sexta-feira, 15 de julho de 2016

Sim à Paz! Não à OTAN

                                                                
Protesto contra a cimeira da NATO de Varsóvia


A Campanha “Sim à Paz! Não à NATO!”, promovida por 26 organizações portuguesas, levou às ruas de muitas cidades do nosso país a defesa da Paz e a denúncia dos propósito agressivos da NATO e da sua cimeira, realizada em Varsóvia nos passados dias 8 e 9 de Julho.

Ao longo do último mês e meio as organizações promotoras da campanha realizaram dezenas de iniciativas de sensibilização e debate, produziram e distribuíram materiais numa defesa comprometida e combativa da Paz como condição essencial ao desenvolvimento, ao progresso e à justiça.

A campanha culminou nos dias 8 e 9 de Julho com iniciativas em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro.

Em Lisboa, no dia 8, activistas pela Paz percorreram as ruas, distribuindo documentos e gritando palavras de ordem como “Paz Sim, NATO não!”, “Mais saúde e educação! NATO não!” ou “NATO é agressão, dissolução é solução”, entre outras, num percurso que terminou no Largo Camões com a actuação do grupo Marfa e intervenções de João Barreiros pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, Regina Marques pelo Movimento Democrático de Mulheres, José Oliveira pelo Movimento pelos Direritos do Povo Palestino e a Paz no Médio Oriente, David Frazier pela Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Ilda Figueiredo pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação.

No Porto, na manhã do dia 9, na rua de Santa Catarina, a Campanha “Sim à Paz! Não à NATO!” realizou um Acto Público, com distribuição de documentos, que contou com a participação de muitos activistas da Paz, contou com intervenções, de Tiago Oliveira, coordenador da USP/CGTP e de Ilda Figueiredo, presidente da direcção do Conselho Português para a Paz e Cooperação.

Em Coimbra e em Faro realizaram-se, no dia 8, acções de contacto com a população com distribuição dos materiais produzidos pela Campanha.

Um pouco por todo o país a campanha “Sim à Paz! Não à NATO!” reafirmou a Paz como necessária ao desenvolvimento e ao progresso humanos e denunciou a NATO com os seus objectivos belicistas e o seu historial de agressão como contrária à segurança e aos interesses dos povos, denunciando que o aumento da tensão e de conflitos, de que a NATO e as potências que a compõem são as principais responsáveis, aumentam o risco de um conflito de grandes proporções que ameaçaria a própria humanidade.

Viva a Paz!


A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) é a maior organização militar no mundo, instrumento de intervenção dos Estados Unidos, definiu a União Europeia como seu pilar europeu.

A partir da última década do século passado, com o seu alargamento ao Leste da Europa e a ampliação das suas múltiplas «parcerias», os EUA e a NATO reforçaram a sua presença militar na Europa e projectaram a acção ofensiva deste bloco político-militar, apontando todo o planeta como a sua área de intervenção.

Na Europa, a NATO não cessa de aumentar as suas actividades militares e a expansão das suas bases, aproximando-se cada vez mais das fronteiras da Federação Russa.

A vasta rede de bases militares estrangeiras, as esquadras navais, os sistemas anti-míssil e de vigilância global que os EUA e os seus aliados da NATO têm por todo o mundo são instrumentos da sua estratégia de dominação mundial.

Como é reconhecido, a NATO e os seus membros intervieram directamente ou apoiaram intervenções militares em países da Europa, do Médio Oriente, de África e da Ásia Central. A NATO bombardeou a Jugoslávia e é igualmente responsável pela desestabilização, violência e guerra que marcam hoje a realidade do Iraque, da Líbia, da Síria, do Afeganistão ou da Ucrânia. Ao contrário do que foi anunciado em amplas campanhas de falsificação, em nenhuma destas intervenções o objectivo ou o resultado foi a democracia ou a Paz para os seus povos, mas a morte, a destruição, o drama de milhões de deslocados e refugiados, assim como o aumento do domínio sobre os seus recursos por parte de grandes empresas de países membros da NATO.

