quinta-feira, 15 de setembro de 2011

E o povo chileno está novamente nas ruas

  
 Debate sobre a memória do governo popular de Allende e as atuais lutas de massa pela educação pública e gratuita no Chile Chile 2011: O povo de volta às grandes alamedas Muito se fala do 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, mas os povos têm outro 11 de setembro a não ser esquecido: o sangrento golpe de estado no Chile comandado pelo general Pinochet com apoio do governo dos EUA.

Depois de décadas de repressão e silêncio, o povo chileno em 2011 foi às ruas em defesa da educação pública, resgatando a histórica combatividade dos tempos de Allende e abrindo as alamedas para as lutas contra a política educacional privatista e antipopular de Pinochet. Os estudantes chilenos dão um exemplo para a América Latina de uma luta de massas em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e para todos.                                    

          5ª feira – 15/9 - 18:30h - Local: CeCAC Cartaz de divulgação: 


11 de setembro O Estado norte-americano usa a sua condição hegemônica no sistema imperialista e seu poder militar (mesmo com a agudização da crise econômica interna e mundial) para divulgar eventos que lembram os ataques ao World Trade Center há dez anos. Ataques que lhes serviram de pretexto para desencadear a campanha ideológica e política de combate ao "terrorismo” no mundo a fim de esconder a real motivação de suas guerras imperialistas: garantir mercados, zonas de influência para a valorização dos capitais das suas corporações e fontes de matérias-primas, além da intimidação contra a resistência dos povos à exploração e subjugação. Procura esconder e maquiar a necessidade de "movimentar" o seu principal complexo industrial – o da  guerra, dentre as principais medidas para contrarrestar a crise capitalista.

 Há, no entanto, um outro onze de setembro a não ser esquecido. O do sangrento golpe de estado no Chile comandado pelo General Pinochet com a decisiva colaboração e todo apoio político, militar e logístico do governo estadunidense. O terrorismo de Estado, oficial, no Chile apoiado pelo imperialismo estadunidense matou e torturou milhares de pessoas. Esse 11 de setembro não é notícia nos órgãos de comunicação das classes dominantes. A resposta histórica a esse processo no Chile está sendo construída pelo povo e, em especial, pela juventude chilena, que no dia 28 de agosto organizou uma manifestação com quase um milhão de pessoas na "Jornada da Família pela Educação".

 E, como fazem questão de frisar as lideranças estudantis, a luta é pela educação pública, gratuita e de qualidade para todos, que sirva aos interesses do povo chileno e não ao lucro de empresas privadas, como ocorre com a atual política educacional chilena que é herança do governo Pinochet, pioneiro na América Latina na aplicação das políticas imperialistas do Banco Mundial, de privatização da educação.  Confira abaixo um emocionante e combativo vídeo da manifestação, que tinha como sua principal palavra de ordem: "Vai cair, vai cair a educação de Pinochet": 


Confira também:  Abaixo, link do curta-metragem de Ken Loach que integra o filme "11 de Setembro" (11'09''01).  Onze diretores (Claude Lelouch, Youssef Chahine, Amos Gitai, Alejandro González Iñárritu, Shohei Imamura, Ken Loach, Samira Makhmalbaf, Mira Nair, Idrissa Ouedraogo, Sean Penn e Danis Tanovic) foram convidados para fazer um filme sobre a queda das torres gêmeas em 11 de setembro. O filme reúne onze curtas, de onze minutos. O curta do diretor Ken Loach faz um paralelo com o golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, no Chile.


Sobre o 11 de setembro nos Estados Unidos, artigo de Paul Craig: O 11 de Setembro dez anos depois (...) Não há dúvida de que o 11 de Setembro é um acontecimento determinante. Levou a uma década de guerras em constante expansão, ao espezinhar da Constituição e a um estado policial. (...) A versão governamental dos acontecimentos de 11 de Setembro é o fundamento de guerras sem fim à vista, que estão a exaurir os recursos dos EUA e a destruir a sua reputação, e é, internamente, o fundamento de um estado policial que irá acabar por calar toda e qualquer oposição à guerra.

Os americanos encontram-se reduzidos à versão do 11 de Setembro como ataque terrorista muçulmano porque é ela que justifica o massacre das populações civis em vários países muçulmanos, bem como, internamente, um estado policial apresentado como o único meio de nos proteger dos terroristas, que já se transformaram em "extremistas internos", tais como ambientalistas, grupos de defesa dos direitos dos animais e activistas anti-guerra. (...)


 Sobre o filme "A Batalha do Chile"  A Batalha do Chile (...) No documentário “A Batalha do Chile”, os filmes e relatos dos mais importantes acontecimentos da luta de classes daquele período retratam de forma esclarecedora todo o processo de preparação do golpe de Estado, da perspectiva das classes dominantes chilenas associadas ao imperialismo de recorrer à violência, ao terror de Estado para abafar a crescente mobilização popular. E exemplificam a análise marxista do papel do Estado na democracia burguesa que aponta para a utilização pela burguesia dos aparelhos ideológicos de Estado e, na hora decisiva, a utilização do aparelho militar-repressivo na defesa do poder de Estado e de seus interesses de classe, para derrotar o proletariado e seus aliados através da violência.


Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho - CeCACAv. 13 de maio, 13 salas 1901 e 1903 - Centro - Rio de JaneiroHorário de funcionamento: das 14 às 18h - tel: (21) 2524-6042E-mail:

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