(Nota Política do PCB)
O Partido Comunista Brasileiro repudia o processo de criminalização levado a cabo pelo governo estadual, com respaldo do ministro da justiça, Eduardo Cardozo, aos militantes de diversas organizações políticas, bem como a tentativa de desqualificar o movimento sindical e partidos políticos do campo comunista e socialista.
O PCB compreende que tanto durante, quanto antes da realização do Mundial de Futebol da FIFA, a violência foi realizada pelo Estado e seu aparato de repressão, agindo de todas as formas possíveis para impedir o direito de manifestação.
À violenta política de remoções, de repressão a movimentos sociais, sindicais, criminalização de greves e o uso da força para impedir manifestações, somaram-se, com o começo do mundial, o forte esquema de segurança que usou da força, da violência e da repressão para impedir legitimas manifestações.
A prisão preventiva de manifestantes, bem como a acusação de formação de grupo armado, numa clara tentativa de incriminar esses militantes como quadrilheiros e terroristas, foi classificada pela OAB-RJ e diversos especialistas da área como arbitrárias, ilegais e desnecessárias. O PCB declara a sua inteira solidariedade aos atingidos pelos atos repressivos do governo do estado.
A tentativa da mídia burguesa ao realizar uma campanha sórdida, buscando envolver os Sindicatos mais combativos e solidários com o movimento operário e popular, SEPE, SINDIPETRO e SINDISPREV, como financiadores e promotores de atos violentos e de vandalismo, visa tão somente desqualificar qualquer alternativa pela esquerda desse atual governo.
As acusações contra a deputada estadual Janira Rocha, simplesmente por ter manifestado solidariedade aos presos e aos ativistas que buscaram asilo no consulado do Uruguai, se enquadram também nessa verdadeira operação de guerra, capitaneada pelas organizações Globo e suas congêneres, contra todos aqueles que se solidarizam com os que lutam contra a exploração e as injustiças em nosso país.
O PCB compreende que essa escalada repressiva não constitui um estado de exceção; na verdade, são manifestações cotidianas do estado democrático burguês que se utiliza das suas instituições para garantir a ordem vigente, apelando para o seu aparato repressivo quando falham os aparelhos ideológicos que induzem ao consenso.
O PCB compreende que tal quadro é uma manifestação clara do modelo de desenvolvimento político, econômico e social, e que somente a luta por uma nova sociedade poderá proporcionar avanços qualitativos.
A luta não pode ser para humanizar o capitalismo, nem para reformá-lo, mas de substituí-lo por um novo sistema social, político e econômico: o socialismo.
Solidariedade a todos os militantes perseguidos e presos!
Solidariedade aos Sindicatos caluniados pela mídia burguesa!
Pelo direito à liberdade de organização, expressão e manifestação!
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Comitê Regional do Rio de Janeiro
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