terça-feira, 16 de maio de 2017

General brasileiro (da Reserva) deplora manobra conjunta com os EUA

                                                                           
O general de brigada brasileiro (Reserva) Bolivar Marinho Soares de Meirelles deplorou hoje (dia 15) a decisão do governo Michel Temer de convidar o Exército estadunidense a participar de exercícios militares na tríplice fronteira amazônica.

Levar às Forças Armadas Brasileiras (FAB) a uma manobra conjunta com as Forças Armadas norte-americanas é tentar exercer pressão sobre as nações democráticas como a Venezuela, o Equador e a Bolívia, sustentou o ex alto oficial em uma nota difundida aqui.

Soares de Meirelles sublinhou o paradoxo que representa o fato que as FAB vão servir de professores, didaticamente especializados no território nacional, aos potenciais invasores', algo que catalogou como um horrível delito.

Hoje, sustentou, a maior hipótese de guerra para Brasil é uma possível confrontação com o Exército estadounidense diante de uma invasão para se apropriar das reservas aquíferas, do pulmão amazônico, do petróleo, ou do nióbio, um mineral utilizado para produzir aço mais forte e ligeiro do qual Brasil possui o 97 por cento das reservas mundiais.

O mapeamento de nossas táticas defensivas passa a ser o absurdo dos absurdos, sublinhou o general aposentado e anistiado político, para quem o 'governo de traição nacional do usurpador Temer deveria ser processado por crime crime de Lesa Pátria ao abrir o conhecimento detalhado de nosso território nacional ao Império do Norte'.

Acho que alguma reserva de patriotismo deve existir em nossas Forças Armadas para que elas retomem a espada usada nas lutas libertárias e digam um não democrático a esses capitães que agora governam Brasil, manifestou.

A raiz de conhecer-se o convite de Temer ao Exército estadounidense, o professor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) Thomas Heye valorizou que a mesma evidenciava uma crescente reaproximação militar entre os dois países.

Um treinamento militar na fronteira com as Forças Armadas norte-americanas resulta meio estranho, considerou o especialista e assinalou que isso, também, deixa claro uma mudança com respeito à posição do governo anterior, encabeçado pela deposta presidenta constitucional Dilma Rousseff.

Pede que também se produza uma reversão da política vigente nos últimos anos, de diversificar os provedores de material bélico do Brasil mediante uma aproximação com países europeus como França e Suécia, advertiu.

Em um comunicado difundido então, o Partido dos Trabalhadores manifestou igualmente sua 'preocupação e total oposição à iniciativa' do governo Temer.

A região amazônica é estratégica para os interesses nacionais e o Exército brasileiro já atua ali de forma soberana para garantir a segurança de nosso território e apoiar às comunidades locais, conjuntamente com a Marinha e a Aeronáutica, significou a nota petista.

(Com Prensa Latina)

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