terça-feira, 25 de abril de 2017

Edição, de "A Classe Operária" , do PCB, de 1º de Maio de 1928


Tempos Modernos, de Charlie Chaplin

Vamos parar o Brasil!

                                                 
Derrotar as contrarreformas de Temer e avançar 
 na reorganização da classe trabalhadora

No dia 27 de março, durante reunião realizada em São Paulo, os representantes das nove centrais presentes finalmente chegaram a uma data consensual para a realização de uma paralisação nacional. Foi aprovada uma convocatória unificada: “Dia 28 de abril, vamos parar o Brasil”! Diante das devastadoras contrarreformas – previdenciária e trabalhista – propostas pelo governo federal e da aprovação do PL 4302 (ampliação das terceirizações), votado pela Câmara na semana anterior, até mesmo os dirigentes sindicais mais íntimos do Palácio do Planalto foram obrigados a avalizar esta iniciativa comum.

Os atos massivos de 15 de março demonstraram a grande insatisfação do proletariado e dos setores populares em geral contra as políticas de Temer, aprofundando cada vez mais o dilema dos pelegos: mostrar serviço ao governo e à patronal ao mesmo tempo em que procuram parecer combativos para as suas bases.

Apesar das contradições instaladas na cúpula do movimento sindical, centenas de milhares de trabalhadores devem paralisar suas atividades para lotar as ruas do país em 28 de abril. A agudização da crise econômica, política e social vem acirrando a luta de classes. Os “ajustes” do governo federal aumentam o descontentamento das massas, dificultando as manipulações ideológicas da burguesia e suas mais diversas tentativas de conter a luta dos trabalhadores. Cresce a rejeição popular contra as propostas de destruição da previdência social e da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Neste momento, os setores classistas do movimento sindical têm duas tarefas prioritárias: a primeira, sem dúvida, é ampliar sua presença junto às bases, discutindo em cada local de trabalho o significado das contrarreformas e a importância estratégica de construir a greve geral. É preciso desmascarar de uma vez por todas o discurso do empresariado e seus representantes políticos.

As terceirizações representam uma enorme volta ao passado em termos de direitos trabalhistas, reduzindo salários, aumentando jornadas, piorando as condições de trabalho e eliminando a estabilidade; a reforma trabalhista ameaça as férias, o horário de almoço, entre outros direitos; a reforma da previdência torna a aposentadoria integral praticamente impossível para a maioria dos trabalhadores.

Além de contribuir decisivamente para defender os direitos históricos dos trabalhadores e derrotar Temer, o campo classista deve disputar os passos seguintes. Ao longo deste processo, alguns setores vêm antecipando as eleições de 2018 e difundindo ilusões no sentido de canalizar a luta para o restabelecimento de um governo de conciliação. Tal perspectiva deve ser desmascarada. O futuro da nossa classe está em jogo, portanto não temos o direito de insistir nos mesmos erros.

Trata-se de barrar os ataques do capital e reorganizar a classe trabalhadora. É necessário superar a fragmentação do campo sindical classista e a perspectiva da conciliação. A Unidade Classista acredita que poucos momentos são tão propícios para avançar neste sentido como o que estamos vivendo agora. Não há espaço para vacilações.

Vamos construir a greve geral, derrotar as contrarreformas e preparar um grande Encontro Nacional da Classe Trabalhadora!

Coordenação Nacional da Unidade Classista

28 de abril: parar o Brasil para derrotar as contrarreformas de Temer e avançar na reorganização da classe trabalhadora



Todos às ruas

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cerca de 20 milhões de pessoas correm risco de fome, segundo a FAO

                                                                        
O diretor geral da FAO, José Graziano de Silva, advertiu hoje em Roma que umas 20 milhões de pessoas no Sudão do Sul, na Somália, no norte da Nigéria e no Iêmen correm risco de morrer por causa da fome.

Ao fazer a abertura do 165 período de sessões da Organização de Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), da Silva alertou que se algo não for feito a tempo em seis meses ocorrerá uma catástrofe humana nessas cinco nações.

Situação que como disse, 'a fome não só mata à gente' senão que também contribui à 'instabilidade social' e igualmente 'perpetua o ciclo de pobreza e dependência da ajuda que perdura durante décadas.

Antes, o diretor do organismo internacional da ONU chamou a atenção aos membros do Conselho e aos representantes dos países membros da FAO, que erradicar a pobreza extrema e conseguir fome zero como objetivos da Agenda 2030, requer atuar em muitas frentes.

Mencionou entre eles lutar contra a mudança climática, gerenciar os recursos naturais de uma maneira sustentável e aumentar a resistência dos pobres agricultores familiares e comunidades rurais frente aos conflitos e as crises prolongadas.

Da Silva comentou uma recente visita realizada por ele à Bacia do Lago Chade no princípio deste mês, onde os agricultores familiares e comunidades pobres rurais vivem em extrema pobreza e lutam contra os efeitos da mudança climática, as secas relacionadas, a falta de investimento público e de oportunidades para os jovens.

Além disso apontou que os meios de vida estão devastados pelos conflitos e pelos grupos armados e advertiu sobre a urgência de que essas pessoas recebam apoio, tarefa que se encontra bloqueada a FAO e seus sócios na região.

A distribuição de sementes de cereais, comida e vacinas e a provisão de transferências de dinheiro são algumas das contribuições da agência de ONU, junto à iniciativa da reposição dos rebanhos dos pastores.

Se não fazemos isto, disse da Silva, se acaba a esperança para essa pessoas, e apontou que eles 'têm que voltar a seus postos de trabalho, e a FAO tem a intenção de lhes ajudar ao fazer'.

Anunciou em tal sentido que se estuda a possibilidade de abrir um novo escritório subregional para o qual teve já uma reunião com representantes dos quatro países que expressaram interesse em a acolher.

As prioridades da FAO para o período 2018-2019 é tema da agenda deste Conselho, cujas sessões se estenderão até a sexta-feira, e da Silva adiantou em sua intervenção as 10 áreas prioritárias para a FAO aumentar sua capacidade técnica.

(Com Prensa Latina)

Centenas de galegos e galegas manifestam solidariedade às 9 independentistas processados




Foi no meio-dia deste domingo quando umha marcha solidária percorreu o centro da capital galega atrás de umha faixa com a legenda "Polas liberdades democráticas plenas, polo arquivo definitivo da montagem político-judicial contra 9 independentistas". Umha segunda faixa reclamou "democracia para a Galiza".

Representantes de coletivos sociais, sindicais, políticos, feministas, culturais, etc, participárom na convocatória, coreando palavras de ordem polo exercício livre dos direitos fundamentais e contra a Audência Nacional espanhol, que protagoniza habitualmente perseguiçom judicial por motivos políticos nom só contra o independentismo galego, mas também contra outros coletivos e ativistas sociais do nosso país.

Um manifesto de apoio à campanha solidário serviu de preparaçom para esta iniciativa social, que coincide no tempo com a iminente conclusom da fase de instruçom do caso, que deverá dar passagem quer ao arquivamento da causa, quer a umha nova fase do processo contra as 9 pessoas que sofre esta iniciativa repressiva.

(Com o Diário Liberdade)

Vamos derrotar os capitalistas e latifundiários

quinta-feira, 20 de abril de 2017

A editora Boitempo informa o lançamento de "Olga Benario Prestes uma comunista nos arquivos da Gestapo"

                                            
Trata-se de novo livro da professora Anita 
Leocadia Prestes que custará R$ 37,00

Esta breve narrativa biográfica contém não apenas preciosidades históricas e raridades documentais – que, por si sós, já valeriam a leitura –, ela oferece a perfeita dimensão da luta diária de Olga Benario Prestes por seus ideais, mesmo nas condições mais adversas. 

