terça-feira, 23 de outubro de 2018

Associação José Marti homenageia a camarada Zuleide Faria de Melo

                                                                 

Nathália Mozer (*)

No último dia 20 de outubro aconteceu o I Encontro Estadual de Brigadistas e de Solidariedade a Cuba da Associação José Marti, no Rio de Janeiro. Na ocasião, além das atividades de discussão e troca de experiências sobre as Brigadas de trabalho voluntário, foi homenageada a professora Zuleide Faria de Melo, que tem grande importância na construção da ACJM-RJ, destacado trabalho em prol da solidariedade à revolução cubana.

Zuleide tem uma militância em prol da solidariedade internacional desde a década de 1980, quando ocupou cargos no Instituto Cultural Brasil-União Soviética, no Conselho Brasileiro de Defesa da Paz, criado para combater o acirramento da Guerra Fria, e também na Associação Cultural José Marti, da qual participa até hoje como presidente de honra.

A tarde foi marcada por diversos depoimentos de amigos e ex-alunos da professora, que, dentre as diversas contribuições de Zuleide, destacaram o árduo trabalho em defesa da revolução Cubana, bem como a articulação da rede de entidades e pessoas que lutam contra o bloqueio que sofre a Ilha.

Oradores destacaram o importante papel que Zuleide cumpriu durante a ditadura militar para manter vivo o acervo do PCB e, após esse período, contra os liquidacionistas no início dos anos 1990.

Zuleide Faria de Melo é militante de toda uma vida pela causa socialista, no interior do Partido Comunista Brasileiro. Da  militância de base à condição de Secretária-Geral do PCB, Zuleide cumpriu grande jornada em vários campos da vida política e social, passando pela resistência à ditadura no Brasil, pelo apoio às lutas populares e operárias, pelo exercício transformador do magistério na UFRJ e pela convicta solidariedade internacional para com os povos em luta, em especial o reiterado apoio à Revolução Cubana.

Os comunistas de Pablo Neruda

Os comunistas.
Os que colocam a alma na pedra,
no ferro, na dura disciplina,
ali vivemos só por amor
e já se sabe que nos dessangramos
quando a estrela foi tergiversada
pela lua sombria do eclipse.
Agora vereis que somos e pensamos.
Agora vereis que somos e seremos.
Somos a prata pura da terra,
o verdadeiro mineral do homem,
a fortificação da esperança;
um minuto de sombra não nos cega:
com nenhuma agonia morreremos.

(*) Membro da direção do PCB no Rio de Janeiro e do conselho diretor da Associação Cultural José Martí-RJ.


sábado, 20 de outubro de 2018

Superar a dispersão para resistir ao fascismo

                                                  


"Carta aberta do PCB às entidades
sindicais classistas e 
movimentos populares de luta

Prezados/as companheiros/as,

A grave crise que assola a economia nacional desde 2014, o esgotamento do período de conciliação de classes e a falência da chamada Nova República são alguns dos elementos mais importantes que determinaram o fim do pacto social vigente no Brasil desde a década de 1980. Nesse contexto, direitos elementares que a classe trabalhadora conquistou ao longo de todo o século passado têm sido frontalmente atacados pela grande burguesia.

Desde 2015, pelo menos, setores de extrema direita em nosso país, associados ao imperialismo, têm intensificado suas ações políticas no sentido de disputar a consciência das massas, de forma cada vez mais explícita e direta.  Enxergamos com muita preocupação o risco de que, em pouco tempo, se consolide um movimento neofascista no Brasil, a exemplo do que já ocorre em outros países.

O processo em questão é uma ameaça muito séria ao conjunto da classe trabalhadora latino-americana em geral e brasileira em particular. Já é possível verificar, inclusive, o recrudescimento da violência física e simbólica contra a esquerda em diversos estados. Precisamos agir rapidamente! Antes de mais nada, não devemos poupar esforços no sentido de eleger Fernando Haddad e derrotar Bolsonaro nas urnas.

Contudo, é necessário chamar atenção para o fato de que a escalada reacionária no Brasil não é um fenômeno meramente eleitoral. Ou seja, independentemente do resultado das eleições de 28 de outubro, a incompatibilidade entre a atual fase mundial do capitalismo e a própria “democracia liberal” já vem se expressando em nosso país. Portanto, seja lá quem for o próximo presidente da república, a praga do fascismo precisará ser enfrentada em cada local de trabalho, estudo e moradia. Companheiros/as, o fascismo só será efetivamente barrado nas ruas, com a classe trabalhadora unida e organizada.

Para defender o que ainda resta de liberdades democráticas, direitos sociais e trabalhistas, precisamos urgentemente superar a dispersão do movimento sindical classista e dos movimentos populares de luta. A conjuntura nos impõe, mais do que nunca, muita unidade para resistir à ofensiva da burguesia.

Assim, propomos a realização imediata de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora, com vistas a pôr em prática duas tarefas fundamentais: a) discutir e aprovar um plano comum de resistência e luta; b) criar um Fórum Nacional de Mobilização que congregue todas as entidades sindicais e populares dispostas a cerrar fileiras contra o fascismo no país e a avançar nas lutas em defesa das liberdades democráticas, dos direitos políticos, sociais e trabalhistas e em favor da soberania nacional.

Saudações a todos os ativistas e lutadores do Brasil. Pelo Poder Popular e o Socialismo!

Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro – PCB"

(19/10/2018)

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Vote nos candidatos do Partido Comunista Brasileiro

                                                                        
             
                  RECONSTRUIR O BRASIL NA DIREÇÃO DO SOCIALISMO

Medidas de emergência para reconstruir o Brasil

1) Revogação de todos os atos do governo Temer e combate rigoroso aos corruptos e corruptores, entendida a corrupção como fenômeno endêmico ao sistema capitalista.

2) Programa emergencial de emprego baseado nos investimentos públicos: formação de Frentes de Trabalho Urbana e Rural para reduzir o desemprego; tabelamento dos gêneros de primeira necessidade; expropriação dos imóveis abandonados ou ociosos para abrigar os sem teto; rede de restaurantes e mercados populares; transporte gratuito para os desempregados e suas famílias, estudantes e componentes das frentes de trabalho, na perspectiva da tarifa zero para todos.

3) Concessão de abono salarial para os que ganham salário mínimo, inclusive Bolsa Família, aposentados e seguro desemprego. Estabilidade no emprego para todos os trabalhadores e fim das terceirizações.

4) Auditoria da dívida interna e criação de uma Comissão da Verdade para analisar todo o processo da dívida, com suspensão do seu pagamento dos juros. Renegociação e reestruturação da dívida dos Estados com a União. Revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal, da DRU (Desvinculação das Receitas da União) e das desonerações e renúncias fiscais.

5) Nova política tributária, com redução ou isenção da tributação sobre o consumo de bens e produtos de primeira necessidade. Cobrança de impostos progressivos de acordo com a renda de cada pessoa ou agente econômico, além de um imposto especial sobre as grandes fortunas e ganhos de capital. Isenção da cobrança do imposto de renda para os trabalhadores que ganham até 5 mil reais. Nova tabela do imposto de renda, respeitando o princípio de que quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos e quem não ganha nada não paga nada.

6) Regularização imediata dos assentamentos e uma nova política de incentivo à produção de alimentos saudáveis, com redução do uso de agrotóxicos nas plantações e apoio à agricultura familiar. Soberania, demarcação e titulação imediata das terras indígenas, quilombolas e ribeirinhas, com garantia de políticas públicas nas áreas de educação, saúde e previdência.

7) Combate firme a todas as formas de opressão, como o racismo, o preconceito étnico, religioso e a violência e o preconceito contra as comunidades LGTBs, com garantia de seus direitos. Garantia dos direitos e elaboração de políticas específicas para as mulheres, incluindo a legalização do aborto, salário igual para trabalho igual, além de políticas públicas de proteção contra a violência, o feminicídio, assédio moral e sexual e o machismo.

