Gil Sotero |
Os funcionários do jornal Estado de Minas, dos Diários Associados, decidiram interromper suas atividades na última quinta-feira (14/1), pelo segundo dia consecutivo, por conta do atraso do pagamento do 13º salário e descumprimento de outros direitos trabalhistas.
Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, representantes dos Diários Associados e dos quatro sindicatos de trabalhadores – jornalistas, radialistas, empregados na administração e gráficos -, devem realizar uma nova reunião na próxima terça-feira (19/1).
Na TV Alterosa, que também pertence ao grupo, os empregados decidiram promover interrupções diárias de duas horas, nos dois turnos de trabalho. Uma nova paralisação ocorrerá na segunda (18/1) e terça-feira (19/1).
Os funcionários devem realizar novas assembleias na próxima quarta-feira (20/1). “Temos que valorizar a nossa luta, porque só assim a empresa ouve os trabalhadores”, destacou o presidente do Sindicato, Kerison Lopes.
De acordo com a entidade, devido à paralisação da última quinta-feira (14/1), o jornal circulou com um número menor de páginas, matérias frias e de agências de notícias. Lopes reforçou que a negociação com os Diários Associados não apresentou resultados.
“A empresa mente e não cumpre o que promete. Ela só entende quando paramos o trabalho”, disse, ao reiterar que foi após as paralisações que a empresa pagou 25% do 13º.
O presidente do Sindicato denunciou o assédio moral praticado pela empresa, o que fez com que alguns dos empregados não aderissem à greve. Ponderou ainda que o grupo de comunicação é dono de um grande patrimônio e que não falta dinheiro para cumprir suas obrigações.
"Isso é roubo. É o dinheiro dos trabalhadores que está sendo desviado”, acrescentou, referindo-se ao recolhimento do FGTS e da Previdência, que não estão sendo feitos, além de outros benefícios.
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