terça-feira, 31 de julho de 2012

Coca-Cola será expulsa da Bolívia


David Choquehuanca: a Coca-Cola não mais vez na Bolívia

                                             
Em uma decisão de causar espanto na mídia capitalista, o governo socialista do presidente Evo Morales acaba de expulsar a Coca-Cola da Bolívia. A decisão precisará ser cumprida até o dia 21 de Dezembro deste ano.

Segundo o ministro do Exterior boliviano, David Choquehuanca, esta determinação está “em sintonia com o fim do calendário Maia” e será parte dos festejos para celebrar o fim do capitalismo e o início de “uma cultura da vida”. A festa ocorrerá no fim do dia, no solstício de verão (no Hemisfério Sul), na Ilha do Sol, situada no Lago Titicaca.

– O dia 21 de Dezembro de 2012 marca o fim do egoísmo, da divisão. O 21 de Dezembro tem que ser o fim da Coca-Cola e o começo do mocochinche (refresco de durazno, um refrigerante muito popular no país). Os planetas se alinham após 26 mil anos. É o fim do capitalismo e o início do comunitarismo – disse Choquehuanca, em um ato ao qual compareceu o presidente do país.

A medida, que atrai os holofotes da mídia para o governo boliviano, reforça a determinação de Evo Morales no reforço a um Estado socialista. Ele tem recebido várias críticas de seus eleitores por agir “devagar demais”, segundo as críticas, em determinar o fim do capitalismo naquela nação andina.

A medida também visa melhorar a saúde da população. A Coca-Cola, assim com a maioria dos refrigerantes industrializados, contem substâncias comprovadamente nocivas ao corpo e cujo consumo constante se associa a infartos cardíacos e derrames cerebrais. (Com a Rede Democrática)

Brasil: a caravana do perdão

                                                                                                                

Todo o verão perambulações em torno das construções reais ou imaginárias. Hoje, uma das etapas da comissão encarregada das vítimas da ditadura de 1964 a 1984.


Anne Diatkine e Valdirene Gomes

Traduzido por Maria Cláudia Badan Ribeiro

É uma caravana de vinte quatro juristas que percorrem o Brasil, dos lugares mais longínquos às grandes cidades, e que sem bravata, modifica profundamente a memória coletiva dos brasileiros: seu conhecimento da ditadura militar de 1964 a 1984, ou seja, vinte anos de regime autoritário.

Se os custos em termos de desaparecidos não são comparados àqueles de seus vizinhos – Chile e Argentina particularmente – a ditadura brasileira é a mais longa da América Latina e, estabelecendo-se por mais tempo do que as outras lhes serviu de matriz.

Uma ditadura de caráter humano que tranquilamente se autodissolveu organizando sua própria transição democrática? Isso é o melhor que as crianças brasileiras aprenderam. E é isso que continuam a lhes dizer, associando-se esse período, às vezes, à arrebatada expressão de “milagre econômico”, sem jamais dizer a quem ele se destinou. E é esta a opinião mais difundida na distante Europa, onde se lembra de que a França foi uma terra de asilo nos anos70, e que para os brasileiros, “foi mais fácil”.

Certamente, mas o Brasil tem uma particularidade: não apenas o número de torturados foi o mais elevado, mas, além disso, a prática jamais foi condenada. Ela foi banalizada ao ponto de ser moeda corrente ainda hoje: “Falta de ruptura clara com o poder militar, as instituições conservaram esta “técnica” de segurança, e a periculosidade deixou o terreno político para ir se alojar na pobreza”. E o mais inquietante, segundo uma pesquisa recente, é que esta herança da ditadura é largamente aceita pela população como constata a jurista brasileira Kathia Martin-Cenut, pesquisadora do Collège de France.

Manifestações na casa de torturadores

Ela se chama caravana da anistia. Ela parou nesta quinta-feira 22 de junho, em Florianópolis, agradável ilha do Estado de Santa Catarina, não longe da Argentina. É inverno e oportunamente acredita-se estar na Bretanha no verão. A caravana é uma imagem. Na vida real, estes juristas benévolos e ultracompetentes se deslocam de preferência de avião. Isso não impede que seu caráter itinerante seja real.

Todos os meses aproximadamente, desde a criação da Caravana da Anistia em 2008 por Paulo Abrão, seu Presidente e Secretário de Estado da Justiça, processos administrativos são julgados, sempre em locais públicos, acessíveis, e abertos a todos.

Pessoas do local também assistem. São com frequência, muito jovens. Como Maria Eduarda e Bryan, ambos com 18 anos, no primeiro ano de Direito. Estão ali presentes, pois querem ver como a justiça pode ser “uma ferramenta social” além do que, em relação à ditadura, eles não aprenderam “nada de verdadeiro” na escola. “Quando o professor falava de tortura, ele se apressava. Nos contaram que o regime militar foi imposto para salvar o Brasil do perigo comunista. Mesmo a Lei de Anistia estabelecida em 1979 pela própria ditadura é mal explicada. Nós estamos contentes de estarmos aqui, porque nós queremos conhecer nossa história”.

A Caravana da Anistia não tem o poder de julgar os culpados, mas o de reconhecer as “vítimas”, e de lhes dar publicamente a palavra. Pois, a famosa lei de Anistia “ampla e generosa” de 1979, colocou no mesmo plano os opositores do regime e os torturadores, em nome da reconciliação geral. Se bem que o Brasil continua o único país da América Latina a jamais tê-los julgado.

Anistia ou amnésia? A falta de justiça irrita os mais jovens, que organizam manifestações diante da casa de antigos torturadores, fixando suas fotos e seus nomes nos muros de São Paulo. Na Europa, estas iniciativas atraem lembranças ruins. No Brasil, onde a justiça e a história estão em seus primórdios, elas suscitam a adesão dos mais velhos. Um magistrado: “Eu acho isso formidável. Nada é possível sem o apoio da sociedade civil”. 

Ele se chama Paulo Marcomi. É um velho senhor de óculos, um pouco arqueado. Ele veio ao seu processo, como a maioria, junto de sua família. Ele avança muito emocionado e pede que o escutem “com paciência”, pois se trata de mergulhar num passado angustiante. Ele era militante do Partido Comunista. Foi torturado, preso em nome de suas convicções e obrigado a entrar na clandestinidade, interrompendo claro, seus estudos de agronomia. Sem estado civil, ele não pôde reconhecer seus filhos. E finalmente, ganhou sua vida sob outra identidade, a de operário. Ele mostra seu contrato de trabalho.

A Comissão o escuta, lhe faz algumas perguntas e, de maneira surpreendente, Paulo Abrão lhe propõe uma compensação para que ele possa retomar seus estudos. Escutam-se alguns risos. Surpreso, Paulo Marcomini diz: “Muito bom, mas um pouco tarde. Eu sou aposentado. Eu estou defasado em matemática e química”. A Comissão mantém sua proposta. E calcula uma indenização econômica em função da profissão que ele teria se a ditadura não tivesse destruído seus projetos: 116.000 reais imediatamente e 1.115 mensais. Depois, toda a comissão se levanta para pedir solenemente ao antigo operário para receber o perdão do Estado Brasileiro pelos danos a ele causados. O homem chora como chorarão a maior parte das pessoas que passarão diante da comissão neste dia.

