segunda-feira, 31 de março de 2014

Todo apoio à Chapa Um, liderada por Adriano Boaventura

                                                                     

José Carlos Alexandre

Em seu último livro, "Belo Horizonte do Arraial à Metrópole 300 anos de história", o jornalista José Maria Rabêlo, faz  referências ao meu trabalho, na parte que trata da contribuição dos negros na história do crescimento de Belo Horizonte. 

Sinto-me honrado até porque sou Cidadão Honorário de BH e sempre vivi neste pedacinho de mundo, que inclui a cidade de Nova Lima, onde as lutas operárias fizeram parte de minha infância e adolescência, surgindo daí este brasileiro que se orgulha de dedicar praticamente toda sua vida em favor das causas sociais, a começar pelas da classe operária. 

José Maria comete, entretanto, um exagero que só posso atribuir à sua conhecida diplomacia mesmo para com os que se incluem entre seus mais humildes alunos no jornalismo como é o meu caso. 

Refere-se a este velho jornalista como "especialista em imprensa sindical e alternativa" , como se pode ver na página 248 da citada obra...

Sempre cobri sindicalismo nos mais de 40 nos que passei trabalhando em jornais mineiros e em órgãos internos e externos do PCB, é verdade.  

Também participei de órgãos alternativos.

A começar pelo "O Barraco", da Federação dos Trabalhadores Favelados de Belo Horizonte, antes de o informativo, que produzíamos em mimeógrafo, Francisco Nascimento, o presidente da Federação, Jaques Siqueira, Vicente Gonçalves e outros, antes de o jornal ser praticamente incorporado ao "Binômio", do próprio José Maria Rabêlo.

Fundei e fui diretor da primeira fase do jornal União Sindical, junto com José do Carmo Rocha, da direção do PCB, e João de Paulo Pires, meu grande companheiro do Diário da Tarde.

E sou um dos poucos sobreviventes da greve de 1963, dos jornalistas mineiros.

Sou contemplado em "Belo Horizonte do Arraial à Metrópole" com uma foto em que apareço atrás do delegado regional do Trabalho, Onésimo Viana de Souza, quando da vinda do ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho a Belo Horizonte por ocasião da greve dos metalúrgicos da Cidade Industrial.

A reunião foi na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, na rua da Bahia esquina com rua Carijós, como se pode ver na página 166 do livro, que, por engano, diz que  foi na Cidade Industrial.

Nem por isso me considero especialista quer em imprensa sindical, quer em imprensa alternativa, embora tenha militado nas duas, por vezes considerando o trabalho legal com o tido como ilegal.

Nesta condição venho declarar meu apoio à Chapa Um, de Oposição, nas próximas eleições no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.

Boa sorte ao Adriano Boaventura e aos meus companheiros.

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