quinta-feira, 31 de outubro de 2013
ETAPA ESTADUAL DO XV CONGRESSO DO PCB
O Congresso Estadual do Partido Comunista Brasileiro será em Belo Horizonte - Local: SINDSEP - Rua Curitiba - 689 - Décimo segundo andar.
Sábado - 02 de novembro.
Programação:
09:00 - Abertura.
10:00 - Plenária sobre as teses.
Almoço
13:30 - Plenária sobre as teses.
Jantar
Domingo - 03 de novembro.
09:00 - Balanço do Trabalho de Direção
Eleição do Comitê Estadual
Pelo direito de sepultar os mortos
A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo "Rubens Paiva" convida todos para o Ato em memória dos mortos e desaparecidos da ditadura militar que será realizado no dia 02 de novembro às 10h30 no Ossário do Cemitério do Araça (Estação Clínicas do Metrô)
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
PCB LANÇA MAURO IASI PRÉ CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
A Comissão Política Nacional do PCB, reunida nesta data, conforme decisão do Comitê Central, submete à apreciação da militância do Partido, de seus amigos e aliados, a proposta de lançamento da pré-candidatura do camarada Mauro Iasi à Presidência da República, levando em conta as seguintes razões principais:
A necessidade de fazermos um contraponto à escancarada antecipação da campanha eleitoral de 2014, um teatro de mau gosto em que predominam falsas divergências entre políticos e partidos burgueses, negociatas, barganhas e toda sorte de cenas da mesma novela bianual da disputa por espaços na máquina estatal;
O desinteresse dos partidos com os quais compartilhamos a oposição de esquerda em construir uma frente permanente programática, para a unidade na luta para além das eleições e dos partidos com registro. Desde 2006, o PCB insiste nesta proposta, recusando-se a formar coligações efêmeras, engendradas às vésperas das eleições e apenas em função delas;
A necessidade de apresentarmos um programa político que denuncie a opressão e a violência do capitalismo e contribua com a construção do Poder Popular, dialogando com todos e todas cujas vozes se levantam nas ruas, respeitando suas formas de luta e sua recusa em participar do jogo institucional burguês;
O fato de a pré-candidatura de Mauro Iasi vir brotando da militância e de simpatizantes do PCB, inclusive angariando a simpatia de outros setores progressistas e de esquerda, desencantados com a postura eleitoreira de partidos e movimentos, parlamentares e candidatos de plantão.
Assim sendo, a CPN, ouvido o Comitê Central, resolve iniciar um processo de discussão no interior do Partido a respeito desta proposta, recomendando que os Congressos Regionais do PCB, que se realizarão no próximo mês de novembro em todo o país, nos marcos do XV Congresso Nacional do PCB, repercutam esta proposta, sem perder a centralidade dos debates no temário principal do Congresso.
O lançamento da pré-candidatura própria do PCB não é um expediente para barganhar com os partidos da oposição de esquerda, com os quais queremos construir uma frente de unidade na luta cotidiana, a partir das bases. Nos Estados em que essa unidade já se desenvolve, devemos estimular a possibilidade de alianças nas eleições regionais.
Nos dias 7 e 8 de dezembro próximo, mais uma vez o Comitê Central estará reunido e dedicará um espaço em sua agenda, voltada para o XV Congresso e outros temas, para conhecer a repercussão da proposta nas bases e, se for o caso, dar outros passos no sentido da pré-candidatura do camarada Mauro Iasi.
Comissão Política Nacional do PCB
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
A Resistência da imprensa alternativa
A história do Brasil passa pela história da imprensa alternativa. Da primeira edição do Correio Braziliense, em 1808, publicada em Londres, até os jornais feitos por refugiados políticos durante a ditadura militar, passando por revistas e publicações clandestinas dentro e fora do Brasil, tudo compõe uma espécie de painel da resistência democrática.
O Instituto Vladimir Herzog resolveu contar essa história numa obra de quase 200 páginas, que resgata a epopeia dos guerrilheiros das ideias que desde o século 19 vêm ajudando a construir a democracia brasileira. O trabalho foi confiado a um grupo de profissionais liderados pelo jornalista Ricardo Carvalho.
Nesta entrevista (1/7/2012), o jornalista Ricardo Carvalho fala sobre a edição do livro As Capas desta História, que reúne publicações da época da repressão militar no Brasil.
sábado, 26 de outubro de 2013
O PCB não se esquecerá de Mauricio Azedo!
Um jornalista militante; um militante jornalista
Neste 25 de outubro, morreu Mauricio Azedo, um dos maiores símbolos da imprensa brasileira e da resistência à ditadura. Era presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), onde havia sido reeleito há pouco tempo, por ampla maioria de votos. Nos últimos dias de sua vida, teve uma decepção que não merecia. À falta de votos, a chapa derrotada pelos jornalistas bateu às portas da Justiça, postergando a posse dos eleitos.
Desde cedo, Mauricio Azedo se colocou na linha de frente das lutas mais sentidas de nosso povo, como membro da União da Juventude Comunista (UJC), na campanha do Petróleo é Nosso.
Na década de 60, liderou a primeira greve de jornalistas dentro do antigo Jornal do Brasil, já como militante do PCB.
Durante a ditadura militar de 64, continuou na luta. Em 1968, em uma de suas mais violentas ações, a PM invadiu a antiga Faculdade de Medicina, na Praia Vermelha, e fez mais de 500 prisões de estudantes de vários cursos que realizavam uma plenária, colocando todos os presos dentro do então campo do Botafogo, na Rua General Severiano. Essa violência gerou a maior passeata daquela época. Mauricio Azedo, rubro-negro apaixonado, foi o autor, no extinto Jornal dos Sports, da seguinte manchete acerca da passeata que respondia à violência policial: “100 mil vão às ruas pelo Botafogo”. A única manchete política em toda a história do Jornal dos Sports...
Na década de 1970, levou adiante uma ação dos comunistas na cidade do Rio de Janeiro que representava a resistência cultural à censura dos generais e coronéis de plantão. Fundou o Cine-Clube Macunaíma, na ABI, reduto de encontro de lideranças políticas na ilegalidade em que vivia o PCB.
Fruto desta constante luta política, Azedo foi preso, em 1976, e barbaramente torturado nas dependências do DOI-CODI, no Rio de Janeiro.
