segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DESPEJO NÃO. COM DANDARA EU LUTO , NÓS LUTAMOS, ATÉ A VITÓRIA


As BRIGADAS POPULARES, com o apoio do SinEletro e várias outras organizações e movimentos sociais, convida a todos para nesta segunda, a partir de 18:30 na sede do SindEletro (Rua Mucuri, 274, Floresta, próximo ao viaduto do extra) participar e contribuir na reunião emergencial CONTRA O DESPEJO da OCUPAÇÂO DANDARA.

Que todos nós juntamente com os companheiros de Dandara, possamos resistir organizando-nos politicamente, e mantenhamos resistentes para manter a terra que ocupamos e onde construímos um democrático projeto de cidade, solidária e igualitária.

Divulguem e participem.

Saudações Revolucionárias,
Sill - 9959 5997  - sillrosa@yahoo.com.br
Brigadas Populares
COMUNICADO DAS BRIGADAS POPULARES

Belo Horizonte, MG, Brasil, 07 de outubro de 2011

As Brigadas Populares – BP’s - comunica a todos/as a situação que
passa a Ocupação-comunidade Dandara, espaço territorial localizada no
Bairro Céu Azul, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Esta comunidade
surgiu no dia 09 de abril do ano de 2009 com cerca de 200 famílias e
foi crescendo rapidamente até contar com cerca de 1.000 famílias na
atualidade.

Desde o primeiro dia de ocupação tentamos construir uma proposta de
negociação com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, dirigida pelo
prefeito Márcio Lacerda e com o Governo de Minas, que hoje é conduzido
pelo governador Antônio Anastasia.

 Realizamos inúmeras audiências,
solicitações de reuniões, atos públicos, sem, contudo, conseguirmos a
abertura das negociações com os governos. Intransigentes em relação
aos pobres e solícitos em relação aos empresários, o prefeito de BH e
o governador de Minas viraram as costas para situação, deixando a
cargo do judiciário a decisão em relação ao despejo.

Não tiveram a randeza de procurar evitar o conflito e defender os direitos sociais
e humanos daqueles que lutam pelo bem mais básico, a moradia.
Em última audiência realizada na 20ª Vara Cível, com a presença das
lideranças da Ocupação, assistidas juridicamente pela Defensoria
Pública de MG, e da Construtora Modelo, por seus advogados, a única
proposta de negociação defendida pela construtora apontava para a
verticalização total da área, reprodução do mesmo modelo de segregação
social vivenciado na cidade, com prédios destinados a moradia das
famílias de menor poder aquisitivo e outros destinados a famílias de
maior renda.

E, ainda, não sendo suficiente, exigia que todos os
moradores saíssem de suas casas, sem nenhuma garantia indenizatória ou
de qualquer outro tipo, para que depois, supostamente, retornassem
para apartamentos de 39,5 metros quadrados que seriam comprados via
Minha Casa, Minha vida

. Apresentamos uma contraproposta intermediária,
que verticalizaria parte da área ocupada sem a remoção das famílias,
mas a Construtora Modelo manteve-se intransigente em sua posição.
Assim, no dia 03/10/2011 recebemos a notícia que em dois dias seria
publicada decisão do juiz da 20ª Vara Cível determinando expedição de
mandado de despejo contra a Comunidade Dandara.

 Não houve nenhuma
preocupação com o destino dos milhares de trabalhadores e
trabalhadoras, crianças e idosos que poderão ser retirados à força
pela polícia, sendo que a conseqüência disso será a violência, os
espancamentos, abusos de crianças, e a possível morte de muitos.
ANUNCIAMOS MAIS UMA VEZ O MASSACRE!!!

A Prefeitura de Belo Horizonte, o Governo de Minas e o Poder
Judiciário acreditam que o despejo é uma solução, que com ele estarão
resolvendo um “problema”. No entanto, qualquer consciência minimamente
honesta percebe que o despejo gerará um conflito social sem
precedentes na história de Belo Horizonte.

 Basta entender que são
1.000 famílias sem-teto, mais de 5.000 pessoas jogadas de uma vez só
nas ruas, sem nenhum tipo de apoio ou alternativa de habitação.
A Ocupação Dandara representa uma solução para milhares de pessoas que
moravam em áreas de riscos, em cubículos alugados, na rua e em
situação de profunda vulnerabilidade social.

No entanto, ao se
organizar para reivindicar seus direitos, os moradores estão sendo
tratados como problema por aqueles que lucram com as desigualdades e
as injustiças.
Diante desta situação é necessário lucidez e grandeza, pois existem
alternativas que podem evitar o despejo e o MASSACRE.

 Continuamos abertos às negociações e ao entendimento, como sempre estivemos.
Acreditamos que algumas providências podem e devem ser tomadas para
garantir o respeito à dignidade e à vida dos habitantes da
Ocupação-comunidade Dandara.

Por isso reivindicamos:

1) Suspensão imediata da ordem de despejo;
2) Que a Prefeitura de BH e o Governo do Estado abram negociações;
3) Que a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte vote o projeto de lei
que declara o perímetro da Ocupação-comunidade Dandara como uma área
de interesse social para fins de moradia para a população de baixa
renda. Levando, assim, a desapropriação da área pela Prefeitura de
Belo Horizonte.

Estas medidas evitarão a violência e oferecerão uma saída justa para
todos. A área da Ocupação-comunidade Dandara oferece condições para
que as famílias lá instaladas vivam com dignidade. E, ainda mais, pode
ser administrada urbanisticamente para que outras famílias sem-teto
que hoje se encontram nos mais de 100 núcleos de habitação, esperando
na fila do Orçamento Participativo da Habitação, sejam também
contempladas com moradias no mesmo local, contribuindo para diminuir o
déficit habitacional do município de Belo Horizonte.


Convidamos mais uma vez a Sociedade Civil, apoiadores, ativistas e
pessoas preocupadas com o destino da cidade para que reforcem a
Campanha de Solidariedade e apoio à Ocupação Dandara, participando
deste movimento em defesa de uma cidade justa, sem despejos e sem
violência.

Participe das atividades realizadas na ocupação, acesse os blogs da
organização e mantenha contato conosco:

CONTATOS:
Rosa: militante da Frente Pela Reforma Urbana BP’s MG -
moradora/coordenadora, cel.: 31 9287 1531 – E-mail: rosad2011@live.com
Junio: militante da Frente Pela Reforma Urbana das Bp’s MG, cel.: 031 86951966
Joviano Mayer, advogado e militante da Frente Pela Reforma Urbana das
Bp’s MG: CEL.: 88154120
Rafael Bitencourt: militante da Frente Pela Reforma Urbana das Bp’s MG
Maria do Rosário (advogada): cel.: 31 9241 9092, E-mail:
rosariofi2000@yahoo.com.br
Frei Gilvander Moreira, cel.: 31 9296 3040, e-mail:

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