sexta-feira, 31 de maio de 2013

Convocada a jornada internacional para exigir a retirada de tropas do Haiti

                              


RESUMEN LATINOAMERICANO

As tropas da ONU permanecem reprimindo o povo haitiano no lugar de ajudá-lo e protegê-lo.

CONVOCATÓRIA PARA O 1° de junho de 2013

Jornada continental pela retirada da MINUSTAH do Haiti

Há exatamente nove anos, em 1° de junho de 2004, as tropas militares da MINUSTAH, a Missão das Nações Unidas pela Estabilização do Haiti, invadiam este país irmão sob o pretexto de uma suposta “estabilização” que nunca chegou. Muito pelo contrário.

No lugar de melhorar a situação gerada pelo golpe de Estado de 2004, a MINUSTAH buscou aumentar os níveis de violência para um povo despojado de todos os seus direitos, contendo a opressão de um sistema baseado no trabalho semiescravo, o desemprego de 70% da população economicamente ativa e salários desumanos.

Em vez de promover a paz, as tropas da ONU cometem violações sistemáticas dos direitos humanos essenciais da população, além de importarem o cólera, enfermidade que até agora deixou mais de 8.000 mortos e enfermado mais de 600.000. Expressamos nossa especial indignação frente à atitude da ONU que preferiu evocar a imunidade de suas tropas a fim de recusar qualquer indenização às famílias das vítimas e a reparação dos imensos danos causados ao país.

Onde quer que se olhe, é inconcebível continuar sustentando que a MINUSTAH – militares e policiais oriundos, em grande parte, do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Equador, Guatemala, Peru, Colômbia, El Salvador – devem permanecer no Haiti.

Em 2011, o Senado Haitiano votou por unanimidade a retirada das tropas da MINUSTAH para o ano de 2012. Os Ministros de Defesa dos países da MINUSTAH destacaram a necessidade de reduzir a presença de suas tropas e estabelecer um plano de retirada em junho de 2012, ainda que este compromisso tenha ficado só nas palavras. As organizações haitianas realizaram inúmeras manifestações maciças contra a presença da MINUSTAH, incluindo funerais simbólicos em Petite Riviére de l’Artibonite e Porto Príncipe, em outubro de 2011. Alguns acordos jurídicos estão em curso contra a ONU no que se refere ao cólera e um conjunto de entidades trabalha sem descanso a respeito.

A MINUSTAH, lamentavelmente, fracassou no que tange aos objetivos estabelecidos pelo Conselho de Segurança da Nações Unidas. Ou melhor, o único objetivo cumprido foi o de ocupar militarmente esse país a serviço de interesses que não são os do povo irmão haitiano. Sua presença responde a uma política que priva o povo haitiano de sua cidadania, de seus serviços públicos, de sua terra, de seus bens naturais. Está claro que a MINUSTAH não poderia manter-se, sem o apoio militar e diplomático do Canadá, Estados Unidos e França, sempre a serviço de suas corporações e dos acordos de livre comércio e investimento que as favorecem. Por isso, o Senado haitiano também votou contra a entrada de duas multinacionais mineradoras dos EUA e do Canadá, que hoje estão saqueando ricas jazidas de ouro, cobre e prata no Haiti, “a pobre”, sob a proteção da MINUSTAH.

O Haiti não deve ser mais o laboratório da economia e da “segurança” neoliberal. São políticas que fizeram da dívida uma arma a mais contra os povos, como vivido em toda nossa América, o Sul global e agora também na Europa.

O Haiti não precisa de tropas militares, nem da MINUSTAH nem de nenhum outro país.

O Haiti necessita do reconhecimento de sua dignidade, de seu potencial e de seu direito à autodeterminação, assim como de todo o povo.

Precisa que tirem de cima as mãos e as botas que os dominam. Precisam de médicos, sanitaristas, educadores, engenheiros, técnicos, todos eles a serviços da reconstrução que o povo haitiano reclama, um povo historicamente dizimado, porém que conserva a dignidade de ser o primeiro país livre e antiescravista de Nossa América.