Medidas de transição para um novo Brasil

8) Estímulo à criação das instâncias do Poder Popular, com formação dos Conselhos Populares eleitos nos locais de trabalho, moradia, estudo, lazer e cultura. Abertura do Parlamento aos movimentos sociais e garantia de realização de plebiscitos e referendos sobre temas de interesse nacional. Parlamento unicameral e garantia de revogação dos mandatos por parte da população.

9)  Controle social dos meios de comunicação e criação de uma rede pública de comunicação social, com ampla liberdade para que as organizações políticas e sociais construam seus meios de informação. Reforma do Judiciário, com novas regras e prazos de mandatos para as instâncias superiores e constituição de Juntas Populares de Justiça para pequenas causas.

10)  Abertura imediata de todos os arquivos da ditadura, com o mapeamento dos atos de repressão, envolvendo prisões, torturas, mortes e desaparecimentos políticos ainda não revelados. Rigorosa punição aos torturadores e seus mandantes. Democratização das Forças Armadas, com formação militar baseada na defesa da soberania nacional e respeito aos interesses populares. Desmilitarização da Segurança Pública, focando atuação na prevenção, inteligência, combate ao tráfico de armas e à onda de homicídios em todo o país. Fim da criminalização das comunidades populares e do genocídio da juventude negra.

11) Estatização e controle público das instituições financeiras, dos oligopólios ligados aos insumos e produtos essenciais básicos, além das empresas estratégicas e dos meios de produção essenciais à vida, como água, luz elétrica, transporte, saúde, educação, petróleo e infraestrutura, passando sua direção para um Conselho de Trabalhadores e redução das remessas de lucro das multinacionais. Reestatização plena da Petrobrás e todas as empresas e recursos naturais que foram privatizados; extinção das agências reguladoras e anulação de todos os contratos de risco, leilões e parcerias público-privadas realizados em território brasileiro.

12) Nova política industrial e tecnológica para modernizar o parque industrial brasileiro, desenvolver ou criar setores de ponta, com forte incentivo à pesquisa, à ciência e à tecnologia. Suporte às micro, pequenas e médias empresas e à agricultura familiar, colocando o BNDEs e os Bancos Públicos a serviço das reais necessidades da população e não dos lucros capitalistas.

13)  Valorização do salário mínimo e recuperação do poder de compra dos salários, por meio de um programa discutido com os sindicatos, de forma a alcançar o valor do salário estipulado pelo Dieese. Redução da jornada de trabalho para 35 horas sem redução do salário e obrigatoriedade de formação de comissões de empresa em todos os estabelecimentos com mais de 50 trabalhadores.

14) Reforma agrária sob o controle das entidades dos trabalhadores, com desapropriação imediata dos latifúndios improdutivos, das fazendas com trabalho escravo e das que não estejam cumprindo a função social. Criação de uma nova política agrícola sustentável ecologicamente, visando a produzir alimentos saudáveis. Estímulo à formação de grandes cooperativas agropecuárias para racionalizar o sistema produtivo e ampliar a oferta de produtos básicos. Reforma urbana, com desapropriação dos terrenos vazios para a construção de habitações populares, praças, parques e locais de lazer.

15)  Estatização do sistema privado de saúde, incluindo rede assistencial (hospitais, serviços ambulatoriais, de apoio diagnóstico e terapêutico), setores de pesquisa e de produção de fármacos, imunobiológicos, hemoderivados e de insumos e indústrias de material médico-hospitalar e de equipamentos. Organização do Sistema de Saúde a partir da atenção primária à saúde, evoluindo até os níveis de maior complexidade, conjugando ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação. Ampliação da rede assistencial, com construção de unidades básica de saúde e hospitais nos bairros populares.

16)  Estatização do sistema de ensino nacional, especialmente das universidades privadas e escolas particulares e nova regulação para as entidades confessionais, com vistas à criação de uma escola pública e popular de qualidade para todos, da educação infantil ao ensino superior, além da pós-graduação. Campanha nacional para a erradicação do analfabetismo no prazo de dois anos, aplicando os métodos universalmente testados e exitosos em Cuba, na Venezuela e na Bolívia. Construção e ampliação dos espaços comunitários de esporte e lazer, com uma política de fomento à prática esportiva, especialmente nos bairros populares.

17)  Previdência social pública e universal, com teto de 60 anos para homens e 55 para as mulheres; recuperação das perdas salariais e aumento real dos proventos e pensões, restabelecendo-se o princípio solidário amplo da seguridade social.

18) Política sustentável de meio ambiente, com garantia de demarcação e manutenção das terras indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Defesa da Amazônia, dos aquíferos em território nacional e o Aquífero Guarani. Defesa da biodiversidade, dos diversos recursos naturais brasileiros e revitalização do Rio São Francisco como forma de garantir a transposição de suas águas.

19)  Política cultural de incentivo às manifestações populares, para a construção de um amplo movimento cultural com capacidade de inovar estética e politicamente o panorama cultural brasileiro, buscando romper com os interesses dominantes dos oligopólios nacionais e internacionais, que mercantilizam a cultura e as artes.

20)  Respeito à autodeterminação dos povos e a seu direito de resistência frente à opressão e à dominação estrangeira; luta pela retirada da 4ª Frota e das bases estadunidenses da América Latina e do Caribe. Criação de espaços comuns de integração voltados a fortalecer os vínculos econômicos, sociais e culturais e de comunicação entre os povos da região.

21) Revogação do acordo militar Brasil/Estados Unidos; retirada das tropas brasileiras do Haiti e sua substituição por médicos, engenheiros e professores; luta pela democratização da ONU. Solidariedade irrestrita à Revolução Socialista Cubana e aos processos de mudanças na Bolívia, Venezuela e outros países; devolução do arquivo da Guerra do Paraguai ao seu povo. Luta pelo fim da agressão imperialista aos povos do mundo; apoio à construção do Estado Palestino democrático, popular e laico.

VEJA A LISTA DOS CANDIDATOS DO PCB NOS ESTADOS:

1) Em Roraima são seis candidaturas a Deputado Estadual, das quais três representam a fração indígena:

Tuxaua Carlos Santos (21.222) e o professor Márcio Feitosa (21.789) do povo macuxi e Wesley Manuel (21.777) do povo wapixana. Na chapa ao legislativo roraimense há ainda a participação da professora Lindivalda Feitosa (21.000) do Coletivo dos Trabalhadores Municipais em Luta, assim como da coordenadora do MTST no Estado, Maria Ferraz (21.123) e do estudante e quadro da União da Juventude Comunista (UJC), Darlan Souza (21.121).

Para a disputa ao Congresso Nacional, o PCB lançou as candidaturas do professor e jornalista PAULO THADEU a Deputado Federal (2121) e da liderança indígena TELMA TAUREPANG a Senadora da República (212), tendo ainda o professor indígena Misaque Antone, do povo wapixana e do radialista Raphael Uchoa, respectivamente na primeira e segunda suplência ao senado.

2) Em Minas Gerais, o PCB, o PSOL e diversos movimentos sociais, culturais e populares constituíram a Frente Minas Socialista, que apresenta um programa de enfrentamento ao aprofundamento da exploração das classes trabalhadoras, imposto pela burguesia. Indicamos o nome da professora Dirlene Marques 50 PSOL para governadora de Minas Gerais, tendo como vice a professora Sara Azevedo 50 PSOL. Nossas candidaturas ao Senado são o Professor TÚLIO LOPES 210 PCB e Duda Salabert 50 PSOL.

