quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Partido Comunista da Venezuela diz que a ultradireita já tem seu rosto para as elições de 7 de outubro



O Bureau Político do Partido Comunista da Venezuela (PCV), ao analisar as eleições primárias da oposição, resumiu sua opinião numa frase ao assinalar que “Podemos dizer que a ultradireita venezuelana e internacional já tem seu rosto para as eleições de 7 de outubro”.
Assim, manifestou o secretário de relações internacionais e membro do Bureau Político do Galo Vermelho, Carolus Wimmer, em sua habitual coletiva de imprensa na segunda-feira.
Wimmer, ao fazer esta afirmação, destacou à imprensa: “Esse rosto apresentado ontem, representa o empresariado, o lobby sionista venezuelano; representa a ultradireita fascista”.
E acrescentou: “Esse rosto não representa, nem sequer os eleitores que foram ontem às urnas nas primárias”. Enfatizando que, tampouco, é um candidato “jovem” contra Chávez, pois “É um candidato bem conhecido da política venezuelana, um aprendiz de Copei, é uma pessoa que cumpre algumas de suas funções com uma imensa máquina midiática”.
O discurso de que na Venezuela existe uma ditadura foi desmentido
Para o Partido Comunista, no dia de ontem, pela primeira vez, ficou claro que os venezuelanos vivem numa democracia plena, participativa e protagonista, na qual foram realizadas as primárias da oposição com plena tranquilidade e com o apoio e resguardo do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), das Forças Armadas Nacional Bolivariana (FANB) e, inclusive, do próprio governo.
“Foi desmentido o discurso difundido por anos e repetido a nível internacional, de uma suposta “falta de liberdade” na Venezuela. É preciso reconhecer, queiram ou não, que existe uma democracia plena e liberdade de expressão no país”, destacou Wimmer.
As denúncias contra o CNE foram desacreditadas por si só
Frente às permanentes denúncias feitas por porta-vozes opositores de que o Poder Eleitoral venezuelano desenvolve um sistema manipulável contra a oposição, na opinião dos comunistas venezuelanos, estas afirmações foram desacreditadas por si só.
“Todas essas denúncias contínuas são desacreditadas por si só – afirmou.
Para o PCV, a oposição sempre vai desqualificar as Instituições do Estado, “Essa é sua tarefa como oposição não democrática. O povo venezuelano tem que recordar-se de que estas pessoas não surgiram este ano do nada. Todas elas estiveram presentes nos acontecimentos de 2002, 2003 e 2004. Estavam atuando no sentido de desacreditar a Constituição, desacreditar as instituições do Estado e é isso que continuarão fazendo”, afirmou.
O objetivo da ultradireita é montar um governo empresarial na Venezuela
Para o PCV, a oposição da ultradireita venezuelana tem como objetivo desqualificar as instituições do Estado, a Constituição da República Bolivariana, assim como a todas as conquistas sociais, pelas quais o povo e os (as) trabalhadores (as) lutam duramente, para desmontar os avanços alcançados e impor um governo empresarial ao estilo do Panamá e Chile.
“Através das grandes campanhas midiáticas assessoradas pelos Estados Unidos, colocam discretamente representantes do empresariado nos governos”, precisou.
O programa de governo apresentado pela MUD representa os interesses da elite empresarial, num regresso à velha política “que nenhum povo almeja”. Representa, ainda, o que já fracassou na Venezuela e nos países mais industrializados: a aplicação das privatizações e retrocesso do país às políticas neoliberais que estão se afogando com a crise capitalista existente no mundo, com o desmonte de todos os direitos dos trabalhadores.
3 milhões de votantes não são suficientes para ganhar a presidência em 7 de outubro
O Partido Comunista manifestou que, no dia de ontem, os partidos da ultradireita agrupados na MUD, não foram capazes de mobilizar a maioria de seus eleitores, já que na penúltima eleição chegaram a pouco mais de 4 milhões e na última aproximadamente aos 5 milhões.
Desafios dos (as) revolucionários (as) e setores progressistas
“Nós devemos ser muito mais exigentes e o nosso desafio, do Partido Comunista da Venezuela e dos setores progressistas e revolucionários bolivarianos, é não nos distrairmos no debate sobre a direita venezuelana. Nosso desafio é permanecer trabalhando para a transformação do país, continuar trabalhando para a conscientização dos (as) trabalhadores (as), homens, mulheres e jovens para aprofundar o processo revolucionário e alcançar uma clara e contundente vitória em 7 de outubro com nosso candidato”, disse Carolus Wimmer, também deputado do Parlamento Latino-americano.

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