terça-feira, 22 de março de 2016

Nota da Unidade Classista distribuída na Assembleia do SindUTE/MG 16/03/2016

                                                                    

Em meio ao agravamento da crise política, marcada pelo esgotamento do governo Dilma e a degradação política e ideológica do Partido dos Trabalhadores (PT) e seus satélites, foi deflagrada uma greve nacional da educação, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com a seguinte pauta: pelo cumprimento da lei do Piso; contra a terceirização; contra a entrega das escolas às organizações sociais (OSs); contra o parcelamento de salários; contra a militarização das escolas públicas e contra a reorganização das escolas.

Não obstante a “filiação partidária” da CNTE e do Sind-UTE/MG ao Partido dos Trabalhadores (que cobra do governo petista de Fernando Pimentel o cumprimento do acordo assinado em 2015), os trabalhadores da educação mais uma vez levantam a bandeira do NÃO À PERDA DE DIREITOS NA “PÁTRIA EDUCADORA”!

Graves são os ataques impetrados pelos governos contra a educação pelo Brasil afora: governos que não cumprem a lei do Piso, que iludem a sociedade com alternativas falaciosas, como o caso de Goiás com a administração escolar feitas pelas Organizações Sociais (Oss), que na verdade são organizações privadas, a militarização de escolas (Goiás e Amazonas), reorganização de escolas (leia-se fechamento) em São Paulo, agressões físicas e psicológicas brutais contra professores em greve como no Paraná, e o parcelamento de salários em Minas e no Rio de Janeiro.

Em Minas Gerais, o governo de Pimentel, que se elegeu em decorrência do desgaste dos governos do PSDB, apresentou à ALMG, depois de várias reuniões com o sindicato, uma proposta de abono salarial em substituição ao subsídio. Pior, anunciou e propagandeou que está pagando o Piso (o que não seria mais do que sua obrigação) em um acordo histórico com os trabalhadores da educação. E assim, mais uma vez fomos enganados.

O que se vê na educação pública em MG é que os governos de PT, PSDB, PMDB, etc, se colocam de forma completamente servil às exigências da classe dominante, com profundos cortes nos programas sociais para garantir o pagamento dos juros aos rentistas.

A Unidade Classista considera que o momento é de concentrar esforços para a mobilização e a organização da classe trabalhadora em luta por suas demandas e para construirmos a unidade de ação das forças anticapitalistas, como condições para o enfrentamento da ofensiva contra os interesses do proletariado e dos setores populares.


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