Os ideais de Martí, junto com o marxismo-leninismo, guiam a política de Cuba até hoje
Na segunda-feira, 28 de janeiro de 2013, comemorou-se o 160º aniversário de nascimento do mentor intelectual dos revolucionários cubanos, José Julián Martí Pérez (Havana, Cuba, 28 de janeiro de 1853 – 19 de maio de 1895, Dos Rios, Cuba).
Filho de pai espanhol e mãe natural das Ilhas Canárias, José Martí é considerado o apóstolo e o grande mártir da Independência de Cuba em relação à Espanha. Além de poeta e pensador fecundo, desde sua mocidade demonstrou sua inquietude cívica e sua simpatia pelas ideias revolucionárias que gestavam entre os cubanos.
Influenciado pelas ideias de independência de Rafael Maria de Mendive, seu mestre na escola secundária de Havana, iniciou sua participação política escrevendo e distribuindo jornais com conteúdo separatista no início da Guerra dos Dez Anos. Com a prisão e deportação de seu mestre Mendive, cristalizou-se a atitude de rebeldia que Martí nutria contra a dominação espanhola.
Em 1869, com apenas 16 anos, publicou uma folha impressa separatista, El Diablo Cojuelo, e o primeiro e único número da revista La Patria Libre.
No mesmo ano passou a distribuir um periódico manuscrito intitulado El Siboney. Pouco depois foi preso e processado pelo governo espanhol por estar de posse de papéis considerados revolucionários. Foi condenado a seis anos de trabalhos forçados, mas passou somente seis meses na prisão até que, em 1871, com a saúde debilitada, sua família conseguiu um indulto e obteve a permuta da pena original pela deportação à Espanha.
Na Espanha, Martí publicou, naquele mesmo ano, seu primeiro trabalho de importância: “El Presidio Político en Cuba”, no qual expõe as crueldades e os horrores vividos no período em que esteve na prisão em Cuba. Nesta obra já se encontrariam presentes o idealismo e o estilo vigoroso que tornariam Martí conhecido nos círculos intelectuais de sua época. Mais tarde dedicou-se ao estudo do Direito, obtendo o doutorado em Leis, Filosofia e Letras da Universidade de Zaragoza em 1874.
Em 19 de maio de 1895, no comando de um pequeno contingente de patriotas cubanos, após um encontro inesperado com tropas espanholas nas proximidades do vilarejo de Dos Ríos, José Martí foi atingido e faleceu em seguida. Seu corpo, mutilado pelos soldados espanhóis, foi exibido à população e posteriormente sepultado na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do mesmo ano.
Para Martí, a luta deveria ser uma verdadeira transformação cubana em todos os aspectos: econômico, político e social. Os ideais de Martí, junto com o marxismo-leninismo, guiam a política de Cuba até hoje. (Com o Brasil de Fato)
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