sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Bancários marcam greve para dia 19

                       
                Trabalhadores rejeitaram proposta de 6,1% dos bancos

Diante da intransigência dos banqueiros e das direções dos bancos federais, cerca de 400 bancários e bancárias reunidos em assembleia no Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte nesta quinta-feira, dia 12, decidiram por ampla maioria pela greve por tempo indeterminado a partir do dia 19 para pressionar a Fenaban, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a atender as justas reivindicações da categoria.

A deflagração da greve é uma resposta ao desrespeito dos bancos para com os bancários que não tiveram outra alternativa a não ser utilizar o principal instrumento de luta dos trabalhadores para fazer valer os seus direitos.

Na última rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban apresentou proposta de reajuste de apenas 6,1%, que contempla somente a reposição da inflação medida pelo INPC e nada de aumento real sobre salários ou pisos, nada de melhoria da PLR ou garantia de outros direitos. A proposta foi recusada pelo Comando na mesa de negociação e a assembleia realizada nesta quinta-feira referendou essa posição.

Apesar dos lucros exorbitantes do primeiro semestre de 2013 - período em que os seis maiores bancos que atuam no Brasil obtiveram uma soma de R$ 29,6 bilhões -, os banqueiros desrespeitam as reivindicações dos bancários, os principais responsáveis pelos grandes resultados. 

Além disso, os bancos não oferecem condições dignas de trabalho e demitem bancários, o que causa falta de funcionários nas agências. Isso precariza o atendimento e prejudica clientes, usuários e os próprios bancários, que sofrem com a cobrança por metas abusivas e pressão através do assédio moral, o que leva ao adoecimento.

Para o presidente do Sindicato, Cardoso, os bancários deram um show de democracia ao comparecer em massa em uma assembleia muito representativa. "Tivemos a presença de mais de 400 bancários de todos os bancos, que deixaram clara a sua indignação contra o desrespeito e a intransigência dos banqueiros e da direção dos bancos públicos, demonstrando que estão dispostos a ganhar as ruas para conquistar nossas justas reivindicações. Agora é hora de aumentar a mobilização e de cada um, dentro de sua unidade, convencer seu colega de trabalho a aderir à greve, que é nosso principal instrumento de luta. Viva os bancários. Viva as bancárias", afirmou.

Para organizar a greve, o Sindicato convoca bancárias e bancários para uma assembleia geral extraordinária a ser realizada na próxima quarta-feira, dia 18, na sede da entidade, onde serão discutidas as paralisações das atividades de agências, departamentos e demais unidades de trabalho a partir do dia 19.

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