José Carlos Alexandre
Ao contrário do que possa parecer, a radicalização política que se nota hoje no Brasil tem estímulo bem conhecido: o Palácio do Planalto. Numa aposta para lá de perigosa que vem sendo bancada pelos seus atuais ocupantes.
E olhe que falo com conhecimento de causa, já que sempre acompanhei a cena política nacional e internacional pelo menos desde os anos 60.
Quando passava horas e mais horas lendo análises bem realistas que nos chegavam via Academia de Ciências Políticas de Moscou, Editorial Vitória, jornal Novos Rumos, onde cheguei a trabalhar na Sucursal de Minas Gerais, Movimento, Pasquim, Jornal de Bairros, "Correio da Manha", etc.
Na década de 60, em golpes de esquerda, com toda a sonora verve de um Leonel Brizola ou de um advogado de camponeses e de lavradores autônomos como Francisco Julião ou mesmo o de um ministro do Trabalho como o sr.Almino Affonso.
Como alguém escreveu nos anos 40/50: "Sonhava-se com o amanhecer e o amanhecer não era"...
Até que começaram a surgir bispos retrógrados para se opor ao "Padre" Helder, os Padres "Peyton e Cia., os rapazes da "Tradição Família e Propriedade", as passeatas "contra o comunismo"...
Daí até o 1º de abril, durou menos que a preparação para o Comício da Central do Brasil.
Admitamos que o ataque perpetrado contra o Supremo, no fim de semana foi um fato gravíssimo,
bem como os ataque ao ministro Abraham Weintraub aos ministros do STF no dia 22 de abril...
É mais do que tempo de as forças progressistas darem um basta às provocações, aos ensaios de um
atentado às instituições.
Se o povo não se unir agora, adeus à frágil democracia, durante conquistada após 20 anos de tanto arbítrio.
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