segunda-feira, 24 de junho de 2013

Manifesto aos trabalhadores, aos estudantes, aos camponeses e ao povo

                                                 

Aos trabalhadores, aos meus camaradas da Velha Guarda do PCB, aos seus dignos pares no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, aos membros da Juventude Comunista, aos estudantes e aos jornalistas,aos meus amigos anarquistas e comunistas sem partido, além dos   jornalistas e trabalhadores em comunicação em geral. Aos meus inúmeros parentes e amigos em todo o Estado.

Creio que o momento atual é de intensa participação política. Digo política porque, como já demonstravam os filósofos gregos ( estive na Grécia e sou leitor assíduo da Paideia), muito antes, portanto, de Mark,Engels,Walter Benjanin e todos da Escola de Frankfurt Lenin, Gramsci,Mariátegui e Lukács, a política está indelevelmente presente em nossas vidas.

Cada um a seu modo deve fazer o possível para ouvir e bem interpretar a voz das ruas. Tal como em 1984, com as Diretas já, que todos participamos, e no Fora Collor, de 1992 ( participei aqui e fiz preparação nas redações de jornais onde tive ocasião de estar nos EUA), sempre se pode fazer algum coisa. 

As pernas já não me facilitam estar em todos os lugares, como ao longo de toda minha vida, desde Nova Lima, onde, com os mineiros da Morro Velho, comecei a me movimentar politicamente.Mas meus amigos e camaradas participaram das principais manifestações de rua em BH. De forma organizada, lamentavelmente enfrentando a violência da reação policial e presenciando a ação da extrema direita sempre ativa e dos provocadores de sempre, junto com o que Engels chamaria de lumpenproletariat.

A hora não é de se lutar por impeachment de quem quer que seja. Contudo cabe-nos ouvir as vozes das ruas e de nossas consciências pedindo para o mais imediato possível, talvez o ano que vem, junto com as eleições gerais, uma Constituinte com Dilma.

 Para, dentre outras exigências imediatas,

 fazer uma reforma política adequada, 

uma reforma agrária radical e digna, 

adotar um Congresso Unicameral, que possa dar mais vigor e transparência ao Parlamento, além de propiciar larga economia aos cofres públicos

e, sobretudo, tomar medidas contra a influência do poder financeiro nacional e internacional no processo eleitoral brasileiro.

Vamos portanto, à luta.

Belo Horizonte, 24 de junho de 2013

José Carlos Alexandre 

Um comentário:

  1. meu camarada: para sustentar isso teremos que nos preparar para a guerra, não só de palavras

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