A resistência da jovem revolucionária diante da gigantesca e cruel máquina do Terceiro Reich, que a considerava uma “comunista perigosa”, parece ainda pulsar nestas páginas, como se seu coração, calado há 75 anos, ainda batesse.

Um coração destemido, que, encarcerado, soube conjugar a luta política, o amor pelo grande companheiro e a preocupação com a educação da filha, de quem fora afastada prematuramente.

Após a abertura dos arquivos da Gestapo, essa filha, a historiadora Anita Leocadia Prestes, debruçou-se sobre as cerca de 2 mil páginas a respeito de Olga, recheadas de documentos inéditos, para trazer à tona informações até então desconhecidas.

Em uma narrativa original, Anita revela a firmeza inabalável da revolucionária nos anos que antecederam seu assassinato no campo de concentração de Bernburg em abril de 1942. Enquanto, na prisão, Olga nutria esperanças de conseguir asilo em outro país, e, fora dela, sua sogra e sua cunhada faziam de tudo para que ela fosse libertada, os nazistas nunca consideraram essa hipótese.

No entanto, ela jamais se curvou a seus algozes, jamais entregou companheiros e nem sequer revelou suas atividades políticas, ainda que a chantageassem com a perspectiva de voltar a ver a filha. Mais do que peças faltantes no quebra-cabeça da história, os documentos reproduzidos nessa obra, especialmente a correspondência inédita entre Olga e Luiz Carlos Prestes, nos permitem enxergar o presente com outros olhos.

A autora                      

Anita Leocadia Prestes nasceu em 27 de novembro de 1936 na prisão de mulheres de Barnimstrasse, em Berlim, na Alemanha nazista, filha dos revolucionários comunistas Luiz Carlos Prestes, brasileiro, e Olga Benario Prestes, alemã. Afastada da mãe aos quatorze meses de idade, antes de vir para o Brasil, em outubro de 1945, viveu exilada na França e no México, com a avó paterna, Leocadia Prestes, e a tia Lygia. 

Em 1964, graduou-se em Química Industrial pela Escola Nacional de Química da antiga Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1966, obteve o título de mestre em Química Orgânica.

Devido à atuação clandestina nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi perseguida pelo regime militar instalado no país a partir de 1964, levando a que, no início de 1973, se exilasse na extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). 

Julgada à revelia em julho de 1973, foi condenada à pena de quatro anos e seis meses pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército brasileiro. Em dezembro de 1975, Anita Prestes recebeu o título de doutora em Economia e Filosofia pelo Instituto de Ciências Sociais de Moscou.

Em setembro de 1979, com base na primeira Lei de Anistia no Brasil, a Justiça brasileira extinguiu a sentença que a condenou à prisão. Em seguida, Anita voltou ao Brasil.

Desde 1958, até o falecimento de Prestes em 1990, atuou politicamente ao lado do pai tornando-se sua assessora. Autora de vasta obra sobre a atuação política de Prestes e a história do comunismo no Brasil, é doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense, professora do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ e presidente do  Instituto Luiz Carlos Prestes.

(Com a Boitempo)

terça-feira, 18 de abril de 2017

Trabalhadores gritam “Reforma Agrária Já!” em 15 estados e no Distrito Federal

                                                                         

                                                                    

                                                                        

A reivindicação principal é o assentamento das mais de 120 mil famílias acampadas, mas o Movimento também aproveita para criticar medidas do governo golpista



Com ocupações de latifúndios, órgãos públicos, bloqueios e marchas, o MST realiza a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. As ações ocorrem em 14 estados e no Distrito Federal neste primeiro dia de mobilização. Neste 17 de abril, se completam 21 anos do internacionalmente conhecido Massacre de Eldorado dos Carajás.

“Convocamos toda nossa militância pra dizer que um povo, ele não se mata. Que, se matarem cem, milhares de trabalhadores germinarão dos campos dessa região e do Brasil afora. Porque o nosso projeto de sociedade, nosso sonho de ver a Reforma Agrária realizada, é um projeto maior do que nossos interesses, nossos medos e ameaças casuais”, declara Ayala Ferreira, da Direção Nacional do MST, em celebração no Pará.


No Norte de Minas, o MST ocupou a Fazenda Arapuim, no município de Maria da Cruz, que possui 10 mil hectares e já chegou a funcionar como modelo em projetos de irrigação. Atualmente está penhorada pelo BNDES e encontra-se totalmente abandonada. Já em São Paulo, o Movimento ocupou mais uma vez a fazenda Santo Henrique, terra pública grilada pela empresa multinacional Cutrale.


O MST aproveita a passagem deste Dia Internacional de Luta Camponesa para cobrar dos governos a realização da Reforma Agrária, com destinação de terras e demais políticas públicas para um contingente de mais de 120 mil famílias hoje acampadas em fazendas ou à beira de estradas.


Para o Movimento, a não realização da Reforma Agrária é o grande motivo causador de conflitos e, consequentemente, mortes de trabalhadores no campo. O relatório “Conflitos no Campo” 2016 da Comissão Pastoral da Terra (CPT), lançado nesta segunda-feira (17), destaca o maior número de assassinatos em conflitos no campo dos últimos 13 anos, 61 assassinatos – 11 a mais que no ano anterior, quando foram registrados 50 assassinatos. 48 destes assassinatos ocorreram na Amazônia Legal.


Além do aumento no número de assassinatos, houve aumento em outras violências. Ameaças de morte subiram 86% e tentativas de assassinato 68%. Os dados mostram 2016 como um dos anos mais violentos do período em que a CPT faz o registro desde 1985.


Confira as ações da Jornada Nacional em todo o país:


Pernambuco

O MST ocupou a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Recife. Na tarde desta segunda-feira, em parceria com outras organizações do campo, mais de 15 mil agricultores marcharam pelas ruas da capital até a Assembleia Legislativa.


Durante toda a semana anterior ao Dia Internacional de Lutas Campesinas, o MST ocupou fazendas em diversas regiões de Pernambuco. Ainda na madrugada do sábado (08), 50 famílias ocuparam a Fazenda Nossa Senhora de Fátima no Agreste do estado. No dia seguinte foi a vez do Agreste Meridional, com 50 famílias no município de Passira e Galileia e no município de Vitória de Santo Antão com 70 famílias. 

Durante a semana as lutas foram seguindo: Agrestina, Jaboatão do Guararapes, Paudalho, Goiana. Também no Sertão os trabalhadores realizaram ocupações na região do São Francisco e no município de Petrolina, ambas com 400 famílias em cada. Na Zona da Mata Norte, no município de Itaquitinga, 150 famílias ocupou o Engenho Tracunhaém da Usina Santa Teresa. Nesta segunda (17), foi realizada ocupação também em Santa Maria da Boa Vista.

Alagoas

Em Maceió desde o último domingo, cerca de 3 mil Sem Terra organizados na Comissão Pastoral da Terra (CPT), MST, Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Terra Livre e Movimento Via do Trabalho (MVT), acampam na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió e seguem agenda de mobilização na capital.

