piñera Echenique Excelência, que completa o seu mandato este ano, pelo excelente trabalho e liderança desenvolvidas durante o processo de convergência e de funcionamento da Comunidade da América Latina e do Caribe, que culminou com realização bem sucedida Cúpula CELAC I, realizada em Santiago, Chile, em 27 e 28 de janeiro de 2013.

80. Agradecemos a República da Costa Rica para sediar o Presidente Pro Tempore da CELAC em 2014 e a terceira Cúpula de CELAC em 2015. Reconhecemos Sua Excelência Laura Chinchilla Miranda, Presidente da República da Costa Rica, que vai terminar o seu mandato maio 2014 o seu apoio forte e CELAC valiosas de sua origem.

81. Agradecemos a República do Equador para sediar o Presidente Pro Tempore da CELAC em 2015 ea celebração da Quarta Cúpula de CELAC.

82. Notamos a oferta reiterada pela República Dominicana para sediar a 2016 CELAC apresentado em Fevereiro de 2013.

83. Agradecemos ao presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros da República de Cuba para a liderança e trabalho sobre o cargo de Presidente Pro Tempore do fórum e graças ao povo e ao Governo de Cuba para a organização da II Cimeira CELAC em Havana em 28 e 29 de Janeiro de 2014.

Havana, 29 de janeiro de 2014

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

90 anos da morte de Vladimir Ilytch Ulianov

                                  

                 Camarada Lênin, Presente!

                                   (Nota do PCB)

Nesta semana lembramos os 90 anos da morte de Vladimir Ilytch Ulianov, mais conhecido como Lênin, revolucionário russo que entrou para a História não apenas como o líder da Revolução Socialista de 1917, o principal feito dos trabalhadores contra a ordem do capital, mas também como a mais expressiva e influente personalidade do século XX. Lênin faleceu em 21 de janeiro de 1924, quando a União Soviética dava seus primeiros passos como primeira grande experiência mundial de poder socialista.

A contribuição de Lênin enquanto intelectual revolucionário e militante político foi decisiva para manter autêntico o legado histórico do marxismo, quando, ainda no final do século XIX, dirigentes da socialdemocracia europeia passaram a negar a perspectiva revolucionária de transformação da ordem política e social, adotando como prática a conciliação de classe e prevendo como possível a passagem do capitalismo para o socialismo numa lógica evolucionista e sem rupturas radicais. A aposta da socialdemocracia passava a ser não mais a organização dos trabalhadores para a destruição do Estado capitalista, mas o aprofundamento da democracia burguesa e de suas esferas de participação política.

O combate ideológico travado por Lênin e outros revolucionários – como Rosa Luxemburgo – durante a vigência da II Associação Internacional dos Trabalhadores (a Internacional que sucumbiu às diretrizes da socialdemocracia rendida ao status quo) demarcou decisivamente o campo político entre os revolucionários e os reformistas das mais variadas espécies, que, por sua vez, contribuíram – e continuam a fazê-lo até nossos dias – para a tentativa de amortecer a luta de classes, traindo os interesses dos trabalhadores ao lançar ilusões sobre a possibilidade de se instituir um “capitalismo de face humana”.

A importância de Lênin deve ser lembrada pelo aprofundamento do legado teórico de Marx e Engels e pelo desenvolvimento da concepção de Partido como o agente coletivo de transformação, o que, na época, possibilitou combater os métodos artesanais, a improvisação e a desorganização que existiam nos movimentos de massas. Lênin transformou o Partido Bolchevique russo no instrumento de propaganda ideológica e organização política que, se colocando a serviço dos interesses da classe trabalhadora, foi capaz de promover de forma radical e consequente o enfrentamento à ordem burguesa e de liderar o conjunto do povo para a tomada do poder. Esse partido, formado por homens e mulheres imbuídos da consciência comunista e do preparo forjados na luta diária das massas, passou a ser um referencial em todo o mundo para as lutas dos trabalhadores contra a ordem capitalista e pela construção do socialismo, no rumo da sociedade comunista, momento em que deixará de existir a exploração do homem pelo homem.

