Análise sobre a disputa em BH
O quadro-político da disputa eleitoral na capital de Minas Gerais alterou-se substancialmente com o surgimento da candidatura do Partido dos Trabalhadores. O candidato a prefeito do PT ganhou o apoio do PMDB, que indicou um militante ligado ao deputado federal Newton Cardoso para vice-prefeito.
Setores dos movimentos sociais tendem a apoiar a candidatura petista independente do fato do PT ter participado ativamente do Governo de Lacerda e de ter feito uma aliança com setores políticos conservadores.
A “polarização” fomentada pela mídia envolvendo os aliados do Governo Federal (Dilma e Lula) contra os apoiadores do Governo Estadual (Anastasia e Aécio) deve ser denunciada e desmascarada. A programa social-liberal do candidato PT não se difere em sua essência do programa liberal-conservador do candidato a reeleição.
No campo da esquerda socialista-comunista, ganhou destaque a aliança entre o Partido Socialismo e Liberdade e o Partido Comunista Brasileiro que juntos formaram a Frente de Esquerda. Maria (Prefeita) e Almeida (Vice) representam um Pólo Alternativo nestas eleições.
Cabe aos socialistas e comunistas ampliaram as ações políticas da Frente de Esquerda alterando os rumos da disputa política eleitoral na capital. Ativistas, militantes e lideranças de diversos movimentos sociais estão apoiando e construindo esta alternativa.
Outras alternativas político-eleitorais do campo da esquerda (PSTU e PCO) tendem ao discurso sectário, característico do isolamento político e programático destas agremiações. Duas candidaturas “alternativas” também se apresentam, sendo que ambas são ligadas aos candidatos Governistas, de um lado o PPL aliado ao PT e do outro o PHS ligado ao PSDB.
Na disputa por espaço político na Câmara Municipal, 39 dos atuais 41 vereadores são candidatos a reeleição, sendo que nenhum vereador se colocou do lado dos movimentos sociais no campo da oposição ao Governo Lacerda.
A chapa de vereadores/as ligada ao PCB e ao PSOL se apresenta com o objetivo de assegurar um espaço para o campo da esquerda socialista-comunista. A tarefa que nos cabe no momento atual é fortalecer e construir uma campanha movimento capaz de superar os obstáculos e criar um novo pólo socialista de massas capaz de oferecer uma alternativa política para a classe trabalhadora para além da disputa eleitoral.
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