DANIEL CRISTIANO 21210 PCB é o candidato do PCB a deputado estadual. Daniel é professor, negro, desportista e militante da Unidade Classista. Foi candidato a prefeito pelo PCB na eleição extemporânea para a Prefeitura de Ipatinga, em junho passado, conquistando o segundo lugar, com mais de 20 mil votos.

O PCB apresenta 12 candidaturas a Deputados(as) Federais: Arthur Miranda 2161, Bruna Thariny 2121, Fabrício Avelino 2150

Fernando da Federal 2158, Gabriela Marreco 2102, Paloma Silva 2100, Pedro, o Cabo Franco 2101, Professor Agnaldo Alexandre 2122, Professor Luís Fernando 2123, Renata Regina 2180, Wagner Schneider 2110 e Zulu 2111.

3) No Rio de Janeiro, o PCB defende as candidaturas de Tarcísio Mota e Ivanete 50 para o Governo, Chico Alencar 500 para Senador na Coligação Mudar é Possível. São candidatos do PCB:

HEITOR CÉSAR Deputado Estadual 21021 é professor de história e filosofia, atua na oposição pela base no sindicato dos professores do Rio de Janeiro, o Sinpro-Rio, luta contra o sucateamento dos transportes, o abandono da saúde, a destruição e o fechamento de escolas, lonas culturais, teatros e cinemas dos bairros, o desmonte de projetos como os CIEPs e muitos outros desmontes dos serviços públicos com o objetivo claro de favorecer o grande capital.

MARIA CAROL Deputada Federal 2121 tem 21 anos, é estudante de geografia na UFRRJ (Rural) e militante da União da Juventude Comunista (UJC) desde 2015. Criada no meio de mulheres aguerridas, que jamais perderam a fé na vida e a ensinaram a ter esperança na luta, tem convicção no poder de resistência diária, dignidade e superação do povo trabalhador brasileiro.

MARTA BARÇANTE Senadora 211 iniciou sua militância no movimento estudantil durante a ditadura militar. Foi professora e diretora do Sinpro-Rio e, em 1993, ingressou no TJRJ, passando a atuar no Sind-Justiça, de cuja diretoria participou entre 2001 e 2011. É militante do PCB desde 1983, foi fundadora da Unidade Classista, é a Secretária Nacional de Mulheres, Gênero e Diversidade Sexual do PCB e atua no Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro.

4) Em Pernambuco, são candidatos do PCB:

AMANDA PALHA Deputada Federal 2122: travesti, feminista, educadora popular e estudante de Serviço Social, há seis anos vinculada a associações filiadas à ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais (atualmente à Amotrans – Articulação e Movimento de Travestis e Transexuais de Pernambuco. Milita há 12 anos pelas causas da classe trabalhadora, das mulheres, das LGBTI e pelas lutas populares. Defende que o povo esteja no centro das decisões, com a gente decidindo realmente nosso destino, combatendo toda forma de exploração e opressão.

Luiza Carolina da Silva Deputada Estadual 21321 atua no movimento estudantil e camponês da cidade de São Lourenço da Mata, na defesa da educação pública, agroecologia, reforma agrária e do protagonismo da mulher trabalhadora. Josias Leandro Deputado Federal 21000 é funcionário público e atua nos movimentos populares compondo várias trincheiras da luta popular, como no enfrentamento às políticas antipopulares instaladas com o Porto de Suape.  Elvira Cavalcanti Deputada Federal 2111 atua no Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, na Associação Pernambucana de Anistiados Políticos-APAP e na Associação Político Cultural Brasil-Cuba. Agamenon do Gás Deputado Estadual 21999 É morador da cidade do Cabo de Santo Agostinho e atua em defesa das causas populares nos movimentos comunitários.

5) Em São Paulo, em aliança com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o PCB apoia a chapa da Professora Lisete e Maurício Costa para o Governo do Estado e de Daniel Cara e Sílvia Ferraro para o Senado. Concorrem para o parlamento:

MAURÍCIO ORESTES PARISI Deputado Federal 2121, professor de história, pesquisador, é historiador formado pela USP. Professor da Rede Municipal de São Paulo, representa sua escola no sindicado. É conselheiro do SINPEEM. Luta por melhores condições de trabalho em todos os âmbitos da educação.

MERCEDES LIMA Deputada Federal 2100, integrante do comitê central do PCB, feminista, advogada e professora universitária, é formada em Direito pela USP, mestre em Direitos Humanos, difusos e coletivos (UNIMES). Fundadora do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, participa da luta internacionalista, integrando diversos comitês de defesa dos povos oprimidos (palestinos, sírios, venezuelanos e do povo Sarawi).

ERNESTO PICHLER Deputado Estadual 21100 é engenheiro formado pela Politécnica, com pós-graduação na Michigan State University. Consultor da ONU em muitos países da América Latina, Ásia e África, estudioso das políticas de ciência, tecnologia e desenvolvimento socioeconômico e ecoambiental, luta contra o sucateamento dos Institutos de Pesquisas científica e tecnológica.

6) No Espírito Santo o PCB apresenta a candidatura de MAURO RIBEIRO 211 para o Senado: servidor público estadual lotado na CETURB/ES (Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo), técnico em transportes e arquiteto, indica soluções para as questões da mobilidade urbana e da habitação, defendendo a estatização do transporte público e a tarifa zero.

7) Em Goiás, o PCB lançou as candidaturas de Marcelo Lira e Bernardo Bispo para Governador 21, da Profª Magda Borges para o Senado 210, Andriele Qualhato para Deputada Federal 2121e Nicolas Arantes para Deputado Estadual 21021.

Marcelo Lira defende a educação pública, gratuita e de qualidade e se posiciona de forma radical contra a militarização das escolas estaduais. Luta contra a privatização dos serviços públicos e a implementação de Organizações Sociais em qualquer ponto da administração pública. Magda Borges assegura que uma candidatura feminista e classista “é fundamental para que o machismo e a opressão de gênero sejam compreendidos como relações funcionais ao sistema capitalista. Defende a legalização do aborto, entendendo que a questão precisa ser discutida na perspectiva de garantir a vida das mulheres.

8) Em Santa Catarina, para deputado estadual, o PCB apresenta a candidatura do engenheiro da Companhia Catarinense de Águas e SaneamentoEduardo Grandi (21000). Em composição com o PSOL, com Camasão para Governador, o PCB lança o nome da camarada Carol Bellaguarda a vice-governadora, para denunciar o poder das grandes famílias ricas e seus comparsas e, ir além, na direção de um governo socialista. Contra o desemprego, as ameaças à aposentadoria, a violência contra a mulher, a falta de saneamento, a precarização e privatização de escolas e hospitais, da água, luz e dos serviços públicos, é preciso organizar as lutas no rumo do Poder Popular.

São também candidatos a Deputado Federal do PCB em SC: Rodrigo Lima (2121), Giancarlo Capistrano (2123) e Filipe Miséria (2100).

9) No Rio Grande do Sul, o PCB apoia Robaina (PSOL) para governador, Romer (PSOL) e Cleber Soares (PCB – 212) para o Senado. A camaradaMarianna Rodrigues (PCB) é candidata a Deputada Estadual (21021) e Raimundo Poty (PCB), a Deputado Federal (2121).

Cleber Soares é trabalhador dos correios, sindicalista, professor de História, diretor de carnaval da escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina, sempre batalhando em defesa da cultura, da educação pública e do povo trabalhador. Raimundo Poty é operário metalúrgico de Caxias do Sul. Participou de diversas lutas por moradia para o povo pobre, com incansável combatividade junto aos movimentos populares. Além da jornada na fábrica, também é poeta! Mari Rodrigues é jovem, mulher e trabalhadora, sempre lutando em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da juventude e da educação pública. Compõe as fileiras da luta antimanicomial e em defesa do SUS público, gratuito e de qualidade. Combate todas as formas de opressão, em defesa das mulheres e das comunidades LGBT.

