terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Correio Braziliense congela férias de funcionários

                                                               
Na última semana, os jornalistas do Correio Braziliense foram surpreendidos com e-mail com o seguinte título: “Férias 2018”. No texto, a diretoria do veículo de comunicação informa que o período de descanso está suspenso até 30 de junho do próximo ano, sendo mantidas somente as férias compulsórias. A reportagem do Portal Comunique-se apurou a situação e descobriu que o comunicado chega após alguns atrasos no pagamento das férias.

De acordo com as informações enviadas por e-mail, a medida de congelamento vale para toda a empresa. Ficou a cargo dos gestores receberem os formulários de suas equipes para “conhecimento e ciência dos funcionários que se enquadram na condição de férias compulsórias”. Até a tarde desta segunda-feira, 4, nenhuma reunião foi realizada para falar sobre o caso. Fontes informaram ao Portal Comunique-se que a decisão é inédita sendo que, antes disso, era possível negociar o descanso dentro do período aquisitivo.

A apuração da reportagem mostra, ainda, que existem casos recentes de atraso no pagamento do benefício, sendo que alguns colaboradores saíram e retornaram do descanso sem receber o valor proporcional ao período.

Ainda que a Lei Trabalhista tenha sofrido alterações no último mês, o congelamento não é ilegal, sendo o empregador o responsável por decidir qual o melhor período para o descanso do time. Com a reforma, o que muda é que, agora, as férias poderão ser fracionadas em até três vezes.

No Correio Braziliense, há ainda a informação de que a empresa pretende prorrogar a suspensão das férias até o final de 2018. Se isso acontecer, os profissionais que descansaram no período aquisitivo em 2017 deverão ter férias compulsórias somente no segundo semestre de 2019.

O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal relata, em contato com a reportagem, que o Correio Braziliense passa por dificuldades financeiras há três anos. A situação já fez com que o veículo atrasasse pagamento de salário e benefícios.

A entidade afirma que negocia com a empresa e que na última assembleia, realizada em 20 de novembro, ficou acertado a regularização das dívidas com os freelas e editores, que estavam sem receber o pagamento. Na quarta-feira, 6, outra conversa deve acontecer entre o sindicato e a empesa de comunicação.


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