sábado, 31 de março de 2018

Vitória de todos os democratas: o prédio do DOPS, antigo centro de terror,se transforma em Memorial de Direitos Humanos

                                                                     
                                José Carlos Alexandre em ato em frente ao DOPS: sua transformação em Memorial da Anista, como previsto em lei

Jose Carlos Alexandre

A concretização do Memorial da Anista na sede do ex-DOPS tornou-se para  mim quase uma

obsessão.

Durante todo meu mandato no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, volta e meia

colocava a questão em plenário, apesar de alguns entraves...

Parecia que havia um certo temor de se levar adiante a lei do tempo do ex-governador Itamar

Franco-lei número 13448, de 10 de janeiro de 2000- e que tinha o CONED como um de seus

criadores.

Louve-se a atitude do governador Fernando Pimentel-um dos ex-presos políticos da ditadura cívico-

militar- em tornar realidade uma aspiração de todos os que zelam para que a democracia brasileira só

possa ser afirmada  e que nunca mais haja retrocesso.

Uma vitória maiúscula alcançada por todo o povo mineiro que deverá lutar por sua conservação,

e para se levar para lá arquivos até agora desconhecidos, ali entregando medalhas aos melhores

cidadãos que se destacarem na área de direitos humanos, servindo de suporte a estudantes e

historiadores, promoção de intercâmbios.


Só duas vezes fui ao DOPS. A primeira, como dirigente do antigo PSB, à época da renúncia do ex-

presidente Jânio Quadros.

Para que os delegados liberassem um aparelho de som apreendido na  sede do partido, na

Afonso Pena, próximo à esquina com Caetés.

A segunda e última no dia em que libertaram o ex-presidente do Sindicato dos Mineiros de Nova

Lima, ex-deputado José Gomes Pimenta.

Fiz  matéria que saiu no mesmo dia, no Diário da Tarde onde trabalhei mais de 40 anos.

Fiquei impressionado com o local, um porão que me pareceu estreito e meio

sinistro estavam Dazinho  e outros presos políticos que nunca deveriam parar lá.


Em toda a minha vida profissional e política a defesa dos direitos humanos sempre esteve em

primeiro lugar e a construção do Memorial na antiga sede do  DOPS.

Com o ex-vereador Betinho Duarte cheguei a participar de ato em frente à antiga repartição

de tortura pedindo o cumprimento da lei transformando-a no Memorial.


Saudações ao governador e ao seu secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda.

Eles entram para a história diante deste gesto de grande brasilidade.

(O Memorial será criado dia 4, às 15h, no Palácio da Liberdade.)



terça-feira, 27 de março de 2018

Sindicato promove festa para comemorar o Dia do Jornalista

                                                                   
O Sindicato comemorará com festa no dia 6 de abril, sexta-feira, a partir das 22h, o Dia do Jornalista 2018. O ingresso custa R$ 15 para sindicalizados em dia e deve ser pago no Sindicato – ou R$ 20 na plataforma Sympla. A renda será revertida para a manutenção do Sindicato.

A festa acontecerá no salão principal da Casa do Jornalista e será embalada pelo som dos DJ Bill (foto acima) e César Coelho (foto abaixo), que além de só tocarem vinil apresentarão uma novidade: todos os discos serão compactos. Serão mais de 200 vinis de sete polegadas, duplos e simples, dos mais variados gêneros musicais.

“Vai ser uma música bem dançante”, prometeu DJ Bill. “O repertório será bem aberto, o importante é ser compacto”, disse o DJ, que tocou pela primeira vez na Casa do Jornalista em 2015, no lançamento do making of do documentário “My Name is Now, Elza Soares”, da cineasta e jornalista Elizabete Martins Campos. Recentemente, participou do bazar do Sindicato. Foi quando surgiu a ideia da festa 100% vinil, 100% compacto.

DJ há dez anos, pesquisador dedicado a registros fonográficos de world music há quase vinte, Bill tem um acervo de mais de 600 compactos garimpados em sebos, grande parte discos esgotados. Na discoteca, ritmos regionais dos quatro cantos do mundo, como afrobeat, carimbó, cumbia, latin jazz entre outros.

DJ Bill é fundador do selo Jungle Club, já teve ponto fixo no Edifício Maletta, tocou no A Gruta, no BH Music Station, no Conexão, Savassi Jazz Festival, Mostra Arte Sônica, entre outros locais e eventos. Ao se apresentar na Alemanha (no Goldkante) e em Portugal (no Crew Hassan), e ficou impressionado com a força da música brasileira no exterior. “Os estrangeiros conhecem mais música brasileira do que os brasileiros”, comentou.

Acompanhe a festa no evento do Facebook: https://www.facebook.com/events/183074375648278/.

SERVIÇO

‘Que pauta foi essa? 100% vinil.’ Festa do Dia do Jornalista, com DJ Bill e DJ César Coelho 

Dia: 6 de abril de 2018, sexta-feira

O juiz federal Sérgio Moro põe a nu a corrupção no Brasil. E ainda aborda a série "O Mecanismo" e o filme "A lei é para todos- A Operação Lava Jato". A entrevista foi dia 26, ao vivo, na TV Cultura e repercutiu em todo o mundo pelas redes sociais


segunda-feira, 26 de março de 2018

Partidão comemora 96 anos de luta e lança pré-candidaturas, em BH


                                                                               
Neste domingo, 25 de março de 2018, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) realizou um ato político, cultural e comemorativo dos seus 96 anos de luta no Brasil. A atividade aconteceu na Casa dos Jornalistas e contou com a presença de mais de cem pessoas, entre elas: militantes do PCB, da União da Juventude Comunista (UJC), do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro (CFCAM), do Coletivo Negro Minervino de Oliveira (CMO), do Coletivo LGBT Comunista e da corrente sindical Unidade Classista (UC), militantes do PSOL e das Brigadas Populares e representantes dos movimentos sindicais, estudantis, sociais, culturais e populares de várias cidades mineiras. 

O camarada Edmilson Costa, Secretário Geral do PCB, relembrou a história de luta do PCB e o processo de reconstrução revolucionária do partido. O companheiro Juliano Medeiros, presidente nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), destacou a aliança entre os partidos políticos PCB e o PSOL, junto com os movimentos sociais, culturais e populares. 

O companheiro Guilherme Boulos do Movimento dos/as Trabalhadores/as Sem Teto (MTST), pré-candidato à presidente da república, gravou um vídeo homenageando os 96 anos do PCB e destacando a importância da luta pelo Poder Popular.

A companheira Maria da Consolação, presidenta estadual do PSOL-MG, destacou a importância da construção da FRENTE DE ESQUERDA MINAS SOCIALISTA. As companheiras Sara Azevedo e Dirlene Marques pré-candidatas ao governo de Minas, pelo PSOL, também marcaram presença. 
                                                                           
O PCB vem construindo juntamente com o PSOL, as Brigadas Populares, a Unidade Popular, o MTST e outros movimentos a FRENTE DE ESQUERDA MINAS SOCIALISTA que apresentará uma alternativa socialista nas eleições de 2018 para Minas Gerais.

Durante o ato político comemorativo o PCB apresentou suas pré-candidaturas ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O PCB divulgou o camarada Túlio Lopes, atual secretário político do PCB-MG e membro do Comitê Central do Partido, como pré-candidato ao Senado Federal. 

