terça-feira, 31 de janeiro de 2017

«Cem anos da Grande Revolução Socialista de Outubro. Capitalismo-Monopólios-União Europeia apenas trazem crise, guerras, pobreza. O socialismo é actual e necessário»

                                                                       

ENCONTRO COMUNISTA EUROPEU (23 DE JANEIRO DE 2017)

O Encontro Comunista Europeu realizou-se pela décima vez em Bruxelas com a participação de 41 Partidos Comunistas e Operários. A delegação do PCG no Parlamento Europeu foi a anfitriã. Foram debatidos temas importantes relacionados com a classe operária, os povos, o movimento operário e comunista europeu e internacional, a luta dos comunistas, à luz do importante 100º aniversário da Revolução de Outubro.

A Revolução de Outubro foi um acontecimento histórico mundial, o mais importante do século XX, que marcou o curso da humanidade. Foi o precursor de um novo período histórico, o período da transição do capitalismo ao socialismo. Criou sem precedentes as condições prévias para a materialização de direitos operários e populares. Deu um impulso às lutas dos trabalhadores nos países capitalistas e às suas conquistas. Teve um impacto decisivo no desenvolvimento do movimento comunista e operário internacional, na libertação dos povos do jugo colonial.

 A Grande Revolução de Outubro confirmou a vigência da teoria marxista-leninista, o papel dirigente insubstituível do Partido Comunista.

Muitos oradores destacaram que as alterações contra-revolucionárias não alteraram o carácter da nossa época. O socialismo continua a ser actual e necessário. Expressou-se a confiança de que o futuro da humanidade não é a barbárie capitalista, que o nosso século será marcado por um novo ascenso do movimento revolucionário mundial e por novas revoluções socialistas.

Vários oradores referiram-se às contra-revoluções, às suas consequências negativas para os povos, as causas, os erros e os desvios que levaram ao derrube do socialismo. Assinalaram que, nalgum momento, foram introduzidos elementos, categorias e métodos do capitalismo para resolver os problemas existentes que gradualmente debilitaram e, no final, socavaram a construção socialista.

Hoje, entre as tarefas principais dos comunistas está o confronto com a campanha anticomunista da UE, restabelecer entre os trabalhadores a verdade sobre o socialismo no século XX, sem idealizações, de forma objectiva e livre das calúnias da burguesia que se sustentam nas catástrofes provocadas pela contra-revolução.

O capitalismo continua forte, mas não é invencível. A crise demonstrou mais intensamente os seus limites históricos. Mas o capitalismo é perigoso também nesta fase de desenvolvimento. O crescimento que se seguirá à crise terá como requisito prévio o desmantelamento dos direitos populares e operários.

As dificuldades da economia europeia e mundial estão a agudizar as contradições interimperialistas. Estão a intensificar-se os antagonismos entre as potências capitalistas, assim como no seio das uniões imperialistas como a UE e a NATO. Multiplicam-se os focos de conflito de guerra e cresce o perigo de se generalizarem.

A emancipação da classe operária e das restantes camadas populares só é possível através do caminho para o derrube do poder e da propriedade capitalista.

Muitos partidos destacaram que esta luta pressupõe o enfraquecimento das diversas formas de reformismo-oportunismo, perigoso, do chamado Partido da Esquerda Europeia e da «esquerda governante», que na Grécia se expressa no SYRIZA. Sublinharam que as diversas aproximações da gestão do capitalismo não constituem uma solução alternativa para os povos. A experiência da subordinação a uma governação burguesa, independentemente do seu nome, da participação ou tolerância de governos no quadro do capitalismo, é negativa.

A Revolução de Outubro e as lutas pelo socialismo no século XX são uma fonte de experiências e importantes lições que os partidos comunistas podem utilizar para serem mais eficazes nos seus esforços para fortalecer a orientação de classe no movimento operário, construir a aliança da classe operária com as restantes camadas populares pobres urbanas e rurais, organizar a luta operária e popular contra os monopólios, as suas alianças e o seu poder, reclamar direitos que correspondam às suas actuais necessidades, abolir a exploração.

Se o século XX começou com a maior ofensiva dos proletários em todas as épocas e terminou com a sua temporária derrota, então o século XXI pode trazer a derrota final e desta vez irreversível do capitalismo e a construção do socialismo-comunismo.
Participaram neste encontro os seguintes Partidos Comunistas e Operários:

1. Partido Comunista da Albania
2. Partido do Trabalho da Áustria
3. Partido Comunista da Bielorrússia
4. Partido Comunista dos Trabalhadores da Bielorrússia
5. Partido Comunista da Bulgária
6. Partido dos Comunistas da Bulgária
7. União dos Comunistas da Bulgária
8. Novo Partido Comunista da Britânia
9. AKEL
10. Partido Comunista da Boémia e Morávia
11. Partido Comunista da Dinamarca
12. Partido Comunista na Dinamarca
13. Partido Comunista, Dinamarca
14. Partido dos Trabalhadores Comunistas da Finlândia
15. Pólo de Renascimento Comunista em França
16. Partido Revolucionário – Comunistas
17. Partido Comunista Revolucionário de França
18. Partido Comunista Alemão
19. Partido Comunista da Grécia
20. Partido dos Trabalhadores Hungaros
21. Partido dos Trabalhadores da Irlanda
22. Partido Comunista
23. Partido Comunista da Letónia
24. Frente Socialista dos Povos da Lituânia
25. Partido Comunista do Luxemburgo
26. Partido Comunista de Malta
27. Partido Comunista da Noruega
28. Novo partido Comunista da Holanda
29. Partido Comunista da Polónia
30. Partido Comunista Português
31. Partido Socialista Romeno
32. Partido dos Trabalhadores Comunistas da Rússia
33. Partido Comunista da Federação Russa
34. Partido Comunista da União Soviética
35. Partido Comunista da Sérvia
36. Partido Comunista da Eslováquia
37. Partido Comunista dos Povos de Espanha
38. Partido Comunista da Suécia
39. Partido Comunista da Turquia
40. Partido Comunista da Ucrânia
41. União dos Comunistas da Ucrânia

(Com o diario.info. Os grifos são meus, José Carlos Alexandre)

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