10) No Maranhão, o PCB está compondo a Coligação VAMOS SEM MEDO DE MUDAR O MARANHÃO (PSOL/PCB). São candidatos do PCB: Iêgo Bruno Senador 212, Dra. Valuzia (Deputada Federal), Francinaldo (Deputado Federal), Moreira do Marwel Deputado Federal 2177, Gato Félix Deputado Estadual 21021 e Maria Aparecida (Deputada Estadual).

11) Em Alagoas, na Frente de Esquerda com o PSOL, o PCB apresenta as seguintes candidaturas: Osvaldo Maciel Senador 210, Samuel Dasilvah (Deputado Federal) e Wanessa (Deputada Estadual).

12 ) No Piauí, o PCB compõe a coligação O Poder Popular na Construção do Piauí, expressão da união entre o PSOL, o PCB e os movimentos populares, com a Profª Sueli e Chiquinho da Luta para o Governo do Estado. Os candidatos comunistas, atuantes na luta sindical, no combate à desigualdade de gênero, contra o extermínio da juventude negra, pela reforma agrária e o desenvolvimento social do Piauí, são: DEPUTADA ESTADUAL EDILENE PINHO 21.234, militante feminista e diretora de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (SINTECT-PI). DEPUTADO FEDERAL JOSÉ RODRIGUES 2121 é sindicalista e liderança nacional dos Correios. Já presidiu o Sintect-PI e Fentect, secretário jurídico do Sintect-PI e coordenador nacional da Unidade Classista. SENADOR PROF. FAUSTO RIPARDO 211 é Professor de história, bacharel em Direito e membro da Unidade Classista.

13) No Amapá, o PCB lança Joaquina Lino para Senadora 212, mulher negra feminista que atua na FEMEA- Federação de Mulheres do Estado do Amapá, articuladora nacional do MAMA – Movimento articulado de Mulheres da Amazônia, fundadora e conselheira do CEDMAP- Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.

14) Em Brasília, o PCB apresenta a candidatura do professor, sindicalista e membro da Unidade Classista Jamil Magari 2121 para Deputado Federal.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Sete motivos para os antifascistas votarem nos deputados do PCB

                                  

1- O PCB tem história de combates e vitórias contra o fascismo e a extrema-direita. Na década de 1930, enfrentou os integralistas. Nos anos 40, enviou militantes para enfrentar o nazifascismo na Europa. Ao longo do século XX enfrentou as ditaduras de Vargas e a empresarial-militar imposta pelo golpe de 1964. O PCB tem uma história de resistência às perseguições, com militantes presos, exilados, torturados e mortos.

2 – O PCB é um partido ideológico, com militantes preparados e dispostos a dar suas vidas em defesa da humanidade. O socialismo que defendemos é um projeto de longo prazo, em defesa das grandes conquistas da humanidade no plano econômico, social, ambiental e cultural. O fascismo e seu ódio servem para reforçar o capitalismo e sua barbárie e por isso devemos combatê-los.

3 – Para além do discurso, o combate ao fascismo é efetivo quando atinge as bases materiais desse fenômeno. Hoje, elas são o desemprego e a retirada de direitos que desesperam o povo, fazendo com que alguns setores acabem aderindo irracionalmente ao discurso de ódio. A verdadeira solução é o investimento público para geração de empregos, diminuição da jornada de trabalho para 6 horas, valorização do salário mínimo e  o fortalecimento das estatais sob controle popular.

4 – Defendemos a soberania nacional contra o neofascismo entreguista e antinacional, que se submete aos interesses das grandes corporações estadunidenses. Eles querem a privatização de nossas riquezas naturais e estatais, como o pré-sal e a Petrobrás, que devem ser 100% públicas.

5 – Os fascistas defendem os padrões mais arcaicos da sociedade burguesa, de forma intolerante às diferenças. O PCB defende a pluralidade e todas as potencialidades da espécie humana, em termos imediatos, através da ampliação dos direitos para as mulheres, negritude, LGBTs, quilombolas e indígenas.

6 – É importante lembrar de que foi nas entranhas deste sistema político podre que se fortaleceram as candidaturas da extrema-direita. Mesmo assim, uma série de partidos ditos democráticos se coligam com os setores fascistas ou corroboram com suas propostas, isto é, a lógica punitiva no sistema penal, as reformas da previdência e trabalhista e as privatizações. Com o PCB não há conciliação! É luta antifascista com consequência e coerência!

7 – Acreditamos que a eleição é apenas uma batalha na luta contra o fascismo. Não derrotaremos de vez as novas formas e movimentos fascistas se não formos às ruas, organizarmos o povo, massificarmos as lutas e pautas da classe trabalhadora, isto é, fortalecendo o poder popular. Ter parlamentares do PCB é uma garantia de fortalecer as lutas pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores, pois nos identificamos com toda a luta antifascista.

# ELENÃO!


No domingo não se esqueça: vote nos candidatos da Frente Minas Socialista


domingo, 30 de setembro de 2018

Vote em Renata Regina Federal -2180


#VAMOSCOMTÚLIO210 Plenária aberta da campanha popular!

                                               


Segunda-feira, 1º de outubro de 2018, em Belo Horizonte. Na rua Hermilo Alves, número 356 no Santa Tereza na Regional Leste de BH. Contamos com a presença de toda a militância, simpatizantes, apoiadores e apoiadoras. Com unidade e luta da esquerda venceremos a direita mineira!

Vamos com Zulu para Federal - 2111


Matéria da TV Chinesa XINHUA e na BAIHU - A arte marcial chinesa em Goiás

sábado, 29 de setembro de 2018

Niterói homenageia a Dinarco Reis Filho, militante histórico do PCB (Conheci Dinarquinho o ano passado quando da homenagem da Câmara Municipal de Juiz de Fora a outro militante histórico do PCB, José Francisco Neres. José Carlos Alexandre)

                                                                             

“Porque o difícil, amigos, é viver pela Revolução
mais difícil que morrer por ela espetacularmente”.
Jorge Amado (Homens e coisas do Partido Comunista)

No dia 28 de setembro, sexta-feira, , o título de Cidadão Niteroiense  deve ter sido ntregue a  Dinarco Reis Filho, membro do Comitê Central do PCB e presidente da Fundação Dinarco Reis. A homenagem, de autoria do mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL), é um merecido reconhecimento aos anos de vida dedicados à militância e à construção de uma sociedade mais justa. 

Vindo ainda criança para Niterói, Dinarco construiria nessa cidade a sua militância na UJC (União da Juventude Comunista) e seus primeiros anos de militância no PCB, partido ao qual dedicou sua vida inteira. Só sairia de Niterói após o golpe de 1964, quando foi obrigado a entrar para a clandestinidade – retornando posteriormente para a cidade. Dinarco recebeu agora o título de cidadão da cidade que viu nascer o PCB, em 1922!

Na atual conjuntura, em que os fascistas saem novamente às ruas, em que o aumento da exploração e a defesa da opressão se misturam a um feroz anticomunismo, não podemos nos calar. Quando os neoliberais anunciam diariamente o fim da história, nós que lutamos contra o capitalismo e o imperialismo, que buscamos reconstruir o Brasil em direção do socialismo, devemos nos lembrar e lembrar ao mundo, que a história não acabou.

A memória dos nossos camaradas, de nossas lutas e bandeiras é parte da construção de uma consciência revolucionária da classe trabalhadora e da resistência ao avanço conservador!

QUEM É DINARCO REIS FILHO

Dinarco Reis Filho nasceu em 14 de novembro de 1932, no bairro de Realengo, na Travessa Rodrigues Marques.

É filho do tenente de aviação militar Dinarco Reis e de Lygia França Reis. Seu pai participou do levante comunista de 1935, tendo ficado conhecido como o Tenente Vermelho. Preso após a derrota do levante, Dinarco Reis (pai) partiu para a Espanha, onde teve importante participação na Guerra Civil Espanhola, lutando contra os fascistas de Franco. 