Túlio Lopes, destacou o processo de organização do PCB nas dez macrorregiões de Minas Gerais, a história do PCB em Minas Gerais e os desafios do Partido na atual conjuntura. O PCB irá compor a chapa majoritária da FRENTE DE ESQUERDA MINAS SOCIALISTA com uma das candidaturas ao Senado Federal, além disso apresentará outras candidaturas ao Legislativo Federal e Estadual. 

A camarada Renata Regina foi apresentada como pré-candidata do Partido a deputada federal. Renata Regina, faz parte da coordenação nacional do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro (CFCAM) e teve sua trajetória de luta no movimento estudantil e na luta das mulheres. Renata Regina leu um belo texto, de sua autoria, destacando as lutas empreendidas pelo coletivo Ana Montenegro em Minas e no Brasil.

O camarada Daniel Cristiano foi anunciado como pré-candidato do Partido a deputado estadual. Daniel Cristiano, faz parte da corrente sindical Unidade Classista e é o atual secretário sindical do PCB-MG. Tem sua trajetória vinculada a luta da juventude e da classe trabalhadora do Vale do Aço. Daniel Cristiano, destacou a aliança política e social entre o PCB, o PSOL, o MTST, o movimento indígena e outros movimentos sociais. O PCB buscará retomar sua participação na Assembleia Legislativa mineira.                                         

Os camaradas Arutana Cobério Terena (ex-vereador e ex-prefeito interino de BH) e José Francisco Neres (sindicalista e ex-vereador de Sabará) , militantes históricos do Partido, destacaram a importância do PCB, da teoria social revolucionária Marxista e Leninista, do compromisso e da disciplina revolucionária. Ao final do ato político foi cantada A Internacional Comunista. A comemoração terminou com o show da banda Jorge Band que cantou diversas canções populares brasileiras e algumas músicas cubanas.

domingo, 25 de março de 2018

PCB: 96 anos de lutas com a classe trabalhadora e os movimentos populares!

                                                                                     

PCB: 96 anos de lutas com a classe trabalhadora e os movimentos populares!O Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 25 de março de 1922, é parte constitutiva da história do Brasil. Se, na sua gênese, convergiram os ideais libertários do nascente proletariado, no seu desenvolvimento e consolidação foram sintetizados os processos de maturação de uma organização política que buscava (e o faz até hoje) conjugar em suas fileiras os mais destacados militantes das lutas dos trabalhadores e representantes da intelectualidade e da cultura brasileira.

Quando se tornou um verdadeiro partido de dimensões nacionais, no imediato pós-guerra, o PCB revelou-se como a instância de universalização de uma vontade política que fundia o mundo do trabalho com o mundo cultural. Intelectuais do porte de Astrojildo Pereira (um de seus fundadores), Caio Prado Jr., Graciliano Ramos e Mário Schenberg, dentre muitos outros, vinculavam-se a projetos e perspectivas que tinham nas camadas proletárias o sujeito real da intervenção social.

Se a história do PCB foi marcada por uma sistemática repressão, que o compeliu à clandestinidade por mais da metade de sua existência e que entregou ao povo brasileiro boa parte de seus maiores heróis do século XX, nem por isto o PCB foi um partido marginal. Ao contrário: da década de 1920 aos dias atuais, os comunistas, com seus acertos e erros, mas especialmente com sua profunda ligação aos interesses históricos das massas trabalhadoras brasileiras, participaram ativamente da dinâmica social, política e cultural do país. Por isso mesmo, resgatar a história do PCB é recuperar a memória de um Brasil insurgente, ao mesmo tempo premido pelas imposições do modo de produção capitalista e do imperialismo, para comprovar que só pode fazer futuro quem tem lastro no passado.

Os anos de formação

Os primeiros anos, que vão da fundação do Partido a 1930, assinalaram o esforço de criar no país uma cultura socialista e um modo proletário de fazer política. Recorde-se que, ao contrário de outros países, o Brasil não teve, antes de 1922, qualquer experiência partidária anticapitalista de alguma significância (exceção feita à pioneira ação dos anarquistas, cujo protagonismo esgotou-se com a greve geral de 1917 e a algumas tentativas malogradas de se constituir no Brasil um partido de matiz operária).

Nestes anos, realizando três congressos (o de fundação, em 1922, e os de 1925 e 1928/29) e já operando na clandestinidade, o PCB deu conta da sua dupla tarefa: de um lado, traduziu e divulgou o Manifesto do Partido Comunista e lançou o jornal A Classe Operária, tentando divulgar as teses marxistas junto ao operariado. De outro, dinamizou o movimento sindical com uma perspectiva classista e independente, inserindo-se no cenário da política institucional, através do Bloco Operário Camponês, quando então lançou o nome de Minervino de Oliveira, operário negro, para presidente da República.

Em 1930, já reconhecido pela Internacional Comunista e tendo criado a sua Juventude Comunista, o PCB multiplicou por quinze os 73 militantes que se integraram ao Partido em 1922. A década de trinta marcou dois movimentos na trajetória do PCB: o primeiro, até 1935, de afirmação política; o segundo, até 1942, de refluxo – ambos compreensíveis na conjuntura das transformações que a sociedade brasileira vivia com a chamada Revolução de 1930, que pôs fim à Primeira República e abriu caminho para a era Vargas.

ANL e revolta de 1935

Mesmo sem participação direta no evento político que derrubou a república oligárquica, o PCB logo se colocou como uma força política importante nesta nova quadra da história brasileira: foi a organização que mais coerentemente enfrentou o avanço do integralismo (caricatura do movimento nazifascista no Brasil). Já contando em suas fileiras com a presença de Luiz Carlos Prestes – que haveria de se tornar o seu dirigente mais conhecido – o PCB articulou uma grande frente nacional e antifascista, propondo à sociedade um projeto político democrático, anti-imperialista e antilatifundiário.

O Partido tornou-se o núcleo dinâmico da Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente antifascista na qual se reuniram comunistas, socialistas e antigos “tenentes” insatisfeitos com a aproximação entre o governo de Vargas e os grupos oligárquicos afastados do poder em 1930. Com a ilegalidade da ANL decretada por Vargas, o PCB passou a adotar uma ação insurrecional, que desembocou na revolta armada de novembro de 1935.

A insurreição comunista partiu da tomada de quartéis no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro e, devido à sua desarticulação e ao não envolvimento das massas no movimento, foi rapidamente dominada, tendo sofrido violenta repressão por parte das forças de segurança do Estado.

Derrotada a ação insurrecional, abateu-se sobre o país uma onda repressiva sobre todo o campo democrático, em especial sobre o PCB que, até inícios dos anos quarenta, viveria sob intensa repressão política, chegando a casos de extermínio físico de dirigentes e diversos militantes. Mas nem a duríssima clandestinidade impediu que os comunistas cumprissem com seus compromissos, até mesmo os internacionalistas: o PCB não só organizou a solidariedade à República Espanhola como, ainda, enviou combatentes para as Brigadas Internacionais.

“Partidão” e ilegalidade                             

A conjuntura internacional ao final da Segunda Guerra Mundial, quando se destacaram a derrota fascista em Stalingrado, o avanço das tropas soviéticas sobre o Leste Europeu e a ocupação de Berlim pelas forças antinazistas (com a União Soviética à frente), favoreceu a ação dos democratas brasileiros na abertura dos anos quarenta e, como força inserida no campo da luta democrática, os comunistas ampliaram suas possibilidades de intervenção na sociedade.