No início da década de 80, Mauricio Azedo se afasta do Partido, acompanhando o camarada Luiz Carlos Prestes em sua divergência com o então Comitê Central.
Azedo sempre se manteve fiel aos seus princípios, firmando-se como uma das principais lideranças no campo da imprensa de esquerda no Brasil. No PDT, para onde migraram os camaradas que seguiram Prestes, foi vereador e presidente da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.
Desde o processo de reconstrução do PCB, a partir da década de 90, Mauricio Azedo se tornou um grande amigo do Partido, prestigiando-nos com sua presença em vários eventos, inclusive nas comemorações pelos 90 anos do PCB, em 2012, que se realizou exatamente na ABI.
Neste ano, o Comitê Central do PCB resolveu conceder a Mauricio Azedo a Medalha Dinarco Reis, uma homenagem a todos aqueles que honram a história do Partido. Mauricio ficou emocionado e honrado com a homenagem, que infelizmente não se concretizou ainda em vida, pela pendência judicial em relação às eleições na ABI. A homenagem será mantida, em memória, porque sua história é parte da nossa história.
O PCB se orgulha de Mauricio Azedo, sente-se gratificado por esse filho do povo brasileiro ter pertencido aos seus quadros. O PCB sempre esteve presente na vida de Mauricio Azedo, e a vida política do PCB estará sempre ligada a esta figura ímpar chamada OSCAR MAURICIO AZEDO.
Veja o último texto escrito por Maurício Azêdo
Último texto
“Convocação para lutas
Aos companheiros e companheiras imobilizados pelo sistema de forças políticas e sociais que neste momento dominam a vida na América,
Queremos dizer que estamos de volta com nossas ideias, nossa coerência, nosso passado e novas propostas de luta pela libertação dos povos da América Latina.
Somos os que estiveram presos no Estado Nacional do Chile e assistiram impotentes ao assassinato e ao corte das mãos do poeta popular Víctor Jara. Somos os que enfrentamos a dura ditadura militar do Brasil que matou milhares de brasileiros. Fomos companheiros de luta de Carlos Marighella, assim como estivemos no Uruguai e na Argentina organizando lutas ao lado dos tupamaros e montaneros.
Estamos prontos a retomar o papel que nos cabe na luta em defesa do povo de nossos países. Para isso, conclamamos os participantes desses movimentos a realização de uma reunião ampla, para retomada de nosso movimento e a programação das jornadas revolucionárias que desde já devemos desencadear para que voltemos ao centro do processo de democratização em nossos países; os companheiros que disponham de espaço e recurso para a realização desse encontro, indiquem data e local onde ele se realizará, para deixarmos as condições de inação com que estamos oprimidos.
Rio de Janeiro, Buenos Aires, Montevidéu, Santiago do Chile, outubro de 2013.
Maurício Azêdo,
vítima da ditadura brasileira.”
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Passos Coelho (primeiro-ministro de Portugal), personagem das contra-utopias
Miguel Urbano Rodrigues
“Ao escutar-lhe o discurso de Rei Ubu, conclui que a oposição não deveria tomá-lo a sério nos debates. Admito que seria mais útil confrontá-lo com a sua dimensão de personagem kafkiana.”
Acompanhei pela TV o debate na Assembleia da República convocado para (teoricamente) a informar da posição do governo na reunião do Conselho Europeu em Bruxelas.
O discurso de abertura de Passos Coelho não me surpreendeu. Inquietou-me.
Ele falou como boneco articulado, um robot estranhíssimo.
Esboçando um quadro idílico da reunião a que iria comparecer, esclareceu que nela, em atmosfera de fraternidade continental, se discutiria uma agenda cuja execução em Portugal abriria as portas ao emprego e ao desenvolvimento económico.
Esqueci que ele se dirigia ao Parlamento. A sua oratória transportou-me pelas estradas da imaginação a teatros franceses onde na juventude assistira a peças de Jarry e Ionesco.
A fraseologia do Primeiro-ministro fez-me recordar diálogos incoerentes do Castelo e de América de Kafka. Passos desempenhava em São Bento, com solenidade, os papéis de personagens grotescas que se moviam num mundo absurdo, surreal.
Lembrei-me de que em Portugal o desemprego aumenta, que a economia se afunda, que a fome atinge já milhares de famílias. Tinha não a convicção mas a certeza de que o empobrecimento do país vai prosseguir.
Ao juntar palavras, com pompa discursiva, numa arenga desconexa, Passos fez-me também recordar discursos sem sentido de Cantinflas, mas sem o talento do actor mexicano.
Em inesperada associação de ideias, enquanto lhe respondiam, senti-me catapultado para a leitura de Nós, a contra-utopia de Evgueni Zamyatin. Nesse romance, o grande escritor soviético situa a vida num mundo imaginário, posterior à Nossa Era.
O Estado Único, chefiado pelo Benfeitor, governa ali uma humanidade desfibrada, passiva, cujo quotidiano é regulamentado por tabelas aritméticas. Os nomes dos habitantes foram nele substituídos por letras e números e o amor foi banido como velharia de épocas de barbárie. As paredes das casas são transparentes para vigilância permanente, e as relações sexuais somente são permitidas em dias e horas fixas.
Desconhecido em Portugal, Nós, escrito em l920 (mas somente publicado pela primeira vez em 1929 em França) foi a fonte de inspiração das contra-utopias de Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo) e de George Orwell (1984).
Sou levado a crer que Passos se sentiria como peixe na água no país do Estado Único ideado por Zamyatin. Ali os números são muito mais importantes do que as pessoas. São eles que organizam o fluxo da vida; o povo, privado de direitos, é olhado como rebanho de ovelhas.
Conheci Passos em São Bento, quando ele, então líder da juventude de PSD, era um obscuro deputado que somente bolçava asneiras quando abria a boca no plenário. Hoje é o Primeiro-ministro.
Ao escutar-lhe o discurso de Rei Ubu, conclui que a oposição não deveria tomá-lo a sério nos debates. Admito que seria mais útil confrontá-lo com a sua dimensão de personagem kafkiana.
Como líder de um partido onde predominam os inimigos do povo, pôde chegar a Primeiro-ministro e arruinar e humilhar Portugal, reduzido ao status de semicolónia.