Após ser capturado, foi mantido em campos de concentração na França, de onde fugiu e continuou a luta, dessa vez contra o nazismo, junto à Resistência Francesa.

Apenas em 1944, Dinarco Reis Filho passa a ter maior convivência com seu pai. Na época, mudaram-se para Niterói, na Rua Saldanha Marinho, na mesma casa em que moravam Carlos Marighella, David Capistrano e Claudino José da Silva, operário negro, da rede ferroviária da Leopoldina, deputado constituinte na bancada comunista de 1946. Foi na Praça Araribóia que Dinarco assistiu a grande festa de confraternização que celebrava o fim da Segunda Guerra Mundial.

Em 1948, Dinarco Reis Filho entra para a União da Juventude Comunista (UJC) e em 1951 entra no PCB, participando das campanhas do Movimento O Petróleo é Nosso!

Em 1959 foi admitido na Petrobrás, através de concurso público. No mesmo ano, acompanha, em Niterói, a Revolta das Barcas, importante rebelião popular contra a privatização, os altos preços e péssimos serviços oferecidos na Barcas.

Com o golpe empresarial militar de 1964, foi demitido e cassado, no dia 5 de maio, pelo delito de opinião, passando a viver na clandestinidade. Em São Paulo foi motorista e segurança do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro e participou da organização do VI Congresso do PCB, em 1967.

Dinarco Reis Filho atualmente é membro do Comitê Central do PCB e presidente da Fundação Dinarco Reis.

(Este texto foi escrito originalmente por Lucas Correia e publicado no site do PCB)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Marielle: uma das mulheres do fim do mundo

                                                                      

Guilherme Tardelli (*)

O poema “Coração do Mar”, de Oswald de Andrade, musicado por José Miguel Wisnik, foi reconstituído na voz de Elza Soares. São injetados à composição do modernista os dois versos finais, aqui escritos:

“Coração do Mar
É terra que ninguém conhece
Permanece ao largo
E contém o próprio mundo como hospedeiro.
Tem por nome: “se eu tivesse um amor”
Tem por nome: “se eu tivesse um amor”
Tem por nome: “se eu tivesse um amor”
Tem por bandeira um pedaço de sangue
Onde flui a correnteza do canal do mangue
Tem por sentinelas equipagens, estrelas,
taifeiros, madrugadas e escolas de samba.
É um navio humano,
Quente, negreiro, do mangue.
É um navio humano,
Quente, guerreiro, do mangue”.

A Mulher do Fim do Mundo também é uma imagem reconstruída, do poema Metade Pássaro (1941), de Murilo Mendes, mas vai além: é a personificação desta na cantora, “A mulher do fim do mundo/ Dá de comer às roseiras,/ Dá de beber às estátuas,/ Dá de sonhar aos poetas.” Elza é a voz que reúne todas as vozes e as canaliza num rompante de dor e resistência, como resposta.

A música homônima ao título do disco aproxima-se do surrealismo, estabelecendo várias conexões com Murilo Mendes, num mundo em que cada verso contém uma dor, a imagem potencialmente alegre do carnaval é a tristeza da mulher, que passou a “vida na avenida”, que deixou tudo lá, e livra-se desta para cantar a si mesma no mundo. E o canto se faz pelo canto. Mas não é um canto qualquer, é um canto que se adensa a cada nova imagem, com as dificuldades da mulher negra, ainda mais da mulher negra consciente da história e que resiste.

Elza arrasta seu canto até que, de voz rasgada pela idade, pela história, mostra o quanto ainda quer cantar, ainda quer agir. Os instrumentos vão acabando até que sobra uma guitarra e a voz dela apenas repetindo e repetindo: “Me deixem cantar até o fim”.

Clara Nunes, que também entoou a tristeza do povo, não poderia ser mais precisa: “E de guerra em paz/ De paz em guerra/ Todo o povo dessa terra/ Quando pode cantar/ Canta de dor”. Aproximando todos estes textos, chegamos à uma espécie de acúmulo de imagens do povo brasileiro, de modo que um artista colhe algo do outro e, acima de tudo, colhe algo do movimento da história. Vemos surrealismo – a mulher, que, em meio à destruição da Segunda Guerra Mundial, reaviva os objetos e os poemas e rosas – a dor do trabalhador, e a violência, que se repete. Tudo isso faz-se trabalho cotidiano das resistentes brasileiras, que cantam sobre esse horror e resistem, vibrantes.

Ontem foi um dia de grande comoção por Marielle, que não é única: é o fado de muitos negros e negras desde o navio negreiro aos assassinatos nas favelas. Então, coloco-nos em face do nosso maior poeta, Carlos Drummond de Andrade, no poema Visão 1944: “Meus olhos são pequenos para ver/ a massa de silêncio concentrada/ por sobre a onda severa, piso oceânico/ esperando a passagem dos soldados”.

Hoje, sigo em prosa, meus olhos são pequenos para ver os corpos, muitos corpos que se amontoam, mas que reavivam a flor do mundo às avessas com seu sangue; a flor que rompe o asfalto, ensopada em sua própria substância, surge lutuosa e brava.

Milhões foram às ruas ontem, por Marielle e Anderson e Amarildo e Rafael Braga e Cláudia e milhões sem nome, milhões desfigurados pelas mesmas armas, que poderiam libertá-los. A massa não é de silêncio, é de milhões de vozes prontas para agir.

Devemos prometer: nenhum nome será esquecido!

A flor, que brota do asfalto, responde e compreende Marielle, e mostra, em seu movimento, um sentido último: ela era socialista. Ela era militante, mulher, negra e socialista. Sua busca, além da defesa dos direitos humanos, complementava-se com a luta por um mundo novo, pelo fim do Capitalismo.

E milhões surgem nas ruas, milhões significam a flor, milhões na tristeza, milhões foram e são assassinados; e outros milhões, vivos, buscam tirar a tristeza das coisas significadas sem ênfase, buscam recuperar relações humanas, entre seres e não entre coisas no mundo. Buscam entender as coisas e ver nelas trabalho, ver nelas a humanidade, e não uma relação fantasmagórica entre elas mesmas. O fim do extermínio negro, das mulheres, e o fim da exploração do humano pelo humano eram o horizonte revolucionário de Marielle.

Na Avenida Paulista acendemos velas e marchamos, abrindo caminho pela cidade, rasgando o asfalto. A força não se perde, mas se concentra, e cresce.

Cada ato, cada depoimento emocionado, cada pessoa que se põe na rua, para enfrentar o horror, faz viver Marielle, Elza e milhões de vozes. Cada instrumento da bateria que vi ontem, cada par de olhos soturnos, cada grito, cada passo na rua, revelavam a revolta popular viva, Marielle viva, todos que caíram, vivos! Quanto mais eu suava e gritava, mais força aparecia, em mim, para seguir. Vi isso nos outros e vi a indignação organizada.

E até o fim vamos cantar, vamos cantar até o fim! Marielle é uma das mulheres do fim do mundo. E essa mulher é a mulher que anuncia um mundo novo, um mundo cujo homem não explora o homem, um mundo sem classes, sem racismo, sem machismo, sem extermínio dos pobres, negros, despossuídos. E, por isso, pelo fim do mundo, nossa luta, como escreveu o camarada Mauro Iasi, nunca termina… nunca… nunca termina!

Marielle, presente! Hoje e sempre!

Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta!

(*) Militante da União da Juventude Comunista, núcleo USP.