Recuperando-se das perdas orgânicas dos anos imediatamente anteriores, o PCB – que exigira a participação do Brasil na guerra contra o nazifascismo e orientara seus militantes a se incorporarem à Força Expedicionária Brasileira (muitos deles voltariam do campo de batalha reconhecidos oficialmente como heróis) – se reestruturou, com a célebre Conferência da Mantiqueira, realizada em agosto de 1943.

A partir dela, o Partido conquistou espaços na vida política e, quando da redemocratização, cujo marco é o ano de 1945, tornou-se um partido nacional de massas, atingindo a marca de cerca de 200 mil filiados em 1947. Conquistando plena legalidade, constituiu significativa bancada parlamentar e elegeu, pelo Estado da Guanabara, ao cargo de senador, o então Secretário-Geral do Partido, Luiz Carlos Prestes.

Protagonista essencial dos processos políticos, o PCB contribuiu significativamente para a unificação do movimento sindical classista, criou uma notável estrutura editorial e jornalística, empolgou a intelectualidade democrática e passou ser a vanguarda democrática na Assembleia Nacional Constituinte.

Mas este movimento de afirmação política foi brutalmente interrompido pela Guerra Fria: entre 1947 e 1948, o Partido foi posto na ilegalidade e perseguido pelo Governo Dutra. Compelido à clandestinidade, o PCB respondeu à truculência do governo do Marechal Dutra com uma política estreita e sectária (expressa nos Manifestos de 1948 e 1950), o que conduziu os comunistas a um profundo isolamento, além de ter dado início a uma luta interna entre diferentes grupos partidários.

A conjuntura de retomada das lutas operárias, que se acirrou com o suicídio de Vargas em 1954, acabou empurrando a militância do PCB a atuar diretamente nas grandes greves do período e a participar por dentro dos sindicatos, na contramão da linha esquerdista adotada pela direção, expressa na orientação de promover o paralelismo sindical. Esta atitude dos militantes de base exerceu grande influência entre os dirigentes, forçando que aos poucos se definisse a reformulação da linha política do PCB, para o que também muito contribuiu o intenso debate interno desencadeado pela divulgação dos informes do Congresso do PC da União Soviética.

XX Congresso do PCUS: conflitos

As tensões explodiram em 1956, com o impacto do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS): a denúncia do chamado “culto à personalidade de Stalin” catalizou a atenção dos militantes e irrompeu no interior do PCB, provocando a emersão de divergências e conflitos internos reprimidos por uma década.

A luta interna que se seguiu ao impacto causado pelo XX Congresso do PCUS (na qual, além de um número expressivo de militantes, o PCB perdeu importantes dirigentes e quadros intelectuais) começou a ser ultrapassada em março de 1958, quando se divulgou a Declaração Política que propôs uma nova perspectiva de ação dos comunistas.

A Declaração de Março reconheceu o forte desenvolvimento das relações capitalistas no Brasil, vinculou a conquista do socialismo à ampliação dos espaços democráticos e formulou uma estratégia revolucionária de longo prazo. Se esta nova orientação permitiu uma atuação destacada junto às mobilizações de massa do final dos anos 50 e início dos 60, com o PCB assumindo a dianteira das lutas e de diversos movimentos e entidades, a leitura da realidade brasileira ainda apegada à ideia de que o imperialismo agia como uma força externa à economia brasileira e de que haveria uma burguesia nacional disposta a enfrentá-lo, na prática desarmou o Partido para o grande embate que viria no ano de 1964.

Partido Comunista Brasileiro, PCB

O V Congresso do PCB (realizado em setembro de 1960) consolidou a orientação já divulgada no documento de março de 1958 e pôs como tarefa imediata a conquista da legalidade, para o que era necessário o Partido se adequar juridicamente à legislação partidária, inclusive com a mudança do nome “Partido Comunista do Brasil (PCB)”, que existia desde a fundação, para Partido Comunista Brasileiro – PCB .

Posteriormente, o nome Partido Comunista do Brasil seria restaurado por dirigentes que foram expulsos do PCB ao discordarem abertamente das resoluções congressuais e das adequações à legislação vigente. Estes dissidentes convocaram uma conferência extraordinária e criaram, em fevereiro de 1962, o PC do B, uma outra organização comunista, que, na época, discordava do processo de “desestalinização” ocorrido na União Soviética e, mais tarde, numa variação de sua linha político-ideológica (a exemplo do que voltaria a acontecer outras vezes na trajetória deste partido), haveria de se vincular ao maoísmo.

Golpe da burguesia e dissidências
                                                             
Com a nova orientação, o PCB experimentou grande crescimento e, renovando amplamente o seu contingente de militantes, passou a exercer papel hegemônico na intelectualidade de esquerda e, principalmente, fez aumentar sua influência no movimento sindical, articulando alianças amplas e flexíveis, que se mostraram eficazes em certas conjunturas políticas difíceis, como, por exemplo, na posse de João Goulart, em setembro de 1961.

Tais alianças, contudo, justamente por sua amplitude, muitas vezes colocaram o Partido a reboque do interesse de outras classes, fragilizando seu papel de vanguarda política do proletariado. Foi neste sentido que o golpe de abril de 1964, articulado pelas frações hegemônicas da burguesia monopolista brasileira, não encontrou nem as forças populares, nem o Partido em condições de resistência imediata, impondo ao PCB e ao conjunto das forças democráticas e de esquerda mais um duro período de repressão e clandestinidade.

O Partido, porém, se recompôs e definiu uma linha de ação antiditatorial centrada na recusa de quaisquer propostas que não envolvessem ações políticas de massas. Esta recusa ao foquismo e às várias formas de luta armada que não levassem em conta a necessidade de organização e participação do movimento de massas, na contramão de uma fase em que predominou o esquerdismo político no combate à ditadura, custou ao PCB a perda de importantes dirigentes, tais como Carlos Marighela, Mário Alves, Jacob Gorender e Apolônio de Carvalho, dentre tantos outros que decidiram por abraçar a luta armada. Esta orientação foi ratificada no VI Congresso que o PCB realizou em dezembro de 1967, uma vitória contra a repressão que se instalara no país.

Repressão e exílio

Os anos seguintes, balizados pela fascistização do regime ditatorial (principalmente a partir do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968), marcaram, paradoxalmente, a comprovação do acerto da tática política do PCB e sua vulnerabilidade orgânica à repressão. Ao mesmo tempo em que a combinação da ação política clandestina com a utilização dos espaços legais (especialmente através da atuação no interior do MDB) revelava-se a forma correta de isolar o regime ditatorial, o PCB era violentamente golpeado. Entre 1973 e 1975, um terço de seu Comitê Central foi assassinado pela repressão, e milhares de militantes foram submetidos à tortura, alguns até a morte, dentre os quais o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manuel Fiel Filho.

Nem por isso os comunistas deixaram de intervir ativamente na vida brasileira. Mesmo tendo a maioria da sua direção exilada e boa parte presa nos presídios da ditadura, o PCB desenvolveu uma política que privilegiava a unidade das forças democráticas. Assim, com a conquista da anistia, que fazia parte do programa do PCB desde o VI Congresso (1967), em setembro de 1979, o retorno de dirigentes e militantes que estavam no exterior e a volta à vida social de quadros que estavam na clandestinidade foram elementos centrais na dinamização da luta contra a ditadura em sua crise mais aguda, após o fim do chamado ciclo do milagre econômico.

