quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FARC vão libertar mais seis prisioneiros





As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) confirmaram hoje que libertarão seis prisioneiros assim que forem estabelecidos acordos sobre os protocolos necessários.

  Em uma extensa mensagem dirigida ao povo colombiano e com motivo do ano novo, as FARC afirmam que entregarão os retidos à ex-senadora Piedad Córdoba e a um grupo de mulheres de relevância internacional que trabalham pela paz do país.

Entre os prisioneiros por libertar, a guerrilha especificou que se encontram os subintendentes da Polícia Nacional Jorge Trujillo e Jorge Humberto Romero, e o cabo primeiro da mesma instituição José Libardo Forero.

Sobre os outros três restantes, as FARC indicam que em breve anunciarão sua identidade.

Por outra parte, o grupo insurgente espera que o governo nacional e a cúpula militar não repitam o ocorrido no passado 26 de novembro em uma zona rural do departamento de Caquetá.

Nesse dia, morreram quatro prisioneiros em mãos da guerrilha, depois de uma ação militar entre a insurgência e o Exército que desatou duras críticas ao governo por suas tentativas de resgates, dado o perigo que isso supõe para os retidos.

Na mensagem, as FARC também fazem referência a vários aspectos da vida nacional e internacional, sobre os quais expressam seus pontos de vista e convidam à reflexão.

Sobre o significado do ano que termina e o novo, a guerrilha sustenta que 2011, tal como prognosticado, foi um ano de grandes jornadas populares.

"Demolindo a muralha do medo e da dissuasão criminosa do terrorismo de Estado, o povo levantou-se contra a política neoliberal, a corrupção, a entrega da soberania, e os desaforos do poder", sublinha.

Para as FARC, o ano que culmina marcou o despertar, a ascensão da luta e a mobilização do povo por seus direitos.

Por sua vez, consideram que foram sentadas as bases de rebeldia e dignidade para encarar as decisivas lutas sociais e políticas de 2012.

A opinião da insurgência é que no próximo ano se estremecerão os alicerces do sistema apátrida que está entregando a soberania e as riquezas do país às multinacionais do capital.

"Em pé de combate, bem-vindo o ano novo munido de inconformismo e anseios de Colômbia Nova", expressam.

Por outro lado, recordam que o povo almeja a paz e a insurgência sempre exigiu a solução política do conflito, pela qual chama a unir vontades para isolar os guerreiristas de Washington e Bogotá.

"Como dizia o comandante Jacobo Arenas: o destino da Colômbia não pode ser a guerra. Apoiemos todos o primeiro passo para a solução política, representado pela troca de prisioneiros entre contendedores", destaca o documento.(Com a Prensa Latina)

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