Presidente de Cuba fala na Cúpula da Paz 100 anos de Mandela



Eu seu pronunciamento durante Cúpula para a Paz 'Nelson Mandela', Díaz-Canel disse que 'a paz mundial se vê ameaçada pela filosofia da dominação'; é a primeira vez dele nos EUA desde eleição

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, viajou neste domingo (23/09) aos Estados Unidos para participar da 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas realizada em Nova York. Esta é a primeira vez que o mandatário vai aos EUA após ser eleito em abril.

Em sua primeira participação, o cubano discursou nesta segunda-feira (24/09) na Cúpula da Paz "Nelson Mandela", homenageado pela ONU pelo centenário de seu nascimento.

O presidente de Cuba elogiou o antigo líder sul-africano dizendo que "nos alegra e reconforta que a Assembleia Geral das Nações Unidas se reúna em uma Cúpula para a Paz e que essa cúpula leve o nome de Nelson Mandela".

Em seu pronunciamento, Díaz-Canel afirmou que "a paz mundial se vê ameaçada pela filosofia da dominação" e citou povos refugiados de nações em guerra que "são vítimas de uma segregação silenciosa e silenciada".

O mandatário ainda disse que a homenagem a Mandela "reconhece a heroica luta do povo sul-africano contra o vergonhoso regime do Apartheid", e lembrou a parceira de Cuba com os povos da África que "se manteve por mais de 50 anos como uma prioridade da política exterior da Revolução cubana".

O discurso do presidente de Cuba na Assembleia Geral está previsto para terça-feira (25/09), na cúpula que dura até o dia 1º de outubro.

Bloqueio econômico

A data marca também os 58 anos de duração do bloqueio econômico a Cuba, imposto em 1960 pelos EUA.

Há 25 anos, as Nações Unidas se posicionam contra a medida norte-americana e, com exceção de Estados Unidos e Israel, os demais países membros costumam votar pelo fim do bloqueio.

Às vésperas do início da Assembleia Geral, organizações sociais e partidos políticos também se manifestaram pelo fim da medida.

(Com Opera Mundi)

domingo, 23 de setembro de 2018

Daniel Cristiano para Estadual e Túlio Lopes para o Senado-PCB

                                                                        
Daniel é professor, negro, desportista e militante da Unidade Classista. Foi candidato a prefeito pelo PCB na eleição extemporânea para a Prefeitura de Ipatinga, em junho passado, conquistando o segundo lugar, com mais de 20 mil votos.

“A precarização das relações trabalhistas e das políticas sociais que o governo Temer fez contra os trabalhadores devem ser combatidas com a unidade e organização da classe trabalhadora”, reforça Daniel.

 “Estarei a serviço dos trabalhadores e das trabalhadoras, dos desempregados e desempregadas, da agricultura familiar e da luta pela reforma agrária, dos quilombos, das mulheres, da juventude e do movimento LGBT. Vou ser o deputado estadual a serviço dos interesses da maioria da população”.

Daniel se posiciona de forma categórica contra o machismo e qualquer tipo de preconceito: “Serei um deputado para combater a violência contra as mulheres. Vamos combater o feminicídio. Serei um deputado ao lado das mulheres para enfrentar o machismo e o patriarcado”. 

Será um lutador em defesa dos direitos da classe trabalhadora, determinado e consciente da busca por uma Minas Gerais sem injustiças, desemprego, violência e da importância da organização dos trabalhadores, mulheres, jovens, negros e comunidade LGBT para que tenham força em suas conquistas e contem com um Tribuno Popular na Assembleia Legislativa do estado.

Ao enfatizar que Michel Temer, com a ajuda do congresso nacional, congelou os gastos públicos por 20 anos e que isto é uma afronta à classe trabalhadora, Daniel Cristiano se propõe a lutar para que o mesmo não aconteça no Estado. Vai fiscalizar a execução orçamentária e brigará em favor de uma saúde pública universal, com ênfase na saúde preventiva, com o programa Saúde da Família nas comunidades. 

Luta também em favor da construção e manutenção de quatro hospitais nas regiões periféricas de Minas Gerais, com prioridade para as áreas de menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “Se conseguirmos estabelecer um necessário atendimento à saúde básica, à atenção primária e de média complexidade de pronto atendimento, abarcaremos um relevante percentual de munícipes mineiros”, afirma o candidato comunista.

E vai atuar para recuperar a malha ferroviária de Minas Gerais. O que sobrou dela foi privatizado para atender os interesses das empresas mineradoras. Este importante meio de transporte público deve ser controlado pelo Estado, que deve garantir as condições para o transporte de cargas e passageiros. 

Isto reduzirá o custo das passagens e do transporte de cargas, além de melhorar a segurança nas rodovias e reduzir a poluição. Minas Gerais precisa voltar a priorizar o transporte ferroviário, melhorando o transporte, a vida da população e desenvolvendo a economia em favor dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Outro ponto fundamental de seu programa de lutas é a defesa da cultura popular, que tem papel preponderante no fortalecimento da identidade de um povo, contribuindo para a construção de um sociedade justa e igualitária, na contramão do projeto capitalista, que busca alienar e dividir a classe trabalhadora se divida, para que esta se torne um instrumento dócil nas mãos dos poderosos. 

“Vamos fazer do mandato de deputado um instrumento para espalhar por Minas Gerais a experiência da Intervenção Poética Popular Revolucionaria, que reúne várias atividades culturais, fortalecendo a disposição de luta e a indignação frente às injustiças, promovendo a consciência histórica e humana”.

A Frente Minas Socialista: PCB/PSOL/MOVIMENTOS POPULARES
 
                                                             

O PCB, o PSOL e diversos movimentos sociais, culturais e populares constituíram a Frente Minas Socialista, que apresenta um programa de enfrentamento ao aprofundamento da exploração das classes trabalhadoras, imposto pela burguesia. Indicamos o nome da professora Dirlene Marques -50 PSOL para governadora de Minas Gerais, tendo como vice a professora Sara Azevedo 50 PSOL. Nossas candidaturas ao Senado são o Professor Túlio Lopes 210 - PCB e Duda Salabert 50 - PSOL.

A Frente Minas Socialista é a alternativa classista e popular no Estado contra os representantes do grande capital, liderados pelo PSDB, assim como a proposta da conciliação de classe, que busca a reeleição do PT ao governo de MG. A Frente Minas Socialista é a força que reúne os setores engajados na organização política dos trabalhadores, das camadas populares com um programa anticapitalista e anti-imperialista que crie as condições para derrotar os retrocessos em curso e fortalecer a luta pelos direitos da classe trabalhadora na construção do Poder Popular, rumo ao socialismo.

imagemO camarada Professor Túlio Lopes 210 PCB, candidato a Senador, tem como suplentes Eloísa Aquino PSOL e Emanuel Bonfante PCB. Já percorreu milhares de quilômetros por Minas Gerais levando as propostas e os nomes apresentados pelo PCB para a eleição de outubro. Circulou pelas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e do Vale do Aço, Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Triângulo Mineiro, Região dos Inconfidentes, Centro-Oeste, Sul e Campo das Vertentes. Em todas as atividades têm sido reforçadas as históricas bandeiras das lutas do povo brasileiro e organizados Comitês Populares, que desenvolverão as atividades da campanha e propagarão os 21 pontos da plataforma do Partido, para a construção do Poder Popular.

O PCB apresenta 12 candidaturas a Deputados(as) Federais:

Arthur Miranda 2161

Bruna Thariny 2121

Fabrício Avelino 2150

Fernando da Federal 2158

Gabriela Marreco 2102.

Paloma Silva 2100

Pedro, o Cabo Franco 2101

Professor Agnaldo Alexandre 2122

Professor Luís Fernando 2123

Renata Regina 2180

Wagner Schneider 2110

Zulu 2111

As candidaturas estão distribuídas por todas as regiões do Estado, representando a classe operária, negros, mulheres e juventude

A campanha das candidaturas do PCB tem animado a militância, o movimento sindical, trabalhadores do setor público e privado, profissionais liberais, estudantes, camponeses, ativistas culturais, feministas, do movimento negro e LGBTs e setores populares, organizando a resistência, fortalecendo a consciência e construção de Comitês do Poder Popular para disputar o poder do Estado rumo ao socialismo.