O PCB se orgulha de integrar a tradição revolucionária marxista e leninista e de ter, ao longo de toda a sua história, buscado manter viva essa concepção teórica e política como um guia fundamental para a ação em defesa do ponto de vista da classe trabalhadora no enfrentamento ao capitalismo e seus agentes ao longo da História, para que, no lugar da barbárie competitiva, do individualismo possessivo, do consumismo desenfreado, da corrupção, da guerra, das mais variadas formas de discriminação, marcas indeléveis da sociedade capitalista, passem a vigorar a colaboração entre os indivíduos, a solidariedade, a paz entre os povos, o respeito às diferenças e a fraternidade humana.

Nos dias de hoje, em que ficam cada vez mais evidentes as contradições do capitalismo, a falência de seu modelo de democracia e a impossibilidade de realizar qualquer reforma no interior do sistema que não seja em favor da própria burguesia, os trabalhadores continuarão encontrando no marxismo revolucionário de Lênin, não apenas uma obra política atual e importante guia para nossas reflexões, mas também o indicativo preciso e necessário da unidade entre teoria e prática para a organização das lutas de resistência e enfrentamento aos imperativos do capital, com vistas à construção do socialismo, no rumo do comunismo.

Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro.

Janeiro de 2014.

LANÇAMENTO DA PRÉ-CANDIDATURA DE MAURO LUIS IASI


                                                                



Neste sábado, 1º de fevereiro, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) realizará em Belo Horizonte o lançamento da pré-candidatura do professor Mauro Iasi à presidência da república.
Iasi é professor do curso de Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro, sindicalista e poeta. O evento ocorrerá durante a etapa estadual do XV Congresso do PCB, às 14 horas no Sindrede (Av. Amazonas 491/10 andar).

Mais informações:
PCB/MG- 3201 6478/  – pcbminas@ig.com.br

À ESPERA DA VERDADE

                                                                     


Revista Fortune revela já em 64 elo entre empresários de SP e embaixada dos EUA para dar golpe

Publicação norte-americana fazia chamado por investimento estrangeiro no Brasil e causou divergência entre conspiradores paulistas e cariocas
    
Apenas cinco meses após o golpe que depôs o presidente João Goulart, a tradicional revista norte-americana Fortune publicava uma longa reportagem narrando a parceria entre o então embaixador dos EUA, Lincoln Gordon, e os empresários paulistas que articularam a conspiração. Enquanto setores civis e militares se armavam e ensaiavam a rebelião, lideranças golpistas foram pessoalmente à embaixada perguntar qual seria a posição de Washington caso fosse deflagrada uma guerra civil no Brasil. “Cauteloso e diplomático, Gordon deixou a impressão de que, se os paulistas conseguissem segurar [o comando da guerra civil] por 48 horas, obteriam o apoio e o reconhecimento dos Estados Unidos”, escreveu a publicação.

Essa é a apenas uma das revelações do artigo publicado por Philip Siekman na edição da Fortune de setembro de 1964, intitulado “When Executives Turned Revolutionaries” (Quando executivos viraram revolucionários), que completava no subtítulo: "Uma história ainda não contada: como os empresários de São Paulo conspiraram para derrubar o governo infectado de comunistas do Brasil". 

A revista dá voz aos empresários "bandeirantes" para mostrar como os executivos se articularam para financiar a conspiração armada que depôs Jango. Embora voltada ao público norte-americano, a reportagem repercutiu no país, acirrou rivalidades entre os golpistas paulistas e cariocas e foi usada como panfleto para incentivar a vinda de investimentos estrangeiros para o país.

Entre os fatos mais reveladores do texto de Siekman, a revista procurou destacar o papel central que o Ipês (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e seus líderes desempenharam na conspiração. Primeiro, arrecadando fundos dos principais industriais paulistas e cariocas: “No total, cerca de 400 empresas contribuíram para a instituição; e o fluxo de caixa anual não passava dos US$ 500 mil”. E, mais tarde, ao decidir adotar métodos mais diretos: “Células de vigilância começaram a se equipar com armas leves, instalar fábricas clandestinas de granadas de mão, e escolher um local para levar a cabo operações de guerrilha na guerra civil que consideravam inevitável e iminente”. O Ipês foi fundado em 1961 "oficialmente" para defender a livre iniciativa e a economia de mercado; a entidade uniu acadêmicos conservadores, empresários e militares para desestabilizar o governo Jango.

