quinta-feira, 26 de julho de 2012

Raúl Castro reitera disposição de diálogo com os Estados Unidos mas em pé de igualdade: "Não somos fantoche", lembrou



                                                                       

O presidente Raúl Castro reiterou hoje em Guantánamo a disposição de Cuba de estabelecer um diálogo aberto e entre iguais com os Estados Unidos para abordar interesses de ambos países.
Raúl Castro presidiu ato pelo Dia da Rebeldia Nacional.

  "No dia que quiserem a mesa está servida, já lhe foi dito pelos canais diplomáticos atuais, se quiserem discutir discutiremos... mas em igualdade de condições, porque não somos submetidos, nem colônia, nem fantoches de ninguém", afirmou ao intervir no ato central pelo Dia da Rebeldia Nacional.

Na praça da Revolução Mariana Grajales de Guantánamo, localizada a mais de 900 quilômetros ao leste de Havana, o presidente ratificou a vocação pacífica de Cuba e sua vontade de estabelecer amizade com todos, inclusive com os Estados Unidos.

Se querem confrontação, que seja só no esporte, preferivelmente no beisebol (disciplina com grande arraigo popular nos dois países), no mais não, expressou perante milhares de pessoas reunidas para recordar o Assalto aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes no dia 26 de julho de 1953.

Raúl Castro chamou ao entendimento bilateral, situação afetada por mais de meio século de hostilidades por parte de Washington, manifestadas sobretudo no bloqueio econômico, comercial e financeiro que já provocou à ilha perdas superiores aos 975 bilhões de dólares, segundo dados oficiais.

"Que nos respeitemos, não se pode dirigir o mundo, isso é uma loucura, e muito menos baseado na mentira repetida", apontou.

Em sua intervenção, o estadista assinalou que o governo dos Estados Unidos sente falta e quer voltar aos tempos da primeira metade do século XX, durante a qual exerceu um domínio absoluto sobre Cuba, até o triunfo da Revolução do dia Primeiro de janeiro de 1959.

Também advertiu sobre a existência na nação caribenha de grupúsculos que buscam criar condições para repetir situações como as da Líbia e da Síria, países alvos da chamada doutrina da mudança de regime promovida pela Casa Branca e seus aliados.

Nesse sentido, afirmou que a ilha está preparada para se defender.

Enquanto isso, aqui estamos e sempre com a cavaleria pronta, se precisar; uma vez mais proclamo aqui nossa vocação pacífica, não temos interesse em fazer dano a ninguém, mas nosso povo se defende e todos sabemos o quê fazer em cada circunstância, sublinhou.(Com a Prensa Latina)

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