Mas nem a solidariedade escandalosa do Presidente da Republica, nem os aplausos e votos das bancadas que avalizam a política tresloucada do seu governo conseguem apagar a evidência. Os portugueses sentem hoje aversão por ele e recebem-no com vaias onde quer que apareça.
Não tardará o dia em que o povo trabalhador, como sujeito da História, o varrerá do poder.
Vila Nova de Gaia, 23 de Outubro de 2013 (Com Odiario.info)
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Nota Política do PCB-RJ sobre o acontecimentos no leilão do Campo de Libra
Pela Comissão Política Estadual
23/10/13
Nas ruas e nas lutas nos sentimos em casa- Contra o leilão da Bacia de Libra e contra a criminalização dos que lutam!
As mobilizações contra o Leilão da Bacia de Libra não se resumiram a um único ato. As mobilizações somaram semanas, envolvendo acampamentos de movimentos sociais tais como o MST, greve de Petroleiros, apoio de Profissionais da Educação em suas manifestações e de diversas categorias e diversos movimentos.
Ingredientes a mais se somaram, tais como a autorização por parte de Dilma para a presença de militares no esquema de segurança e na repressão contra movimentos sociais. Além do Exército, Dilma autorizou a presença de reforços da Força Nacional de Segurança num enorme esquema de segurança para blindar e proteger das manifestações a privatização do Campo de Libra, reserva do pré-sal brasileiro. A forte presença de aparatos da repressão e a brutalidade e violência desses instrumentos de força foram colocadas contra a população, contra os trabalhadores e diversos movimentos que manifestavam de forma pacifica contra o leilão.
O ataque e o inicio do confronto partiu das forças de segurança do Estado, que avançaram com o claro intuito de dispersar a manifestação, avançando contra os manifestantes e deflagrando assim o confronto de resistência por parte dos mesmos, que em condições desfavoráveis enfrentaram as várias tentativas de dispersão por parte dos instrumentos de violência física do Estado.
Os manifestantes buscaram resistir, enfrentando a forte ofensiva por parte do Estado a serviço dos interesses privados, tendo várias pessoas saído feridas. Em verdade, desde o início do ato desenhava-se esse cenário, quando a forte repressão buscava de todas as formas impedir a realização da manifestação e dos protestos, com a criação de diversos obstáculos, desde dificultando a locomoção até a tentativa de impedir a presença do carro de som.
A resistência foi feita por Partidos tais como o PCB, o PCO, PCR, PSTU, pelo Sindicato dos Petroleiros e pela Campanha "O Petróleo Tem Que Ser Nosso", que envolve diversos movimentos sociais, tais como o MST, FIST e outros, além da presença de militantes do movimento estudantil e de diversos movimentos, táticas e grupos que denunciam e enfrentam as politicas do governo Dilma, Cabral e Paes, tais como os Black Blocs.
Tal resistência à repressão conseguiu furar o bloqueio midiático e chegar até o conjunto da população, buscando esclarecer a natureza privatista desse leilão e sua conclusão voltada aos interesses do capital privado e não dos trabalhadores. As manifestações seguiram para o Centro da Cidade, onde militantes do PCB, da UJC e da Unidade Classista faziam uma manifestação em frente à sede da Agência Nacional de Petróleo, agência que a serviço do governo federal vem dilapidando o petróleo nacional.
Reuniram-se na Candelária algumas centenas de manifestantes que partiram para o acampamento em frente à Petrobrás. A manifestação contou com a presença do PCB, da Unidade Classista, da UJC, da FIP, Profissionais da Educação e diversos outros movimentos, que mesmo diante da tentativa de intimidação e de tensionamento feita pelo grande efetivo policial, conseguiu chegar ao seu objetivo, e terminar, de forma pacifica, em frente à sede da estatal.
O PCB se somou a todas as mobilizações e ações contra o leilão da bacia de Libra, participou ativamente das manifestações e das denúncias, buscou ampliar a mobilização, envolvendo amplos setores, tanto sindicais quanto da população como um todo. Compreendendo e denunciando que somente através de uma forte ampliação dessa luta, no sentido de envolver o conjunto da população e dos trabalhadores nessa importante luta.
O PCB defendeu e defende nessas jornadas de mobilizações que a Campanha "O Petróleo Tem Que Ser Nosso" busque dialogar e trazer mais movimentos sociais e entidades que compreendam a pauta politica da campanha, que possibilitem um salto de qualidade, que amplie com setores combativos e com a população, que traga e empolgue os trabalhadores de todo país nessa jornada em defesa do petróleo brasileiro e que o coloque a serviço das demandas populares. Defendendo uma Petrobrás 100% estatal, o PCB soma e busca ampliar a luta do "Petróleo Tem Que Ser Nosso".
Sobre as manifestações, o PCB denuncia a escalada da repressão e da violência do Estado, e como cada vez mais o Estado brasileiro mostra sua face repressiva contra os movimentos sociais, sindicais e demais lutas do povo, jogando toda sua máquina de violência contra a população e seus instrumentos de luta.
A violência estatal está ascendente, buscando desestimular as manifestações e as lutas, buscando criminalizar aqueles que lutam através de prisões arbitrárias e leis que somente potencializam a máquina repressiva. O Estado joga cada vez mais suas armas contra o povo trabalhador. O exemplo durante as manifestações de junho e durante a Copa das Confederações, bem como a repressão aos professores e a criminalização de lutadores sociais se somam a essa mobilização fascista, onde Dilma joga contra os trabalhadores e contra os movimentos sociais e populares um efetivo de guerra, com Exército, Marinha e Força Nacional, além das polícias, que atuam de forma a criminalizar todas as manifestações e lutadores.
O PCB denuncia todo esse conjunto de elementos, mas alerta que esses elementos não podem ser analisados separadamente. A repressão policial faz parte de uma lógica de Estado, pois somente com o aparato máximo repressivo é possível manter a ordem numa lógica de Estado mínimo, além do fato de tal lógica reforçar a mensagem de monopólio da violência por parte do Estado, que a usa em seus próprios critérios, no caso, pela manutenção de um projeto voltado aos interesses de uma elite econômica, interesses privatistas, interesses do grande capital, que desenham um projeto de desenvolvimento que remodela a cidade, remodela os espaços urbanos, remodela a própria vida para atender sua lógica de investimento e de lucros, com remoções, criminalizações da pobreza, e todo tipo de violações até mesmo de direitos como mobilidade e acesso a serviços.