O Mestrado aos 72 anos

A “Anistia” da caravana é isso. Não a anistia de pessoas julgadas, mas, o pedido oficial da parte de um representante do Estado para que “perdoem” o Brasil. E todos dirão que este reconhecimento dos erros do regime ditatorial é o que mais importa. No corredor, encontra-se o novo estudante Paulo Marcomini. Ele está muito feliz. Reflexões feitas, sim, ele não tinha pensado, mas aos 72 anos - já que recuperou sua matrícula universitária - vai retomar seus estudos. “Um mestrado de história. Depois, verei. Eu tenho um ano para me decidir ».

Eis então a vez de Antônio João Manfio, seminarista católico. Seu caso é complexo já que ele tem direito a reparações por várias razões. Este homem imponente de repente se decompõe, junto com a sala. Ele desculpa-se por sua emoção: “Eu sofri muitos processos que me levaram à prisão. Eu fui insultado durante as audiências, depois torturado. Me desculpem, eu choro. Pois, é a primeira vez que uma corte de justiça me diz que eu sou uma pessoa de bem”.

Depois, chega um homem colérico, professor e excelente orador. Durante a ditadura ele ficou preso por alguns meses, período em que não pôde trabalhar. A Comissão lhe destina uma indenização pelos prejuízos sofridos, insuficiente, em sua opinião. O homem tenta ser condescendente: “Senhor Presidente, eu compreendo, o senhor é jovem demais para saber o que foi a ditadura”. Paulo Abrão, efetivamente jovem, 38 anos, um gigante, e com aspecto de estudante, lhe responde com perguntas. O professor “subversivo” deixa a sala furioso. Com sua indenização e as desculpas do Estado.

Maria Lúcia é uma empregada doméstica de 67 anos, desempregada. Seu advogado a preveniu: seu dossiê é muito pequeno. Não se deveria apresentá-lo neste estado, depois de apenas três anos de busca de provas sobre ela. Seu marido, resistente, foi massacrado misteriosamente durante a ditadura. O filho do casal tinha seis meses. Mas, apesar de seu dossiê “ruim”, a Comissão a convocou. Maria Lúcia que vive no estado do Espírito Santo viajou 29 horas de ônibus para esperar nesta sala. Desmaiou de fome. Rodeada de má sorte, ao passar mal, teve a bolsa roubada. Ela não tem um real sequer e não sabe como voltará para casa.

Aliás, saberemos que ela não tem propriamente uma casa. Seu advogado tinha razão, é uma catástrofe. No ônibus, ela pensava que só um deus podia fazer justiça aos homens. Ela escuta chorando um membro da comissão apresentar seu caso. Como cada um dos antecessores e ela por sua vez, deverá tomar a palavra. Ela expõe simplesmente que ela não sabia o que seu marido fazia, ela não perguntava, porque não queria prejudicá-lo.

Pouco a pouco ela se dá conta de que a comissão está bem mais informada do que ela. Que eles seguiram pistas até reconstituir sua vida de combatente, pois a organização da qual fazia parte era conhecida. Ela percebe que o horizonte clareia. Uma nova figura de seu marido se desenha, que até então, ela desconhecia. Paulo Abrão: “Sua presença é muito importante para nós, pois nós necessitamos de sua confiança na justiça”.

A Comissão sensibilizada com seus problemas decidiu se encarregar de sua passagem de volta. Na condição de viúva de um trabalhador, a soma à qual ela tem direito, além dos 1.200 reais mensais, é bem superior ao seu pedido inicial. Chamada, ela deixa a sala à procura de um telefone, a fim de prevenir seu filho “para que ele comece imediatamente a procurar uma casa”. Ela dirá também “este processo muda tudo dentro de mim”. Meu marido não foi morto por nada. Eu compreendo sua ligação com a sociedade.

Reunião da família

À tarde passará também três irmãs. Elas perderam o pai, comandante da marinha, preso e torturado. A filha mais velha teve que interromper sua escolaridade com 14 anos, para trabalhar: “Eu peço ao Brasil para nunca mais deixar seus filhos sem pais nem avós”. Diante do estupor da família, a comissão se dá o tempo de contar em minúcia a história do pai, sindicalista, criador de jornais, vigiado pelo Estado até 1988, ou seja, depois do fim da ditadura. Este rigor é o que mais as surpreende: “Pensávamos que nosso caso seria expedido”. È por acaso que elas escutaram falar na Caravana de Anistia, via um professor de História do Brasil. Uma das irmãs, Ludmilla: Eu estava surpresa. Toda nossa infância nós fomos perseguidas porque nós tínhamos o sobrenome de nosso pai. Teríamos direitos?”As irmãs, de mães diferentes, não foram criadas no mesmo estado. “Esse processo nos reuniu como família”.

Nesta tarde e em duas salas de audiência, cerca de trinta casos serão examinados. Na véspera, um documentário sobre um industrial que financiava os torturadores e a CIA foi projetado diante de estudantes incrédulos. Conta a favor deles, o filme não ser uma obra prima. No dia seguinte, Paulo Abrão abrirá efetivamente a audiência sobre esse tema: não se trata de “estigmatizar os militares”, mas de compreender que foram “a elite, a imprensa, os funcionários, os chefes das grandes empresas, toda a sociedade que a participou da ditadura”.

Escala rigorosa

As perseguições políticas e a possibilidade de uma reparação são previstas pela constituição brasileira de 1988. Mas, praticamente só a elite se beneficia dela. Os passos eram complexos e o cálculo das indenizações confusas. Era necessário ir à Brasília e já estar devidamente instruído. Uma socióloga: “De fato, essas reparações reproduziam as enormes ilegalidades da sociedade civil brasileira. Quanto mais poderoso se era, mais se obtinha dinheiro. Este sistema ratificava o mito de que apenas um punhado de intelectuais resistiram”.

Desde a tomada de suas funções, um dos primeiros gestos de Paulo Abrão foi recalcular as famosas “rendas da ditadura” segundo uma escala rigorosa, e não mais em função da notoriedade. Paulo Abrão: “Mede-se a força de uma ditadura pelo medo e pela cultura autoritária que ela deixa. Quando fui nomeado, eu me perguntei como fazer para reconstruir a confiança do povo em suas instituições. Eu pensei que era necessário tornar completamente transparentes estes processos, compreendidos nossos argumentos e as contestações às vezes violentas de nossas decisões. Éramos nós que devíamos nos deslocar. Não é a perda de um parente, nem o sofrimento, nem uma escolha de vida que são indenizadas -toda soma seria indecente- mas as espoliações do Estado. Cerca de vinte por cento das pessoas aceitam o perdão, mas recusam a reparação financeira. Tentamos explicar em quê esta recusa é um mal entendido.

A palavra vítima é muitas vezes contestada. Paulo Abrão: “Na falta de outra palavra, atrás deste vocábulo é lembrado que existiu sempre alguém que violou os direitos fundamentais. É por isso que a conservamos”. Vinte por cento dos dossiês são enviados por antigos militares - são seis mil que desertaram. Alguns explicam que “a impossibilidade de desobedecer” fez deles “vítimas”. A menos que se acredite numa revisão próxima de sua impunidade, eles tentam a cartada final. O magistrado francês e relator da ONU Louis Joinet foi o primeiro a se bater contra a autoanistia dos ditadores, quando eles ainda estavam no poder: “Claro, o Brasil deve virar a página. Mas antes disso, é necessário lê-la”.

