segunda-feira, 10 de outubro de 2016

UNIFICAR AS LUTAS E OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE BH EM DEFESA DOS NOSSOS DIREITOS E CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA CIDADE

                                                                             
O segundo turno da eleição em Belo Horizonte apresenta um cenário difícil para as lutadoras e lutadores da cidade. As duas opções João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS) integram o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer e estão juntos para atacar o povo brasileiro: as trabalhadoras e os trabalhadores, a população LGBT, a periferia e sua juventude marginalizada, os indígenas e quilombolas.

O PSDB de João Leite, através de Aécio e Anastasia, implementou medidas que destruíram os serviços públicos, atacou os direitos de servidores no Estado de Minas Gerais enquanto reforçou a militarização das cidades e reprimiu toda e qualquer manifestação popular. 

No Congresso Nacional tem encaminhado propostas que destroem os direitos sociais adquiridos desde a redemocratização, que congelam por vinte anos os gastos em setores prioritários como saúde e educação (PEC 241) e entregam as riquezas do país para o capital internacional, como fez na última semana votando pelo desmantelamento da Petrobrás e privatização do pré-sal.

No município a política de João Leite pretende aprofundar a privatização da cidade e entrega do patrimônio público municipal através de empresas como a PBH Ativos S/A, marca do governo Lacerda (PSB).

Alexandre Kalil tenta se passar por alguém de fora da política, aproveitando a crescente indignação da população e a crise de representatividade, mesmo sendo coadjuvante do processo golpista nos bastidores da política. Juntamente com o PSDB, tem pautado as mesmas medidas de retirada de direitos sociais, trabalhistas e humanos. 

Kalil é uma figura que sonega impostos como o IPTU e FGTS e ainda quer convencer a população de que representa alguma mudança. Junto com seus aliados, participa do processo nacional de destruição de direitos e entrega do patrimônio aos estrangeiros.

Nenhum e nem outro representa os anseios da maioria da população belo-horizontina, uma maioria diversa que deseja a construção de uma outra política no país.

Nesta conjuntura, não podemos nem enganar, nem decepcionar as eleitoras e eleitores da Frente de Esquerda BH Socialista. Seja qual for o resultado do 2° turno, infelizmente, a cidade não viverá as transformações necessárias, pois os dois candidatos e seus respectivos partidos estão unidos na aplicação do ajuste fiscal e da retirada de direitos e representam os interesses dos ricos e poderosos.

Diante disso, a Frente de Esquerda BH Socialista se define pelo voto nulo no segundo turno em Belo Horizonte: “Nem João Leite, nem Kalil, nosso voto é Izidora!”. 

Acreditamos que a saída é ocupar as ruas, por isso convocamos a militância social e o conjunto da população a construir a resistência local aos ataques aos nossos direitos unificando as lutas em curso rumo a uma greve geral no país para derrubar o governo ilegítimo de Temer, Aécio, Renan e Cunha.

Aqui em Beagá a ação mais urgente de resistência é impedirmos o despejo e criminalização das Ocupações Urbanas, em especial das 30.000 pessoas que vivem na região da Izidora. O governo Pimentel (PT) tem ameaçado diariamente a população das Ocupações com ações violentas, desumanas e irresponsáveis de despejo, atirando bombas e balas de borracha contra famílias e crianças. 

Foi conivente e responsável por um dos maiores crimes do Estado: o derramamento de lama da Samarco/BHP/Vale, tendo se posicionado ao lado das mineradoras e ainda aprovado a flexibilização da legislação ambiental para o extrativismo. 

Além disso, anunciou o parcelamento de salários de servidores sucateando o serviço público e deixando os trabalhadores e trabalhadoras de mãos atadas frente à perda de valor do salário e à inflação.

Nem João Leite! Nem Kalil! Nosso voto é Izidora!

Nenhum direito a menos! Nenhum despejo a mais!

Temer Jamais! Lacerda Nunca Mais!

Frente de Esquerda BH Socialista

PSOL - PCB - Brigadas Populares - Unidade Popular pelo Socialismo

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