Aeroporto de Beijing: o maior aeroporto do mundo

sábado, 22 de setembro de 2018

A Rússia se transformando na URSS

                                                       

José Carlos Alexandre      

Estes dias tenho deixado meu "Tornado"na garagem e me deliciado com o Netflix e com o Youtube. E tem valido...

A série "O Caminho dos Tormentos" é uma produção russa para valer.

É baseada na obra  de Alexis Tolstoi, do mesmo nome, e tem mais de 20 anos.

São 1200 páginas resumidas o ano passado em 12 capítulos.

Lançamento em comemoração aos 100 anos da Revolução de Outubro.

Aborda o período de transformação da Rússia czarista na Rússia Revolucionária, de 1913 a 1919, quando a jovem nação socialista foi invadida pela Alemanha. 

Veja a decadência da aristocracia, o vazio da burguesia e a ascensão do proletariado, junto com os camponeses e dos soldados cansados de guerras.

Túlio Lopes e Emanuel Bonfante, juntos para as eleições do dia 7 para o Senado - 210- PCB


210 - Professor Túlio Lopes - Senador PCB MG

(Comum nas redes sociais e entre premiados no último Grande Prêmio do Cinema Brasileiro)


Olha a Bruna Thariny aí, gente !


Pedro, o Cabo Franco 2101-PCB


Fernando da Federal 2158-PCB


O Povo no Poder com Wagner Schneider 2110-PCB


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Encontro Estadual de Brigadistas e de Solidariedade a Cuba

                                               



A Associação Cultural José Marti do Rio de Janeiro realizará, no dia 29 de setembro, o I Encontro Estadual de Brigadistas e de Solidariedade a Cuba. 

O encontro será no Sinttel-Rio (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesa Telefônica do Estado do Rio de Janeiro) a partir das 14h.

Neste primeiro encontro, a ACJM-RJ realizará uma homenagem à professora Zuleide Faria de Melo pelos mais de 30 anos de generosa solidariedade a Cuba e, também, por toda uma vida de luta em prol do socialismo.

PROGRAMAÇÂO (pode haver modificações):
13h – 14h Credenciamento
14h – 14h30 Abertura / Filme: As brigadas de solidariedade
14h30 – 15h30 Homenagem a Prof. Zuleide Faria de Melo
15h30 – 16h intervalo
16h – 17h30 Mesa Redonda: A solidariedade internacional e a construção do socialismo
17h30 – 18h Depoimentos / relatos: Experiências em Cuba
18h – 17h30 – Apresentação de salsa
18h30 – 20h Confraternização

Nesse dia, também, vamos montar uma exposição de fotografias de cuba e das brigadas de solidariedade.
Você pode mandar algumas fotografias até dia 21 de setembro para o seguinte e-mail:


Leia mais: https://josemartirj.webnode.com/news/i-encontro-estadual-de-brigadistas-e-de-solidariedade-a-cuba/

Eleições 2018: Vote no que você acredita!

                                                              

Uma das principais formas de combater a intolerância e o ódio é não deixar baixar nenhuma de nossas bandeiras.

Por isso nós acreditamos que esse não é um momento para temer.

Convidamos a todos e todas para um encontro potente que vai reunir as causas pelas quais lutamos no dia-a-dia. É momento de votar naquilo que você acredita!

Domingo 23/09 – 17:00 – Fundição Progresso
Rio de Janeiro – Brasil

ASSISTA O VÍDEO: https://www.facebook.com/guilhermeboulos/videos/236900246988602/

Sobre Guilherme Boulos

Candidato à Presidência da República pelo PSOL, Boulos é escritor, ativista político, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Sua atuação é marcada na luta contra as desigualdades, teve papel central na resistência democrática ao golpe de 2016 e junto ao MTST, garantiu habitação para 20 mil famílias.

Aos 20 anos deixou a casa de seus pais para morar e atuar em uma ocupação sem teto na zona metropolitana de São Paulo. Liderança social consolidada, é formado em Filosofia pela USP e ingressa aos 35 anos para a vida política, a partir das eleições de 2018, sendo o postulante à Presidência da República mais novo da história brasileira.

Nesse novo desafio, integra uma ampla aliança, que além do MTST e do PSOL, conta com outros movimentos e organizações como Povos Indígenas do Brasil, Mídia NINJA e Fora do Eixo,PCB, ativistas da frente Povo Sem Medo como sindicalistas, juventudes, coletivos feministas, antirracistas, LGBT e artistas. Com uma proposta inovadora, está construindo um programa a muitas mãos. Com o Vamos!, realizou debates em praça pública, somou contribuições de especialistas e proposições online.

TRAJETÓRIA

Nascido em 1982, Boulos é natural de São Paulo, filho caçula de dois médicos e professores da Universidade de São Paulo (USP). É liderança popular, filósofo,psicnalista, professor e escritor.

Desde jovem se interessou pelas lutas democráticas e, em 1997, aos 15 anos, ingressou no movimento estudantil, quando militou na União da Juventude Comunista (UJC). Nessa época, pediu aos pais que o transferissem de sua escola, particular, para uma instituição pública. Depois, conheceu o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) — em que permanece militando até hoje.

Aos 18 anos ingressou na USP, onde se formou em Filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Após isso, Boulos deu aulas na rede pública de ensino do Estado de São Paulo. Em 2016, fez um mestrado em psiquiatria na Faculdade de Medicina da USP. Estudou os efeitos da participação em ocupações do MTST, em pessoas com sintomas depressivos.

Uma frase de Frei Beto define o pré-candidato do PSOL: “Guilherme Boulos é uma das mais jovens e promissoras lideranças de movimentos sociais brasileiros. Dotado de boa formação ética e intelectual, fez uma opção radical, evangélica, pelos mais pobres, concentrando sua atividade no segmento da população sem acesso ao direito de moradia. Modesto, despojado, inteligente, Boulos pôs a sua vida a serviço dos direitos humanos fundamentais”.

LUTA POR MORADIA

Junto aos milhares de integrantes do MTST, Boulos conquistou habitações para mais de 20 mil pessoas. Hoje o movimento está presente em 13 estados do Brasil e já realizou centenas de ocupações.

Desde as jornadas de junho de 2013, Boulos tem se destacado como uma das maiores lideranças políticas brasileiras e esteve na linha de frente da resistência ao golpe parlamentar de 2016 e na campanha pelo Fora Temer e Diretas Já.

Boulos foi um dos fundadores da frente Povo Sem Medo, que se desdobrou no “Vamos! Sem medo de mudar o Brasil”, iniciativa inovadora de construção de programa que realizou centenas de reuniões pelo país e envolveu militantes e lideranças de movimentos sociais, partidos, artistas, intelectuais, religiosos e pessoas comuns na discussão sobre o novo Brasil que queremos.

Sua atuação rendeu os prêmio Santos Dias de Direitos Humanos, concedido pela Câmara Legislativa de São Paulo em 2017, além da Medalha do Mérito Legislativo em 2016. concedida pela Câmara dos Deputados em Brasília.

Quem é Sonia Guajajara

Sonia Bone nasceu no Maranhão, na terra indígena de Araribóia, no povo Guajajara, daí o nome público: SONIA GUAJAJARA.

Tem 44 anos, é separada e mãe de três filhos: Luiz Mahkai, Yaponã e Y’wara.

Dos 10 aos 14 anos, cursou o ensino fundamental na cidade de Amarante, no Sul do Maranhão. Além de estudar, trabalhava de doméstica e de babá em casas de família.