Aniversário do golpe abolido

Maurice Politi, figura da resistência: « A história é uma disciplina difícil num país onde o maior magistrado, Ruy Barbosa, incendiou todos os arquivos governamentais sobre a escravidão a fim de não dividir o país! Onde não se guarda nenhum traço dos massacres dos índios. Entre nós, passar o apagador sem olhar o quadro é uma tradição”. Ainda hoje o Exército brasileiro se recusa a abrir os dossiês da ditadura. Estradas e grandes ruas trazem o nome de criminosos.

Símbolo mais importante: até o ano passado, os militares festejavam o aniversário do golpe de estado militar de 31 de março de 1964. Foi a presidente Dilma Roussef que pôs fim a estas comemorações colocando-se contra uma parte do Exército.

Esta Caravana que está em sua 59º etapa e já examinou cerca de 70.000 dossiês é única no mundo. Entretanto, ela não desperta o interesse da mídia local, porque ela não trata de celebridades. Esta discrição lhe é favorável. Ela permitiu sem barulho, a criação de uma outra comissão dita “da Verdade”, que terá por função identificar os torturadores. A presidente Dilma Rousseff nomeou seus membros em maio. Eles dispõem de dois anos para elucidar os casos ligados a violações dos direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988!

Um primeiro militar, Carlos Alberto Brilhante Ustra, foi reconhecido como culpado de torturas por um tribunal de São Paulo, numa terça-feira de 26 de junho. Mesmo se o advogado do Coronel fizer sua apelação evocando a lei de Anistia de 1979, ele inevitavelmente não terá ganho de causa, pois a Corte Interamericana de Direitos do Homem assinalou recentemente que esta lei de anistia não pode constituir um obstáculo no caso de crimes contra a humanidade.

Texto do jornal Libération: http://www.liberation.fr/monde/2012/07/23/bresil-la-caravane-du-pardon_835073

Devemos ser a vanguarda de todos os movimentos

Petroleiros aprovam acordo para quitação do PLR 2011


                                                    
                                  
Os trabalhadores do Sistema Petrobrás concluíram sexta-feira (27) as assembleias que aprovaram o acordo de quitação da PLR 2011, conquistado pela FUP após interlocuções com a presidente da empresa e mobilizações nacionais feitas pela categoria. Além das bases dos 13 sindicatos filiados a FUP, também aprovaram o acordo os trabalhadores das bases dissidentes, que, mais uma vez, atropelaram o indicativo de rejeição dos divisionistas, que não propuseram qualquer alternativa ou mobilização para buscar uma nova proposta.

O acordo para quitação da PLR 2011 estende aos petroleiros o mesmo tratamento que a Petrobrás deu aos acionistas. Aliando mobilização e negociação, a FUP conseguiu romper a lógica da empresa de elevar a remuneração dos acionistas e reduzir a PLR dos trabalhadores. O acordo garantiu um aumento de 12% e só foi possível em função da organização nacional e da disposição de luta da categoria, que não hesitou diante dos indicativos da FUP e, mais uma vez, provou a importância de uma representação sindical combativa, atuante e com capacidade de interlocução não só com os gestores da Petrobrás, como também com o governo.

PLRs futuras  - A FUP voltará a intensificará a luta por um regramento justo e democrático para as PLRs futuras, não só quanto à forma de distribuição, como também em relação ao provisionamento dos valores. Nas reuniões com a Petrobrás, a Federação deixou claro que essa é uma demanda da categoria que precisa ser priorizada e exigiu a retomada imediata da negociação, já que a contraproposta apresentada pela empresa no início do ano foi amplamente rejeitada pelos trabalhadores. O regramento das PLRs futuras será um dos pontos de pauta da III Plenafup, que começa quinta-feira, 02, em Porto Alegre. Na segunda quinzena de agosto, também haverá uma reunião específica com a Petrobrás para tratar desta questão.(Com a Federação Única dos Petroleiros)

Metalúrgicos da GM atrasam início do turno em protesto contra demissões. Empresa deixou de produzir o Corsa Hatch, o Meriva e o Zafira. O Classic continua sendo produzido e a produçao da pick-up S10 aumentou

                                                                 
                                                     

Em ato de mobilização para tentar evitar a perda do emprego, os funcionários da linha de Montagem de Veículos Automotores da General Motors, em São Paulo José dos Campos, no Vale do Paraíba, começaram a trabalhar hoje (31) uma hora depois do previsto para o início da jornada do primeiro turno, marcado para as 5h50. Segundo a GM, logo após uma assembleia, os metalúrgicos retomaram as atividades nesse setor. Nas demais unidades, onde atuam 7,2 mil empregados, o expediente está normal.
Está prevista para as 14h30 de hoje (31) uma assembleia na unidade de produção da pick-up S10, que fica no mesmo polo industrial. A expectadora dos trabalhadores é a de que até lá alguma medida sobre a desativação parcial da produção da GM em São José dos Campos já tenha sido definida no encontro marcado para a manhã desta terça-feira entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o vice-presidente da Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Júnior, que também é o diretor de Assuntos Institucionais da GM.
A montadora deixou de produzir três dos quatros modelos que eram fabricados na Montagem de Veículos Automotores de São José dos Campos: o Corsa Hatch, Meriva e Zafira, apenas foram mantidas as atividades em relação ao Classic. Porém, a empresa informou ter aumentado a produção da pick-up S10, no complexo industrial.
Por meio de nota divulgada ontem (30), o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região defendeu a necessidade de uma ação por parte do governo federal contra as demissões. A entidade afirma que apesar dos estímulos fiscais por meio de reduções do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) tem ocorrido corte de pessoal.
Com base em estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o sindicato da categoria informou que a GM cortou 1.189 vagas, entre julho de 2011 e junho de 2012 e que só na unidade de São José dos Campos foram eliminados 1.044 postos. Esse total, segundo a entidade, exclui os 356 trabalhadores que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária ocorrido em duas etapas, recentemente.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O secretário de Relações Internacionais do PCB, professor de Economia Edmilson Costa, deu entrevista ao jornal colombiano "Paréntesis" na qual esclarece muitas dúvidas, uma delas sobre a diferença entre o PCB e o PCdoB. Veja aqui a entrevista, reproduzida do site do Partido Comunista Brasileiro


                                                                      

"Entrevista: Edmilson Costa, do Partido Comunista Brasileiro   

Crédito: 2.bp.blogspot
Publicado na quinta-feira, 26 de julho de 2012

Escrito por Luis Alfonso Mena S.

“Chávez representa a vitória de todos os povos da América Latina”

"Nós caracterizamos a situação brasileira como um capitalismo monopolista", diz Costa. "A crise econômica dos países centrais está reduzindo a hegemonia dos Estados Unidos", acrescenta. "A América Latina está construindo um processo de luta popular, mas ainda não há uma força política capaz de conduzir o povo para as transformações de classe."

“A luta de classes a nível mundial está mudando de caráter e isto abre espaço para novas correlações de forças internacionais”, sustentou o dirigente do Partido Comunista Brasileiro, PCB, Edmilson Costa, que afirmou que “aqui na América Latina há um renascimento da luta popular”.

Costa, professor universitário de economia, 62 anos, é o secretário de Relações Internacionais do PCB, organização política que ele identifica como autêntica, fundada em 1922 e da qual se desprendeu o PCdoB, em 1962.

Diferentemente do Partido Comunista do Brasil, seu homólogo, o PCB não participa do governo de Dilma Rousseff e esteve apenas em uma parte do primeiro quadriênio do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, pois considera que o anterior e o atual governos só desenvolveram “políticas compensatórias de migalhas” para os trabalhadores.

