quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ocupação Glória em Uberlândia luta para que seja transformada em bairro, solucionando impasse com a Universidade


                          
                                      
Na última reunião do INCIS - Instituto de Ciências Sociais da UFU - foi retirada por unanimidade uma nota em apoio a Ocupação do Glória em Uberlândia, defendendo que seja resolvido o impasse sem a reintegração de posse. Que se regularize a situação transformando a área de propriedade da UFU em moradia ("bairro") aos atuais residentes (ocupados) que somam hoje mais de 12.000 pessoas.

É preciso uma mobilização firme para vencermos essa batalha em favor do movimento popular, contra as forças sociais burguesas e seus aliados, no caso aquelas ligadas à privatização do espaço urbano e rural - via especulação imobiliária - bancos, construtoras, empreiteiras etc.

É fundamental a divulgação massiva dessa situação que se repete em milhares de localidades no Brasil e no mundo, precisamos furar o cerco da grande mídia local, nacional  e internacional que oculta a existência dessas situações de explícito conflito social de classes - de um lado segmentos das classes populares (trabalhadores urbanos e rurais - assalariados, subempregados, de contratos sazonais etc. expressando todas as modalidades de exploração capitalista) e de outro as "forças civilizadoras do mercado" com sua racionalidade burguesa "capaz" de transformar tudo em lucro capitalista - da água ao ar -. Não tenhamos ilusão de que é possível e desejável assumirmos uma posição neutra, imparcial e semelhantes.

Os que se conformam, se resignam ante conflito social (luta de classes) tomam fatalmente o lado dos opressores e exploradores do povo (dos trabalhadores), e o povo é aqui definido política e concretamente, diferentes das abstrações burguesas e pequeno burguesas dos filósofos e juristas comprometidos com a conservação da exploração capitalista.

Quando nós marxistas, comunistas dissemos "povo" nos referimos a todos aqueles que produzem de fato e efetivamente aumentam (valorizam) a riqueza social e que não têm acesso suficiente ao que foi produzido socialmente, através do seu trabalho explorado. 

Essa definição global sob o termo "povo" não nos impede de reconhecer ao mesmo tempo que no complexo das contradições próprias da luta social no interior do povo existem classes, frações de classe, camadas e segmentos sociais que por -  fatores objetivos (forma de inserção/posição no processo da produção social dominado pelo "lógica histórica" da sociedade capitalistas - de suas estruturas "típicas" = econômica e jurídico-política) e fatores subjetivos (capacidade e e formas de organização social (econômica, política e ideológica), formas de luta e ação) - um conjunto complexo de fatores reais (objetivos e subjetivos), dominados em última instância pelos fatores objetivos da produção social (forma de inserção na produção social capitalista), que são a chave explicativa das variações da luta social e determinam a extensão das alianças de classe (do proletariado como classe explorada fundamental - trabalhador assalariado "produtivo" = produtor de mais-valia) no interior do "povo" na direção da luta anticapitalista e necessariamente socialista no sentido da transição histórica ao comunismo (sociedade sem classes), tal qual Marx, Engels, Lenin e outros esboçaram  teoricamente as suas linhas gerais.

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