sexta-feira, 15 de abril de 2011

Militares queriam impedir a exibição de "Amor e Revolução"

  A informação foi divulgada num dos jornais do SBT na última quinta-feira: associação de militares inativos da Aeronáutica havia pedido ao Ministério Público a proibição da novela Amor e Revolução que vem sendo apresentada pelo SBT desde o dia 5. O tema aborda sem qualquer tipo de censura o que foram os anos da ditadura militar de 1964. As cenas de tortura são muito realistas, com um detalhe: os atores são mostrados com algum tipo de vestimenta, enquanto, na realidade os presos políticos ficavam inteiramente nus. O manifesto dos inativos seria de autoria de uma associação com sede em Belo Horizonte, sendo o noticiário da TV. O mesmo dava conta de que o documento contava com mais de 400 assinaturas pedindo a cassação da novela, enquanto outro documento, com mais de 900 assinaturas, pedia justamente o contrário: que ela siga contanto a história da represssão no país, no período de 1964-1985. Pelo mesmo noticiário, o documento de autoria dos  militares teria sido rejeitado pelo Ministério Público Federal.
      O Jornal online Correio do Brasil , da última sexta-feira, apresenta como notícia de destaque : "A novela Amor e Revolução nem bem estreou e já começa a incomodar certos setores da sociedade brasileira, na história, que tem como pano de fundo a época da ditadura militar no país. A produção é alvo de um abaixo-assinado promovido justamente por militares, que exigem a derrubada da atração. A justificativa é um suposto acordo entre o Governo Federal e o apresentador Silvio Santos. De acordo com o documento, “se trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o saneamento do ‘Banco Panamericano’ do próprio empresário”.
Ditadura militar
“O efetivo da Forças Armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vem respeitosamente através desse abaixo assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal (…) providências em defesa da normalidade constitucional”, diz o documento.
"O texto, criado no dia 1º de abril – data de instauração da ditadura militar
no país –, é de iniciativa de José Luiz Dalla Vecchia, membro da diretoria da Associação Beneficente dos Militares Inativos da Aeronáutica (ABMIGAer), e já conta com quase 300 assinaturas. Ao lançar a novela, na semana passada, o autor Tiago Santiago comemorava o tom “revolucionário” do tema.
– Vamos mostrar o lado terrível da ditadura e o lado lindo e romântico dos anos 60 – disse a jornalistas.
Segundo ele, “o projeto de repassar a história do Brasil daqueles anos é muito ambicioso e rico em acontecimentos importantes de 1964 a 1972″. Entram no contexto do folhetim ".
    Mais um absurdo essa nova tentativa de censura no país. Já não basta a que atinge o jornal O Estado de S.Paulo,ha 623 dias sob censura...

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