Esses interesses econômicos que determinam a ação repressiva do Estado se sustentam politicamente a partir de uma aliança, de um bloco político que, por mais que possua contradições pontuais, possui como elemento unificado os interesses da burguesia enquanto classe, os interesses do capital e de sua manutenção, interesses esses que criam lideranças e que as derrubam, que cooptam trabalhadores e instrumentos e os coloca a seu serviço, que cria novos gerentes quando os antigos estão queimados diante da opinião pública.
Esse bloco sintetizado numa sincronia fina no Rio de Janeiro através da trinca Dilma, Cabral e Paes, possibilitou avanços rápidos no caminho dos interesses das classes dominantes, diante de um Legislativo em todas suas Casas apaziguado e controlados pelo Executivo, implementando projetos e os blindando através de entidades que outrora foram de lutas, mas que agora servem de lastro em movimentos sociais das políticas de governo, tais como a CUT, UNE, FUP, e tantas outras entidades que se transformaram em expedientes de políticas de governo.
O PCB compreende esse quadro geral, que tem um cenário articulado no plano político, ideológico, repressivo e econômico, em um projeto de desenvolvimento voltado aos interesses do capital, das elites, da burguesia e que cada vez mais terá a repressão, criminalização e a violência como forma de "diálogo" com os movimentos sociais, sindicais, estudantis e populares que estão em luta.
Esse bloco sintetizado numa sincronia fina no Rio de Janeiro através da trinca Dilma, Cabral e Paes, possibilitou avanços rápidos no caminho dos interesses das classes dominantes, diante de um Legislativo em todas suas Casas apaziguado e controlados pelo Executivo, implementando projetos e os blindando através de entidades que outrora foram de lutas, mas que agora servem de lastro em movimentos sociais das políticas de governo, tais como a CUT, UNE, FUP, e tantas outras entidades que se transformaram em expedientes de políticas de governo.
O PCB compreende esse quadro geral, que tem um cenário articulado no plano político, ideológico, repressivo e econômico, em um projeto de desenvolvimento voltado aos interesses do capital, das elites, da burguesia e que cada vez mais terá a repressão, criminalização e a violência como forma de "diálogo" com os movimentos sociais, sindicais, estudantis e populares que estão em luta.
O PCB se coloca ao lado dos que lutam, o PCB se coloca ao lado dos que constroem o futuro nas lutas do presente. O PCB defende que somente a construção do Poder Popular, um poder não apenas a serviço, mas dirigido pelos próprios trabalhadores em suas múltiplas formas de organização, poderá pavimentar o caminho para a superação das mazelas da sociedade, para a superação do capitalismo e para a construção do Socialismo e do Comunismo.
Na luta nos sentimentos em casa.
PCB– Construindo o Poder Popular, Rumo ao Socialismo.
Fomos Somos e Seremos Comunistas.
Comissão Política do PCB RJ
22 de Outubro de 2013
http://pcb-rj.blogspot.com.br/2013/10/nota-politica-do-pcb-rj-sobre-os.html
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Dia do Professor em Cuba
Tilden Santiago, jornalista, ex-embaixador do Brasil em Cuba, descrevendo o Dia do Professor na ilha:
"Cuba se destacou na educação entre as diferentes experiências socialistas.
O dia do professor em Cuba é uma grande festa em que toda a nação se envolve no orgulho pela educação consgruída em 50 anos de revolução.
É uma grande celebração do "ensino".
Ninguém reivindica nada porque a educação é obra de todos.
E todos reivindicam de todos.
Reivindicam de si mesmos.
Ninguém reivindica nada porque a educação é obra de todos.
E todos reivindicam de todos.
Reivindicam de si mesmos.
É um processo educativo que se orgulha de suas raízes em José Martí e no Padre Varella.
Aliás o verdadeiro símbolo da Revolução Cubana não é o fuzil.
É o 'livro'." (Com O Tempo, de 22/12/2013)
É o 'livro'." (Com O Tempo, de 22/12/2013)
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Nota do ato contra o leilão do pré-sal
O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!
Os petroleiros do Rio de Janeiro e os movimentos que integram a campanha Todo Petróleo Tem que Ser Nosso informam à população que realizamos ato pacífico contra a entrega para multinacionais da maior reserva de petróleo já descoberta em território nacional, o campo de Libra, na região do pré-sal. O nosso objetivo era protestar em frente ao Hotel Windsor Barra onde acontece o leilão. As forças armadas impuseram barreiras com suas tropas e grades que nos mantiveram a 500 metros de distância do hotel. Tentaram inclusive impedir que ligássemos nosso carro de som para explicar para a população ao redor os motivos que nos levam a contestar a criminosa privatização do pré-sal.
Destacamos nosso repúdio em relação a truculência das forças armadas que agiram de forma covarde atacando a manifestação pacífica com balas de borracha, bomba de efeito moral, spray de pimenta e gás lacrimogênio. Até o momento, temos o conhecimento de dois manifestantes feridos que, sangrando, foram levados para atendimento médico.
Os ativistas se expressavam de forma pacífica com faixas, cartazes e palavras de ordem contra a privatização do petróleo até que inesperadamente, sem qualquer depredação ou provocação por parte dos manifestantes, as forças armadas convocadas por Dilma Rousseff iniciaram uma verdadeira operação de guerra.
Afirmamos que o movimento popular contra a privatização dos nossos recursos naturais, fortalecido com as jornadas de junho e as manifestações da educação, seguirá em luta. A greve dos petroleiros continua forte.
Vários movimentos sociais realizam protestos pelo Brasil. Não vamos recuar diante da opressão da força policial e dos governantes. A luta contra a privatização da Petrobrás e do nosso petróleo é de toda a população brasileira que sonha com um Brasil soberano, justo e livre!
Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro
Federação Nacional dos Petroleiros
Campanha Todo Petróleo Tem que Ser Nosso
Endereço: http://apn.org.br/w3/index.php/manchetes/urgente/5949
sábado, 19 de outubro de 2013
Confederação Parlamentar das Américas condena bloqueio dos EUA contra Cuba
A 12ª Assembleia Geral da Confederação Parlamentar das Américas (COPA) aprovou na quarta-feira, 16 de outubro, uma Declaração de condena ao bloqueio econômico e financeiro imposto há mais de meio século pelos Estados Unidos contra Cuba.