A partir de um ponto de vista do empresariado paulista, Fortune traça o panorama do cenário político, econômico e social do Brasil, concluindo que, sem a intervenção, a situação só poderia ter levado o país ao caos. “De repente e quase milagrosamente”, diz Fortune, eles haviam salvado a nação, interpreta a publicação. Se antes a revista só imaginava duas possíveis saídas para o Brasil — um “Estado totalitarista dominado por comunistas” ou uma “guerra civil sangrenta e complexa” —, os “Paulistas” teriam forjado a terceira via: uma revolta que durou dois dias, pôs Jango no exílio e seus simpatizantes na cadeia. É por isso que, de acordo com a revista, o levante deveria ser merecidamente chamado de “a Revolta dos Paulistas”.

A revista Fortune foi fundada em 1930, meses após o crash da bolsa de NY, pelo editor Henry Luce — o mesmo que criou as icônicas Life e TIME. Pioneira ao especializar-se em finanças e negócios, a publicação existe até hoje e faz parte de um dos maiores conglomerados de mídia do mundo.
Leia também: Conspiradores fizeram pesquisa de opinião antes de decidir pelo golpe de 64

Os principais nomes: Ayres, Mesquita e Resstel

O jornalista Philip Siekman reconta os pormenores da conspiração utilizando como personagens alguns líderes ipesianos e expoentes militares do golpe. Três deles tiveram, segundo a Fortune, papel central: Paulo Ayres Filho, representante da indústria farmacêutica; Júlio de Mesquita Filho, diretor-proprietário do jornal O Estado de S.Paulo; e o coronel Rubens Resstel, responsável pelo planejamento da mobilização civil-militar em São Paulo.


Para ilustrar o artigo, revista Fortune traz foto de Júlio de Mesquita Filho (centro), diretor-proprietário do Estadão

Anticomunista ferrenho, Ayres Filho é descrito como um dos idealizadores do Ipês e principal incentivador da função marqueteira do instituto: por meio de panfletos, cartilhas liberais, peças publicitárias e vídeos “educativos”, o Ipês deveria influenciar a opinião pública.
                                                                
Segundo a revista, o diretor do Estadão, Júlio de Mesquita Filho — “um dos recrutas mais proeminentes” e “líder nominal do grupo” —, teve papel fundamental no setor logístico da conspiração, sobretudo às vésperas do golpe, quando as células civis já começavam a se preparar para o confronto. “O grupo Mesquita sozinho gastou cerca de US$ 10 mil em armas, incluindo uma série de metralhadoras”, relata a publicação.

O coronel Rubens Resstel, por sua vez, é caracterizado como o elo essencial entre os civis ipesianos e o Exército. Militar graduado e egresso da tropa que lutara na 2ª Guerra Mundial, Resstel teve a função de convencer os altos comandos e a jovem oficialidade de militares que permaneciam céticos e legalista.

Também são citados na matéria como importantes conspiradores civis: Gilbert Huber (proprietário das Listas Telefônicas Brasileiras), Adhemar de Barros (governador de São Paulo), e os advogados João Adelino Prado, Luiz Werneck e Flávio Galvão (jornalista e advogado do Estadão).
                           
                                                           
É difícil dizer se a revista Fortune de fato “sensibilizou” o público-alvo norte-americano e contribuiu para melhorar a imagem dos “revolucionários” brasileiros no exterior. Mas uma coisa é certa: além de repercutir na política e na imprensa nacional, a publicação da reportagem causou reações distintas nas fileiras do Ipês; tanto massageou egos dos empresários paulistas, quanto desagradou seus rivais cariocas.

O historiador e cientista político René Armand Dreifuss, em seu livro 1964: a conquista do Estado, relata a insatisfação das lideranças ipesianas do Rio de Janeiro com a publicação da reportagem e a exposição dos empresários paulistas. Um dos documentos que encontrou em sua pesquisa foi um telegrama endereçado a João Baptista Leopoldo Figueiredo (presidente do Ipês-SP e primo-irmão mais velho do futuro presidente do país), enviado por Harold Cecil Polland, líder do Ipês-Rio. Nele, Polland comenta a “questão muito séria” e “prejudicial”: “Fomos desagradavelmente surpreendidos pelo artigo da Fortune sobre a Revolução, comprometedoramente comentado pela Tribuna da Imprensa e Última Hora”.

No dia 19 de setembro de 1964, o jornal Última Hora, de Samuel Weiner, também repercutiu a reportagem em uma nota na primeira página: “’Fortune’ e a História Secreta da ‘Revolução’”. O jornal destacou as revelações sobre o embaixador Lincoln Gordon, pedindo esclarecimentos a ele e ao governo Castello Branco, o primeiro presidente do regime civil-militar. “É uma história inteiramente diferente da que tem sido contada em discursos e entrevistas dos participantes do movimento, e até mesmo nas reportagens mais indiscretas que se publicaram em nosso País”, escreveu o jornal.

