José Carlos Alexandre
O sábado amanheceu com um céu excessivamente nublado, anunciando chuva próxima, ao contrário de algumas previsões meteorológicas.
Contudo, salvo alguns respingos, não houve quaisquer tipos de problema para quem se deslocou até a Câmara Municipal para acompanhar a palestra que antecederia a Conferência Estadual do Partido Comunista Brasileiro.
Tida como etapa estadual da Conferência Nacional marcada para o Rio de Janeiro, a reunião no plenário da Câmara foi muito mais: representou uma oportunidade a mais para a união da verdadeira esquerda hoje presente no quadro político brasileiro.
O PCB estadual deu mostras de seguir as diretrizes dos três últimos Congressos Nacionais do PCB, segundo as quais, não existe no Brasil um partido que detenha a hegemonia na luta pela construção do socialismo.
De alcance do poder popular como etapa indispensável rumo ao fim do capitalismo opressor.
Muito felizes foram todas as intervenções dos representantes dos partidos e/ou movimentos populares que se unem em causas comuns.
Ouviram-se atentamente representantes do Partido Comunista Revolucionário (cujo represente permaneceu no plenário para acompanhar a palestra do membro do Comitê Central do PCB, Eduardo Serra), do MST, O PSTU e do PSOL.
Em meio às intervenções, foi homenageado um quadro dos mais atuantes do PSOL em Minas, Carlos Campos, recentemente falecido.
Sua liderança e sua capacidade de luta resultaram em aplausos de pé por parte dos participantes.
A palestra de um dos principais quadros do Comitê Central do PCB, o economista Eduardo Serra, foi muito objetiva, destacando a tese principal do Partido, que estaria em discussão durante a Conferência, a Luta pelo Poder Popular, lembrando as experiências em andamento em Cuba, onde os Comitês de Defesa da Revolução exercem importância fundamental na construção do socialismo.
Foram dele também informações sobre as relações com partidos comunistas do Japão e da China, que visitou, bem como do último encontro de partidos comunistas e operários realizado na Turquia o ano passado, onde representou o PCB.
Este texto não tem nem nunca teria a pretensão de esgotar o assunto. Pelo contrário.
Procura-se unicamente mostrar que, ao contrário do que a direita possa pensar e divulgar em seus contumazes órgãos de comunicação, também a esquerda está se recuperando do baque representado pelo fim da União Soviética e está se unindo como nunca para fazer-e notar neste momento de profunda crise na história política do país.
Haja vista as lutas contrárias aumento das tarifas do transporte coletivo, em que pese a feroz investida contra os movimentos populares como os dos governos do PSDB e assemelhados.
O povo brasileiro, ao final, vai sair vitorioso, não importa se agora ou um pouco mais tarde.
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