VII Congresso do PCB: a consolidação da “via democrática”

Reestruturando-se em todo o país desde 1979, o PCB realizou, em dezembro de 1982, o seu VII Congresso, que formulou uma linha política para as novas condições da sociedade, sob o título “Uma alternativa democrática para a crise brasileira”. O PCB atualizava o seu projeto de tornar-se um partido nacional de massas vinculando organicamente o objetivo socialista a uma democracia de massas, a ser construída no respeito ao pluralismo e nos valores fundamentais da liberdade.

O Partido, no encaminhamento deste Congresso, viu-se mais uma vez engolfado por lutas internas de graves consequências. Por um lado, o chamado eurocomunismo (que propunha a ocupação de espaços no interior da sociedade burguesa sem uma clara afirmação da luta de classes e da derrubada revolucionária do capitalismo, numa leitura deturpada e rasteira das ideias do dirigente comunista italiano Antonio Gramsci) havia construído sólidas bases no pensamento partidário. Embora não contassem com grande número de militantes e dirigentes que se assumissem como tal, as formulações centrais do eurocomunismo permeavam todas as teses congressuais. Por outro lado, o grupo liderado por Luiz Carlos Prestes, divergindo da orientação da maioria do Comitê Central, rompeu com o Partido, após inúmeros embates que vinham se acirrando desde o exílio.

Devido às divergências internas e ao fato de o Congresso não ter terminado, tendo sido invadido pelas forças de repressão, o Comitê Central, somente no ano de 1984, conseguiu publicar o documento final de “Uma Alternativa Democrática para a crise brasileira”. O documento aprovado era permeado de contradições geradas pela tentativa de contemplar as principais facções e abafar os conflitos internos, buscando evitar, por alguns anos, a inevitável fragmentação partidária.

Mesmo assim, tendo como Secretário-Geral o ex-combatente de 1935, Giocondo Dias, o Partido alcançou ganhos na cena política, apesar de muito enfraquecido no interior dos movimentos populares (especialmente no interior do movimento operário, devido ao brutal ataque desferido pela ditadura às células do Partido nas empresas, ao que se somou a política de conciliação de classes adotada pelo Comitê Central nos anos 80, linha que foi amplamente questionada num momento de aumento dos embates liderados pelos trabalhadores).

A débil inserção nos movimentos acabaria por fragilizar a intervenção política do PCB, em que pese sua relevância nas articulações institucionais da esquerda e do campo democrático. Assim, no decurso da derrota da ditadura e da transição democrática, o Partido não se afirmou como organização de massas, nem esteve na vanguarda das principais lutas e greves operárias no decorrer dos anos 1980, apesar de ter tido importante participação em inúmeras lutas sindicais, a exemplo da atuação no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e outros.

Legalidade e crise                                       

O VIII Congresso (Extraordinário), já realizado sob condições de legalidade, em julho de 1987, não fez avançar a política do PCB: importantes questões táticas (por exemplo, a ação sindical e a política de alianças) e estratégicas (o próprio formato da organização partidária, a concepção de um caminho brasileiro para o socialismo) não foram efetivamente equacionadas.

Uma crise velada atingia o conjunto partidário, expressa na estagnação do contingente de militantes, na perda de inserção no movimento sindical, na pobreza dos resultados eleitorais e na ineficiência dos instrumentos partidários, como o semanário Voz da Unidade e todas as publicações da Editora Novos Rumos, que em grande parte não eram legitimados pela militância.

O IX Congresso (1991), levado a cabo na sequência da queda do Muro de Berlim, mostrou o Partido dividido, desde o Comitê Central até as bases, entre aqueles que desejavam capitular frente à ofensiva neoliberal e adaptar-se ao novo ciclo de hegemonia burguesa e aqueles que propugnavam a reconstrução revolucionária do Partido. Já neste processo, os liquidacionistas pretendiam mudar o nome e o caráter marxista-leninista do Partido, sendo impedidos de fazê-lo pela enorme resistência de alguns dirigentes e das bases partidárias.

X Congresso do PCB: o racha

A crise explode no X Congresso extraordinário (em janeiro de 1992, em São Paulo), montado com o único intuito de, finalmente, levar a cabo as propostas liquidacionistas. O embate se deu entre uma maioria numérica forjada, da qual participavam não filiados ao PCB e membros de outros partidos, e os militantes do Movimento Nacional em Defesa do PCB, isto é, entre os que sairiam, em seguida, para criar o Partido Popular Socialista – PPS (hoje claramente um partido da direita) e aqueles que reclamavam a continuidade do PCB.

No mesmo instante em que a maioria artificial votava pela liquidação do Partido, os militantes do Movimento Nacional em Defesa do PCB, após exporem sua decisão e objetivos na abertura do espúrio X Congresso, se retiraram em passeata até o Colégio Estadual Roosevelt. Ali, foi realizada a Conferência Extraordinária de Reorganização do PCB, que decidiu, por aclamação, pela continuidade do Partido, com manutenção do seu nome e sigla históricos, prosseguindo na luta pelo socialismo.

A retomada: a luta pela reconstrução revolucionária do PCB

A luta pela existência do PCB se deu em várias frentes: na luta de massas e no nível legal e institucional. Os militantes mantiveram vivo o Partido nos movimentos de massa, afirmando nos espaços de luta popular a reconstrução revolucionária do PCB. Na Justiça Eleitoral, foi travado um embate de mais de um ano pelo direito ao uso da sigla histórica. Ao final da disputa legal, a sentença do então ministro do TSE, Sepúlveda Pertence, deixou claro que a sigla PCB e seu símbolo só poderiam pertencer a quem de fato se afirmava herdeiro do legado político e histórico do Partido.

A próxima tarefa que se impôs aos militantes comunistas foi a batalha pela legalização e pelo registro definitivo do PCB. A campanha de filiação, para atender às rigorosas exigências do TSE – a filiação em 20% dos municípios de 9 estados – começou em 1994. Foram exigidos tremendos sacrifícios da direção e da militância, tanto em nível pessoal quanto financeiro, mas a tarefa foi completada com êxito no final de 1995.

Embora fosse árduo o esforço pela legalização, não foi a campanha de filiação a única atividade do PCB neste período. Iniciou-se a reorganização do Partido nos movimentos de massa, especialmente nos movimentos estudantil e sindical. Neste período, para definir a nova linha política e o caráter do Partido, foram realizados uma Conferência Política Nacional em Brasília (1995) e dois congressos. O X Congresso, ocorrido no Rio de Janeiro (1993), ratificou o propósito de construir no Brasil uma alternativa revolucionária, tendo no marxismo sua base teórica e na construção do Partido junto ao movimento de massas a tarefa primordial visando a organização consciente do proletariado para as transformações rumo ao socialismo.

O XI Congresso, também no Rio (1996), superou as avaliações nacional democráticas e etapistas que ainda vicejavam mesmo após o racha com o PPS. Estes ricos processos de debates da militância partidária afastaram de vez qualquer formulação reformista e enfatizaram o caráter revolucionário do PCB. Retomaram o conceito de centralismo democrático, de acordo com suas origens, e reafirmaram o caráter marxista-leninista do Partido.