Em sua reunião realizada na sede do Legislativo do Distrito Federal de Brasília, os parlamentares da América rejeitaram os efeitos negativos dessa hostil política na saúde do povo cubano.
Apresentada pela Comissão de Saúde e Proteção Social da COPA, a Declaração deplora os danos que causa a aplicação desse bloqueio, o qual limita o direito à saúde, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e outras instituições internacionais.
O documento destaca que esta política, de caráter extraterritorial, dificulta a aquisição de medicamentos, reagentes químicos, peças de reposição e instrumentos cirúrgicos, necessários e indispensáveis para garantir a saúde gratuita da população da Ilha.
Tais restrições, que violam os direitos humanos e as leis das Nações Unidas, obrigam o governo cubano a realizar maiores despesas para comprar medicamentos e produtos sanitários, afirma o texto.
O bloqueio estadunidense impõe, ainda, limitações ao intercâmbio científico e de médicos com outros países e impede à Ilha maior das Antilhas ter acesso a créditos e doações de organismos financeiros internacionais, assinala a Declaração sancionada por consenso.
Durante esta XII Assembleia, os parlamentares de órgãos legislativos da América aprovaram várias resoluções, entre elas uma que ratifica o tratado de Comércio de Armas e outra que exige o direito universal dos povos à água potável.
Reiterou-se, ainda, que Cuba continuará na presidência da Comissão de Saúde e Proteção Social e na vice-presidência da COPA para a região do Caribe.
No encontro marcaram presença parlamentares de todas as nações deste continente e pela parte cubana esteve presente a deputada Aixa Hevia González. (PL)
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Pela imediata libertação dos presos políticos nas manifestações
Nota Política do PCB
O PCB vem a público exigir a imediata libertação dos presos políticos no Rio de Janeiro. O PCB se solidariza com os companheiros e companheiras presos de forma ilegal e ilegítima nas manifestações que tomaram conta do Brasil desde junho e que se mantêm vivas até hoje.
Somos solidários àqueles que, corajosamente, têm se mostrado como linha de defesa dos manifestantes contra a Policia Militar e seus desmandos autoritários. A atitude destes jovens honra a nossa mais cara tradição de luta, baseada na ousadia e determinação dos que se levantam contra a ordem do capital e não aceitam a acomodação dentro dos limites bem comportados impostos pela institucionalidade burguesa.
A Policia Militar, a mando do Governo Cabral, é apenas o instrumento a serviço do Capital, que não pode permitir que, das manifestações, venha a se constituir uma alternativa real e vigorosa de poder contra os interesses do grande capital monopolista, das empreiteiras, da saúde privada, do agronegócio, da especulação imobiliária, dos bancos e de seus capachos e aliados.
Os manifestantes presos são nossos militantes, independemente de nossas diferenças táticas e organizativas, pois na luta de classes não há fronteiras que nos dividam contra o inimigo comum. Eles estão presos porque reconhecem e lutam abertamente contra este inimigo, pedagogicamente atacando coisas e não pessoas.
Nas cadeias para onde estão sendo levados encontraram nossos irmãos de classe, muitos como eles, capturados arbitrariamente, com flagrantes forjados, arrastados para os porões deste ESTADO DEMOCRÁTICO de DIREITA. São todos vítimas da truculência policial e de um sistema judiciário que atua a favor da classe dominante, impedindo o acesso aos direitos a quem está muito longe da possibilidade dos recursos e embargos infringentes.
Os verdadeiros criminosos seguem no Estado sucateando a educação, privatizando a vida, entregando o petróleo aos monopólios privados. Nós, que estamos nas ruas, não somos criminosos, somos lutadores que denunciam este crime e por isso enfrentamos a ira do poder de estado burguês.
Pela imediata libertação dos presos políticos nas manifestações.
Pela anulação dos processos arbitrários contra manifestantes.
Pelo Fim da Policia Militar.
Abaixo o Capitalismo.
Lutar, criar o Poder Popular.
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Passeata contra o leilão de Libra nesta quinta, dia 17
O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!
17 de outubro é Dia Nacional de Mobilização contra o Leilão do Pré-sal. No Rio de Janeiro, passeata vai da Candelária até a Cinelândia para exigir o cancelamento da criminosa privatização do petróleo brasileiro.
No dia 17 de outubro, quatro dias antes da licitação do campo de Libra, a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso, entidades sindicais, do movimento popular e estudantil, convocam mais um dia nacional de mobilização. O objetivo é pressionar o Governo Federal para cancelar o criminoso leilão de Libra, o primeiro na área do pré-sal.
Neste dia, acontecerão atividades em todo o Brasil. No Rio de Janeiro, além de protestos e mobilizações nas unidades da Petrobrás, será realizada um grande ato articulado em conjunto por diversas organizações que constroem a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso. A passeata no centro do Rio de Janeiro começa às 17h, com concentração na Candelária. De lá parte em direção à Cinelândia.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
PETRÓLEO
Leiloar o maior campo já descoberto do mundo é inaceitável
Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União. Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80%
Fernando Siqueira (*)
Com as bênçãos do governo e do Poder Legislativo, um crime contra a soberania nacional está em andamento e já tem data marcada. O Campo de Libra, situado na província brasileira do pré-sal, na Bacia de Santos, que é a maior descoberta de petróleo convencional do século XXI, irá a leilão no dia 21 de outubro, na primeira rodada de licitações da camada do pré-sal. O pontapé inicial foi dado no dia 3 de setembro, com a publicação do edital. Todo o processo culminará, em novembro, na assinatura dos contratos com os consórcios vencedores, novos donos de um tesouro nacional desapropriado do povo brasileiro.
A pressão das majors(ou Big Oils, ou sete irmãs) sobre o governo brasileiro foi muito forte. O seminário sobre óleo e gás em fevereiro de 2013 no Riocentro teve como tema central a reabertura dos leilões. Depois veio o vice-presidente norte-americano Joe Biden pressionar, pessoalmente, a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster.
A escolha de Libra para essa licitação sob o regime de partilha satisfez as exigências. A área é imensa, e não será necessária a atividade de exploração, pois o campo já foi descoberto. O ganhador só vai desenvolver o campo, que hoje já se sabe conter muito petróleo.