Costa foi abordado por PARÉNTESIS por ocasião do XXI Congresso do Partido Comunista Colombiano, no qual interveio para registrar sua posição no seminário realizado com os delegados internacionais presentes, finalizado no domingo, 22 de julho, em Bogotá.

- Qual é a diferença entre o Partido Comunista do Brasil e o Partido Comunista Brasileiro?

- O Partido Comunista Brasileiro é o partido histórico dos comunistas brasileiros, fundado em 1922, o partido que sempre esteve ligado à União Soviética, era parte do movimento comunista internacional desde toda a existência da URSS, e o PCdoB é uma dissidência nossa de 1962, que em seu primeiro momento foi maoísta e depois ligou-se ao Partido do Trabalho da Albânia. Esta é a diferença de origem. A diferença política é que nós temos uma linha política no Brasil que é muito diferente da linha do PCdoB, porque nós caracterizamos a situação brasileira como um capitalismo maduro, monopolista. Portanto, o caráter central da revolução é socialista e, se deve ser a revolução socialista, nosso trabalho é no campo proletário, o campo de todos os que são anticapitalistas. Os companheiros (do PCdoB) fazem uma aliança policlassista com o Governo Lula e com outros governos de centro-direita em várias regiões, enquanto que nós decidimos que nosso caminho é à esquerda. Em princípio estas são as diferenças básicas.

- Vocês consideram que os governos de Lula e de Dilma Rousseff propiciaram mudanças progressistas no Brasil?

- Nós participamos do Governo Lula em seu primeiro mandato durante três anos e depois abandonamos, pois vimos que Lula não cumpria mais o programa pelo qual foi eleito. A partir de então nós passamos a fazer uma oposição independente: quando o Governo faz uma coisa que consideramos um acerto, então apoiamos; quando consideramos que é ruim, criticamos. Por exemplo, apoiamos o Governo quando permitiu que a Venezuela ingressasse no Mercosul, mas o criticamos duramente quando mandou tropas brasileiras para o Haiti. Desde o ponto de vista econômico, consideramos que Lula e Dilma governaram para o capital. Para os trabalhadores, políticas compensatórias de migalhas. Há um descontentamento muito forte dos trabalhadores. Agora há milhares de trabalhadores em greve, os operários da construção civil, os professores universitários todos estão em greve contra a política do Governo. Este também implementou várias políticas neoliberais, como a reforma da previdência que prejudicou muito os trabalhadores. É um Governo que financia muito fortemente grupos empresariais brasileiros e muitos desses grupos, hoje, estendem-se pela América Latina e têm uma hegemonia econômica também muito forte na África e em alguns países da Ásia. Tudo isso é muito articulado e financiado pelo Governo. Portanto, para nós, o parâmetro para avaliar um governo é sua relação com os trabalhadores, e neste sentido não é um governo dos trabalhadores.

- Qual é a análise que vocês fazem dos processos progressistas na América Latina: na Venezuela, na Bolívia, no Equador, inclusive no Brasil?

- Nós pensamos que na Venezuela, na Bolívia e no Equador há um processo de luta social mais avançado que em outros países da América Latina. No entanto, na Venezuela existe uma debilidade que é a pouca organização popular, é uma revolução que depende muito de uma pessoa. Entretanto nós apoiamos agora a eleição de Chávez e é importante a vitória de Chávez porque não só representa uma vitória do povo venezuelano, mas representa também uma vitória para todos os povos da América Latina. Esta vitória também vai fortalecer as lutas sociais da América Latina, esta vitória golpeia uma vez mais o imperialismo. Na Bolívia há também um processo muito complexo, pois há uma interferência muito forte do governo brasileiro em apoio aos grandes proprietários que são brasileiros e vivem no Uruguai. O governo brasileiro apóia estas pessoas, que são uma fonte permanente de tensão contra o Governo da Bolívia, já que tentaram separar parte do país do governo central da Bolívia. No Equador a situação também é difícil, porque não há um movimento de massas organizado e uma vanguarda que lidere este movimento. Portanto, dizemos que na América Latina está em construção um processo de luta popular, mas ainda não há uma força política capaz de conduzir o povo às transformações de classe.

- Em relação à Colômbia, que análise vocês fazem de nossa situação?

- Nós temos boas relações tanto com o Partido Comunista Colombiano como com a insurgência. No Brasil nós somos o único partido que faz ações públicas de solidariedade com a guerrilha e que impulsiona um movimento de solidariedade, porque entendemos que o problema da guerrilha não é militar. A guerrilha tem uma origem nos problemas sociais, é uma base social muito forte e não se pode resolver o problema pela via militar. Nós defendemos a solução política e justa para o conflito colombiano e esperamos que os novos movimentos, tipo Marcha Patriótica, contribuam para forçar o Governo a fazer uma negociação que abra espaço a uma Colômbia democrática.

- Vocês acreditam que abriu-se no mundo uma nova situação que rompe com o unilateralismo, ou que tenham surgido novas hegemonias com China, Rússia e outros países como o Brasil?

- Não. Nós entendemos que está mudando a situação mundial, porque a crise econômica dos países centrais está elevando a redução da hegemonia dos Estados Unidos, e esta redução abre espaço para novas nações, novos pólos de poder. Neste sentido, os BRICS, Brasil, China, Rússia, Índia, possuem um papel cada vez mais importante no processo de correlação de forças políticas mundiais, mas também há uma nova correlação de forças: agora a luta popular está presente em várias partes do mundo. Em toda a Europa os trabalhadores fazem greves, mobilizações. No norte da África caíram as ditaduras de Mubarak e Túnis. Mesmo nos Estados Unidos há uma luta embrionária dos jovens no Ocuppy Wall Street e dos trabalhadores de Wisconsin. E aqui na América Latina há um renascimento da luta popular. Portanto, na nossa avaliação a luta de classes a nível mundial está mudando de caráter e isso abre espaço para novas correlações de forças internacionais.

- Vocês no Brasil participam em algum nível do governo ou estão totalmente fora? São a oposição?

- Nós não participamos de nenhum governo; nós trabalhamos de maneira independente e participamos normalmente das eleições. Eu sou candidato a vice-prefeito de São Paulo em uma coalizão de esquerda com outro partido que se chama Partido Socialismo e Liberdade e temos candidatos nestas eleições de agora em todos os estados.

- Sobre o Partido dos Trabalhadores, de Lula e Rousseff, vocês o identificam como um partido de centro, como um partido social-democrata?

- É um partido de centro. Existem algumas tendências internas com as quais dialogamos, que são de centro-esquerda, porém a maioria é  um partido de centro, não é sequer social-democrata.

(*) Diretor do jornal PARÉNTESIS, de Cali, Colômbia"

Bancários se mobilizam em todo o país por reajuste de 10,25%


14ª Conferência Nacional dos Bancários

                                                                 
Principais reivindicações da categoria

> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.

> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

> Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).

> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.

> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

> Mais segurança nas agências e postos bancários.

> Previdência complementar para todos os bancários.

> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

> Igualdade de oportunidades.

Ato pede retirada de nomes da ditadura de monumentos públicos


                                                                   
Rodrigo Otávio

Rio de Janeiro - A Articulação Estadual de Memória, Verdade e Justiça do Rio de Janeiro realizou no domingo (29) uma marcha de protesto pela orla de Copacabana contra militares e ex-militares acusados de tortura e violação aos direitos humanos durante a ditadura militar de 1964 a 1985.