Em abril de 2000, em Xerém (Rio), realizou-se o XII Congresso. Além de aprofundar a leitura sobre a conjuntura política nacional e internacional e formular a atuação política, os comunistas do PCB avançaram em outras questões que se colocam para a sociedade no enfrentamento à exploração capitalista. A construção de uma frente das esquerdas em um projeto de confronto com o neoliberalismo e a unidade dos comunistas no Brasil foram importantes resoluções aprovadas pelo Congresso. A consolidação da política de organização leninista foi concretizada na aprovação do novo estatuto partidário.

Em março de 2005, em Belo Horizonte, o PCB realizou seu XIII Congresso e reforçou a compreensão de que a “revolução socialista é um processo histórico complexo”, isto é, que o “triunfo do Socialismo não é um fato que acontecerá de forma natural ou inexorável, como afirmam algumas leituras mecanicistas da obra de Marx, mas sim uma possibilidade histórica que deve ser construída”.

O congresso apontou para a necessidade de ruptura com o governo Lula, cuja eleição, em 2002, foi apoiada pelos comunistas, mas a orientação social-liberal e de conciliação com os interesses da burguesia e do imperialismo não deixaram outra opção senão o rompimento com o governo petista. Em janeiro de 2006, o PCB rompeu sua participação nos foruns da CUT (Central Única dos Trabalhadores), por entender que esta entidade tornou-se um braço governamental e promotor da conciliação de classe junto aos trabalhadores. 

O Partido passou a contribuir, momentaneamente, para a construção da Intersindical – instrumento de organização e luta da classe trabalhadora – e propôs o debate sobre os desafios colocados para o movimento sindical de corte classista, na perspectiva da construção de uma nova e ampla entidade sindical, classista e independente, capaz de conduzir as lutas do proletariado, em especial da classe operária brasileira.
                                                                           

XIV Congresso: construir o Bloco Revolucionário do Proletariado

No XIV Congresso, realizado em outubro de 2009 no Rio, comprovou-se o acerto do trabalho de reinserção do PCB no movimento comunista internacional e de solidariedade militante aos partidos, movimentos e governos que avançam na luta anticapitalista e anti-imperialista em todo o mundo. Verificou-se a forte presença de convidados estrangeiros ao Congresso, através das delegações dos Partidos Comunistas Cubano, Grego, da Alemanha, dos Povos da Espanha, dos Mexicanos, Libanês, Colombiano, da Venezuela, da Bolívia, do Chile, Peruano, Paraguaio, Argentino, do Polo do Renascimento Comunista Francês, da Frente Popular de Libertação da Palestina, da Coordenadora Continental Bolivariana, do Partido Comunista do Vietnã e do Partido do Trabalho da Coréia.

Também compareceram, como convidados, companheiros do PSOL, do PSTU, do PDT, do PH, da Consulta Popular, do MST, do PCR, da Intersindical, da CUT, da Refundação Comunista, do CECAC, de entidades de solidariedade internacionalista e da nossa querida União da Juventude Comunista, demonstrando o crescimento do trabalho do PCB no interior dos movimentos sociais e políticos no Brasil.

No XIV Congresso, o PCB afirmou que o Brasil já cumpriu o ciclo burguês, tornando-se uma formação social capitalista desenvolvida, terreno propício para a luta de classes aberta entre a burguesia e o proletariado. E asseverou que o cenário da luta de classes mundial e suas manifestações no continente latino-americano, o caráter do capitalismo monopolista brasileiro e sua profunda articulação com o sistema imperialista mundial, a hegemonia conservadora, os resultados deste domínio sobre os trabalhadores e as massas populares no sentido de precarização da qualidade de vida, desemprego, crescente concentração da riqueza e flexibilização de direitos levam a reafirmar que o caráter da luta de classes no Brasil aponta para a ESTRATÉGIA SOCIALISTA DA REVOLUÇÃO.

Para tanto, foi proposta a formação de uma frente política permanente de caráter anticapitalista e anti-imperialista, que não se confunda com mera coligação eleitoral, na perspectiva da constituição do Bloco Revolucionário do Proletariado como um movimento rumo ao socialismo.

XV Congresso: lutar, criar Poder Popular!

No XV Congresso, realizado em abril de 2014, em São Paulo, militantes do PCB reafirmaram categoricamente a contradição entre capital e trabalho em nível global como a contradição fundamental a exigir a organização da classe trabalhadora na luta contra o sistema dominante. A luta central, pois, é a luta entre classes, não a luta entre nações. Mesmo reconhecendo que as mutações sofridas pela classe trabalhadora no quadro do redimensionamento global do capitalismo atual acarretaram alterações muito expressivas no conjunto do proletariado, fazendo com que, nos dias de hoje, ela seja bastante diferente do proletariado industrial identificado como sujeito revolucionário do Manifesto do Partido Comunista, consideram ser esse contingente de trabalhadores, por sua posição central no processo de produção de riquezas, o grupo capacitado a assumir o protagonismo na luta de classes, rumo à construção do socialismo e da sociedade comunista.

Ao analisar a conjuntura brasileira, o PCB entende que a chegada do PT ao governo só fez avançar a proposta de realização de um “pacto nacional” de submissão consentida dos trabalhadores à hegemonia burguesa. O apelo ao tratamento compensatório à fome e à miséria integra a estratégia de construção do consenso em torno do projeto de transformação do Brasil em um país de capitalismo avançado com “face humana”: a economia privada deve dar lucros, o Estado arrecadar e, depois de garantir os prioritários interesses do grande capital, deve chegar, de maneira focalizada, até pontos da miserabilidade, para amortecer a explosividade da miséria. Trata-se de uma política que propõe a conciliação e a harmonização entre o capital e o trabalho, colocando o interesse da “nação” acima dos interesses de classes, partindo da crença segundo a qual o desenvolvimento da economia capitalista resolve as desigualdades sociais através do “ciclo virtuoso” da produção, emprego, consumo, restando aos mais miseráveis as políticas compensatórias.

Como alternativa à ordem burguesa, o XV Congresso avança na formulação acerca do Poder Popular, cujo processo de construção deve se dar a partir das ações independentes da classe trabalhadora em seus embates contra as manifestações concretas do capitalismo, através de mobilizações, greves e movimentos que coloquem em marcha os diferentes segmentos do proletariado e da classe trabalhadora em geral. Tais lutas podem se transformar em enfrentamentos mais intensos contra o sistema capitalista, mas somente a unidade programática em torno de eixos comuns capazes de unificar as demandas setoriais fragmentadas em uma pauta cada vez mais precisa de bandeiras e reivindicações, dará forma efetiva ao campo popular e de esquerda, no rumo de um programa político de transformações de caráter anticapitalista. 
                                                                           
Deste modo, o Poder Popular assumirá sua potencialidade como germe de um novo Estado sustentado pelas massas populares e pela classe trabalhadora, como germe de um Estado Proletário – a Ditadura do Proletariado – que conduzirá a transição socialista visando a erradicar a propriedade privada, as classes e, portanto, o próprio Estado através da livre associação dos produtores.

A Declaração Política elaborada pelo Comitê Central eleito no XV Congresso afirmava: “A reconstrução revolucionária do PCB avança agora com um Partido renovado, dinâmico, presente nas diferentes frentes de luta da classe trabalhadora e em todas as regiões do país, coeso em torno de formulações precisas e princípios revolucionários, buscando organizar os trabalhadores em seus locais de trabalho e moradia, atento à conjuntura nacional e internacional e ciente da imensa tarefa e responsabilidade de representar os ideais do comunismo neste século”.