De acordo com testes de curta duração feitos pela Petrobras, que perfurou o campo, os volumes in place situam-se entre 28 bilhões e 42 bilhões de barris. Se considerarmos um fator de recuperação de 35% (média dos campos da Bacia de Campos), os volumes recuperáveis podem variar entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris. Mas geólogos da Petrobras estimam em mais de 15 bilhões.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) fixou em 41,65% a parcela mínima da União no leilão de um campo já perfurado, testado e comprovado que abriga reservas fantásticas. Os dados que mais assustam, no entanto, estão relacionados às facilidades oferecidas pelo governo para que as empresas estrangeiras se apropriem de uma de nossas maiores e mais estratégicas riquezas.
O governo vem causando um prejuízo crônico à Petrobras, reduzindo drasticamente seu caixa, obrigando-a, de forma ilegal, a comprar combustíveis no exterior e vender mais barato para as distribuidoras, suas concorrentes. Ao mesmo tempo, retoma o campo que estava com a Petrobras por conta da cessão onerosa e estabelece um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões, que prejudica a Petrobras e impede a participação das demais empresas nacionais.
Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União. Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80%.
Estamos leiloando um bilhete premiado. Nenhum país soberano e independente faz esse tipo de leilão. “A ideia é atrair as empresas estrangeiras e não espantar investidores”, diz a ANP. As entidades nacionalistas buscam instrumentos jurídicos para impedir o leilão.
O Congresso Nacional defendeu, até o último minuto, a destinação mínima de 60% desse óleo-lucro para a União, mas foi vencido ao final. Após reunião dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com os líderes do governo na Câmara, a exigência dos 60% caiu “em nome de uma maior segurança jurídica das empresas que disputarão a licitação”.
A votação, em 14 de agosto, foi rápida após o acordo com o Planalto e sepultou de vez a garantia de retorno decente para o país. Os 41,65% são um valor irrisório para o que representa o manancial do Campo de Libra. Ora, os leilões já não têm sentido por termos autossuficiência para mais de cinquenta anos, quanto mais nas condições desse campo perfurado, com reservas de 15 bilhões de barris e risco zero. Se alguém arrematar por menos de 60%, o leilão representará um fabuloso prejuízo.
Pior é que a ANP e o governo enganam a nação quando dizem que a União ficará com, no mínimo, 75% do petróleo. Ora, o produtor fica com 40% do petróleo para remunerar seu custo de produção (esse custo é cerca de US$ 40 por barril); o contrato prevê que os royalties, de 15%, serão também ressarcidos ao produtor. Sobram 45% para a partilha. Se o vencedor oferecer 60%, a União ficará com 60% de 45%, ou seja, 27% do petróleo produzido. E o consórcio, este sim, ficará com 73% do petróleo. Absurdo!
De volta às privatizações
Em entrevista recente concedida ao jornalista Paulo Henrique Amorim, o ex-presidente da Petrobras do governo Lula, Sérgio Gabrielli, afirmou que leiloar Libra “vai na contramão da lei de partilha”. Ele destacou outro ponto sensível do edital: o bônus de R$ 15 bilhões pedido pela ANP à empresa vencedora do leilão. Segundo o ex-presidente, tais procedimentos estão “mais próximos da concessão de FHC do que da partilha”. Ele se refere à Lei das Concessões (Lei n. 9.478, de 1997), do presidente Fernando Henrique Cardoso, que era destinada a áreas de alto risco exploratório e exigia um bônus alto, uma vez que o concessionário passava a ser o proprietário do petróleo.
Na mesma entrevista, Gabrielli declarou: “Como diminui o risco de exploração, o grande elemento a definir passa a ser como partilhar o lucro futuro. Então, o grande elemento deve ser a participação no lucro-óleo que deverá voltar ao Estado. À medida que você coloca um bônus muito alto, a partilha do lucro no futuro é menor. Ao fixar o bônus alto, você tem uma visão de curto prazo na exploração e no desenvolvimento de um recurso que já tem o grau de confirmação muito alto. [...]. Mesmo com a certeza de que lá tem petróleo, você submete todo o ganho potencial futuro do Estado a uma parcela menor – o que é ruim, no novo conceito de partilha. [...] Nessa operação de R$ 15 bilhões, o governo vai receber de imediato, mas a consequência disso é que, no lucro do futuro, o governo vai ficar com uma fatia menor”. Ou seja, o governo cobre o buraco do presente, mas compromete seriamente o futuro.
Na verdade o governo estabeleceu um bônus alto com dois objetivos: 1) dificultar a participação de empresas nacionais, inclusive a Petrobras, estrangulada por ele; e 2) atingir a meta do superávit primário, que precisa de R$ 15 bilhões para se completar.
Conjuntura internacional aterradora
O momento em que o leilão ocorre é outro ponto relevante. A insegurança energética mundial é imensa. Estados Unidos, Europa e Ásia, além do cartel internacional, estão cada vez mais dependentes do petróleo das reservas mundiais, escassas, com cerca de 60% no Oriente Médio. Quando o pré-sal foi descoberto, imediatamente foi reativada a quarta frota norte-americana para “proteger o Brasil”, uma pressão militar óbvia.
Ao mesmo tempo, o cartel internacional das petrolíferas vem agindo pelos bastidores. No setor, o lobbydo cartel está profundamente infiltrado dentro do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e da Organização Nacional dos Industriais do Petróleo (Onip). Todos eles juntos conseguem dobrar os três poderes do país. Só as manifestações do povo nas ruas poderão reverter essa submissão.
(*) Fernando Siqueira é vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet). (Com Le Monde Diplomatique , e grifos de José Carlos Alexandre)
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Vietnã se despede do general Giap
Os mais altos dirigentes do Estado e do Partido Comunista do Vietnã presidiram, no domingo, 13 de outubro, o enterro do general Vo Nguyen Giap em sua natal província de Quang Binh, até onde foram dezenas de compatriotas para dar seu último adeus.~
O segundo-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, José Ramón Machado Ventura, assinou na manhã do sábado, na embaixada do Vietnã em Havana, o livro de condolências pela morte do general-de-exército Vo Nguyen Giap.
Giap, que morreu no passado 4 de outubro, no Hospital Militar de Hanói, foi sepultado numa cerimônia de sentido recolhimento, liderada pelo presidente da República, Truong Tan Sang.
No altar, decorado com uma imagem de Giap envergando o uniforme de comandante-em-chefe do Exército Popular, foram expostas as condecorações que ele recebeu durante toda uma vida a serviço dum Vietnã independente, reunificado e socialista.
