sexta-feira, 11 de outubro de 2013

MST critica justiça burguesa que permite a saída pela porta da frente do Fórum de condenados no processo do Massacre de Felisburgo

                                                            

"Ficou claro pelos autos do processo, pela argumentação da promotoria e pela postura esquiva da defesa, que Chafik premeditou o crime, comprou as armas e executou, colocando o preço de suas terras acima do valor da vida humana"


                    " MST manifesta sobre condenação de Chafik

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reconhece a lisura e a retidão com que Juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes conduziu o julgamento do Massacre de Felisburgo, bem como o empenho do Dr. Christiano Leonardo Gonzaga Gomes, do Ministério Público, em expor aos jurados a verdade sobre a violência do latifúndio, cumprindo de maneira exemplar seus papéis.
Agradecemos a toda sociedade que apoia o povo sem terra e que acompanhou cada capítulo deste processo hediondo, desde o massacre até as diversas tentativas do acusado de burlar o julgamento, adiando a data por 4 vezes.
Entretanto, é com pesar e indignação que assistimos as brechas que existem na justiça e que os poderosos fazem tanto uso para sair impunes. Este é um sentimento que reverbera em todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores brasileiros, cansados de tanta injustiça. Mesmo condenados a 115 anos de prisão e à 97 anos e seis meses respectivamente, Chafik e Washington saíram pela porta da frente do Fórum Lafayete. 
Ficou claro pelos autos do processo, pela argumentação da promotoria e pela postura esquiva da defesa, que Chafik premeditou o crime, comprou as armas e executou, colocando o preço de suas terras acima do valor da vida humana.
A justiça que garante a intocabilidade dos latifundiários arcaicos e criminosos, é a mesma que rapidamente emite despejos em massa, condena milhares de famílias a viverem sem terra e sem casa, nas beiras das estradas, arranca os frutos do trabalho que caleja as mãos dos agricultores e que alimenta as cidades.
Para o MST, só haverá justiça para o caso de Felisburgo com a prisão definitiva dos réus e a definitiva desapropriação da fazenda Nova Alegria.

Fazer justiça à Felisburgo, é fazer justiça a todos os brasileiros."

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