terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Partido Comunista Brasileiro e os 32 anos Anistia Política

       Vinte e nove de agosto é uma data histórica para todos os brasileiros, especialmente para nós que militamos no campo da Esquerda.Não só pela posse da primeira diretoria da Associação dos Amigos do Memorial da Anistia como também por ser comemorativa dos 32 anos da Anistia, embora saibamos que ela não foi a  que esperávamos.
        Como sabemos,desde 1860, o Capitalismo esgotou sua função de promover o progresso humano. Para fugir  de suas sucessivas crises, impôs etapas e formas  mais cruéis, como:
         1-O Imperialismo, responsável pela primeira e segunda guerras mundiais;
         2-As piores degradações humanas.
         Não é segredo que as medidas compensatórias, permitindo algumas conquistas sociais, sempre buscaram encobrir a  brutal exploração da força de trabalho.
         Nos momentos de crise até as compensações são retiradas como vem se dando nos últimos 30 anos de predomínio o neoliberalismo com seu discurso do poder supremo do Mercado e do Consumo desenfreado.
         Ao enfraquecer o Estado e ao se livrar de todo controle, o Capital colocou a nu sua natureza voraz, levando a exploração da mais valia a limites impressionantes bem como a multiplicação ilimitada da especulação numa louca corrida rumo à barbárie.
         Substituindo a ética e os valores pelo Mercado, os 10% mais ricos, sob o comando dos grandes monopólios e as oligarquias financeira, industrial e comercial, amordaçam anda mais a combalida democracia liberal, através da ditadura escancarada do grande capital, que permite dúzias de partidos e se ujtiliza de todo aparado para manter o jogo do poder. Poder esse contraditoriamente concentrado no bipartidarismo que encena uma oposição o tempo todo e até se reveza no pode.
      Diante desse quadro nada alentador, cabe a nós, homens e mulheres de Esquerda, nos unirmos contra a as elites burguesas e o imperialismo, defendendo os verdadeiros heróis populares, representados por índios, negros, trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra, trabalhadores urbanos e proletários além do povo em geral.
      Como é sabido, desde 1922 o Partido Comunista Brasileiro, PCB, mantém histórica coerência em suas reivindicações imediatas, mesmo errando e aprendendo com seus erros, na luta por uma alternativa anticapitalista, rumo ao Socialismo.
      Assim, fomos uma das organizações de Esquerda que mais foi perseguida aa ditadura cívico-militar de 1964.
     Julgamos que o momento atual é o de lutar pela efetivação da Comissão da Verdade, de modo a que os torturadores, dentre eles os executores e seus mandantes, sejam punidos, como vem acontecendo em alguns países da América Latina.
    Já é passada a hora também da abertura dos arquivos da ditadura para que toda a sociedade possa ter acesso às informações  que  esclareçam de vez toda a questão das centenas de "desaparecidos políticos".
    Exigimos que o governo deixe de retardar, como vem acontecendo em âmbitos federal e estadual, os reparos e indemnizações devidas às famílias e aos heróis da luta contra o arbítrio dos Anos de Chumbo.
  Em dezembro a Declaração Universal dos Direitos Humanos estará completando 63 anos, embora muito dela ainda possa  ser considerada mera letra morta no papel.
  Na realidade o que vemos é uma brutal violação dos direitos nela inseridos. Violação imposta pelo Capitalismo, acrescente-se.
  Prossigamos em nossa luta.
  Que sejam respeitadas as resoluções  do III Plano Nacional de Defesa dos Direitos Humanos. 
  Que posamos caminhar para a construção de uma frente anticapitalismo e pela construção do Socialismo.
  Em defesa dos direito humanos.
  Viva a unidade do povo brasileiro.
  Viva o Memorial a Anistia
     
     29 de agosto de 2011
   
José Carlos Alexandre e José Francisco Neres

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