Na manhã desta segunda-feira (17), eles marcharam pelo centro da cidade para homenagear as vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás, que completa 21 anos, e para denunciar a violência e a impunidade no campo.  Encerrando o primeiro dia de lutas, os movimentos organizam uma vigília em frente ao Tribunal de Justiça (TJ-AL) em memória das vítimas assassinadas em Eldorado dos Carajás.

Santa Catarina

O MST ocupou esta manhã a sede do Incra em Florianópolis, como parte das atividades da Jornada Nacional. Cerca de 400 Sem Terra, acampados e assentados das diversas regiões do estado protocolam pauta de reivindicações, cujos principais pontos são: criação de novos assentamentos, cesta básica para os acampamentos, crédito especial para a Reforma Agrária, crédito habitação e assistência técnica.

Pará

Foi realizado um ato político-cultural pela luta em defesa da Reforma Agrária, denunciando e repudiando a violência no campo. Cerca de 500 pessoas presentes, representantes de diversos setores da sociedade, iniciaram a celebração com uma missa. O ato teve a intenção de denúncia das novas mortes e ameaças de lideranças na região e encerrou uma programação que já se desenrolava há uma semana no Acampamento Pedagógico da Juventude Oziel Alves – realizado no local do massacre e batizado com o nome do mais jovem dos assassinados.


Em Belém, os trabalhadores marcharam da Praça de São Brás até a Secretaria  de Desenvolvimento da Pesca e Agricultura do Pará  (Sedap), onde aconteceu uma reunião  com secretarias do governo estadual. Foi retomada a pauta do ano passado de forma a pressionar o governo em cumpri-la. O governo se comprometeu em alguns pontos como, por exemplo, política de formação e organização de sistemas agroflorestais nos assentamentos do MST baseados no ecossistema da Amazônia e na agroecologia. 

A Secretaria de Educação se comprometeu em marcar uma reunião com as prefeituras dos municípios para implementar as políticas públicas da educação em áreas do Movimento, assim como debater a luta contra o fechamento das escolas do campo.

Piauí

As famílias organizadas no MST ocuparam na manhã desta segunda-feira (17) a sede do Incra em Teresina. Mais de 450 trabalhadores criticaram a Medida Provisória 759, a que eles chamam de “Ato Institucional (AI) da Reforma Agrária”. Cobram também a retomada da criação de assentamentos.

São Paulo

Além da ocupação da fazenda Santo Henrique, em Agudos, grilada pela empresa Cutrale, o MST realizou mais duas ocupações no interior de São Paulo. Na madrugada desta segunda-feira (17), cerca de 100 famílias do MST ocuparam a Fazenda Guassahy, de 300 hectares, localizada às margens da rodovia Presidente Dutra, no município de Taubaté, região do Vale do Paraíba. No decorrer da ocupação, as 100 famílias hastearam 21 bandeiras em homenagem aos Sem Terra do Massacre de Eldorado dos Carajás, além de faixas com frases de repúdio aos desmontes impostos pelo governo Temer golpista, como a reforma da Previdência.


Cerca de 150 trabalhadores e trabalhadoras do acampamento Alexandra Kollontai ocuparam na tarde de hoje a fazenda Martinópolis, em Serrana, na região de Ribeirão Preto. As famílias, que lutam há nove anos pela área, exigem a adjudicação imediata da fazenda. Há aproximadamente 30 anos corre na justiça processo de execução fiscal por dívida de ICMS, junto ao governo do estado. Segundo a direção do movimento, “o estado já manifestou interesse na adjudicação como parte do pagamento da dívida, por meio da Procuradoria Geral,  falta só a juíza responsável pelo processo decidir”.

Maranhão

Uma Audiência Pública ocorreu no Acampamento 16 de Abril, em Governador Newton Belo. A atividade faz parte da Jornada de Luta pela Reforma Agrária e em homenagem ao Massacre de Eldorado se Carajás.

Rio Grande do Sul

Cerca de dois mil trabalhadores Sem Terra ocuparam nas primeiras horas desta segunda-feira (17), os pátios do Incra e do Ministério da Fazenda em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Os trabalhadores protestam contra a Medida Provisória 759 que altera a legislação fundiária e os procedimentos para a efetivação da Reforma Agrária no Brasil.

Minas Gerais

Além da ocupação na fazenda penhorada pelo BNDES, em Maria da Cruz, o MST ocupou mais uma área em Araupim, no Norte de Minas. As famílias realizaram trancamentos de rodovias e ferrovias em todo o estado. Foram bloqueadas as BR 381, 050 e 262, assim como os trilhos da Vale, no Município de Periquito. Ainda, foram liberados os pedágios da BR 040, em Simão Pereira.

Goiás

Cerca de 800 Sem Terra ocuparam a sede do Incra em Goiás. Os trabalhadores denunciam o desmonte da Política Nacional de Reforma Agrária realizada pelo governo golpista de Michel Temer, por meio da MP 759. E também repudiam a onda de perseguição e criminalização que o MST Goiás vêm sofrendo nos últimos períodos com o processo de prisão de Luiz Batista Borges, preso político da luta pela terra, encarcerado na CPP de Rio Verde (GO) desde 14 de abril de 2016, Diessyka Santana e Natalino de Jesus que há um ano estão resistentes à prisão.

Ceará

Na madrugada desta segunda-feira (17), cerca 800 trabalhadores ocuparam a sede do Incra do Ceará. A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. O MST reivindica desapropriação de terras para as 2 mil famílias acampadas no Ceará, repudia a titilação/privatização dos assentamentos, exige a retirada da MP 759, denuncia os ataques do governo Michel Temer, e dizem não à criminalização dos movimentos sociais, não à reforma da previdência, não a terceirização, “Fora Temer!” e nenhum direito a menos.

Bahia

Trabalhadores realizaram duas ocupações no Estado, uma na região Nordeste da Bahia e uma na região da Chapada Diamantina. Nesta segunda-feira (17), o MST reuniu mais de 500 militantes no Centro Administrativo do Governo do Estado da Bahia, exigindo a destinação de políticas públicas para famílias assentadas. Até o final do mês, estão previstas 25 ocupações de terra em todo estado.

Mato Grosso

Nesta segunda-feira, foi ocupado o Incra em Cuiabá por um contingente de 350 famílias camponesas, reivindicando a retomada da política de Reforma Agrária.

Paraná

Cerca de 800 trabalhadores de acampamentos e assentamentos do MST iniciam nesta segunda-feira (17) a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária no Paraná. Os Sem Terra chegaram ainda na madrugada em Curitiba, onde montaram um grande barraco de lona preta em frente ao Incra. Já no primeiro dia de Jornada, os militantes foram recebidos pelo Superintendente do órgão para apresentarem sua pauta.

Distrito Federal

O Plenário Ulisses Guimarães, da Câmara de Deputados, recebeu uma Sessão Solene na manhã desta segunda-feira, celebrando a passagem do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, com a presença de diversos setores da sociedade civil, deputados, senadores e trabalhadores rurais. O militante da coordenação nacional do MST, Alexandre Conceição, foi enfático: "Nós nos comprometemos: enquanto houver fome no campo não haverá paz para o governo golpista".

Rio de Janeiro

Neste 17/04, trabalhadores rurais Sem Terra realizaram encontro no Armazém da Utopia para homenagear os mártires de Eldorado dos Carajás e debater a Reforma Agrária e os retrocessos do governo golpista.