Uma oração em memória dele, pronunciada por oficiais da Forças Armadas, lembrou as façanhas do ilustre combatente contra a França e os Estados Unidos.
Desde bem cedo na manhã, os vietnamitas foram em massa à antiga moradia de Giap na capital, a quartéis militares do país todo e ao Palácio da Reunificação, na Cidade Ho Chi Minh para dedicar um último adeus ao célebre militar.
“Viva o general Vo Nguyen Giap”, gritavam a coro as pessoas na passagem do caixão, envolvido com uma bandeira e colocado numa bateria antiaérea puxada por um veículo.
A procissão percorreu um trajeto de 40 quilômetros desde a Casa Funerária Nacional, no centro de Hanói, até o aeroporto, de onde foi transferido a Quang Binh.
Segundo o jornal Tuoi Tre, o secretário do Partido Comunista, Nguyen Phu Trong, o presidente, Truong Tan Sang, e o primeiro-ministro, Nguyen Tan Dung, presidiram o início do funeral de Estado na casa funerária de Hanói. Este fim de semana foi decretado luto nacional. (SE) (Com o Granma)
domingo, 13 de outubro de 2013
Assembleia começa a investigar morte de JK e de seu motorista
Atendendo a solicitação da Comissão de Direitos Humanos, formulada
com base em requerimento de seu presidente, deputado Durval Ângelo, convido V. Sa.
a participar de audiência pública que se realizará no Auditório desta Casa, andar SE, no
dia 16 de outubro, quarta-feira, às 9 horas.
Informo-lhe que a reunião tem por finalidade debater fatos novos que
caracterizam como atentado político o acidente que provocou a morte do ex-presidente
Juscelino Kubitschek e de seu amigo e motorista Geraldo Ribeiro.
sábado, 12 de outubro de 2013
AGENDA DO PCB EM MINAS
19 DE OUTUBRO - CONFERÊNCIA INTERMUNICIPAL DO PCB - REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE.
19 DE OUTUBRO - CONFERÊNCIA DO PCB - ZONA DA MATA MINEIRA.
20 DE OUTUBRO - CONFERÊNCIA DO PCB - TRIÂNGULO MINEIRO.
21 DE OUTUBRO - CONFERÊNCIA INTERMUNICIPAL DO PCB - VALE DO AÇO.
01, 02 E 03 DE NOVEMBRO - CONGRESSO ESTADUAL DO PCB EM SABARÁ.
TARIFA ZERO NO TRANSPORTE COLETIVO. ADEUS ÀS CATRACAS!
Atualmente, o transporte não é público: é um negócio. E embora ele pareça um caos, está muito bem organizado - não para nós, os usuários, mas para os poucos que lucram muito com a nossa passagem.
Para eles, nosso aperto é um ótimo negócio: como a prefeitura paga as empresas de ônibus por passageiro transportado, quanto mais gente elas enfiarem dentro de cada ônibus, mais dinheiro vão ganhar, com o menor custo possível. Para elas, é melhor que o ônibus passe pouco, e sempre lotado.
É pelo mesmo motivo que cada vez mais linhas são divididas ao meio com a construção de terminais na cidade. O prejuízo do usuário, forçado a pegar mais de um ônibus e a enfrentar uma fila enorme no terminal, representa lucro para o empresário, que ganha mais a cada vez que giramos catraca.
Ao cortar linhas e construir terminais como Campo Limpo, Grajaú, Jd. Ângela, Butantã e tantos outros que ainda estão no papel, o governo não consulta ninguém e atrapalha a vida de muita gente. Enquanto isso, os empresários saem no lucro.
Ir e vir deixa de ser um direito para se transformar em uma mercadoria, feita para dar dinheiro para os de cima, vendida por um preço que muitos não podem pagar.
A catraca é uma barreira que impede aqueles que constroem e fazem a cidade funcionar a cada dia de usufruir dela. Quem é excluído do transporte, porque não tem dinheiro para a passagem, é excluído da cidade, deixa de ter acesso a tudo aquilo que está a um ônibus, a um trem de distância: a escola, o hospital, o centro cultural, a casa dos amigos e da família, um emprego, uma casa. Ao revogar o aumento da passagem em junho, derrubamos alguns tijolos desse muro, mas não podemos parar por aí! Enquanto o transporte tiver catraca, a cidade não será de todos. Nossa luta é pela Tarifa Zero!
Cobrar por um serviço que beneficia toda a cidade, como o transporte coletivo, só de quem usa (na maioria das vezes porque não tem outra opção) não é uma escolha técnica ou econômica. É uma decisão política: de quais interesses serão atendidos. Se antes eles diziam que baixar a passagem era impossível, a revolta do povo provou que não é. Se agora eles dizem que Tarifa Zero é impossível, nossa luta provará que eles estão errados.
Um transporte público de verdade não pode ser um impedimento para a gente sair de casa, seja porque não tem dinheiro, seja porque não quer enfrentar o sufoco dos ônibus e vagões e perder horas nas filas e no trânsito. Um transporte público de verdade é o que atende às necessidades da população, sem excluir quem não tem dinheiro. Somos nós, que usamos ônibus, trem e metrô todo dia, que sabemos como é o transporte que queremos, por onde devem passar as linhas, quantos ônibus são necessários.
20 centavos foi só o começo! Em junho, mostramos que é o povo, quando se une, que manda no transporte e que se a gente não quiser, a tarifa não vai subir. Agora queremos mais! E não adianta esperar que quem lucra com nosso sufoco vai fazer algo para mudar ele: é só a nossa luta que vai fazer um transporte de fato público.
O Movimento Passe Livre (MPL) é um movimento social autônomo e apartidário que luta para que o transporte seja público de verdade: gerido fora da iniciativa privada, sem tarifa e nem catraca. Se queremos transformar o sistema de transporte e a cidade, não podemos esperar de braços cruzados. Por isso nos organizamos em nossos bairros e escolas para discutir os problemas do transporte e lutar, nem que para isso seja preciso sair às ruas, fechar avenidas, montar barricadas, ocupar terminais e pular catracas.
