sexta-feira, 20 de julho de 2012

Metalúrgicos da GM tentam sensibilizar o governo a lutar contra demissões na empresa


                                                                       

Metalúrgicos se reuniram com o ministro-chefe da Secretária Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para cobrar um posicionamento do governo frente à ameaça de demissão em massa na fábrica da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP). Na reunião, Carvalho se comprometeu a levar a discussão à presidente Dilma Rousseff e apresentar as reivindicações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos pela manutenção dos postos de trabalho na montadora.

Segundo o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o ministro ficou de discutir com a presidente a atuação do ministro do Trabalho, Brizola Neto, nas negociações com a GM de forma “mais forte e decisiva”.

Por conta da crise financeira, a General Motors, assim como outras montadoras, tem recebido do governo federal desde 2008 incentivos através de renúncia fiscal, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em troca disso, a empresa se comprometeu em manter os postos de trabalho, implementados no Brasil.

Os trabalhadores solicitaram que o governo participe das negociações para cobrar o cumprimento deste compromisso. Para o presidente do sindicato, o governo possui um papel importante para impedir que mais demissões sejam realizadas pela montadora. “Queremos que o governo se utilize dos mecanismos políticos para pressionar a empresa”, afirma.

Desde o início de junho, a montadora já realizou dois Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de São José dos Campos, que terminaram com a demissão de 356 trabalhadores. E, no dia 29 de junho, anunciou que fechará o setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), onde trabalham 1.500 funcionários.

A mobilização dos trabalhadores começou após o anúncio da possível demissão em massa feito pela GM no final de junho. Na última quinta-feira (12), os trabalhadores fizeram uma paralisação de duas horas e protocolaram um documento com o aviso de greve. Na segunda-feira (16), os trabalhadores realizaram a paralisação de 24 horas no intuito de se posicionar contra a demissão em massa planejada pela GM. A greve teve adesão de 100% dos funcionários da produção. (Com o Brasil de Fato)

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