Os manifestantes pediram a retirada do nome de torturadores ou representantes da ditadura de qualquer monumento público e lembraram a necessidade de se criar um programa de proteção às testemunhas que deponham na Comissão da Verdade instalada pelo governo federal, além de reafirmarem que a comissão não deve só investigar, mas também divulgar e punir os responsáveis pelos crimes cometidos pelo estado brasileiro durante o período.

Cerca de 300 pessoas participaram da marcha que começou em frente ao hotel Copacabana Palace e terminou nas imediações do forte Duque de Caxias, no Leme. Lá, os estudantes do Levante Popular da Juventude realizaram um ato de escracho na estátua do ex-ditador Castelo Branco (1964-67).

“Estamos aqui para denunciar todo e qualquer monumento público que tenha o nome de ditador, porque não podemos aceitar que na nossa história continuemos a fazer reverências a ditadores. Isso aqui é um símbolo da ditadura. Por isso estamos aqui ‘empossando’ o Castelo Branco e dizendo: este não é presidente, este é ditador do Brasil!”, afirmou Larissa Cabral, estudante de Agronomia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e integrante do Levante Popular, após os estudantes colocarem uma faixa simbólica na estátua.

A estudante explicou que a escolha da estátua como palco do escracho, e não o endereço residencial de um acusado de tortura, foi uma decisão do Levante para dar ao ato “mais um caráter pedagógico do que de enfrentamento, e mobilizar mais pessoas que têm essa visão em torno do que foi a ditadura militar no Brasil; afinal de contas, não faz sentido passar em uma rua ou ir a uma praça lembrando esses caras como se eles tivessem contribuído positivamente para a história do país”.

O caráter pedagógico também foi ressaltado pela integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Carmem Diniz, durante o protesto. “Uma coisa importante é combater essa história de revanchismo. Revanchismo é querer torturar o torturador. Não é isso que a gente quer. Todos os países da América Latina estão fazendo julgamentos, menos o Brasil. Precisamos fazer esse julgamento, fortalecermos a Comissão da Verdade, para que essa impunidade não continue. Temos que apurar as responsabilidades para não continuarem acontecendo as torturas que nós sofremos nas delegacias, nos presídios e no campo. Por que os responsáveis pelos crimes do campo não são condenados? Por causa da impunidade!”, disse ela.

Proteção

Na passeata os manifestantes distribuíram uma nota de repúdio à invasão do Grupo Tortura Nunca Mais ocorrida no dia 19, menos de dez dias após o grupo receber ameaças telefônicas. Na ocasião foram furtadas notas fiscais de um programa de proteção às vítimas de violação aos direitos humanos subsidiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e cerca de R$ 1.500,00.

A partir do ocorrido com o Grupo Tortura Nunca Mais, integrantes de diversas organizações que compõem a Articulação Estadual de Memória, Verdade e Justiça do Rio de Janeiro ponturam a necessidade de se pensar na proteção das testemunhas que prestarão depoimentos na Comissão da Verdade. “Isso (ameaças) é uma coisa que aconteceu e acontece na Argentina e a gente começa a ver acontecer por aqui também”, disse Mario Augusto Jakobskind, integrante da comissão de direitos humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), à Carta Maior.

Para o jornalista deve se haver por parte do governo uma preocupação geral com relação às testemunhas, tanto pela integridade física como também com um atendimento psicológico para os traumas que renascem das lembranças de cárcere, torturas e desaparecimentos de conhecidos.


Fotos: Ana Miranda (Esculacho em estátua de Castelo Branco); Rodrigo Otávio (marcha) 

(Com Carta Maior)

domingo, 29 de julho de 2012

Joaquim Goulart, antigo militante comunista, é o candidato do PCB a vice-prefeito de Sabará


O PCB nas eleições de 2012

                                                       
                                                                              
03 MAIO 2012

(Comunicado Público do Comitê Central)

Antes do prazo de um ano para filiações partidárias para efeito de concorrer às eleições de outubro de 2012, a CPN do CC do PCB divulgou amplamente, através da nossa página e aos Comitês Regionais e Municipais o seguinte Comunicado Público:

“Aos Comitês Regionais, aos militantes do PCB em todo o país e aos interessados em geral.

Nos últimos meses, o Comitê Central (CC) do PCB destituiu, política e juridicamente, diversas direções estaduais em alguns Estados da Federação. Por outro lado, Comitês Regionais, por orientação do CC, adotaram o mesmo procedimento em relação a algumas direções municipais.

Todas essas direções destituídas não tinham qualquer vida orgânica partidária, existindo apenas para disputar eleições e/ou promover coligações espúrias, fora da linha política do PCB. Em alguns casos, elegeram-se vereadores, em nome do PCB, sem o conhecimento do CC. Ao invés de recrutarem militantes para o Partido, em verdade essas direções destituídas “filiavam” futuros candidatos ou “cabos eleitorais”. Em muitos casos, o nome do PCB foi usado para obscuras transações.

Em muitos desses Estados e Municípios, já reconstruímos verdadeiras organizações partidárias, nos moldes da linha política e orgânica do Partido e nos termos do nosso Estatuto.

Apesar disso, temos notícias de que, em alguns municípios, ainda há registros cartoriais de comitês e “filiados” em nome do PCB, reconhecidos pela justiça eleitoral local, mas não pelo Partido.

O presente comunicado é para informar que só terão a tarefa de serem candidatos às eleições de 2012 militantes reconhecidos e escolhidos pelo PCB, nos municípios onde julgarmos importante participar. A candidatura de um militante comunista não se dá por sua vontade, mas apenas por decisão partidária.

A urgência deste comunicado se deve ao fato de que no dia 14 deste mês se encerra o prazo legal para um candidato estar filiado juridicamente a um partido para que possa ser candidato por ele às eleições municipais de 2012.

Assim sendo, voltamos a recomendar a todos aqueles que, apesar de não militarem em nosso Partido, estejam registrados na sua zona eleitoral como filiados ao PCB, na expectativa de serem candidatos, que procurem imediatamente outro partido para se filiar, pois não serão candidatos pelo PCB. Caso sejam registradas candidaturas de não militantes e coligações em municípios em que o PCB não está organizado e/ou com partidos fora de nossa política de alianças, a direção do Partido vai imediatamente impugnar a candidatura e/ou a coligação e dissolver o comitê artificial.

Se, após este prazo legal, alguns desses filiados se considerarem comunistas de fato, podem contar com as direções e os militantes do nosso Partido em sua região, para que possam conhecer nossa linha política e nossos princípios com vistas a militar no Partido Comunista Brasileiro”.

Apesar deste comunicado, objetivo e tempestivo, continuamos tomando conhecimento de que, em alguns municípios, em nome do PCB, se vêm construindo candidaturas e alianças fora da linha política e dos critérios estabelecidos no Comunicado acima transcrito.

Enganam-se aqueles que querem fazer do PCB um biombo para seus projetos pessoais e negociatas, como se o partido fosse uma legenda de aluguel. O PCB não terá candidato nem vereador eleito que não tenha vínculo militante com o Partido.

Assim sendo, o Secretariado Nacional, ouvida quando necessário a CPN, deve adotar todas as medidas disciplinares e jurídicas para garantir a identidade política do PCB e o respeito às suas instâncias de direção, antes, durante e mesmo após as eleições, nos casos em que o transgressor conseguir se candidatar a despeito da vontade do Partido, através de recursos na justiça eleitoral municipal.