Todos os anos, celebramos a semana do 26 de outubro como uma ocasião de luta. Essa data é importante porque remonta às mobilizações e conquistas da Revolta da Catraca de 2004 em Florianópolis, uma das lutas que deu origem ao Movimento Passe Livre. É preciso manter viva a memória para sempre lembrar que nossa luta não começou agora - e que só vai terminar com o fim de todas as catracas.
Dia:
Sexta feira - 25 de Outubro as 17 horas
Local:
Teatro Municipal de São paulo
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
MST critica justiça burguesa que permite a saída pela porta da frente do Fórum de condenados no processo do Massacre de Felisburgo
"Ficou claro pelos autos do processo, pela argumentação da promotoria e pela postura esquiva da defesa, que Chafik premeditou o crime, comprou as armas e executou, colocando o preço de suas terras acima do valor da vida humana"
" MST manifesta sobre condenação de Chafik
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reconhece a lisura e a retidão com que Juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes conduziu o julgamento do Massacre de Felisburgo, bem como o empenho do Dr. Christiano Leonardo Gonzaga Gomes, do Ministério Público, em expor aos jurados a verdade sobre a violência do latifúndio, cumprindo de maneira exemplar seus papéis.
Agradecemos a toda sociedade que apoia o povo sem terra e que acompanhou cada capítulo deste processo hediondo, desde o massacre até as diversas tentativas do acusado de burlar o julgamento, adiando a data por 4 vezes.
Entretanto, é com pesar e indignação que assistimos as brechas que existem na justiça e que os poderosos fazem tanto uso para sair impunes. Este é um sentimento que reverbera em todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores brasileiros, cansados de tanta injustiça. Mesmo condenados a 115 anos de prisão e à 97 anos e seis meses respectivamente, Chafik e Washington saíram pela porta da frente do Fórum Lafayete.
Ficou claro pelos autos do processo, pela argumentação da promotoria e pela postura esquiva da defesa, que Chafik premeditou o crime, comprou as armas e executou, colocando o preço de suas terras acima do valor da vida humana.
A justiça que garante a intocabilidade dos latifundiários arcaicos e criminosos, é a mesma que rapidamente emite despejos em massa, condena milhares de famílias a viverem sem terra e sem casa, nas beiras das estradas, arranca os frutos do trabalho que caleja as mãos dos agricultores e que alimenta as cidades.
Para o MST, só haverá justiça para o caso de Felisburgo com a prisão definitiva dos réus e a definitiva desapropriação da fazenda Nova Alegria.
Fazer justiça à Felisburgo, é fazer justiça a todos os brasileiros."
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO
Foto de José Carlos Alexandre |
Vinícius de Moraes
Era ele que erguia casas
Onde antes so' havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem e' um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa quer ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pa', cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em contrução.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
`A mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia "sim"
Começou a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que nãoo dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uisque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
- "Convençam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isto sorria.
Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porem, por imprescíndivel
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo contrário
De sorte que o foi levado
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ver
Sera' teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vés o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que e' meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martirios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silencio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arratarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
As Comissões da Verdade e o Massacre de Ipatinga
Já bem cedo a internet transmitia a reunião da Comissão Nacional da Verdade, junto com a Comissão Estadual,no Fórum de Ipatinga, dentro da programação que lembra os 50 anos do Massacre de Ipatinga.
O PCB , através da Sucursal de seu jornal em Minas Gerais, "Novos Rumos", acompanhou à época o episódio.
E não só a Sucursal mineira , que funcionava na Rua Carijós, 121, no centro de BH, mas também a redação do jornal, situada no Rio de Janeiro, mandou repórter especial para repercutir o acontecimento.
Vamos dar aqui um registro do que foi a reunião em Ipatinga. O público lotou o Fórum, principalmente com a presença de trabalhadores, aposentados e familiares das vítimas, cujo número ainda é uma incógnita, passados 50 anos do episódio.
Espera-se que as Comissões da Verdade, tanto a federal quanto a estadual, possam trazer mais informações sobre um dos piores atentados contra os direitos dos trabalhadores praticado como se fosse uma prévia do que viria a acontecer com o advento da ditadura cívico-militar que se instalaria no país menos de um ano depois do 7 de outubro de 1963.
O jornalista Marcelo Freitas, autor do livro "Não Foi por Acaso", sobre os 50 Anos do Massacre, apresentou um resumo do caso
"O número de vítimas é uma incógnita. É uma mentira que foram só 8. Oito já era muito, mas foram muito mais do que 8. E os 32 caixões?", afirmou Jurandir Persichini Cunha, membro da Comissão da Verdade de Minas Gerais. Ele foi metalúrgico da Usiminas e sobreviveu ao massacre, em 1963.
Quatro anos depois, já formado em jornalismo, ele foi preso e torturado pela ditadura por ter trazido um jornal sindical, chamado A Verdade, que trazia um especial sobre o Massacre. Vítimas reivindicam que o Massacre passe a ser conhecido como o Massacre de Usiminas, uma vez que Ipatinga era apenas um distrito de Coronel Fabriciano na época e quase tudo que havia no local era ligado à então estatal
Enias Silvino de Souza foi baleado no peito, mas sobreviveu.
Enias Silvino de Souza foi baleado no peito, mas sobreviveu.
Rosa Cardoso, coordenadora do grupo de trabalho ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical, da CNV, responsável pela audiência, concede entrevista. Para a comissão,a investigação sobre o Massacre de Ipatinga deve dimensioná-lo e chegar aos responsáveis pelas mortes. Comissão requereu a participação da Usiminas na audiência e pediu que a companhia indicasse um representante para responder questões durante a audiência e entregasse documentos solicitados pela CNV para a investigação.
José Deusdeth Chaves, líder sindical nos anos após o massacre, afirma que a origem do evento foi "a repressão da Usiminas em cima de todos os trabalhadores. O corpo de vigilantes, todo paramilitar, que prendia trabalhadores lá dentro, torturava e mandava para a polícia, onde eram torturados outra vez", relatou.
Jarbas da Silva, que trabalhava no almoxarifado da Usiminas, acredita que mais de 80 pessoas teriam sido assassinadas no massacre. Ele estava dentro da empresa no momento do tiroteio e afirma que pessoas também morreram na fuga, afogadas no rio Doce. — em Ipatinga, Minas Gerais.
Conceição Maria Ribeiro Flávia procura o irmão desde 1963. Ele trabalhava na Usiminas e desapareceu em outubro de 1963. (Com a Comissão Nacional da Verdade)
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