“Paz, Pão e Terra”: o Prata Preta homenageia o centenário da Revolução Bolchevique

                                                                     

Novo, porém já tradicional bloco do Carnaval do Rio de Janeiro, o Cordão do Prata Preta se reúne na Saúde, bairro da região portuária do Rio de Janeiro. Conhecido também por seus enredos engajados em pautas sociais e populares, o Prata Preta, que tem esse nome em homenagem ao resistente capoeirista Prata Preta, da Revolta da Vacina, neste ano de 2017 cantará o samba “Da Estação Finlândia à Saúde: os 100 anos da Revolução Russa”.  Dentre os compositores do samba então alguns camaradas do PCB que também são membros do Bloco Comuna que Pariu! (Bil Rait Buchecha, Caio Martins e Heitor Cesar).

Como atividade de apresentação do samba, o Prata Preta realizou uma bela atividade em homenagem à Revolução Russa, com um debate sobre o significado da Revolução, bem como seus impactos em todo o mundo, em destaque no Brasil. 

Este evento contou com a participação de Heitor Cesar, membro do Comitê Central do PCB, e Vladimir Palmeira, numa mesa mediada por Kiev Medeiros, integrante do Prata Preta. 

Após o debate, a Orquestra Filarmônica Villa-Lobos e as Crianças executou os hinos da URSS e da Internacional, com uma levada de samba somada por um surdo ao fundo. 

Como era de se esperar, terminou com a tradicional Roda de Samba Zeh Gustavo e Miguel Beserra.

Cabe mencionar que o Prata Preta é o Bloco Padrinho do Comuna que Pariu!

Eis o samba do Prata Preta:

Prata preta o folião. Da estação Finlândia a saúde. 100 anos da revolução Russa

Buchecha, Belle Lopes, Bruno, Caio Martins, Daniel Samam, Dani Brant, Elisa, Heitor Cesar, Juliana Fiuza, Lia Rocha, Maeiro, Munique Sá

Ó nós aqui outra vez

Sobrevivendo e pegando a contra-mão

Eu sou zumbi, sou do povo que não breca

Sou prata preta, também sou revolução

Tomei um porre e entrei no trem da história

Jamais pensou minha vista.

Ver rasteira em czarista

Meu sonho é poder popular

Meu sonho… Sonho sonhado com vocês

Concretizado por quem fez

Da sua vida, mais motivo pra cantar

Unidos lutamos

Pelo fim do capital

Resistimos 100 anos

Taí o carnaval.

Paz, pão e terra

Na saúde é o que se quer

Não tem vacina que me pare

Nem chibata que me cale

Sou amor, nada a temer

Sou carioca, comunista, bolchevique

É carnaval, meu fuzil é meu repique.

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