Contra a barbárie da repressão em São Paulo
A Comissão Política Regional do Partido Comunista Brasileiro em São Paulo (CPR-SP) manifesta seu repúdio à brutal repressão realizada pela Polícia Militar de São Paulo contra a manifestação do dia 12 de janeiro, na qual dezenas de manifestantes ficaram feridos e muitos foram presos. A Polícia Militar atacou a manifestação antes mesmo do seu início, com tropa de choque, bombas de gás lacrimogênio, gás de pimenta, bombas de efeito moral, agrediu violentamente os manifestantes, mesmo quando estes já estavam fora da manifestação e continuou a perseguição a qualquer grupo com mais de três pessoas que se encontrassem nas imediações da manifestação.
São Paulo se transformou na terra da barbárie e num Estado de exceção, no qual os policiais se comportaram como facínoras fardados e sádicos enfurecidos contra jovens e adolescentes que protestavam contra o aumento no preço das passagens de ônibus e do metrô de São Paulo, realizados pela prefeitura do PT e pelo governo do Estado.
A ação da Polícia Militar foi um verdadeiro massacre, pois esta encurralou os manifestantes ainda na concentração, fechou as rotas de fuga e começou a brutalidade repressiva, cujo objetivo não era apenas dissolver a manifestação, mas também de se vingar da derrota que sofreram com a luta dos secundaristas, já que grande parte dos manifestantes também estavam nas ocupações.
Nessa conjuntura, a CPR-SP orienta seus militantes no sentido de que a resposta a essa brutalidade policial é não só a denúncia, mas principalmente a ampliação das manifestações, com a incorporação dos trabalhadores à luta e de amplos segmentos da população prejudicados com o aumento das passagens, até a revogação do aumento, como ocorreu em 2013.
Os militantes comunistas devem continuar firmes nas manifestações, ampliando sua segurança e buscando contribuir para evitar o pânico, a correria e a dispersão desorganizada das manifestações. Queremos acrescentar ainda que a nossa luta não é apenas pela revogação do aumento nos transportes, mas pela tarifa zero e a estatização do transporte público, sob o controle dos trabalhadores e usuários.
Ousar lutar, ousar vencer!
Comissão Regional do PCB em São Paulo
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