Dia 18/04, será realizada uma audiência pública com o Incra, onde o MST apresentará sua pauta de reivindicações, cobrando a agilidade da Reforma Agrária no estado, tendo em vista que ainda há acampamentos em média com sete anos que as áreas não foram desapropriadas devido a morosidade da justiça. Assim como os assentamentos, que tem dificuldades de acessar as políticas públicas sem assistência técnica permanecendo numa situação precária.


Ao longo do dia 18 também será realizada a Feira da Reforma Agrária no Largo do São Francisco em frente ao IFCS/UFRJ com um Ato Político em Defesa da Reforma Agrária às 12h.

 (Com o MST)

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Greve geral dia 28 de abril


Lênin e a Revolução Russa


Série audiovisual sobre o Massacre de Eldorado dos Carajás estreia nesta segunda (17)


                                                           
A websérie A farsa: ensaio sobre a verdade da companhia de teatro Estudo de Cena, estreia nesta segunda-feira (17), quando se completam 21 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no estado do Pará, em que foram assassinados 21 trabalhadores sem terra.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o diretor da companhia Diogo Noventa, afirmou que a série além de abordar o Massacre de camponeses em 1996, fala também sobre a trajetória da peça teatral A farsa da justiça burguesa.

Sobre a peça o diretor conta: Ela foi escrita numa oficina do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em 2005, com a coordenação Sérgio de Carvalho da Companhia do Latão, e foi representada na Marcha Nacional pela Reforma Agrária desse ano”.

Em 2012, a Estudo de Cena fez uma adaptação da obra e levou a peça para diversas cidades dos estados do Acre, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro. “Ao fazer a peça nós percebemos o impacto dela nas pessoas, e como a memória do massacre disparava memórias de outros fatos semelhantes a este”, conta o diretor.

Já em 2014, o grupo participou do Acampamento Pedagógico da Juventude do MST, montado no exato local do massacre, na curva do “S” da PA-150. 

As filmagens que acabaram fazendo parte da série começaram neste encontro, onde a peça não só foi apresentada: “Convivemos durante 7 dias com os jovens fazendo um debate interessante sobre violência de Estado e memória social, e sobre arte e política”, conta Diogo.

O material audiovisual criado possui seis abordagens: as apresentações; entrevistas com sobreviventes do massacre; ações do acampamento, como uma marcha de 300 pessoas pela floresta até o cemitério onde estão enterrados os trabalhadores assassinados; entrevistas com jovens assentados que falam da importância de desenterrar a história; gravação da peça para câmera tendo como cenário o monumento de 19 castanheiras erguido no local do massacre; e o encontro dos integrantes da Estudo de Cena com Inácio Nascimento (um dos sobreviventes) em sua casa, na beira da estrada PA-150.

Para Diogo, a partir do golpe de 2016, o conservadorismo possui uma força muito maior no Brasil, e portanto o “papel dos artistas, de teatro e de cinema, só pode estar vinculado a uma luta de resistência, a uma luta que tente conter esse avanço do conservadorismo brasileiro, fazendo uma arte contra-hegemônica”.

Os 21 episódios da série serão lançados a partir de 17 de abril de 2017. O lançamento dos episódios ocorrerá em espaços públicos, como assentamentos, universidades, praças e parques de nove cidades do estado de São Paulo. Cada projeção será acompanhada pela apresentação da peça

A farsa da justiça da Estudo de Cena. Após o lançamento público, os episódios serão publicados a cada segunda e quinta-feira no canal do Youtube: A farsa: ensaio sobre a verdade.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Mulheres denunciam quem rouba a Previdência

Declaração dos Comitês de Defesa da Revolução de apoio à Venezuela

                                                                     

Os mais de oito milhões e meio de membros os acompanhamos. Não estão sozinhos. A Revolução bolivariana é herdeira dos mais dignos patriotas latino-americanos e em seu sedimento estão presentes os valores mais nobres de um povo

A voz de Chávez ainda abala o povo venezuelano. Hoje vibra com maior força; seus brados se escutam na América toda. «Glória ao bravo povo que o jugo lançou, a Lei respeitando, a virtude e a honra (…) Gritemos com força: Morra a opressão!, Compatriotas fiéis, a força é a união».

Frente à Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao seu secretário-geral, o tristemente célebre «para os Estados Unidos», Luis Almagro, o eco da voz de Chávez, encarnada em seus filhos, foi espada, som dilacerante, flecha ao coração de uns quantos, empenhados em sequestrar a verdadeira democracia venezuelana, seus recursos e riquezas.

Esta nova OEA, que tenta hoje derrubar a Venezuela, é a mesma que pretendeu tolher o exemplo da Revolução Cubana pela América Latina e o Caribe. Enquanto em uma pequena Ilha eram aprovadas medidas de benefício popular como a Lei da Reforma Agrária ou acontecia a campanha de alfabetização, o «ministério de colônias», guardou absoluto silêncio perante a invasão mercenária de Playa Girón.

Não é por acaso que somente poucos dias depois que os Estados Unidos rompessem relações com Cuba, a OEA excluísse a Ilha maior das Antilhas do sistema interamericano. A história do seu papel nefasto inscreve uma nova agressão contra o povo bolivariano e seu governo democrático, um dos que com maior ímpeto tem impulsionado o bem-estar da região.

Tampouco é o mutismo guardado por Almagro e seu séquito diante das impunes violações democráticas em países como o Brasil e a Argentina, nações nas quais milhares de cidadãos têm sido despojados de seus postos de trabalho, ou dos constantes casos de corrupção política, desaparecimentos, assassinatos de líderes sociais e estudantis, migração irregular e agressões de todo o tipo, contra as classes mais despossuídas do hemisfério.

Em abril de 2009, o Comandante-em-chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro, publicava em uma de suas reflexões que «a OEA tem uma história que recolhe todo o lixo de 60 anos de traição aos povos da América Latina».

Os cubanos e venezuelanos têm demonstrado, mais uma vez, com Martí, que «As árvores se têm que enfileirar, para que não passe o gigante das sete léguas». No dia 28 de março nem as pressões estadunidenses, nem dos países que têm tentado utilizar a OEA contra a Venezuela conseguiram vencer seu povo. «Triunfo popular, vitória popular para a Venezuela. Temos derrotado o Departamento de Estado, temos derrotado a chancelaria mexicana e a direita venezuelana» foram as declarações do presidente Nicolás Maduro.

Os mais de oito milhões e meio de membros os acompanhamos. Não estão sozinhos. A Revolução bolivariana é herdeira dos mais dignos patriotas latino-americanos e em seu sedimento estão presentes os valores mais nobres de um povo.

Tal e como somos capazes de doar nosso próprio sangue para qualquer ser humano cubano ou de qualquer recanto do mundo sem diferença de raça, sexo, pensamento, o povo venezuelano tem se despojado em muitas ocasiões de seus recursos para ajudar o nosso pessoal. O mais recente exemplo está na ajuda oferecida a Cuba após a devastadora passagem do furacão Mathew pelo oriente do país.

A Revolução chavista continuará. Cuba e seu povo estão ao seu lado. Tal foi o compromisso do general-de-exército Raúl Castro durante a 16ª Cúpula da Alba, em março. «Ratifico o compromisso assumido em nossa Declaração, de acompanhar a defesa da Venezuela e a posição digna, valente e construtiva do presidente Nicolás Maduro».

