Nota da Comissão Política Nacional do PCB
"Na última semana, duran---te a Assembleia da ONU, o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, mais uma vez, ameaçou um conjunto de povos e governos que, minimamente, contrariam os interesses do imperialismo norte-americano no mundo. Venezuela, Cuba, Síria, Irã e Coréia do Norte foram os principais alvos no discurso do atual presidente estadunidense. Trump chegou ao cúmulo de ameaçar a destruição completa da Coréia do Norte, caso o país seguisse com o seu modelo sócio-político e o seu programa nuclear.
Os grandes monopólios de mídia no Brasil, em especial a Rede Globo, praticam um verdadeiro jornalismo de guerra. Estigmatizam, satanizam, banalizam e desrespeitam qualquer povo, governo ou líder político que desenvolvam atitudes divergentes ou apresentem opiniões geopolíticas distintas das impostas pelos EUA.
O governo Trump e seu gabinete republicano, supremacista branco e dominado por capitalistas da indústria bélica e de energia, impõem uma agenda belicista e unilateral para o mundo. Pensando no retorno a ser obtido sob a forma de lucros bilionários, atuam em favor dos grandes interesses daqueles que estimulam o acirramento das disputas entre os monopólios transnacionais e os novos pólos capitalistas em crescimento na Euroásia, representados pela China e Rússia.
Nesta conjuntura de crise sistêmica do capitalismo, a saída para o pólo hegemônico imperialista, EUA e seus aliados, está sendo o incentivo à corrida armamentista, o clima de tensão permanente e investidas diretas e indiretas do imperialismo para que ocorram guerras entre os países ou civis. Por exemplo, o clima de tensão criado contra a Coréia Popular já gerou muitos milhões de dólares para o complexo industrial militar norte-americano, que vende armas para a Coréia do Sul e o Japão.
Em contradição com todo o discurso de Trump, os EUA foram os únicos que utilizaram seu arsenal nuclear contra um povo. São os EUA que possuem uma política externa belicista, intervencionista e que lucram com os diversos conflitos bélicos existentes no mundo. A Coréia Popular é um país sitiado pelas ameaças imperialistas. Há mais de 50 anos seu povo resiste, primeiro contra a ocupação japonesa, depois contra os EUA e sua contínua política de bloqueio e ameaças.
Por essas razões, compreendemos o desenvolvimento da indústria militar autossuficiente na Coréia Popular. Ao contrário dos EUA e seus aliados, a Coréia Popular e seus dirigentes nunca colonizaram ou invadiram nenhum país. Sua política militar se baseia unicamente na estratégia de promover a autodefesa do seu país.
O PCB não defende a importação do modelo norte-coreano para o Brasil, nem de nenhum outro modelo. Sabemos que a construção do socialismo, embora tenha fundamentos econômicos e sociais gerais, deve estar enraizado nas lutas políticas, culturais e sociais de cada povo, de acordo com o processo histórico específico de cada país.
Na atual momento histórico, é dever dos comunistas e verdadeiros defensores da humanidade externar a mais firme solidariedade aos povos de todo o mundo. Não podemos titubear frente à crescente corrida armamentista e agressão aos povos provocadas pelas disputas interimperialistas. Defendemos a paz para os trabalhadores, a autodeterminação dos povos e o fortalecimento de um amplo movimento anti-imperialista independente que lute contra toda barbárie e destruição dos países patrocinadas pelas potências imperialistas. É neste sentido que nos solidarizamos com o povo norte-coreano e seu governo.
NÃO À AGRESSÃO IMPERIALISTA À REPÚBLICA POPULAR E A TODOS OS POVOS!
ABAIXO O IMPERIALISMO! PELO PODER POPULAR E PELO SOCIALISMO!
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