O PODER POPULAR
Em reunião realizada na tarde de segunda-feira (8), as centrais sindicais discutiram o calendário de lutas para barrar as reformas trabalhista, previdenciária e a lei das terceirizações, encaminhadas ao Copngresso pelo governo de Michel Temer. Foi decidida a convocação de uma grande marcha em Brasília para o dia 24 de maio.
Em Nota Pública divulgada no dia anterior, a Unidade Classista, corrente sindical do PCB, avaliando que a greve geral do dia 28 de abril foi decisiva para a contraofensiva da classe trabalhadoras na defesa de seus direitos históricos, tendo configurado “um bom ensaio geral para as jornadas de lutas que virão”, conclama os militantes classistas do movimento sindical e popular a cerrar fileiras na continuidade das mobilizações e no trabalho de base juntos às categorias de trabalhadores e trabalhadoras, apontando a necessidade de convocação do Encontro Nacional da Classe Trabalhadora, “no intuito de construir um fórum permanente de mobilizações e dar um salto qualitativo na organização das lutas, que crescem cada vez mais”. E afirma:
“Temos feito todos os esforços possíveis para concretizar a unidade de ação expressa no Fórum das Centrais, compreendendo se tratar de uma tática necessária aos interesses da nossa classe, ou seja, neste momento, derrotar as reformas do governo Temer. Contudo, ao mesmo tempo, não escamoteamos nossas divergências nem nos furtamos de apontar as contradições presentes nesta frente única.
Temos a tarefa fundamental de não deixar os ânimos esfriarem. As mobilizações devem permanecer nos locais de estudo, moradia e de trabalho, independente dos rumos adotados nas reuniões das centrais sindicais e frentes populares. Devemos nos esforçar para construir de forma unitária e ampla Comitês Populares Contra as Reformas, realizando ações de agitação e propaganda as mais diversas e criativas possíveis, desde colagens de cartazes, panfletagens, mini-comícios, atividades de formação política, teatro de rua, dentre outros eventos culturais, atos públicos etc.
Participaremos das mobilizações para ocupar Brasília, mas não temos ilusões com a colaboração de classes. Direitos não se negociam! Exigimos a anulação das leis que promovem a terceirização e arquivamento definitivo das reformas trabalhista e da previdência. Tais objetivos não serão alcançados com negociações pelo alto. Só poderão ser atingidos intensificando o enfrentamento capaz de impor uma derrota aos capitalistas e ao governo que lhes serve.
Portanto, reiteramos a proposta de mais uma greve geral, dessa vez de 48h. Além da construção de grandes atos de rua, a paralisação do setor produtivo, é fundamental para avançar na luta, acuar e derrubar o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer. A luta está só começando!
Nenhum direito a menos!
Contra as reformas trabalhista e da previdência!
Fora Temer!
Por um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora.
Unir as lutas para emancipar a classe!”
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