quinta-feira, 14 de julho de 2016

Câmara de Representantes dos EUA recrudesce bloqueio a Cuba

                                                                      
Com a aprovação na Câmara de Representantes de novas medidas restritivas contra Cuba, hoje permanece vigente o bloqueio econômico, comercial e financeiro que os Estados Unidos impõe à ilha há mais de meio século.

Um grupo de cláusulas – todas dirigidas a recrudescer a brutal medida unilateral aplicada há 54 anos – foram incluídas no projeto de lei do orçamento de serviços financeiros, que foi aprovado na Câmara baixa do Congresso estadunidense.

Entre elas ressaltaram as proibições de viajar a Cuba para certos intercâmbios educativos nos chamados intercâmbios “povo a povo”, importar bens confiscados pelo Governo cubano, assim como impedir que se executem transações financeiras que envolvam militares cubanos.

Também proíbe que se empreguem fundos para aprovar a concessão de licenças de marca, nome comercial ou denominação comercial que tenha sido confiscada pelo Governo cubano sem expresso consentimento dos Estados Unidos.

As cláusulas anticubanas permaneceram no corpo do projeto legislativo, depois que outras duas emendas propostas pelos congressistas Rick Crawford e Mark Sanford, que favoreciam a eliminação das restrições aos intercâmbios econômicos e sociais com Cuba, foram eliminadas.

A proposta de Crawford, republicano de Arkansas, buscava bloquear as restrições sobre a exportação de produtos agrícolas a Cuba, o que na prática permitiria oferecer créditos privados às companhias cubanas para a compra de produtos agrícolas estadunidenses, e a do republicano Sanford, pretendia o mesmo fim com as restrições às viagens à Ilha.

O lobby anticubano na Câmara de Representantes, integrado pelos legisladores Mario Díaz-Balart, Ileana Ros-Lehtinen e Carlos Curbelo, mantêm um intenso lobby para impedir que se aprovem medidas que aliviem a aplicação do bloqueio imposto por Washington a Cuba em 1962, que tem provocado danos que ascendem a 121 bilhões de dólares.

Especialistas no tema supõem que o presidente estadunidense Barack Obama vetará este projeto de lei, que também põe em dúvida importantes iniciativas do governo e entra em conflito com a versão aprovada no Senado.

(Com Prensa Latina/Pátria Latina)

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