O PCB e seus Coletivos: presentes nas lutas e na resistência aos ataques da burguesia e do imperialismo

Iniciada em 2015 e concluída em 2016, a Conferência Nacional Política e de Organização consolidou as resoluções aprovadas no XV Congresso e se debruçou sobre as mediações táticas das ações dos comunistas junto ao movimento de massas, como condição necessária para fazer avançar a estratégia revolucionária no Brasil. Para tanto, foram definidas as orientações para construção e desenvolvimento dos coletivos partidários, formulações essenciais para que hoje tenhamos, cada vez mais presentes nas lutas cotidianas da classe trabalhadora e do nosso povo, a União da Juventude Comunista – UJC, a Unidade Classista, corrente sindical do PCB, o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, o Coletivo Negro Minervino de Oliveira e o Coletivo LGBT Comunista.

Nos últimos anos tem se intensificado o trabalho de estruturação interna do Partido e sua inserção nos movimentos de massa. Participando ativamente em todos os campos de luta em defesa das reivindicações e bandeiras dos trabalhadores, das trabalhadoras e dos movimentos populares, o Partido afirma a centralidade do trabalho e a necessidade da revolução socialista. É através deste trabalho, também, que o Partido vem recrutando e formando novos militantes e formulando sua intervenção junto às massas.

O PCB recuperou espaços e ampliou a sua presença na área internacional, tendo construído laços mais fortes e empreendido ações conjuntas com partidos e organizações comunistas e de esquerda de outros países. Exemplos foram as presenças de delegações nos Congressos de diversos Partidos Comunistas; nas visitas e ações conjuntas, no Brasil e no exterior, com o KKE (PC Grego), os PCs Cubano, Peruano, Venezuelano, Boliviano, Paraguaio, Mexicano e outros; nas ações conjuntas e na presença em Congressos das Juventudes Comunistas (pela ação da UJC); na presença em atos políticos em outros países, com destaque para aqueles realizados em Cuba, na Venezuela, Colômbia, Bolívia, no Paraguai e em Honduras; na presença nos Encontros Internacionais dos Partidos Comunistas e Operários, como em 2017, na Rússia, onde ocorreram as comemorações em torno do Centenário da Revolução de Outubro; nas reuniões bilaterais com os PCs; nas participações em manifestos conjuntos e consultas internacionais com outros PCs.

No quadro atual de grande retrocesso político e social, inaugurado com o golpe parlamentar midiático de 2016, que promoveu o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e levou ao governo a quadrilha comandada por Temer (PMDB), responsável por aprofundar, de forma acelerada, os ataques aos direitos dos trabalhadores e dos setores populares, a hora é de seguir firme na resistência e na organização de todo o povo, num amplo movimento de lutas e embates contra o capital. O recrudescimento das ações fascistas, expresso recentemente no covarde assassinato da Vereadora Marielle Franco do PSOL RJ, impõe ainda mais a necessidade da unidade e da mobilização permanente das organizações populares, progressistas e de esquerda, para que esta conjuntura hoje adversa à classe trabalhadora seja superada o quanto antes, abrindo caminho para um novo ciclo político e social no Brasil, em que possamos sonhar e construir de fato uma outra realidade.

PELO PODER POPULAR, RUMO AO SOCIALISMO!

FOMOS, SOMOS E SEREMOS COMUNISTAS!

quinta-feira, 22 de março de 2018

Partido Comunista Brasileiro comemora domingo 96 anos com ato na Casa do Jornalista (avenida Álvares Cabral, 400, em BH)

                                                                                                                          
                                        
O Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 25 de março de 1922, promoverá um Ato Político e Cultural no próximo domingo, 25 de março , em comemoração dos seus 96 anos de luta pelo socialismo e em defesa dos trabalhadores e do povo brasileiro.

Na ocasião o PCB apresentará suas pré-candidaturas ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. 

Os comunistas do PCB estão construindo, junto com o PSOL, o Movimento dos/as Trabalhadores/as Sem Teto (MTST), a Unidade Popular, as Brigadas Populares e diversos movimentos sociais, populares e culturais, a Frente de Esquerda Minas Socialista. 

Em nível nacional o PCB declarou apoio às pré-candidaturas de Guilherme Boulos e Sônia Guajajaras, respectivamente presidente e vice-presidenta, do PSOL.

Em Minas Gerais estamos apoiando: o pré-candidato  professor Túlio Lopes, atual secretário político (presidente) do PCB em Minas Gerais.

O camarada Túlio foi secretário geral da União da Juventude Comunista (UJC) e é o atual secretário Nacional de Juventude do PCB.

Túlio Lopes tem 35 anos, mora em Belo Horizonte, é graduado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto(UFOP), especialista em História e Cultura Política, além de mestre e doutorando em Educação e Inclusão Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nas eleições de 2014,  foi candidato ao governo d de Minas Gerais.

Nossa pré-candidata a deputada federal é Renata Regina, integrante da Coordenação Nacional do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, filiado a Federação Internacional Democrática das Mulheres (FDIM). 

Renata Regina tem 31 anos, mora em Belo Horizonte, é militante feminista, mãe e adepta de uma maternagem ativa,trabalhadora. 

Além disso é doula, e estudante de enfermagem na UFMG. 

Foi diretora de mulheres da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e vice-presidenta da União Colegial de Minas Gerais (UCMG).

                                                  Daniel Cristiano

O pré-candidato do PCB a deputado estadual  é Daniel Cristiano, membro da corrente sindical 
Unidade Classista, filiada a Federação Sindical Mundial (FSM) e atual secretário sindical do PCB em Minas Gerais. 

O camarada Daniel Cristiano é morador de Ipatinga, na Região Metropolitana do Vale do Aço Mineiro, é graduado em Administração pela Faculdade Pitágoras, pós-graduado em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), e árbitro da Federação Mineira de Voleibol. 

Daniel Cristiano, presidiu o Conselho Tutelar Regional e foi candidato a deputado estadual em 2014, 

e a prefeito de Ipatinga em 2012 e 2016, obtendo expressivas votações.

O PCB apresentará também outras pré-candidaturas a deputados/as federais e estaduais
                                                                         

Dentre outros,  contaremos com com as seguintes presenças:

Edmilson Costa, secretário geral do PCB; Juliano Medeiros, presidente nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); Maria da Consolação, presidenta estadual do PSOL;  Arutana Cobério Terena, ex-vereador do PCB em Belo Horizonte e José Francisco Neres “Pinheiro” líder sindical e ex-preso político.
                                                                         

O Ato político e cultural comemorativo dos 96 anos do PCB e o lançamento das pré-candidaturas ocorrerá na Casa do Jornalista, às 14 horas situada na Avenida Álvares Cabral,  400 no Centro de 
Belo Horizonte.

Contatos para maiores informações:

Magela Medeiros (31) 984973828 e pelo e-mail pcbminas21@gmail.com.





segunda-feira, 19 de março de 2018

Morte de Marielle não é caso isolado

                                  

O assassinato da vereadora Marielle Franco não foi um caso isolado. “Defender direitos humanos no Brasil é uma atividade de risco”, diz a coordenadora de pesquisas da Anistia Internacional Renata Neder.