Como as eleições municipais são pulverizadas, pedimos aos CRs e CMs e à militância em geral que fiquem atentos a notícias de transgressões da linha partidária, informando imediatamente à Secretaria Nacional de Organização ( pcb@pcb.org.br ), para que possamos adotar as providências necessárias.

Mas chamamos a atenção da militância para não cair no erro oposto, ou seja, na subestimação da participação no processo eleitoral, momento importante para apresentarmos nossa visão de mundo, nossas propostas de mudanças profundas, nossa luta pela construção da frente anticapitalista e anti-imperialista e, sobretudo, para fazermos um contraponto ao pensamento único que em geralprevalecerá na campanha e a denúncia das limitações da democracia burguesa.

A escolha dos nossos candidatos, nas cidades onde o PCB tiver existência real, deve recair sobre camaradas que têm mais ligações com as massas e que melhor expressam a nossa linha política. Devem ser candidatos de consenso, porque entre os comunistas não pode haver disputas por candidaturas que, em verdade, são tarefas partidárias.

É possível e desejável eleger parlamentares comunistas que se diferenciem do cretinismo parlamentar e que coloquem o mandato a serviço das lutas populares.

Mas não nos iludamos. Com as regras eleitorais elaboradas para beneficiar os chamados “grandes” partidos e sem conciliação e oportunismo, elegermos poucos e bons vereadores.

Só teremos mais parlamentares comunistas – sem ilusão nem objetivo de tamanho de bancadas – quando superarmos nossa principal insuficiência, o enraizamento do Partido entre as massas.

28 de abril de 2012

Comitê Central

PCB – Partido Comunista Brasileiro

PS: vejam em anexo as resoluções da Conferência Política Nacional sobre “A luta no terreno eleitoral e a Frente de Esquerda”.

"Nascemos para vencer e não para sermos vencidos", diz o chanceler boliviano David Choquehuanca, lembrando as palavras do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro

                                                         

 La Paz - O chanceler boliviano, David Choquehuanca, recordou as palavras do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, na homenagem nessa capital ao 59º aniversário do Assalto ao Quartel de Moncada, Dia da Rebeldia Nacional de Cuba.

  "Que o saibam os nascidos e os que estão por nascer, nascemos para vencer e não para ser vencidos", rememorou ontem à noite Choquehuanca em seu discurso e comparou a frase com os rebeldes indígenas do passado, os laramas, que eram rebeldes com sabedoria que sempre se vestiam de azul e nunca se esconderam dos conquistadores espanhóis, quem os exterminaram.

"Os rebeldes nunca nos demos por vencidos. Sabíamos que em um dia teria de chegar nosso levante. Tentaram desaparecer conosco, apagar nossa história, desaparecer com nosso idioma, costumes, música e territórios; mas nunca nos demos por vencidos", assinalou Choquehuanca.

O ministro boliviano das Relações Exteriores e Religiosas, ao recordar Fidel Castro, apontou que esses rebeldes com sabedoria "seguimos lutando, trabalhando, construindo laços de integração e solidariedade" em muitas partes do mundo.

"Cuba é exemplo nesta luta, Cuba nos dá energias", enfatizou o chefe da diplomacia antes de expressar a admiração, respeito e solidariedade pelos cinco lutadores antiterroristas cubanos presos há quase 14 anos em prisões estadunidenses.

"Gerardo Hernández, Ramón Labañino, René González, Antonio Guerreiro, Fernando González, não estão sozinhos, estamos com eles", sublinhou o chanceler ao encerrar a jornada pelo Dia da Rebeldia na ilha caribenha.

A epopeia de Moncada é considerada como o começo da última etapa na luta insurgente em Cuba contra o regime de Fulgêncio Batista, o que levou à vitória do dia 1º de janeiro de 1959.

Participaram do ato, realizado na cidade de La Paz, membros da Brigada Médica Cubana, do Movimento Boliviano de Solidariedade com Cuba, da Associação de Cubanos Residentes, médicos e outros especialistas bolivianos graduados na ilha.

Compareceram também o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, a ministra de Comunicações, Amanda Dávila, os embaixadores de Cuba, Rolando Gómez, Equador, Ricardo Ulcuango, e da Venezuela, Crisbeyle González. (Com a PL)

O advogado e militante político em defesa dos direitos humanos, Roberto Auad, é candidato a vereador pelo PCB. Seu número é 21222



sexta-feira, 27 de julho de 2012

Espanha, o pior desemprego dos últimos anos

                                                                      
A taxa de desemprego na Espanha registrou os piores números dos últimos anos. Os dados divulgados hoje (27) pelo governo espanhol indicam que o índice subiu de 24,4%, no período de janeiro a março, para 24,6%, no trimestre de abril a junho. No total, cerca de 5,7 milhões de espanhóis, praticamente um em cada quatro, estão à procura de trabalho.
É a mais elevada taxa desde meados dos anos 1970. Paralelamente, o CaixaBank, terceiro maior banco da Espanha, divulgou uma queda de 80% nos lucros líquidos, no período de janeiro a junho. Ontem (26), o maior banco da Espanha, Santander, informou que seus lucros foram reduzidos pela metade durante o período.

O CaixaBank anunciou que pretende reservar 2,7 bilhões de euros para manter seus ativos de propriedade, de acordo com as exigências de reforma estipulada pelo governo em maio. Para os especialistas do mercado financeiro, as previsões são sombrias.(Com a ABr)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Raúl Castro reitera disposição de diálogo com os Estados Unidos mas em pé de igualdade: "Não somos fantoche", lembrou



                                                                       

O presidente Raúl Castro reiterou hoje em Guantánamo a disposição de Cuba de estabelecer um diálogo aberto e entre iguais com os Estados Unidos para abordar interesses de ambos países.
Raúl Castro presidiu ato pelo Dia da Rebeldia Nacional.

  "No dia que quiserem a mesa está servida, já lhe foi dito pelos canais diplomáticos atuais, se quiserem discutir discutiremos... mas em igualdade de condições, porque não somos submetidos, nem colônia, nem fantoches de ninguém", afirmou ao intervir no ato central pelo Dia da Rebeldia Nacional.

Na praça da Revolução Mariana Grajales de Guantánamo, localizada a mais de 900 quilômetros ao leste de Havana, o presidente ratificou a vocação pacífica de Cuba e sua vontade de estabelecer amizade com todos, inclusive com os Estados Unidos.

Se querem confrontação, que seja só no esporte, preferivelmente no beisebol (disciplina com grande arraigo popular nos dois países), no mais não, expressou perante milhares de pessoas reunidas para recordar o Assalto aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes no dia 26 de julho de 1953.

Raúl Castro chamou ao entendimento bilateral, situação afetada por mais de meio século de hostilidades por parte de Washington, manifestadas sobretudo no bloqueio econômico, comercial e financeiro que já provocou à ilha perdas superiores aos 975 bilhões de dólares, segundo dados oficiais.

"Que nos respeitemos, não se pode dirigir o mundo, isso é uma loucura, e muito menos baseado na mentira repetida", apontou.

Em sua intervenção, o estadista assinalou que o governo dos Estados Unidos sente falta e quer voltar aos tempos da primeira metade do século XX, durante a qual exerceu um domínio absoluto sobre Cuba, até o triunfo da Revolução do dia Primeiro de janeiro de 1959.