Passados 55 anos da saída de Cuba da Organização dos Estados Americanos, Venezuela convoca a um debate «com o povo, com as pessoas honestas, patriotas que queiram paz». O presidente venezuelano tem aberto «o debate nacional e internacional sobre a violação da carta de fundação da OEA e a agressão de um grupo concertado de governos de direita contra a Venezuela e a pertinência da Organização dos Estados Americanos, sua vigência e utilidade».

O povo de Cuba tem demonstrado a incompetência e o espírito intervencionista deste organismo. Estamos certos que agora o fará o venezuelano.

Ressoa em nossos corações a voz inconfundível do comandante eterno Hugo Chávez. «Unida com laços, que o céu formou, a América toda, existe em nação; e se o despotismo levanta a voz, sigam o exemplo que Caracas deu».

É espada, é escudo, é a força com que vibra a América.

Secretariado Nacional dos Comitês de Defesa da Revolução

(Com o Granma)

Em nossas mãos

Antônio Rodriguez/Rebelión

terça-feira, 11 de abril de 2017

MANIFESTO DO PCB AOS TRABALHADORES E À JUVENTUDE

                                                                   
                 
                     MANIFESTO DO PCB AOS TRABALHADORES E À JUVENTUDE
                                          
Contra a reforma da previdência, reforma trabalhista, a terceirização e o ajuste fiscal. Pelo poder popular e o socialismo!

O Brasil vive a mais grave crise de sua história, resultado tanto do fracasso dos governos do PT e de sua política de aliança com o empresariado e os velhos políticos tradicionais, bem como do ataque brutal desse governo golpista de Michel Temer contra os trabalhadores e a juventude. Na verdade, não se trata de um governo, mas de uma quadrilha encastelada no Planalto, no Parlamento e na Administração Pública, que rouba descaradamente os cofres públicos e que agora realiza todo tipo de manobras para se safar da cadeia. 

O país está há quatros em recessão profunda, com crescimento médio negativo e um brutal desemprego que atinge mais de vinte milhões de trabalhadores, considerando os treze milhões a procura de vagas, somados aos sete milhões que desistiram de procurar emprego. A essa situação se juntam o caos no sistema de transporte, a degradação da saúde pública, os baixos salários, a insegurança nas grandes cidades, a crise financeira dos Estados e a falta de saneamento para amplas faixas da população.

Não bastasse essa situação dramática, o governo ilegítimo de Michel Temer, a serviço dos patrões, vem realizando um conjunto de medidas antipopulares para favorecer os bancos, o agronegócio e as grandes empresas em geral. Aprovou no Parlamento um ajuste fiscal por 20 anos, cujo objetivo é congelar por duas décadas os gastos públicos, reduzir as verbas para saúde e educação, de forma a privatizar os hospitais e as escolas públicas, além de cortar os recursos para as áreas sociais. 

Os primeiros resultados desses cortes já podem ser sentidos na crise financeira dos Estados e Municípios, com atraso e parcelamento dos pagamentos de funcionários e aposentados, fechamento de postos de saúde, redução da merenda escolar, falta de creches, além da violenta crise nas penitenciárias, cuja face mais visível são as cenas de barbárie nos presídios de vários Estados.

Na sua escalada para servir aos milionários e poderosos, o governo aprovou a lei das terceirizações do trabalho, que na prática revoga grande parte da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), reduzindo direitos, salários e garantias dos trabalhadores. Com esta lei, as empresas podem terceirizar todas as suas atividades, o que vai resultar no rebaixamento de salários e na precarização das condições de trabalho. 

Além disso, governo quer aprovar ainda uma reforma trabalhista para acabar de vez com os direitos dos trabalhadores, que foram conquistados com muita luta na década de 40 do século passado. Essas duas medidas favorecem o trabalho escravo no campo, retiram os direitos dos trabalhadores nas cidades, configurando-se assim o mais brutal retrocesso contra o proletariado brasileiro em toda sua história moderna.

Para completar o ciclo de barbárie, o governo quer aprovar ainda a reforma da previdência, a partir da qual os trabalhadores só poderão receber o benefício pleno se trabalharem ao longo de 49 anos. As mulheres e homens terão que trabalhar até os 65 anos para ter direito à aposentadoria. Num país onde, em muitos Estados e, especialmente, na área rural, a média de vida é de 65 anos, isso significa que grande parte da população irá morrer sem poder se aposentar. A juventude, além de perder a perspectiva da aposentadoria, vai ser prejudicada também com a reforma do ensino médio, que reduz as disciplinas de ciências sociais, implanta o obscurantismo e a repressão contra o ensino crítico e democrático.

Que os ricos paguem pela crise

Na verdade, é importante entender claramente que essas medidas antipopulares têm como objetivo favorecer os ricos e poderosos às custas dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre dos bairros.  As terceirizações vão baratear o preço da mão de obra, aumentar a rotatividade no trabalho e reduzir salários; a reforma trabalhista tira nossos direitos e vai acabar com férias, 13º salário, a licença maternidade, o descanso semanal renumerado e um conjunto de outros direitos trabalhistas.

A reforma da previdência, além de inviabilizar a aposentadoria dos trabalhadores e da juventude, visa a desmontar e privatizar o sistema previdenciário e deixar que esses recursos públicos sejam administrados  por bancos e financeiras privados. Esse governo usurpador quer roubar o nosso futuro para servir aos agiotas nacionais e internacionais, ao grande capital e ao agronegócio. A crise que o país vive foi provocada pelos patrões e seus aliados. Portanto, que eles paguem pela crise e não os trabalhadores.

Esse é um governo sem legitimidade, nem popularidade, odiado pela grande maioria da população, um governo que não foi eleito e por isso mesmo não tem nenhum respeito para com os trabalhadores e a juventude e que só está se sustentando porque faz o trabalho sujo para seus patrocinadores, o grande capital, a oligarquia financeira e o agronegócio. Um governo cheio de corruptos, desde o presidente, ministros e funcionários da administração governamental, que transformaram a coisa pública em um balcão de negócios. Governa com um Parlamento que é uma vergonha nacional, cheio também de corruptos, com  mais da metade envolvidos nas investigações em curso. Alguns deles já foram presos, como o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ou seja, governantes desse tipo deveriam estar na cadeia e não aprovando medidas contra o povo.

Por que tudo isso está acontecendo? Primeiro, porque o sistema capitalista está em crise no mundo inteiro. A burguesia mundial realiza uma ofensiva contra os direitos e garantias dos trabalhadores procurando colocar na conta dos assalariados todo o ônus da crise internacional. O que está ocorrendo atualmente no Brasil acontece também na maior parte dos países capitalistas.

 A crise brasileira também é parte da crise mundial do capital. Mas a crise brasileira encerra um ciclo que se fechou dramaticamente com o impeachment da presidente Dilma. Um ciclo que demonstrou o fracasso da política de conciliação de classes e que também foi pedagógica para todos, pois evidenciou claramente que as alianças com a burguesia sempre levarão os trabalhadores à derrota.

Por isso, o PT também tem grande responsabilidade nessa crise, pois, ao longo dos seus 13 anos de governo, se aliou com o grande empresariado e  com todos aqueles políticos corruptos que no passado criticava e não realizou as mudanças necessárias para reduzir o poder dos milionários e poderosos. Amarelou diante da luta pelas transformações sociais e foi descartado pelas classes dominantes quando já não servia mais. Fez muito pouco pelos trabalhadores. 

