quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mais setores se somam à mobilização contra o governo Temer

   

Trabalhadores dos setores bancário e metalúrgico se somarão no próximo dia 10 à mobilização nacional contra o governo do presidente interino Michel Temer, confirmou ontem a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Brasil.

A manifestação convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo para exigir "Fora Temer" servirá também para ampliar a convocação que os sindicatos destes ramos promovem nas bases para forçar os patrões ao diálogo, afirmou a CUT em seu portal digital.

O momento é duro para as organizações sindicais, especialmente para nós que, além do corte de direitos prometido por Temer, enfrentamos a ameaça da privatização dos bancos públicos, alertou o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Roberto Von der Osten (foto).

Por sua vez, a titular do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira Leite, manifestou preocupação pelo aumento do desemprego no setor e considerou que a falta de visão de Temer sobre o papel dos bancos públicos como fomentadores do desenvolvimento constitui um grave problema para o país.

O governo interino, advertiu, vai utilizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) para ajudar na privatização de nossos patrimônios, tal e como fez (o ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso, "que não resolveu o problema do déficit público e causou milhares de demissões".

Citado também pelo serviço de informação da CUT, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Paulo Cayres, assinalou que a luta contra Temer é necessária para enfrentar um modelo que resultará em constante desemprego e na ampliação da pobreza.

O dirigente de uma organização que representa 700 mil trabalhadores afirmou também que a mobilização da próxima sexta-feira será só um passo rumo à greve geral, "caso o governo golpista se mantenha no poder".

(Com Prensa Latina)

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