Logo no início do artigo, o jornalista Philip Siekman já havia dado o tom do problema brasileiro: o ceticismo dos investidores estrangeiros em aplicar seus dólares no Brasil seria uma questão de falta de comunicação. “A história da revolução brasileira, com todos seus aspectos encorajadores, não tinha sido, até o momento, totalmente contada na imprensa norte-americana”.

Ao finalizar a reportagem, Siekman volta a se dirigir aos mesmos investidores, defendendo que, como os industriais paulistas haviam feito a parte deles, os norte-americanos teriam de fazer a deles. “Se o Brasil não morrer na mesa de cirurgia enquanto os novos homens tentam curar as mazelas, o país vai precisar de polpudas infusões de ajuda exterior.” 

Mais adiante, Siekman incentiva os executivos internacionais a vencerem o ceticismo em relação ao Brasil, mostrando que o governo Castello Branco até já revisara as leis de remessas de lucros, “abrindo as portas para um fluxo normal das filiais à matriz”. “Para os investidores”, diz Siekman, “distância é sinônimo de objetividade, mas também dificulta previsões”.

“No ano que vem, os diretores de uma empresa norte-americana vão ter dificuldades em explicar a seus acionistas por que investiram no Brasil em 1964. Daqui a dez anos, podem vir a achar ainda mais difícil explicar por que não investiram nada”, arremata a revista. (Com Opera Mundi)

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Jornalistas unidos por melhores salários. Assembleia hoje às 19h

                                                                   
   

Nesta terça-feira, 28, às 19h, os jornalistas de Minas darão o primeiro e importante passo na campanha salarial de 2014, com a realização da Assembleia Geral Extraordinária, na sede do SJPMG, que irá definir a pauta de reivindicações deste ano.

A participação de toda a categoria é decisiva, pois unidos somos capazes de fazer frente ao sindicato patronal, que, há anos, nega-se a reconhecer o direito a melhores salários e condições de trabalho dos jornalistas conquistado diariamente com muito suor.

Não podemos mais aceitar o mísero reajuste do INPC, que está sempre muitíssimo aquém da inflação real. Temos de lutar pelo aumento real, vale refeição, vale combustível, unificação do piso salarial, fim do banco de horas, fim do desvio e acúmulo de função, e contra o assédio moral.

Pelo aumento real – Participe! 
Pela recomposição salarial (PIB + INPC) – Participe!
Pela unificação do piso – Participe!
Pelo vale refeição – Participe!
Pelo vale combustível – Participe!

PARTICIPE DA CAMPANHA SALARIAL DE 2014 PELA VALORIZAÇÃO DOS JORNALISTAS

Assembleia Geral Extraordinária
Terça-feira, 28 de janeiro, às 19 horas
No Sindicato dos Jornalistas:  Avenida Álvares Cabral, 400 - Centro - Belo Horizonte

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Eleições 2014: Oposição Sindical – Independência, Renovação e Luta

                                                               

Com a publicação do edital de convocação, no dia 15 de janeiro, está oficialmente aberto o processo eleitoral que definirá, de 14 a 16 de abril, a nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais no triênio 2014-2017. Trata-se, sem dúvida, de um momento decisivo para a categoria avaliar a prática sindical, suas consequências para os jornalistas e fazer uma escolha a partir de alternativas concretas, alinhada aos seus interesses reais.

E a valorização da categoria – melhores salários, criação do plano de carreira, criação do piso estadual unificado, fim do banco de horas, aposentadoria especial (com recomposição das perdas para os aposentados), estabilidade no emprego, instalação de subsedes no interior, regulamentação do estágio, contra o acúmulo de funções, entre outras – passa pela renovação do sindicato e adoção de princípios capazes de resgatar a tradição de luta do sindicato.

E é pautada pelos princípios de independência, autonomia e consciência de classe, que há 6 anos a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) segue na luta pelos interesses dos jornalistas mineiros, seja na denúncia dos desmandos patronais como as demissões em massa, nos congressos estaduais e nacionais da categoria, na mobilização das campanhas salariais e na luta pela preservação da Casa dos Jornalista, reafirmando diariamente seu compromisso pela construção de um sindicato forte e combativo.