Também advertiu sobre a existência na nação caribenha de grupúsculos que buscam criar condições para repetir situações como as da Líbia e da Síria, países alvos da chamada doutrina da mudança de regime promovida pela Casa Branca e seus aliados.

Nesse sentido, afirmou que a ilha está preparada para se defender.

Enquanto isso, aqui estamos e sempre com a cavaleria pronta, se precisar; uma vez mais proclamo aqui nossa vocação pacífica, não temos interesse em fazer dano a ninguém, mas nosso povo se defende e todos sabemos o quê fazer em cada circunstância, sublinhou.(Com a Prensa Latina)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Toda a magia da sétima arte em turnê por municípios da Trilha dos Inconfidentes


Projeto leva cinema de graça para a Trilha dos Inconfidentes
"O Palhaço", um dos filmes em exibição/Divulgação
                                                  
Um cinema itinerante à moda antiga, com banquinhos na praça onde a população das pequenas cidades se reúne para apreciar um bom filme em um telão ao ar livre. Essa é a proposta do Cinearte Sarau, que faz turnê por 13 municípios da Trilha dos Inconfidentes, em Minas Gerais.

Criado em 2006 por uma empresa de produção cultural mineira, o Cinearte Sarau já percorreu 500 municípios, de 20 estados brasileiros, com patrocínio da Petrobras. O público total passa de 500 mil pessoas. De acordo com o coordenador do projeto, Mauro Maya, a equipe prioriza cidades onde não há equipamentos culturais, como cinemas, teatros e centros culturais.

“Já é o terceiro ano seguido que fazemos a Trilha dos Inconfidentes. A gente percebe que as pessoas ficam esperando pelo projeto, que se tornou um festival de cinema itinerante. A cada ano o público aumenta, estamos recebendo mais de mil pessoas por dia”.

A programação é gratuita e tem, nesta turnê, o filme O Palhaço (2011), de Selton Mello, e as animações Rio (2011), de Carlos Saldanha, e O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes (2009), de Walbercy e Rafael Ribas. Com exceção de Rio, que apesar da direção brasileira é uma produção norte-americana, os outros dois longas são nacionais. Maya diz que, antes das sessões, o espaço é ocupado por grupos musicais, teatrais e circenses da região que recebe o projeto.

“Além de levar programas culturais para essas cidades que não têm equipamentos, o mais importante é perceber o olhar da plateia e a mudança de pensamento sobre a cultura brasileira. Nós entrevistamos uma criança de 5 anos e, três anos depois, conversamos com a mesma criança. Ela já está engajada em um grupo cultural e entende a importância da cultura local. Aquela criança, acostumada a ver baile funk na televisão, percebe que, para ela, enquanto membro da comunidade, é melhor pertencer à Folia de Reis, que ela assistiu ao vivo, do que a outras manifestações que chegam pela televisão”, disse Maya.

Em 2012, o Cinearte Sarau já passou por 20 municípios da região do Cariri, entre Pernambuco e Ceará, além de oito municípios do Rio de Janeiro. Ainda este ano, o projeto chega a seis cidades do Mato Grosso do Sul. A turnê Trilha dos Inconfidentes termina no dia 31 de julho. A programação pode ser consultada no site www.cineartesarau.com.br.

No ano que vem, o projeto chega à Região Norte, onde vai percorrer, de barco, cidades ribeirinhas do Amazonas, além de 30 cidades do Sertão do Cariri e 15 do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Uma novidade para 2013 será o acompanhamento do projeto por professores da Universidade Federal de Viçosa para estudar o impacto social do Cinearte Sarau nas comunidades visitadas.(Com a ABr)

Governador Valadares. PCB vai de Jó Rodrigues dia 7 de outubro

                               O PCB tem candidato à Prefeitura de Governador Valadares. É Jó Rodrigues.

segunda-feira, 23 de julho de 2012


 C U B A

Havana. 23 de Julho, de 2012

Efetuada 4ª Reunião Plenária do Comitê Central do Partido
                                                                       
A 4ª Reunião Plenária do Comitê Central do Partido foi efetuada no domingo, 22 de julho, presidida por seu primeiro-secretário, o general-de-exército Raúl Castro Ruz.

 O segundo-secretário do Comitê Central, José Ramón Machado Ventura, apresentou um relatório detalhado acerca do trabalho desenvolvido pelo Secretariado e a estrutura auxiliar do Comitê Central do Partido, na verificação da implementação das Diretrizes da Política Econômica e Social do Partido e a Revolução e dos Objetivos aprovados pelo 6º Congresso e a 1ª Conferência Nacional, respectivamente.

Foram visitados inúmeros locais de trabalho e escolas, assim como organizações de base do Partido, o que, junto ao intercâmbio direto com milhares de pessoas, permitiu à liderança do Partido obter uma ampla informação sobre os diversos temas que conformam o cenário econômico, produtivo e de serviços dos lugares visitados, principal sustento das valorizações contidas no relatório e nas intervenções dos participantes da Reunião Plenária.

Dentro das prioridades de trabalho se pôde constatar o estado do cumprimento dos planos da economia, a contratação, os problemas financeiros, o reestruturação do sistema empresarial e o andamento do processo de disponibilidade da força de trabalho, as obras que se estão acometendo, as manutenções tecnológicas e construtivas, a situação dos inventários, as produções destinadas à exportação e a substituição de importações, o controle dos recursos, o enfrentamento ao delito e à corrupção, bem como aspectos específicos das diferentes esferas de nossa economia. Foram expostas as principais dificuldades achadas, pondo ênfase nos pontos assinalados que são responsabilidade do trabalho do Partido e as recomendações para sua solução.

Quanto ao acompanhamento dos Objetivos aprovados pela Primeira Conferência Nacional do Partido, informou-se sobre o trabalho de atualização e reelaboração dos documentos reitores desta organização partidária e da implementação imediata de um grupo de objetivos que não precisam de outras medidas. Também se informou o resultado da realização das assembleias municipais e distritais do Partido nos primeiros meses deste ano, onde se tornou evidente a necessidade de continuar elevando o comportamento exemplar e a combatividade dos militantes, assim como resolver as insuficiências no trabalho dos dirigentes e das organizações de base.

A Reunião Plenária também examinou o relatório apresentado pelo membro do Bureau Político Marino Murillo Jorge, chefe da Comissão Permanente de Implementação e Desenvolvimento, o qual fez um balanço do trabalho desenvolvido no primeiro semestre deste ano, cumprindo os acordos do 6º Congresso e informou acerca do estudo e apresentação de novas propostas, que têm um alcance e profundidade superiores, pois constituem o núcleo principal da atualização do modelo.

O ministro de Economia e Planejamento e membro do Bureau Político, Adel Yzquierdo, ofereceu uma informação à Reunião Plenária do Comitê Central acerca do estado da economia no primeiro semestre do ano.

O companheiro Raúl Castro lembrou que estava sendo cumprido o acordado pelo 6º Congresso e a Conferência Nacional, de que o Comitê Central examinasse em suas reuniões plenárias, ao menos duas vezes ao ano, a forma em que se estão cumprindo os acordos adotados em ambos os eventos, particularmente o andamento da atualização do modelo econômico, a execução do plano da economia e o cumprimento dos Objetivos de trabalho do Partido.

