quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

44 dias de resistência dos eletricitários, diz Sindieletro-MG

                                                                        
                                                       Reprodução do site do Sindieletro-MG

"Nossa greve foi marcada ontem com o início de assembleias unificadas em todo o Estado, que seguem até a sexta-feira (8), e com um ato em Belo Horizonte, em frente ao Palácio da Liberdade. Fechamos a rua da portaria principal do Palácio, onde se encontrava o governador Fernando Pimentel, que naquele momento concedia uma entrevista coletiva.

A Cemig é uma empresa, uma sociedade anônima, com ações na bolsa de valores. Portanto, é uma empresa estatal, mas de gestão privada. O governo do estado não pode entrar e não pode interferir na negociação entre a diretoria da empresa e seus servidores. 

Seria um absurdo, um contrassenso. Então, eu respeito a manifestação do sindicato, eles têm todo direito de fazê-lo. Mas o local adequado não é aqui, é lá na Cemig. E a negociação tem que ser feita com diretoria da empresa, que, eu tenho certeza, está conduzindo isso da melhor maneira possível”, argumentou Pimentel.

No entanto essas palavras contrastam com as que ele pronunciou na 13ª Plenária da CUT-MG, quando assinou a carta compromisso com a CUT prometendo reverter o processo de privatização da Cemig e o fim da política de terceirização:

“Mais importante do que isso é estarmos juntos ao longo de quatro anos de governo. Porque, se chegarmos lá, não será um governo fácil. Será de reconstrução. Juntos vamos reconstruir Minas Gerais”.
“Estamos vivendo talvez o pior, ou um dos piores momentos em Minas Gerais na relação entre poder executivo e movimento sindical. Nunca houve na história um momento em que as entidades representativas dos trabalhadores, especialmente do setor público, fossem tão desprezadas, pisoteadas, e afastadas da verdadeira negociação, legítima e respeitosa, como deve ser entre o governo constituído e os trabalhadores.”

A resposta dos eletricitários em greve foi ligeira:

“Não podemos aprovar de forma alguma uma proposta que retira direitos, estamos lutando pelo nosso futuro. Se a gente ceder às pressões, a Cemig vai se sentir à vontade para nos impor mais perdas nos próximos anos. Eu votei no governador Pimentel, agora estou me sentindo traído, pois meu voto se justificou na esperança de conquistar uma nova Cemig, com respeito e valorização dos trabalhadores. 

Estou muito decepcionado, mas acredito que a única pressão que deve ser feita é a nossa pressão para que Pimentel negocie a nossa pauta e cumpra seus compromissos de campanha”, afirmou um técnico, da Itambé, durante a assembleia da Regional Metalúrgica, realizada ontem."

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