Por todo este trabalho, a categoria terá nos dias 14, 15 e 16 de abril a oportunidade de escolher seus representantes a partir de uma reflexão amadurecida e crítica. É com esta metodologia de trabalho, com esta concepção de um sindicato voltado primordialmente para os interesses concretos e imediatos da categoria e com o compromisso de luta que demonstramos em todo esse período, que a OSJM apresentará sua chapa ao julgamento e avaliação dos jornalistas de minas.

Não podemos deixar de lamentar, embora não se trate de algo inusitado ou inesperado, a postura de alguns dirigentes atuais do sindicato que tem pretendido se apresentar como oposição, como críticos, como inovadores. Quanto a isso, nada podemos fazer, a não ser lamentar.

Oposição Sindical – Independência, Renovação e Luta

Carta de Princípios

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Minas Gerais 

Oposição Sindical Independente, Autônoma e Consciente

A crise de representatividade por que passa o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Minas Gerais se insere no quadro maior da crise geral que afeta o sindicalismo brasileiro, uma crise determinada essencialmente por dois fatores. De um lado, no campo das razões objetivas, é facilmente identificável na política neoliberal de precarização das relações de trabalho, posta em prática pelo capital em âmbito mundial, causa inegável de desestímulo à organização e à luta dos trabalhadores, dada a permanente ameaça do desemprego.

Mas este é apenas um dos dois principais fatores da crise que esvazia nossos sindicatos e desmobiliza os trabalhadores. O outro fator, este de ordem subjetiva, é a natureza absolutamente equivocada do sindicalismo praticado no país a partir da queda da ditadura 1964-85. Estamos falando de uma prática sindical que perdeu de vista sua razão de ser: a defesa das reivindicações concretas dos trabalhadores. Estamos falando de um sindicalismo que coloca objetivos político-partidários – eleitorais ou revolucionários, não faz diferença aqui – acima e à frente dos interesses específicos, imediatos e concretos da categoria que representa. É este modelo que consideramos materializado, hoje, no nosso sindicato.

É evidente que não estamos defendendo um sindicalismo apolítico. Também não somos contrários à atuação de militantes políticos – organizados partidariamente ou não – no sindicato, inclusive com participação nas direções sindicais. Esta seria uma posição do inteiro agrado dos patrões e da direita em geral. É preciso que isso fique bem claro. Mas hoje é preciso que fique mais claro ainda que o sindicato não pode ser sucursal de nenhum partido ou grupo político. Sindicato e partido representam níveis diferentes de consciência dos trabalhadores e devem, por isso mesmo, constituir práticas e estruturas diferentes.

O abandono, por esperteza ou ingenuidade, da natureza essencial do sindicalismo fatalmente conduz, como tem conduzido, ao distanciamento ou mesmo abandono dos trabalhadores do seu sindicato, ao esvaziamento, a assembléias vazias, a congressos de cartas marcadas, formais, inócuos.

Abandonada, pois, a perspectiva de um sindicalismo independente e representativo, o sindicato – qualquer sindicato – vai descambar para a priorização de práticas estranhas à mencionada razão de ser (organizar e incentivar os trabalhadores para a luta contra a exploração e opressão patronais), colhendo como resultado de tal distorção: ou sua transformação em um falso partido revolucionário a tentar inútil e desesperadamente mobilizar os trabalhadores de sua base para bandeiras alheias ao cotidiano concreto destes trabalhadores, ou, então, sua transformação em linha auxiliar de partidos eleitorais, em “sindicato cidadão” – centrado em campanhas e atividades academicistas e assistencialistas. É este o caso, hoje, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas.

Temos clara consciência de que os jornalistas constituímos um tipo especial de trabalhador: formamos opiniões, consciências, ideologia. Isso, sem dúvida, nos obriga a um rigor maior no campo da ética e do compromisso social exigido de todo trabalhador. Mas que fique claro: antes de tudo e principalmente, somos trabalhadores e – na condição de membros da classe dos trabalhadores – precisamos de um sindicato que, partindo desta condição, faça da luta contra o patronato o eixo de sua ação.