Para se ter uma ideia, os gastos com o Bolsa Família, por exemplo, representam apenas 10% do que é embolsado pelos bancos e rentistas em geral por conta do pagamento dos juros da dívida interna. Esses recursos pagos aos rentistas dariam para investir na produção, retomar o crescimento econômico, ampliar as verbas para saúde e educação, construir creches nos bairros e mais escolas, hospitais e universidades públicas.  É sempre assim: quem dorme com o inimigo acorda morto, ou quase.

Só a luta organizada muda a vida

Em outras palavras, estamos à beira de uma catástrofe social que precisa ser evitada de qualquer maneira. O PCB, com sua longa experiência de luta contra os patrões e o governo, quer alertar a todos que não adianta ficar acomodado em casa esperando a fatalidade chegar. Não adiante se fingir de morto como se nada estivesse acontecendo. A crise atinge a imensa maioria do povo. Se não reagirmos agora, iremos pagar um preço terrível pela omissão: levaremos uma vida pior do que a que estamos vivendo atualmente. 

Nossos filhos e nossos netos terão também uma vida mais difícil que a nossa, uma vida de pobreza, miséria, baixos salários, péssimas condições de vida, desemprego, saúde pública privada, onde se você não tiver dinheiro morre na porta do hospital; ensino também privado, onde só os ricos e poderosos terão educação de qualidade e poderão cursar uma universalidade, além de uma juventude marginalizada, sem qualquer futuro, aliciada pelo banditismo e assassinada diariamente nas periferias.

Esse será nosso destino se não lutarmos. O PCB acredita que  somente a organização e a luta dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre dos bairros pode reverter essa conjuntura dramática. É necessário generalizar a luta contra o corte de direitos e garantias dos trabalhadores e da juventude. Chegou a hora de transformar a grande insatisfação que envolve a maioria da população em luta concreta e organizada para derrotar esse governo ilegítimo. 

As lutas que estão sendo realizadas nas ruas, os protestos nos estádios de futebol, nas manifestações culturais, as recentes paralisações e manifestações dos dias 15 e 31 de março apontam no sentido de que é fundamental intensificarmos a luta nas ruas, nos locais de trabalho e estudo, organizar a população nos bairros num processo de acumulação de forças rumo à greve geral contra todas essas medidas de arrocho.

As centrais sindicais e os movimentos sociais estão chamando uma greve geral contra as reformas antipopulares, sob o lema “Dia 28 de abril vamos parar o Brasil”. É nosso dever trabalharmos ativamente para o sucesso dessa jornada de lutas, procurando transformar o 28 de abril num marco histórico que irá mudar a correlação de forças em favor dos interesses populares até a queda desse governo, a revogação de todas as medidas antipopulares, a colocação dos corruptos na cadeia e o confisco de seus bens para pagar o que foi roubado dos cofres públicos.

Portanto, cada trabalhador, cada jovem, cada morador dos bairros, cada dona de casa deve se incorporar a essa luta em cada cidade brasileira formando os Comitês Populares Contra as Reformas. É importante pressionar para a realização de assembleias nos sindicatos, reunir os amigos nos bairros ou nas associações de moradores, realizar debates nos grêmios e centros acadêmicos, conversar com os vizinhos, explicar as consequências dos ataques que estão sendo realizados contra os trabalhadores e a juventude e convencer a todos a participar dessa luta.

Um programa alternativo para o Brasil

Para contribuir com a unidade das forças contra Temer, o PCB propõe um calendário de reuniões com organizações da esquerda socialista e dos movimentos sociais, assim como as entidades nacionais da luta sindical e democrática, dentre outras, visando à articulação de um espaço de lutas mais amplo, para além dos blocos e frentes da esquerda socialista, pois, diante da gravidade da situação brasileira, dos ataques contra os trabalhadores, das ameaças às liberdades democráticas e à soberania nacional, há um vasto campo progressista que poderá ser atraído para engrossar e fortalecer as lutas anticapitalistas e contra a barbárie que o governo Temer quer nos impor. ​

Sabemos pela própria experiência histórica que nem todos os componentes desse processo de lutas têm os mesmos objetivos. Por isso, é imprescindível que, no interior do campo unitário, se fortaleça a esquerda socialista e classista visando a constituir uma frente política permanente, um campo alternativo no qual os interesses dos trabalhadores não sejam trapaceados por quem quer apenas canalizar a insatisfação popular das ruas para as eleições em 2018. 

É fundamental que, nesse processo de debate e entendimentos, se produzam as ferramentas para a realização do Encontro Nacional dos Trabalhadores e do Movimento Popular, com vistas à construção de um projeto alternativo para o país que se transforme em referência organizativa para a grande insatisfação que hoje existe na sociedade brasileira. Quanto mais forte esse bloco estiver, maiores serão as possibilidades para se avançar nas conquistas populares.

O ano de 2017 será decisivo para o futuro do Brasil. Do resultado das lutas que realizarmos dependerá o futuro próximo do país. Nesse sentido, é preciso varrer do poder os velhos políticos e seus partidos corruptos. Queremos construir uma outra sociedade onde as decisões não sejam tomadas nos salões da burguesia, mas entre os trabalhadores e o movimento popular. 

Uma sociedade sem exploração, sem miséria, sem fome, uma sociedade nova onde todos possam ter uma vida digna e feliz. O PCB conclama os trabalhadores, a juventude e o povo pobre dos bairros para uma longa jornada de lutas para destruir os podres poderes do decadente sistema de representatividade eleitoral brasileiro e conquistar um novo governo, que tenha como norte de ação os interesses populares, na perspectiva de construção do poder popular e do socialismo.

Todos juntos na greve geral de 28 de abril!

Derrotar a reforma trabalhista e da previdência!

Colocar todos os corruptos na cadeia e confiscar seus bens!

Pelo poder popular e o socialismo!

Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB)

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Publicação da Comissão Política Nacional do PCB

                                                  

           
                    Fora Estados Unidos e OTAN da Síria!

                                           Toda solidariedade ao povo sírio!

Na última sexta feira, os EUA atacaram a base aérea síria de Shayrat, situada na província de Homs, destruindo parte de suas instalações. A pretexto de responder a um suposto ataque químico, a respeito do qual não há comprovação, mais de meia centena de mísseis foram disparados de um porta aviões ianque no mediterrâneo oriental.

O ataque estadunidense acontece no momento da guerra em que a Síria, Hezbollah, Irã e Rússia estão objetivamente vencendo o ISIS e outros grupos mercenários armados, financiados e legitimados pelo imperialismo e seus aliados, como os governos dos EUA, Grã-Bretanha, França, Israel, Turquia, Arábia Saudita e Qatar. Os EUA pretendem reverter a situação favorecendo o terrorismo de grupos bárbaros e fundamentalistas. O episódio coincide com ataques do ISIS na Síria e com o atentado terrorista na Rússia na semana passada.

O imperialismo dos EUA e seus satélites cada vez mais recorrerá a manobras cínicas, utilizando-se de atentados sob falsa bandeira e guerras de agressão contra os povos para tentar manter a sua hegemonia, atualmente em fase de decadência. O método de satanizar lideranças e “criar” informações falsas para legitimar ações bárbaras não é uma tática nova do imperialismo. Em 2003, o governo do famigerado G. W. Bush atacou o Iraque para “destruir” inexistentes armas de destruição em massa. Agora a farsa se repete.

A crise sistêmica do capitalismo acirra as disputas entre os grandes monopólios internacionais. O polo imperialista ainda hegemônico (EUA e países centrais da Europa) responde com guerras, golpes políticos e manipulação midiática ao crescimento de países com poderio econômico e militar, como a China e Rússia. A guerra na Síria é produto do acirramento das contradições interimperialistas.

