sábado, 16 de janeiro de 2016

Trabalhadores dos Diários Associados realizam greve após atraso salarial

                                                                          
                                                                 Gil Sotero
Os funcionários do jornal Estado de Minas, dos Diários Associados, decidiram interromper suas atividades na última quinta-feira (14/1), pelo segundo dia consecutivo, por conta do atraso do pagamento do 13º salário e descumprimento de outros direitos trabalhistas.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, representantes dos Diários Associados e dos quatro sindicatos de trabalhadores – jornalistas, radialistas, empregados na administração e gráficos -, devem realizar uma nova reunião na próxima terça-feira (19/1).

Na TV Alterosa, que também pertence ao grupo, os empregados decidiram promover interrupções diárias de duas horas, nos dois turnos de trabalho. Uma nova paralisação ocorrerá na segunda (18/1) e terça-feira (19/1). 

Os funcionários devem realizar novas assembleias na próxima quarta-feira (20/1). “Temos que valorizar a nossa luta, porque só assim a empresa ouve os trabalhadores”, destacou o presidente do Sindicato, Kerison Lopes.

De acordo com a entidade, devido à paralisação da última quinta-feira (14/1), o jornal circulou com um número menor de páginas, matérias frias e de agências de notícias. Lopes reforçou que a negociação com os Diários Associados não apresentou resultados.

 “A empresa mente e não cumpre o que promete. Ela só entende quando paramos o trabalho”, disse, ao reiterar que foi após as paralisações que a empresa pagou 25% do 13º.

O presidente do Sindicato denunciou o assédio moral praticado pela empresa, o que fez com que alguns dos empregados não aderissem à greve. Ponderou ainda que o grupo de comunicação é dono de um grande patrimônio e que não falta dinheiro para cumprir suas obrigações. 

"Isso é roubo. É o dinheiro dos trabalhadores que está sendo desviado”, acrescentou, referindo-se ao recolhimento do FGTS e da Previdência, que não estão sendo feitos, além de outros benefícios.


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