Os países membro da NATO, com destaque para os EUA, são responsáveis pela maior parte das despesas militares no mundo e pela corrida a cada vez mais sofisticados armamentos, incluindo armas nucleares. A NATO pressiona os seus membros a aumentar os orçamentos militares. Para a NATO não falta dinheiro para a guerra, enquanto, simultaneamente, são promovidas políticas contra os direitos e condições de vida dos trabalhadores e dos povos em muitos dos seus países membro.

Como tem sido alertado, esta acção belicista alimenta uma escalada de tensões e encerra a ameaça real de uma guerra generalizada, com o perigo de um confronto nuclear que significaria a destruição da civilização por todo o planeta.

A NATO é a principal ameaça à Paz na Europa e no mundo. Mas a guerra não é inevitável! As forças da Paz, os trabalhadores e os povos têm uma palavra a dizer!

O povo português, em importantes momentos, expressou a sua inequívoca opção pela Paz e contra a participação de forças portuguesas na agressão a outros povos – vontade que não foi respeitada por sucessivos governos que deram o seu apoio às acções da NATO, incluindo às suas guerras de agressões, e gastaram milhões de euros com a adaptação das forças armadas portuguesas às exigências da NATO e ao serviço das suas aventuras militares.
Portugal não deve ser envolvido nos propósitos belicistas da NATO que constituem uma ameaça à paz e à segurança internacional.

Há que respeitar as aspirações à paz do povo português! Há que cumprir os princípios consagrados na Constituição portuguesa de: desarmamento, dissolução dos blocos político-militares; abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração; soberania, independência, não ingerência, não agressão, resolução pacífica dos conflitos, igualdade entre Estados, cooperação.

Assim, as organizações subscritoras defensoras da causa da Paz e dos princípios orientadores das relações entre Estados inscritos na Constituição portuguesa e na Carta das Nações Unidas, apelam à realização de acções de oposição à NATO, pela dissolução deste bloco político-militar – nomeadamente, nos dias 8 e 9 de Julho de 2016, aquando da realização da Cimeira da NATO em Varsóvia.

Deste modo, e juntando a sua voz ao movimento da Paz na Europa, ao Conselho Mundial da Paz e a todos quantos denunciam a natureza agressiva da NATO e os objectivos belicistas da sua Cimeira em Varsóvia, as organizações subscritoras apelam à afirmação da exigência:
da retirada de todas as forças da NATO envolvidas em agressões militares;
do fim da chantagem, desestabilização e guerras de agressão contra Estados soberanos;
do apoio aos refugiados, vitimas das guerras que a NATO promove e apoia
do encerramento das bases militares em território estrangeiro e do desmantelamento do sistema anti-míssil dos EUA/NATO;
do desarmamento geral e da abolição das armas nucleares e de destruição massiva;
da dissolução da NATO;
às autoridades portuguesas do cumprimento dos princípios da Constituição portuguesa e da Carta das Nações Unidas, no respeito pela soberania e igualdade de povos e Estados.

Em 8 e 9 de Julho

Dizemos Sim à Paz! Não à NATO!

Organizações subscritora:
CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação
CGTP-IN - Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
CPCCRD – Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura Recreio e Desporto
STAL- Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Publicas, Concessionárias e Afins
MDM - Movimento Democrático de Mulheres
ID – Associação Intervenção Democrática
Mó de Vida – Cooperativa
Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin
USL - União dos Sindicatos de Lisboa
JCP – Juventude Comunista Portuguesa
Ecolojovem - «Os Verdes»
MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
FENPROF – Federação Nacional dos Professores
MURPI - Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos
FIEQUIMETAL - Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas
ACR – Associação Conquistas da Revolução
FESAHT – Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
ARE – Associação de Reencontro dos Emigrantes
SPRC - Sindicato dos Professores da Região Centro
STEFFAS – Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa
STFPSSRA – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas
FNSTFPS - Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
AAPC - Associação de Amizade Portugal-Cuba
ABIC - Associação de Bolseiros de Investigação Científica
APJD – Associação Portuguesa de Juristas Democratas
STIHTRSN – Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte

(Com odiario.info)

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