Por tudo isto, convocamos, neste 1° de junho, a mobilização para reclamarmos:

- a retirada imediata da MINUSTAH e de todas as tropas militares estrangeiras do território haitiano;

- o fim da ocupação econômica e do saque, incluindo a supressão dos acordos do livre comércio;

- O reconhecimento dos crimes cometidos pela MINUSTAH, incluindo a introdução do cólera, a sanção aos responsáveis e à indenização das vítimas;

- a restituição e reparação da dívida história, financeira, social e ecológica que se deve ao povo do Haiti;

- Uma verdadeira política de cooperação internacional que respeite os direitos à soberania e à autodeterminação do povo haitiano.

CLOC/Vía Campesina

Jubileo Sur/Américas

Servicio Paz y Justicia en América Latina

Campaña contra las Bases Militares Extranjeras en América Latina

Grito Continental de los Excluidos/as

Convergencia de Movimientos de los Pueblos de las Américas-COMPA

Secretariado Internacional Cristiano de Solidaridad con los Pueblos de América Latina-SICSAL

Plataforma Interamericana de Derechos Humanos, Democracia y Desarrollo-PIDHDD

SOAWatch

Nacionais:

PAPDA-Haití

Batay Ouvriye-Haití

Tet Kole Ti peyizan Ayisyen TK-Haití

Défenseurs des Opprimés DOP-Haití

Confederation des Syndicats des secteurs privés et public CTSP-Haití

Comitê “Defender o Haiti é defender a nós mesmos”-Brasil

Rede Jubileu Sul Brasil

PACS-Brasil

Coordenação Nacional da INTERSINDICAL-Brasil

CSP-Conlutas Brasil

Fundação Dinarco Reis - Brasil

Fórum Mudanças Climática e Justiça Social-Brasil

Comité de Solidaridad por el Retiro de las Tropas Argentinas de Haití

Central de Trabajadores de la Argentina-CTA

Diálogo 2000-Jubileo Sur Argentina

Adolfo Pérez Esquivel, Premio Nobel de la Paz (Argentina)

Nora Cortiñas, Madre de Plaza de Mayo Línea Fundadora-Argentina

Mirta Baravalle, Madre de Plaza de Mayo Línea Fundadora-Argentina

Comité Oscar Romero Buenos Aires-SICSAL Argentina

Servicio Paz y Justicia SERPAJ Argentina

Resumen Latinoamericano

Coordinadora por el Retiro de las Tropas de Haití-Uruguay

Movimiento Social Nicaragüense "Otro Mundo es Posible"

Intipachamama-Nicaragua

Equipo de Servicios de las CEBs-Nicaragua

Cristianos Nicaragüenses por los Pobres

ILSA-Colombia

Comisión Ética contra la Tortura-Chile

Observatorio por el cierre de la Escuela de las Américas-Chile

Comité Oscar Romero-SICSAL Chile

Bia´lii, Asesoría e Investigación A.C-México

Centro de Documentación en Derechos Humanos “Segundo Montes Mozo S.J.” CSMM-Ecuador

Plataforma Interamericana de Derechos Humanos, Democracia y Desarrollo, PIDHDD-capítulo Ecuador

Casa da América Latina - Brasil

Rev. Luis Carlos Marrero Chasbar, Grupo de Reflexión y Solidaridad Oscar A. Romero-Cuba

Revda. Daylíns Rufín Pardo, Centro de Estudios del Consejo de Iglesias de Cuba.

Comité Oscar Romero-Amazonía peruana

Comité Oscar Romero Vigo-España

Comité Oscar Romero Madrid-España

José Luis Soto-Espacio de Comunicación Insular

Gustavo Patiño Alvarez

Manuel Vargas Chavarria

Iolanda Toshie Ide

Leticia Rentería

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=3614&Itemid=1&lang=en

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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