Constituem, pois, nossos princípios fundamentais:

1. Independência – Comprometemo-nos aqui a desenvolver uma prática sindical absolutamente independente frente aos patrões e ao estado – este, enquanto empregador e enquanto governo. Um sindicato tem um único e só patrão: a categoria que representa. É inconveniente, inadequada e, mesmo, imoral a tal convivência amistosa e civilizada entre patrões e empregados. O nome disso é conivência. Não nos negamos, é claro, a ir à mesa de negociação, mas sempre conscientes do nosso papel de firmes e severos defensores dos interesses dos trabalhadores. Conscientes, também, de que do outro lado se encontram defensores severos e firmes dos interesses dos patrões. Cabe ao sindicato defender, estimular e fazer presente a idéia de auto-respeito coletivo e individual na categoria frente aos patrões. O patrão estado, para um sindicato que honre sua categoria, é um patrão como qualquer patrão no capitalismo, ou seja, sempre interessado em aprofundar e intensificar a exploração sobre os trabalhadores. Não nos venderemos – e este é um compromisso formal e solene – aos mercadores de benesses estatais.

2. Autonomia – Comprometemo-nos aqui a desenvolver uma prática sindical absolutamente autônoma frente a quaisquer determinações político-partidárias. Consideramos legítima a atividade político-partidária fundada na ética, mas tomamos como princípio inarredável de nossa ação sindical o princípio de que cabe somente à categoria decidir o que seu sindicato deve fazer – no curto, médio e longo prazos –, descartado assim qualquer tipo de consulta a qualquer partido, qualquer tipo de autorização de qualquer partido. Este princípio se aplica igualmente a todas as instâncias do próprio movimento sindical: federações, confederações, centrais sindicais. Nossa instância decisória máxima, repetimos, é a assembléia geral da categoria. Nada será feito que não seja elaborado pela categoria, que não seja aprovado legitimamente pela categoria. Nossa solidariedade à luta política dos trabalhadores não nos autoriza a fazer da categoria e do sindicato meras caixas de ressonância de campanhas e palavras-de-ordem político-partidárias, venham de onde vierem. É decisão legítima de nossa instância maior – a assembléia geral – que nos dirá o que fazer e o que não fazer. O que deve ser feito pelo sindicato é decidido pelo sindicato, dentro do sindicado.

3. Consciência de classe – Somos trabalhadores e nossa solidariedade primeira é com a classe trabalhadora, nosso primeiro compromisso, enquanto trabalhadores, é com aqueles que, como nós, são vítimas da exploração e opressão patronais. A responsabilidade social de formadores de consciências que pesa sobre nossos ombros não nos coloca à margem da classe trabalhadora brasileira. Assim, é nosso princípio e principal razão de existência como sindicato a luta contra o patronato, consideradas outras práticas que desenvolvamos – campanhas e programas de formação e esclarecimento, por exemplo – como atividades de auxílio direto àquele objetivo, como instrumentos da própria luta. É, portanto, tomando as premissas da independência, da autonomia e da consciência de classe como princípios e fundamentos de nossa atuação sindical, que nos constituímos em Oposição Sindical no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Minas Gerais.

A classe operária e as camadas populares precisam de um Partido Comunista forte




Dimitris Koutsoumpas [*]


Caros Camaradas: 

É um enorme prazer estar aqui convosco, no 2º Congresso do vosso partido. Queremos saudar os comunistas de Itália que não renunciaram à luta pelos direitos da classe operária e das restantes camadas populares, à luta pelo derrube da barbárie capitalista, pela construção de uma sociedade sem a exploração do homem pelo homem, pelo socialismo-comunismo. 

Caros Camaradas, os nossos partidos estão a travar esta luta em comum, tanto através do desenvolvimento das relações bilaterais, como através da nova forma de cooperação regional dos partidos comunistas da Europa, a "Iniciativa Comunista". O nosso objectivo é fortalecer a luta contra a União Europeia e ao mesmo tempo, através das lutas dos trabalhadores, promover a única solução alternativa favorável ao povo, a Europa da paz, do progresso, do socialismo. 

Camaradas: 

A Itália, a classe operária de Itália, os sectores populares, os jovens necessitam de um Partido Comunista forte. Um partido com uma estratégia revolucionária, com laços fortes com a classe operária. Necessitam de um partido baseado nos princípios do marxismo-leninismo, que terá um papel principal na organização da luta dos trabalhadores e inspirará a ideia da nova sociedade socialista. O socialismo não é um capricho dos comunistas, é a única maneira de sair da crise e dos outros impasses sociais da sociedade capitalista. É a única garantia de desenvolvimento das forças produtivas favorável e de acordo com os interesses operários e populares. Só o socialismo pode garantir a soberania popular, o crescimento auto-suficiente e ao mesmo tempo a cooperação em benefício mútuo e a solidariedade entre os povos. 