Além do petróleo, a Síria conta com consideráveis reservas de gás natural. Riquezas que são fundamentais para a acumulação capitalista contemporânea. Hoje, os EUA e seus aliados tentam aprofundar a instabilidade política, social e econômica na Síria para dividir este país e seu povo, a fim de facilitar a sua dominação, como aconteceu no Iraque e na Líbia.

O Partido Comunista Brasileiro denuncia, mais uma vez, essa agressão bárbara e se solidariza com o povo sírio e todas as suas forças políticas e sociais, em especial o Partido Comunista Sírio, que lutam contra a intervenção imperialista e pela reconstrução soberana desse país.

Comissão Política Nacional do Partido Comunista Brasileiro – PCB

sábado, 8 de abril de 2017

Semana dos Povos Indígenas


                                                                          
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), neste simbólico mês da resistência secular indígena, lançou a tradicional campanha Semana dos Povos Indígenas. Por todo o país, missionários e missionárias percorrem escolas, universidades, sindicatos, órgãos públicos, Legislativo e Judiciário, além das aldeias discutindo um tema previamente selecionado.

Para este ano, o Cimi convida a reflexões sobre "Povos indígenas, Territórios e Biomas: Berços de Vida, Lutas e Esperança". O tema vincula-se ao proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Campanha da Fraternidade de 2017. Partindo das reflexões da Encíclica Ladauto Si, do Papa Francisco, o texto da campanha analisa: 

"São inúmeros os problemas gerados por um modelo exploratório, que vê converter tudo em mercadoria e subjuga os seres vivos aos imperativos de lucratividade e de concorrência do sistema capitalista. Dentro dessa lógica, os povos indígenas e populações tradicionais são vistos como obstáculos e suas distintas maneiras de pensar e de viver são caracterizadas como ultrapassadas, anacrônicas, obsoletas". 

A campanha reflete sobre os conhecimento tradicionais dos povos indígenas e comunidades tradicionais como vitais para as espécies do Planeta. "Esta é uma capacidade desenvolvida a partir de seus modos próprios de viver e de entender as relações entre os seres, na terra. Para viver, e não meramente sobreviver, é preciso ver nos outros – pessoas, animais, plantas – não um inimigo ou um concorrente, e sim um elemento que integra a trama da vida e que tem, nela, o seu lugar". 

Desse modo, garantir os territórios tradicionais a estas populações é a face de uma luta contra toda uma ordem econômica e política geradora de misérias, desigualdades, esbulhos e genocídio. 

"A relação dos povos indígenas com a terra é explicada pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro (2016, s/p) nos seguintes termos: A terra é o corpo dos índios, os índios são parte do corpo da terra. A relação entre terra e corpo é crucial. A separação entre a comunidade e a terra tem como sua face paralela, sua sombra, a separação entre as pessoas e seus corpos, outra operação indispensável executada pelo Estado para criar populações administradas".  

Justamente por conta de tal capacidade dos povos indígenas e comunidades tradicionais de desobedecer à "criação de populações administradas", a Semana é também um espaço de denúncia. "A demarcação e proteção das terras é um direito dos povos indígenas estabelecido pela Constituição Federal, Art. 231, no qual se afirma que “são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”. 

Biomas

Não há quem melhor proteja um bioma do que o povo que nele vive de forma integrada com as diversas formas de vida ali presentes. Há que se destacar que a presença dos povos indígenas e demais comunidades tradicionais como os quilombolas, os coletores de iscas, os ribeirinhos, os caiçaras e os pescadores artesanais ajudam a preservar os biomas. Tal relação é outro aspecto que a Semana pretende abordar. Exemplos não faltam. 

"Para se ter uma ideia inclusive do potencial de reavivamento de áreas degradadas nestes biomas, os Pataxó que lutam por suas terras tradicionais na Bahia, exatamente no local da invasão portuguesa ao Brasil, plantaram mais de 20 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica nos últimos anos. Os Ka’apor, entre 2013 e 2016, fecharam 14 ramais de retirada ilegal de madeira da Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão. Os Munduruku conseguiram impedir a destruição da Terra Indígena Sawré Muybu, no Pará, barrando a construção do Complexo Hidrelétrico do Rio Tapajós - o que por conseguinte inundaria milhares de hectares de Floresta". 

Pouco a sociedade envolvente a estes povos é informada pela mídia hegemônica sobre o que representa para todos e todas os indígenas e comunidades vivendo nos territórios tradicionais. Ao contrário, a mídia apenas reproduz o modelo que tem nos levado a situações de vulnerabilidade e morte, caso do agronegócio (grande destruidor de biomas e populações), negando, inclusive, a informação de que 70% dos alimentos que acessamos diariamente vêm da agricultura familiar. 

"Demarcar e respeitar os limites dos territórios indígenas é uma das formas de reconhecermos que há outros povos com propriedade e sabedoria para resguardar a diversidade ecológica que existe em nosso país. É também um modo de dar visibilidade a outros pontos de vista sobre o mundo, e a concepções que não cabem nos limites de nossa tradição ocidental".

FSM põe a nu a questão síria

                                             

O papel dos EUA e os bombardeios na Síria


Federação Sindical Mundial

Atenas, 7 de abril de 2017

É conhecido em todo o mundo que foram os EUA, a União Europeia, a Turquia e as monarquias do Golfo quem criaram, financiaram e armaram o Estado Islâmico. Seu objetivo foi desmembrar a Síria e criar novos estados fantoches para roubar as riquezas da região.

Hoje, com os bombardeios estadunidenses contra a Síria, Trump dá continuidade às políticas dos presidentes anteriores. Através deste ataque está dando respaldo ao ISIS. Assim aumenta o risco de uma guerra generalizada.

O movimento sindical classista exige:

Que as tropas estrangeiras abandonem a região;
Que acabe a intervenção imperialista contra a Síria e o Oriente Médio;
Os recursos naturais da Síria pertencem ao seu povo;
Os povos da região são os únicos que tem direito de decidir sobre seu presente e seu futuro;
Que cesse o uso de armas químicas por todos.
O Secretariado.

http://www.wftucentral.org/el-papel-de-los-eeuu-y-los-bombardeos-en-siria/?lang=es

Tradução: Unidade Classista.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

O Capital


Realizado com êxito o XX Congresso do Partido Comunista da Grécia


De 30 março a 2 de abril ocorreu na sede do Comitê
Central do KKE o XX Congresso do Partido

“Fortalecemos o KKE, para um movimento operário e uma Aliança Social fortes. Pelo poder, pelo socialismo”. O lema do XX Congresso do KKE estava em todos os lugares: fora do auditório, em um banner gigante na fachada da sede do Comitê Central do Partido. Era possível ver na sala de reuniões, nos discursos nos discursos dos delegados.

Por todas as partes existia entusiasmo e emoção, inclusive antes que começasse o Congresso, na quinta-feira. Isto foi evidente na exposição especial sobre os cem anos da história do KKE, nas vitrines com o material do Arquivo do KKE, nos rostos dos camaradas delegados e de centenas de convidados à inauguração do Congresso. 

Nos olhos daqueles que tomavam nas mãos a publicação especial do Comitê Central do KKE sobre a vida e a morte de 28 membros do Comitê Central do KKE, que foram executados ou assassinados, consistentemente na vanguarda da luta da classe trabalhadora e do povo. 

