quinta-feira, 30 de maio de 2013

Repressão no Chile


               Estudantes do ensino médio são impedidos 
               pela polícia de marchar por Santiago
                                                      
A polícia militarizada chilena (Carabineros) impediu estudantes de iniciarem,  terça-feira (28), uma marcha pela emblemática avenida Alameda, na capital do país, em demanda de um novo modelo educacional.A prefeitura de Santiago negou a permissão para a mobilização dos jovens na avenida, considerada a mais populosa da cidade. Apesar disso, os estudantes tentaram iniciar a jornada de protestos, por uma educação gratuita e de qualidade.

“A negativa das autoridades tem como objetivo invisibilizar o movimento estudantil”, asseguraram os estudantes. Antes de começar a mobilização, um forte contingente de policiais já estava a postos nos locais de concentração dos alunos.

Várias mensagens no Twitter alertavam a possível repressão policial. “Carabineros bloqueiam passagem pela Alameda”, “Carabineros advertem por alto-falante, pela terceira vez, que não está autorizada a marcha pela Alameda”, foram alguns dos alertas que circularam pela rede social.

Na quarta-feira (22), a Confederação dos Estudantes do Chile (Confech) conclamou os estudantes para  intensificar os protestos contra o sistema de ensino, porque “concebe e educação como um bem de consumo e não como um direito”. A Confech, após a prestação de contas do presidente Sebastián Piñera, convocou esta marcha e uma paralização nacional no próximo 13 de junho.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o Chile é a nação com a educação superior mais cara do mundo. Dados do mesmo organismo indicam que o Estado assume somente 18% do total das matricula, enquanto as famílias assumem o custo de 82% restante, uma taxa que supera a de qualquer outro país.(Com a PL)

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