Ainda, a Reunião Plenária recebeu uma informação acerca dos resultados das visitas efetuadas à República Popular da China, à República Socialista do Vietnã e à Federação Russa pelo companheiro Raúl, que contribuíram a estreitar ainda mais os vínculos históricos de Cuba com esses três países. (Com o Granma)

PCB de Juiz de Fora


Nota sobre a invasão da sede do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ



                                   O GTNM/RJ que há 27 anos vem lutando pela memória, verdade e justiça do período de terrorismo de Estado que se implantou em nosso país vem, em menos de 10 dias sofrer duas ameaças das forças retrógadas e saudosistas da ditadura civil-militar.
No dia 11 de julho último, cerca das 14 horas, o GTNM/RJ recebeu um telefonema anônimo em que uma voz masculina, demonstrando tranquilidade, declarou: “Estou ligando para dizer que nós vamos voltar e que isso aí vai acabar”.
Hoje, dia 19 de julho, quando a secretária do GTNM/RJ chegou para trabalhar verificou que a sede do Grupo foi invadida e foram furtados do caixa do Projeto Clínico Grupal a quantia de R$1.567, 37, além de diversos documentos do grupo e notas fiscais de serviço. Alguns arquivos também foram revirados e o computador estava ligado.
Não tememos estas ameaças, elas não nos intimidarão e não nos farão recuar em nossa luta de quase trinta anos. Já passamos por outras ameaças e outras invasões em nossa sede e em nosso site.
Continuaremos exigindo e lutando por uma efetiva Comissão Nacional da Verdade e Justiça transparente e pública, pela abertura dos Arquivos da ditadura e pelo cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos do caso Araguaia.
Pela Vida, Pela Paz
Tortura Nunca Mais!
Publicado em: 19/07/2012

sábado, 21 de julho de 2012


                           Nota do PCB sobre a greve nacional dos docentes federais   

                                                                                        Crédito: Carreiradocente

1. A Greve dos professores do ensino federal já toma 100% das Universidades Federais em todo o país e demonstra sua força levando o governo a antecipar sua proposta e abrir negociações com os professores.

2. A força desta greve demonstra o acerto das decisões tomadas no último Congresso Nacional do ANDES-SN de aprofundar o trabalho de base e de aproximar as reivindicações e bandeiras de luta às demandas reais da categoria, o que nos levou à construção de nossa pauta fundada na defesa da carreira docente, dos salários, as condições de trabalho e da educação pública.

3. A proposta apresentada pelo governo e que abre a negociação com nosso movimento grevista, como seria de se esperar do governo Dilma, é limitada e insuficiente além de aprofundar a desestruturação da carreira e regredir em vários pontos mesmo em relação à situação atual. O governo mente intencionalmente sobre os índices apresentados tentando, naquilo que o próprio Secretário do MPOG denominou de “estratégica de comunicação”, mascarar o aumento oferecido. 

Os 45% anunciados e propalados pela grande mídia seriam concedidos apenas aos titulares, que representam uma pequena parte da categoria, escalonando os índices menores para as outras classes e níveis que constituem a maioria dos professores. Além disso, embute no calculo do aumento dos 4%  já pagos com atraso este ano relativo ao acordo do ano passado, parcela o pagamento em três anos até 2015 sem considerar a inflação. Desta maneira, considerando o aumento médio nominal, teríamos apenas 28,3% e se considerarmos a previsão moderada de inflação de 5% ao ano, este índice cairia para 10,8% de aumento médio.

4. O mais grave é que o governo restringiu a oferta à pauta salarial  e apesar de avançar por força da pressão do movimento para pontos da carreira apresentada pelo ANDES, aceitando os 13 níveis da carreira e não os 21 inicialmente propostos e incorporando o Professor Titular na carreira,   de fato aprofunda distorções, mantêm a divisão por classes (Titular, Associado, Adjunto, Assistente e Auxiliar) contraria a posição dos professores de um único cargo de professor do ensino federal, mantêm a divisão em duas carreiras (magistério superior e EBTT) e impõe o mínimo de 12 horas de aula quando a LDB estipula de 8 a 12 horas, demonstrando claramente seu projeto contrário à vinculação entre ensino, pesquisa e extensão.

5. O governo fecha os olhos às demandas dos professores por melhores condições de trabalho e à avaliação clara do movimento docente dos efeitos de uma expansão que não veio seguida das condições necessárias, assim como se mantêm intransigente diante das demandas dos técnicos administrativos e estudantes.

6. Desta maneira, o PCB apóia a decisão do Comando Nacional de Greve do ANDES-SN de indicar às assembléias da categoria a rejeição do acordo nos termos oferecidos e o esforço de apresentar uma contra-proposta que tenha como referência a proposta de carreira dos professores federais apresentada pela entidade nacional representativa dos docentes.

7. Chamamos todos a fortalecer as mobilizações do conjunto do funcionalismo público federal em greve e as mobilizações propostas para o dia 2 de agosto pelas Centrais Sindicais, massificar a luta e fortalecer as assembléias dos docentes para respaldar o CNG nas negociações que se abriram.

Todo apoio às reivindicações dos docentes federais

Por carreira docente, salários e condições de trabalho

Em defesa da Educação Pública

Base dos Professores Federais do PCB

CC do PCB

O PCB tem chapa concorrendo à Prefeitura e à Câmara Municipal de Juiz de Fora, na Zona da Mata


sexta-feira, 20 de julho de 2012

O PCB, Partido Comunista Brasileiro, tem chapa própria na disputa pelas eleições majoritária e proporcional em Ipatinga, no Vale do Aço, em Minas Gerais


Metalúrgicos da GM tentam sensibilizar o governo a lutar contra demissões na empresa


                                                                       

Metalúrgicos se reuniram com o ministro-chefe da Secretária Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para cobrar um posicionamento do governo frente à ameaça de demissão em massa na fábrica da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP). Na reunião, Carvalho se comprometeu a levar a discussão à presidente Dilma Rousseff e apresentar as reivindicações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos pela manutenção dos postos de trabalho na montadora.

Segundo o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o ministro ficou de discutir com a presidente a atuação do ministro do Trabalho, Brizola Neto, nas negociações com a GM de forma “mais forte e decisiva”.

Por conta da crise financeira, a General Motors, assim como outras montadoras, tem recebido do governo federal desde 2008 incentivos através de renúncia fiscal, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em troca disso, a empresa se comprometeu em manter os postos de trabalho, implementados no Brasil.

Os trabalhadores solicitaram que o governo participe das negociações para cobrar o cumprimento deste compromisso. Para o presidente do sindicato, o governo possui um papel importante para impedir que mais demissões sejam realizadas pela montadora. “Queremos que o governo se utilize dos mecanismos políticos para pressionar a empresa”, afirma.

Desde o início de junho, a montadora já realizou dois Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de São José dos Campos, que terminaram com a demissão de 356 trabalhadores. E, no dia 29 de junho, anunciou que fechará o setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), onde trabalham 1.500 funcionários.

A mobilização dos trabalhadores começou após o anúncio da possível demissão em massa feito pela GM no final de junho. Na última quinta-feira (12), os trabalhadores fizeram uma paralisação de duas horas e protocolaram um documento com o aviso de greve. Na segunda-feira (16), os trabalhadores realizaram a paralisação de 24 horas no intuito de se posicionar contra a demissão em massa planejada pela GM. A greve teve adesão de 100% dos funcionários da produção. (Com o Brasil de Fato)

Vejamos mais um pouco sobre o Congresso da União da Juventude Comunista, realizado em Niterói, Estado do Rio de Janeiro