“Valorizamos nossa atividade, tiramos conclusões, estabelecemos tarefas”, disse na apresentação do informe, representando o Comitê Central cessante, o Secretário Geral do Comitê Central, Dimitris Koutsoumpas. 

E a discussão que se desenvolveu nos dias posteriores teve este objetivo: o fortalecimento do Partido para que seja sempre o partido da revolução social, para que posse levar a cabo seu papel histórico, de vanguarda, utilizando e aprofundando as contradições do sistema capitalista através da luta de classes.

A abertura do Congresso e a apresentação do Informe foi assistida pelos delegados eleitos e os observadores, juntamente com veteranos da Resistência do EAM e do DSE, e os quadros da KNE que foram convidados. Dezenas de convidados da vida social, política e cultural, personalidades das Letras, das Artes e da Ciência, dos Esportes, da Administração Local, representantes de sindicatos de trabalhadores e do movimento de mulheres, estiveram presentes na abertura do Congresso.

Junto a nós neste grande momento, estiveram militantes que lutaram durante anos com o KKE, nas fileiras do movimento operário e campesino, no movimento dos trabalhadores autônomos e dos comerciantes, nas lutas das mulheres e dos jovens.

A ressonância internacional do Congresso foi confirmada pelas mensagens de saudação de 102 Partidos Comunistas e Operários, que chegaram à sede do Comitê Central do KKE.

Cada canto do edifício foi preparado adequadamente com esforço e trabalho voluntário de muitos dias, para albergar este importante evento. Igualmente valiosa para o sucesso do Congresso era a oferta de material utilizado para a preparação da comida dos dias do Congresso, assim como o trabalho voluntário de dezenas de camaradas em todos os sectores.

A exposição permanente de material da história do DSE e do curso do movimento revolucionário em nosso país permaneceu na recepção das oficinas do Comitê Central do Partido. A estes materiais se agregaram recentemente dezenas de publicações e materiais únicos que estavam no Arquivo do KKE sobre o 100° aniversário da Grande Revolução de Outubro.

Pouco antes da apresentação do Informe, existiu um momento muito emocionante, quando músicos, de vários lugares na sala de reuniões que estava cheia de gente, começaram a tocar uma melodia conhecida, que se tornou ainda mais clara quando dezenas de jovens entre os delegados começaram a canta o “Odigitis”, escrito pelo comunista Kostas Várnalis.

Em um ambiente muito emotivo, a mesa diretora dirigiu uma saudação especial de parte do Partido às dezenas de camaradas e lutadores veteranos que estavam na sala de reuniões. Fez-se referência especial aos 65 anos da execução de Nikos Belogiannis, membro do Comité Central do KKE, e de seus três camaradas Dimitris Batsis, Nikos Kaloumenos e Ilias Argiriadis, que ocorreu em 30 de março de 1952.

Posteriormente, se fez uma referência a quadros do Partido, membros do Comitê Central e do Birô Político durante muitos anos que faleceram nos quatro anos transcorridos desde o XIX Congresso. Guardou-se um minuto de silêncio, seguido por aplausos prolongados dentro e fora do auditório, antes da apresentação do informe do Comitê Central ao Congresso.

No Informe apresentado ao Congresso pelo Secretário Geral do Comitê Central do KKE, Dimitris Koutsoumpas, foram apresentados alguns elementos característicos das discussões internas do partido que precederam ao Congresso: “Todo o processo prévio ao Congresso, a aprovação das Teses do Comitê Central e a discussão essencial e criativa que se fez, são um passo importante, um legado para o futuro. Expressam tanto o trabalho especial que se fez nos anos anteriores com o Programa e as demais elaborações, e com as Teses do Partido. 

Nas Organizações de Base do Partido, votaram a favor das Teses do Comitê Central para o Congresso 99,3% dos membros do Partido. Nas Conferências das Organizações Setoriais, de Área e Regionais, votaram a favor 99,9% dos delegados.

Além disso, todos os órgãos de direção da KNE e as organizações de base da KNE se posicionaram sobre as Teses. No Conselho Central, nos Conselhos Regionais e nos Conselhos Setoriais da KNE, as Teses foram aprovadas por unanimidade. Nas organizações de base da KNE, 99,7% dos membros votaram a favor.

Cabe assinalar que na discussão prévia ao Congresso, que durou 3 meses, foram publicadas as opiniões de 262 membros e amigos do Partido e da KNE através do diário Rizospastis – órgão do Comitê Central – e da revista teórica “Revista Comunista”. As Teses do Comitê Central chegaram a 80.000 pessoas. Em todo país se fizeram 850 encontros abertos e reuniões para discutir sobre as Teses do Comitê Central com a participação de 23.000 amigos do KKE e da KNE.

No Congresso, tomaram a palavra 70 delegados. Na discussão, se expressou o acordo essencial com as Teses e o Informe do Comitê Central. Destacou-se a determinação e a combatividade no esforço para fortalecer o KKE em todos seus aspectos, ideológico, político e organizativo. Transmitiu-se experiência importante das atividades do Partido, nos anos anteriores, quando a estratégia do KKE enfrentou com sucesso condições complexas e difíceis tanto a nível nacional como a nível internacional.

Houve muita reflexão sobre como O KKE será mais capaz na tarefa de reagrupamento do movimento operário, da construção da aliança social na direção antimonopolista-anticapitalista, como será mais eficiente na luta contra a guerra imperialista, na contribuição no Movimento Comunista Internacional, na construção do Partido, sobretudo nos centros de trabalho, e a respeito do apoio que presta à KNE.

O Informe e o discurso de encerramento do Comitê Central do KKE foram aprovados por unanimidade. O Informe do Comitê Central de Auditoria foi aprovado por unanimidade.

O XX Congresso votou por unanimidade a Resolução Política do Congresso. No próximo período, a Resolução será traduzida em vários idiomas e será publicada nas páginas web do Partido em línguas estrangeiras.

O XX Congresso do KKE se encerrou com a eleição do novo Comitê Central e Comitê Central de Auditoria. O Comitê Central, em sua primeira reunião, elegeu o camarada Dimitris Koutsoumpas como Secretário Geral do Comitê Central do KKE.

Fonte: http://es.kke.gr/es/articles/El-20-Congreso-del-KKE-finalizo-con-exito/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

terça-feira, 4 de abril de 2017

ABI comemora 109 anos com Glauber Rocha

                                    

O filme “Terra em Transe”, do cineasta baiano Glauber Rocha, será exibido de graça nessa sexta-feira, 7, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, às 18h30, no 7º andar, na sala Belisário de Sousa, em comemoração aos 109 anos da entidade e ao Dia Nacional do Jornalista.
Em novembro de 2015, “Terra em Transe” entrou na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos, feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

O longa de 1967, é ambientando na fictícia cidade de Eldorado e retrata a história de Paulo Martins, um jornalista idealista e poeta ligado à política. O filme também expressa os relacionamentos amorosos do personagem e a relação dele com as questões políticas.
                                                                      
Em planos de filmagem incomuns, Glauber expôs de forma poético-política as contradições do nascimento e da colonização de Eldorado – país imaginário – permeadas pela tradição cultural brasileira, fazendo alusão ao momento político vivido pelo Brasil entre 1960 e 1966.
                                                                          
Mesmo usando metáforas e mensagens entrecortadas, Terra em Transe foi censurado pela ditadura e dividiu opiniões mesmo entre militantes da esquerda, em 1967, ano de seu lançamento.