Sabemos que tanto a contra-revolução na União Soviética como nos demais países socialistas, como o eurocomunismo nas décadas anteriores prejudicaram o movimento comunista, não só em Itália e no resto da Europa, mas também a nível internacional. Semearam a decepção, a desmobilização entre os trabalhadores. Promoveram ilusões sem saída de que a solução supostamente se pode encontrar dentro do "quadro" do capitalismo, através de governos de "esquerda" e "patrióticos", através de uma gestão melhor e mais "justa" do capitalismo. 

No entanto, hoje em dia, mais de vinte anos após a restauração do capitalismo nos antigos países socialistas, durante os quais os povos experimentaram soluções de gestão do sistema tanto da "direita" como da "esquerda", coloca-se a necessidade da promoção da visão socialista. O KKE estuda a experiência histórica, não só a sua mas também a do movimento comunista internacional, a da construção que conhecemos do socialismo no século passado.

Chegámos a conclusões básicas sobre as causas do retrocesso do movimento comunista, da restauração do capitalismo nos países socialistas da Europa Oriental e Central. Aprendemos com a experiência negativa e com a positiva, para inspirar de novo a classe operária com a visão da sua libertação social, para impulsionar a luta de classes, a luta ideológica e a política de classe por uma nova sociedade socialista. Além disso, este rumo é a base para importantes conclusões sobre os erros e as deficiências que actualizam e enriquecem a nossa percepção sobre o socialismo, a sua actualidade e necessidade. 

Hoje em dia, as forças do oportunismo pretendem envolver os trabalhadores na linha da "humanização" do capitalismo, por isso é de grande importância histórica defender com firmeza e tenacidade tanto as conquistas da Revolução de Outubro, como a contribuição dos países socialistas, apesar da crítica a deficiências e desvios. Devemos defender a contribuição dos partidos comunistas, do movimento comunista internacional, a necessidade de derrubar o apodrecido e corrupto sistema capitalista. Esta é uma tarefa que deve atravessar de forma unificada as lutas diárias pelos interesses operários e populares, pelos problemas quotidianos dos nossos povos. 

Esta tarefa, de organizar a luta dos trabalhadores, de avivar os ideais socialistas-comunistas no nosso continente e mais além, não pode avançar sem o confronto ideológico e político e o desmascaramento do papel do chamado "Partido da Esquerda Europeia" (PEE), que assumiu o papel do "porta-voz de esquerda" na União Europeia, e inclusive na campanha anticomunista.

O papel dos oportunistas e da formação que criaram ao nível da Europa é duplamente perigoso porque semeia entre os trabalhadores a ilusão de que, supostamente, pode haver uma União Europeia favorável ao povo, bem como uma gestão correspondente do sistema capitalista em cada país, deixando intactos o poder dos monopólios e da propriedade capitalista nos meios concentrados de produção. No nosso país estes pontos de vista são promovidos pelo partido SYRIZA. 

Permitam-me que lhes diga que as forças do PEE que em Itália apresentam o SYRIZA como um "exemplo" e como uma força que serve os interesses populares estão a esconder a verdade. O SYRIZA é uma força para a integração no capitalismo e não para o seu derrube. Aspira a converter-se na nova organização social-democrata do sistema bipolar burguês na Grécia, absorvendo a parte mais apodrecida do velho PASOK, que governou a Grécia durante muitas décadas e é responsável por muitos dos imensos problemas acumulados, bem como pela situação e a degeneração do movimento operário. Na realidade, apesar do foguetório e da fraseologia de esquerda, o SYRIZA está na direcção oposta à linha de ruptura com as organizações imperialistas, os monopólios e o capitalismo. 

Camaradas: 

O KKE celebrou recentemente os seus 95 anos de história, durante os quais travou duras lutas e fomentou laços de sangue com a classe operária e as restantes camadas populares do nosso país. Hoje em dia continua na vanguarda da luta operária em cada problema que afecta os trabalhadores, os camponeses pobres, os empregados, os trabalhadores autónomos, a juventude e as mulheres das camadas populares. O KKE desempenha um papel principal na luta contra a criminosa organização nazi Aurora Dourada, para que seja isolado nos locais de trabalho, nas escolas e nas universidades, para que não envenene a juventude com os seus sermões fascistas. 

