Um primeiro de Maio Vermelho, ao longo de sete horas!
Jornal O Poder Popular
"A Unidade Classista (UC), corrente sindical do Partido Comunista Brasileiro (PCB), realizou uma transmissão ao vivo, ao longo de sete horas ininterruptas, no Dia Internacional dos Trabalhadores, o Primeiro de Maio Vermelho, uma façanha inédita e ousada nesses tempos de pandemia. O palanque virtual da Unidade Classista contou com a presença de dirigentes sindicais de vários Estados do Brasil.
Enviaram saudações os representantes de duas centrais sindicais, companheiros Edson Carneiro, Índio, da Intersindical – Central, e Emanuel Melato, da Intersindical – Instrumento de Luta, bem como o secretário-geral da PIT-CNT do Uruguai e o representante da Ação Sindical Classista do Paraguai, desde seus países.
Estiveram também no ato (o “carro de som virtual” da Unidade Classista) os dirigentes do Fórum por Direitos e Liberdades Democráticas, Antonio Gonçalves, pelo Andes; Moisés Lobão, pelo Sinasefe e Neida Oliveira pela Construção Socialista; a companheira Débora, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST); o representante da Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG), Gabriel Colombo; Maria Carol, da Executiva da União Nacional dos Estudantes; os dirigentes dos coletivos de luta do PCB (Gabriel Lazzari – UJC, Mauricio Marques – Minervino de Oliveira, Ana Karen – Ana Montenegro, Renan Lira – LGBT Comunista), além de inúmeros artistas da área da música e da literatura.
O primeiro bloco contou com a abertura de Cássio Canhoto, Coordenador Nacional da Unidade Classista, Edmilson Costa, secretário-geral do PCB, e Sidney Moura, Secretário Sindical do PCB. Sidney enfatizou a necessidade de reorganização de nossa classe e da construção de um Encontro Nacional dos Trabalhadores visando a estruturação de uma ferramenta capaz de colocar a classe trabalhadora em movimento e no combate consequente, sem vacilações, ao capitalismo.
Já o secretário geral do PCB, Edmilson Costa, após fazer um balanço da conjuntura nacional e internacional, falou da necessidade de travar a luta tanto neste momento de pandemia, através da agitação e propaganda e estímulo à auto-organização dos trabalhadores e da população dos bairros, quanto no pós-pandemia.
Enfatizou a necessidade de as forças classistas desenvolverem um programa estratégico para fazer o trabalho de conscientização e mobilização do povo trabalhador, numa disputa política e ideológica tanto com a direita quanto com a conciliação de classe, após a crise. O Primeiro de Maio Vermelho teve como âncoras os camaradas Cássio Canhoto, Fran Rebelatto e Caio Andrade, todos da direção Nacional da UC.
O bloco 2 foi dedicado aos sindicalistas ligados ao PCB e à Unidade Classista. Nesse bloco fizeram intervenções o presidente do Sindicatos dos Correios do Piauí, camarada Sonzão; os camaradas Gustavo Marun e Lourival Junior, respectivamente diretores do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e do Sindicato dos Petroleiros da Região Norte e também diretores da Federação Nacional dos Petroleiros; o presidente do Sindicato do Judiciário de Pernambuco; o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza, Francisco de Assis, além de representantes de bancários, rodoviários, processamento de dados, trabalhadores e trabalhadoras da educação, servidores públicos, trabalhadores informais e médicos, representando o movimento sindical classista dos vários Estados do Brasil.
O palanque eletrônico contou também com uma série de atividades culturais, incluindo música e poesia: apresentaram suas músicas e poemas as camaradas Nina Rosa, cantora, integrante da Célula da Cultura do Rio e do Bloco Comuna que Pariu; Karina França, cantora e musicista paulista, Andréia Lais, alagoana, o cantor e compositor de funk de luta Janderson Nascimento e Vitinho, raper do Resistência Viva, todos militantes do PCB ou UJC.
Também declamaram poesias as camaradas Fran Rabelatto, Michel Viana, Edmilson Costa, Octávio Cabral, Alex Santos e Maria Fernanda. Os camaradas Mauro Iasi (poesia) e Margô Inácio (música) enviaram vídeos que foram exibidos na programação. Além da parte cultural, o Primeiro de Maio Vermelho foi intercalado com clips revolucionários produzidos pelos camaradas da Comissão de Agitação e Propaganda e pelo Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro e teve ainda uma bela vinheta com fundo musical da Internacional, versão latino-americana e caribenha.
Para Cássio Canhoto, a transmissão ao vivo do Primeiro de Maio Vermelho representou um êxito histórico da corrente sindical do PCB porque reuniu sindicalistas do campo classista, tanto representantes de centrais sindicais, quanto de sindicatos de todas as regiões do país, além de atividades artísticas e culturais que proporcionaram ao evento um clima de alegria e luta.
“Gostaria de agradecer a todos os que estiveram envolvidos na construção desse evento histórico, tanto os e as camaradas que participaram diretamente com suas mensagens, quanto aqueles e aquelas que enviaram os vídeos, especialmente camaradas internacionais. Mas é importante um agradecimento especial aos militantes que estiverem na parte técnica, dando suporte a esse evento, afinal fazer uma transmissão ao vivo de mais de sete horas ininterruptas, sem grande problemas, foi uma tarefa muito difícil. O importante é que fizemos um evento que vai ficar para a história do movimento sindical brasileiro”, disse Cássio."
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