Ao completar 15 anos recebeu um convite da FUNAI de Imperatriz -MA para cursar o Ensino Médio em um colégio interno na cidade de Esmeraldas – MG, lá permaneceu por três anos e cursou o Magistério.

Em 1992, retornou para sua terra e foi trabalhar nas aldeias no projeto de Monitoria de Educação e Saúde, dando aulas sobre os prejuízos do álcool, medidas preventivas de saúde, DST’S, drogas e outros assuntos relevantes, além de atuar como professora municipal em Campo Formoso.

Em 1993 foi convidada pela Igreja Católica de Amarante para fazer um estágio de medicina alternativa no IPPH – Instituto Paulista Promoção Humana em Lins – SP, onde o uso das plantas medicinais e sua aplicação na medicina moderna são estudados.

Em 1995 voltou ao Maranhão e na cidade de Imperatriz e fez o curso de Auxiliar de Enfermagem. Para se manter na cidade e pagar seu curso, trabalhou como professora em escolas públicas e particulares.

Em meados dos anos 90 trabalhou na APAE/MA – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.

Em 1998, foi aprovada no concurso público municipal para auxiliar de enfermagem.

Em 2000 foi aprovada em outro concurso público municipal para professora do nível “I” e em seguida passou no vestibular da UEMA ( Universidade Estadual do Maranhão), onde graduou-se em Letras e pós-graduou-se em Educação Especial.

Em 2001 participou do primeiro evento nacional indígena que foi a pós-conferência da Marcha Indígena, para discutir o Estatuto dos Povos Indígenas em Luziânia, no estado de Goiás.

No período de 2001 a 2007 fez parte da coordenação da COAPIMA – Coordenação das Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão.

Em 2008, participou do Fórum Permanente da ONU – Organização das Nações Unidas para Questões Indígenas, em New York.

Sonia tem forte atuação na defesa dos direitos dos povos tradicionais e podemos destacar algumas atividades realizadas por ela:

– Fez várias viagens internacionais denunciando Belo Monte, a violência e a violação de direitos; – Entregou o prêmio Moto serra de ouro para a Senadora Kátia Abreu em defesa do Código Florestal; – Encontrou com a assessoria do então presidente dos EUA Obama para falar da importância da organização indígena e dos indígenas para a preservação do Meio ambiente e para o equilíbrio do clima; – Entregou um documento e realizou reunião com a Presidente Dilma, em 2012 por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente; – Coordenou a organização do Acampamento Terra Livre em 2012 na Cúpula dos povos contrapondo o evento mundial da Rio +20; – Coordenou a Semana dos povos indígenas em 2013 e a ocupação do plenário da Câmara e do Palácio do Planalto.

ATUAÇÃO INTERNACIONAL

2010 – Participação como palestrantes em evento organizado pela Universidade latino-americana de Chicago, cujo link do evento é este: https://www.youtube.com/watch?v=V9zvTZBVTqU

2014 – COP LIMA PERU – participação em várias atividades na Conferência do Clima, aqui o link para uma entrevista concedida à época: https://www.youtube.com/watch?v=wwWz1q52-hg

2016 – Participa da série Years of Living Dangerously, da modelo e ativista brasileira Gisele Bundchen exibida pelo canal National Geographic. Aqui um depoimento postado por Gisele sobre Sonia: “A líder indígena Sonia Guajajara me ensinando da necessidade do equilíbrio da floresta e de um ecossistema equilibrado para a existência de toda humanidade. Não percam isso é muito mais no @NatGeoChannel”, publicou Gisele, junto a uma foto em que aparece fazendo gesto de oração com a líder indígena.

2017- Já como Coordenadora da APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara e a liderança indígena Davi Yanomami participaram em Genebra de evento preparatório da Revisão Periódica Universal da ONU que avalia o Brasil nas temáticas de direitos humanos. A representante indígena chamou a atenção para a concretização de retrocessos nas políticas e legislações indigenistas, como o desmonte da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e da SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que ameaçam a existência de terras e culturas indígenas.

2107 – O protesto da líder indígena Sonia Guajajara durante a apresentação da cantora Alicia Keys no rock in rio foi o ponto alto da mobilização internacional contra o Decreto da RENCA. Capitaneada por Sonia a mobilização fez com que Temer fosse cobrado em redes sociais por personalidades mundiais, como a modelo Gisele Bündchen e o ator Leonardo di Caprio, por autorizar a exploração mineral numa área protegida da Amazônia, entre os estados do Pará e do Amapá. O decreto acabou revogado.

2017- Sonia foi uma das organizadoras da “ Tour Europeia Guardiões da Floresta” , grupo constituído de lideranças indígenas do Brasil, América Central, Bacia Amazônica e Indonésia, representantes de organizações indígenas e florestais que percorreram de ônibus algumas cidades europeias de cinco países, para denunciar e dar visibilidade sobre as diversas lutas, e a realidade política e social de seus países no caminho para Bonn, onde aconteceu a COP23 sobre as Mudanças climáticas. O objetivo principal foi contatar a imprensa, instituições não governamentais, autoridades políticas e da sociedade civil, e denunciar a perseguição enfrentada pelos povos originários.

2017 – Participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 23), em Bonn, na Alemanha, onde Sonia disse: “A causa do desmatamento das terras indígenas é a invasão e a extração ilegal das áreas. Isso tem trazido muitos conflitos e assassinatos. Mas todas essas mortes seguem sem investigações e impunes”.

MAIS SOBRE SONIA GUAJAJARA Mulher, amazônica, nordestina e indígena, é candidata, junto com Guilherme Boulos, na chapa à Presidência da República pelo PSOL.

À frente da coordenadoria executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sonia Guajajara é uma das mais importantes lideranças indígenas e ambientais do país, unificando mais de 305 povos em torno de pautas que combatem os interesses dos setores mais poderosos da sociedade brasileira.

É primeira vez na história do país que uma indígena compõe uma chapa para disputar a Presidência da República. A pré-candidatura do PSOL é uma aliança com diversos movimentos sociais e simboliza os mais de 500 anos de luta dos povos oprimidos do Brasil, em defesa de um programa de justiça, igualdade e defesa de direitos.

PRÊMIOS

S0nia Guajajara já recebeu vários prêmios e honrarias, como o Prêmio Ordem do Mérito Cultural 2015 do Ministério da Cultura, entregue pela então presidenta Dilma Rousseff. Também foi agraciada com a Medalha 18 de Janeiro pelo Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo, em 2015, e com a Medalha Honra ao Mérito do Governo do Estado do Maranhão, pela grande articulação com os órgãos governamentais no período das queimadas na Terra Indígena Arariboia.

CANDIDATA

Filiada ao PSOL desde 2011, Guajajara lançou-se candidata à Presidência da República no 6º Congresso Nacional do partido, em dezembro do ano passado. Com o manifesto “518 anos depois“, propôs uma candidatura indígena, anticapitalista e ecossocialista.

Na Conferência Cidadã, evento de movimentos sociais e artistas que aconteceu em São Paulo no dia 3 de março, entretanto, ela se colocou à disposição para compor a chapa com Guilherme Boulos. Na mesma semana, durante debate entre os pré-candidatos no Rio de Janeiro, retirou oficialmente sua pré-candidatura em favor da aliança.

No dia 10 de março, os 126 delegados da Conferência Eleitoral do PSOL decidiram, sem votos contrários, seu nome para candidata à Vice-Presidência. Agora, segue para fazer construir uma campanha histórica!

“A luta que o MTST faz aqui na cidade é a luta que nós fazemos em nossas aldeias pra garantir nosso território, que é nossa morada, nossa casa. As ocupações da cidade são as nossas retomadas lá no campo. É uma luta só. O que diferencia a gente é o lugar que travamos essa luta. Não podemos mais aceitar as imposições de uma minoria que não representa ninguém, só a si mesma”.