No recente 19º Congresso do nosso partido aprovámos por unanimidade a Resolução Política, o novo Programa e os novos Estatutos, reafirmando a unidade ideológica-política do Partido. 

Nos documentos do 19º Congresso, o KKE clarifica que, hoje em dia, na Grécia, nas condições de capitalismo monopolista, existem condições materiais objectivas para a construção da sociedade socialista-comunista. A revolução iminente na Grécia será socialista. O nosso Partido avalia, tal como fazia no programa anterior, que não existem etapas intermédias entre o capitalismo e o socialismo, que não existem poderes intermédios.

A luta de classes, a linha da luta revolucionária levará ao poder operário popular ou de outra maneira, com outra linha e etapas intermédias será derrotada e assimilada, dará ânimo ao sistema para a longevidade do capitalismo. Propomos à classe operária, aos sectores populares pobres, aos trabalhadores autónomos e aos camponeses, à juventude, às mulheres das famílias populares a construção da Aliança Popular das forças sociais que têm interesse em lutar na direcção anti-monopolista, anti-capitalista, tendo como consignas básicas a socialização dos monopólios e a cooperativa da produção básica, o cancelamento unilateral da dívida, a não participação em intervenções político-militares, em guerras, a retirada da União Europeia e da NATO, com o poder operário e popular. 

O KKE actua na direcção da preparação do factor subjectivo na perspectiva da revolução socialista, ainda que o período da sua manifestação seja determinado por condições objectivas, pela situação revolucionária. Trabalhamos para que o KKE tenha bases sólidas na classe operária, para que o KKE seja capaz de cumprir com as suas tarefas em cada guinada repentina da luta de classes, para que seja um partido que actue sob todas as circunstâncias. Isto não significa que nos distraiamos da realidade, da luta e da reivindicação nos graves problemas dos trabalhadores, dos desempregados, dos jovens, dos reformados pobres, dos locais de habitação populares que sofrem, que não têm com que pagar os medicamentos, que não têm que comer, que estão em perigo de execuções hipotecárias. Estamos na vanguarda das lutas, nas mobilizações com intervenções no Parlamento para a satisfação de necessidades básicas do nosso povo, para aliviar os oprimidos. 

Ao mesmo tempo, pretendemos reconstruir numa base de classe o movimento operário e apoiamos a Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) e a aliança com os restantes agrupamentos anti-monopolistas dos pequenos comerciantes (PASEVE), do campesinato pobre (PASY), dos estudantes (MAS), das mulheres (OGE). Consideramos que a construção da Aliança Popular, que terá bases sociais (e não será uma fusão política a partir de cima), é hoje necessária. É uma aliança social que lutará por todos os problemas populares, pelos salários, as pensões, a saúde, a educação, a segurança social pública, por atenuar a situação dos desempregados, etc., e terá um claro carácter anti-monopolista e anti-capitalista. Esta aliança social, em condições de situação revolucionária, pode converter-se numa frente operário-popular revolucionária; criar-se-ão órgãos de poder operário-popular, colocar-se-á a questão do poder para o povo, a classe operária, para que se convertam em protagonistas dos acontecimentos. 

Caros camaradas: 

Nas actuais condições destaca-se a necessidade principal de reagrupamento revolucionário do movimento comunista internacional, actualmente numa crise ideológica, política e organizativa. 

A partir desta avaliação, o KKE apoia não só os encontros internacionais e regionais dos partidos comunistas, mas também a ideia do surgimento de um "pólo comunista" no movimento comunista internacional, formado pelos partidos comunistas que permanecem fiéis ao Marxismo-leninismo, ao internacionalismo proletário, defendem a experiência positiva do socialismo que conhecemos, estudam os acontecimentos contemporâneos e pretendem desenvolver uma estratégia revolucionária que reconheça a actualidade e a necessidade do socialismo. 

Com estas reflexões desejamos êxito ao vosso Congresso! 

Viva o Marxismo-leninismo e o internacionalismo proletário! 

Viva a amizade entre o KKE e o Partido Comunista da Itália!

[*] Secretário-geral do CC do KKE.   Saudação ao 2º Congresso do Partido Comunista da Itália, em Roma.   O discurso, pronunciado em italiano, encontra-se aqui . 

A versão em inglês encontra-se em es.kke.gr/ 

Este discurso encontra-se em http://resistir.info/ .