A entrevista é de Roberta Jansen, publicada por O Estado de S. Paulo, 18-03-2018.

Ela aponta os riscos desse tipo de crime à democracia e a importância de descobrir não só os executores, mas os mandantes para desmontar o esquema de violência contra defensores dos direitos humanos.

Eis a entrevista.

"O Brasil é um dos recordistas mundiais em assassinatos de ativistas de direitos humanos. Neste contexto, a execução de Marielle Franco não é exatamente uma exceção. Qual a situação desses crimes no país e por que eles ainda ocorrem?

O Brasil é um país perigoso para defensores de direitos humanos. Defender direitos humanos no Brasil é uma atividade de risco. Sobre o caso da Marielle em particular, há algumas coisas a serem ditas. Antes de ser vereadora, ela era uma defensora de direitos humanos. Construiu sua trajetória na defesa das mulheres negras, dos direitos dos moradores de favela à segurança pública. Tanto na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa quanto em seu trabalho pessoal, ela documentava e denunciava vários tipos de violação aos direitos humanos e também a violência policial. Ela tinha uma longa trajetória como defensora dos direitos humanos e colocou o seu mandato de vereadora a serviço da defesa dos direitos humanos. Não por acaso foi nomeada relatora da comissão da Câmara que monitora a intervenção federal.

Existe um padrão para os assassinatos de defensores de direitos humanos no Brasil?

No Brasil, a maioria dos defensores é morta em conflitos por terra. E a gente identifica alguns padrões que se repetem. Em geral, os assassinatos são precedidos por ameaças. Em geral também essas ameaças são denunciadas às autoridades que não as levam a sério, não investigam a denúncia, não atuam. E aí a ameaça se concretiza. Por isso chamamos de “ataques letais, mas evitáveis”. Como o caso Chico Mendes (líder ambientalista morto no Acre em 1989). São padrões que se repetem no campo e também na cidade.

O caso da Marielle não segue muito esse padrão...

Sim, no caso da Marielle, o relato da família, dos assessores e dos amigos é que ela não tinha recebido nenhuma ameaça.

Os crimes são investigados?

Esse é um outro problema do Brasil, onde, em geral, os homicídios não são investigados. Mesmo quando o caso tem muita repercussão leva anos para ser julgado. E no caso de haver uma prisão, em geral é dos executores, de quem aperta o gatilho, mas não do mandante. É muito raro que os mandantes sejam identificados e responsabilizados, o que, na prática, significa que o esquema de violência contra determinados grupos não é desmontado.

A execução de uma vereadora em plena região central do rio foi apontada por muitos especialistas como um atentado à democracia. A senhora concorda?

Acho que são vários atentados a democracia. Quando um defensor de direitos humanos é assassinado, o crime é também um ataque ao Estado de Direito. É como se estivessem dizendo que não aceitam a resolução de conflitos de forma legal, não aceitam as regras do jogo democrático, rompem com o pacto democrático. No caso dela, que ocupava um cargo público, era uma vereadora, é um desafio também às instituições. O assassinato de uma vereadora é algo muito grave, não pode ser banalizado. Se o Estado não der uma resposta à altura, abre-se uma porta muito perigosa para um aumento generalizado da violência. Porque se nem a morte de uma vereadora é elucidada, imagina o que pode acontecer com grupos menos visíveis. Não se trata apenas de um questão de justiça com Marielle.

Por que a questão dos direitos humanos ainda é tão polêmica no país? A morte de Marielle suscitou vários comentários raivosos nas redes sociais acusando-a de ser “defensora de bandidos”. Por que uma noção tão básica como essa ainda é tão mal interpretada?

Não acho que seja polêmico. Acho que há um mau entendimento. As pessoas precisam sair das polarizações, dos extremismos, das respostas fáceis e se abrirem para o diálogo qualificado. Em geral, as pessoas que dizem essas coisas não sabem o que são os direitos humanos. E essa incompreensão leva ao estigma de que defender direitos humanos é defender direito de bandidos e à criminalização dos defensores. Os direitos à moradia, à educação e à alimentação são direitos humanos. Precisamos romper esse ciclo com informação qualificada. Uma outra questão mais delicada é que o País é muito atingido pela violência; são mais de 60 mil homicídios por ano. É natural que o cidadão exija políticas segurança pública. O problema é que a tendência é a de apresentarem soluções rápidas e fáceis que não são necessariamente as mais efetivas.

Como assim?

Por exemplo, foram 61 mil homicídios em 2016 e a resposta de muitos parlamentares é aumentar a pena para quem comete homicídio. Só que o impacto disso sobre a segurança é nenhum, porque, no Brasil, somente 5% a 8% dos crimes são investigados. Mais de 90% dos crimes não são investigados no País, então ninguém vai ser preso nunca, não faz diferença. O que tem impacto é investigação e também políticas de prevenção focalizadas nos grupos mais expostos à violência. Estatisticamente, a chance de uma mulher branca, de classe média, do Sudeste ser assassinada é muito menor do que a de um jovem negro da periferia de Fortaleza. Mas essas coisas não têm muita visibilidade. As ações mais visíveis são escolhidas.

Como uma intervenção federal na segurança do Rio?

O modelo que sempre foi usado é o da ostensividade, não da investigação. O foco é no confronto, na polícia que sobe na favela para combater o varejo do tráfico de drogas ilícitas e trocar tiros com grupos criminosos. E esse modelo não reduziu o tráfico, não diminuiu a violência, não tornou a cidade mais segura. Foi esse modelo que fez a gente chegar aonde chegou. E o modelo proposto pela intervenção não é diferente, é o da militarização, do confronto, da lógica da guerra, do uso das forças armadas para o policiamento.

O Brasil ainda tem dificuldade de aceitar e respeitar as minorias?

Historicamente e estruturalmente o Brasil é marcado pelo machismo, pelo racismo, pela LGBTfobia, por todas essas discriminações. Nesse sentido, de fato, Marielle era uma pessoa muito simbólica. Mas disso também resultou o tamanho da mobilização decorrente de sua morte, em várias cidades, em outros países."

(Com o Instituto Humanitas Unisinos)

Agradeço a todos e a todas pelas simpáticas mensagens que venho recebendo ao longo deste mês. Meu aniversário tem uma data precisa: 19 de março, Dia do Carpinteiro José, pai de Jesus Cristo. Por erro, redes sociais o têm datado do inicio do mês. De qualquer forma, fico muito grato. Aliás,minha primeira atividade profissional foi justamente a de carpinteiro, no que me dei muito bem, até ser "promovido" na empresa, a escriturário e, logo depois, demitido "por ser comunista"...E ainda estava longe de sê-lo.... Abraços e obrigado.



quinta-feira, 15 de março de 2018

Vítima da Intervenção Militar no Rio de Janeiro

                                                                  
                 
                                                  
                                Sua morte será vingada

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948)

PREÂMBULO: Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,

ARTIGO XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.


Compatriotas anti-imperialistas, antimonopolistas e anti-latifundiários do Brasil e toda Nossa América,

Dada a gravidade da situação política no Brasil, com o aprofundamento da ditadura da oligarquia financeira legitimada por um aparelho de Estado reacionário, portanto antipopular e antinacional, esta REDE BOLIVARIANA ANTI-IMPERIALISTA apresenta aos nossos leitores um conjunto de informações valiosas e úteis para compreendermos como se chegou à conjuntura atual.

Esta REDE BOLIVARIANA ANTI-IMPERIALISTA considera que a máfia golpista no governo atua a toda pressa para implementar o plano de entrega da economia do país aos monopólios imperialistas porque acredita que conta com a impunidade certa ao terminar o atual mandato.

Esta REDE BOLIVARIANA avalia que o golpe de Estado no Brasil é parte do plano geoestratégico do imperialismo ianque de desestabilização e derrubada de governos progressistas e anti-imperialistas para a "mudança de regime" com a imposição de "democracias tuteladas" por oligarquias lacaias cujo objetivo último e a recolonização do continente americano para o controle de seus recursos naturais e vai mais além, com sua busca de hegemonia militar na região da Ásia-Pacífico.

Esta REDE BOLIVARIANA ANTI-IMPERIALISTA avalia que a intervenção militar no estado do Rio de Janeiro é parte desse plano e uma cortina de fumaça para tentar realinhar os setores sociais de classe média que pedem "intervenção militar" e que apoiaram o golpe, mas que se encontram divididos sobre o futuro do país.

Esta REDE BOLIVARIANA ANTI-IMPERIALISTA avalia que a intervenção militar pode vir a se transformar em ditadura cívico-militar aberta se os setores e movimentos populares assumirem uma postura de radicalização, desobediência civil e rebelião violenta contra o regime golpista e considera que é por essa razão que o comando do Exército exige imunidade legal caso recebam ordens para reprimir e massacrar prováveis insurreições no decorrer do ano eleitoral.

Esta REDE BOLIVARIANA ANTI-IMPERIALISTA concorda com a análise do comunista revolucionário Luiz Carlos Prestes sobre a verdadeira essência do artigo 142 da Constituição de 1988, em que conclui que "em nome da salvaguarda da lei e da ordem pública, ou de sua "garantia", estarão a Forças Armadas colocada acima dos três poderes do Estado e, como "poder militar" fático, podem, constitucionalmente, tanto depor o Presidente da República como os três poderes do Estado". 

Esta REDE BOLIVARIANA ANTI-IMPERIALISTA defende o direito universal à desobediência civil e à rebelião violenta contra regimes opressores e repressores e alenta o povo e os trabalhadores a que façam uso de todas as formas de luta revolucionárias e no uso da autodefesa armada se o atual regime ditatorial venha a se transformar em ditadura cívico-militar aberta.

Esta REDE BOLIVARIANA ANTI-IMPERIALISTA responsabiliza o Exército Brasileiro pelo assassinato da companheira vereadora Marielle Franco, militante feminista e defensora dos Direitos Humanos e da Humanidade e declara ALVO MILITAR seus assassinos e cúmplices civis e militares.

                             Comissão Histórica da Verdade da Colômbia

A luta pelos direitos humanos não pode cessar diante desta tragédia

O Partido Comunista Brasileiro se solidariza integralmente com os companheiros, a militância e a direção do PSol, por conta do brutal e lamentável assassinato da companheira Marielle Franco.

Embora não tenham sido divulgados detalhes de mais esta barbárie ocorrida no Rio de Janeiro, o assassinato da mulher negra, eleita a quinta vereadora mais votada pelo município do Rio de Janeiro, amplifica mais fortemente a chaga da violência urbana a que está exposta a população pobre e negra brasileira.

A luta pelos direitos humanos não pode cessar diante desta tragédia, que encontra semelhanças infelizes em cada comunidade pobre e periférica do Brasil.

Apesar das poucas informações até o momento, há fortes elementos para suspeita de crime político, encomendado para tentar calar a voz militante que se ergue contra a repressão e a exploração. Não irão silenciar nossa luta! Exigimos rigorosa investigação e apuração deste crime sob fiscalização de um comitê democrático que reúna partidos políticos, entidades democráticas e movimentos populares.

Companheira Marielle Franco, Presente!

quarta-feira, 14 de março de 2018

Ele conseguiu prever muito do futuro

                                                          

Eminente físico Stephen Hawking que, com seu próprio exemplo, conseguiu despertar o amor pela ciência em milhões de pessoas, morreu hoje, 14 de março, em Cambridge. Ele se tornou conhecido não apenas por sua luta contra a doença e pesquisas dos buracos negros, mas também por teorias curiosas sobre o nascimento e futuro do universo. 

(Com Sputnik News)

Em 14 de março Cuba comemora o 126º aniversário da fundação do Jornal Pátria, por José Martí. Dia da Imprensa Cubana


Comemoração dos 96 anos do PCB. Dia 25 às 14h na Casa do Jornalista


A Aliança PSOL-PCB para a disputa presidencial no primeiro turno


domingo, 11 de março de 2018

Unir a esquerda socialista com as pré candidaturas populares de Guilherme Boulos e Sônia Guajajara!

                                       

O Comitê Central do PCB vem a público anunciar a decisão de promover a coligação com o PSOL para as eleições deste ano. Declaramos o apoio político à pré candidatura à presidência da República dos companheiros Guilherme Boulos e Sônia Guajajara, aprovada na Conferência Eleitoral do PSOL. Trata-se de uma ampla aliança política e social entre o PCB, PSOL, MTST, os movimentos dos povos indígenas, movimentos feministas, negros, LGBTs, intelectuais progressistas, trabalhadores urbanos e rurais em torno de um programa que expresse a unidade mais consequente e combativa nas lutas contra os ataques da burguesia e do imperialismo aos direitos sociais, trabalhistas e democráticos desferidos pelo governo golpista.

O atual quadro histórico de aprofundamento da crise capitalista, acirramento das disputas interimperialistas no mundo e crescimento da extrema direita, com a continuidade da acumulação capitalista e suas expropriações, impõe cada vez mais limites e restrições às liberdades democráticas historicamente conquistadas pela classe trabalhadora. Nesse sentido, é fundamental que as pré candidaturas de lideranças dos trabalhadores sem teto e indígena também apontem para a necessária reconstrução e fortalecimento das organizações populares e suas lutas, antes, durante e depois das eleições.

O PCB construirá esta campanha nestes termos, ombro a ombro junto aos companheiros e companheiras. Somando-se às importantes iniciativas da plataforma Vamos, aos acúmulos das lutas dos movimentos populares e do PSOL, temos a apresentar o programa político do PCB, construído junto com a nossa militância, por meio de eixos programáticos de cunho popular, anticapitalista e anti-imperialista.

Para os comunistas brasileiros, na atual conjuntura, qualquer conquista política, social e econômica para as classes populares necessariamente irá contrariar os interesses das classes dominantes. Nesse sentido, a construção de candidaturas radicalmente populares passa longe de qualquer ilusão com a conciliação de classes. Igualmente devemos continuar a participar ativamente das lutas e resistências, para além das eleições, na Frente Povo Sem Medo, nos sindicatos, diretórios e grêmios estudantis, associações e movimentos populares.

O PCB conclama a sua militância partidária e dos coletivos, amigos e simpatizantes a não medirem esforços em participar da construção de uma ampla e combativa campanha na base da sociedade, capaz de se apresentar como alternativa a velhas ilusões estratégicas que permearam grande parte da esquerda brasileira até a história recente do nosso país.

Pelo Poder Popular! Pelo Socialismo!

São Paulo, 10 de março de 2018,

Comitê Central do PCB