quarta-feira, 7 de março de 2012

                                                                               

Mulheres organizadas e movimentos sociais de Minas Gerais realizam ato público no Dia Internacional da Mulher
 
Este ano, o dia 8 de março será marcado por um grande ato público na região central de Belo Horizonte. Construído pelos movimentos feministas, sindicais, sociais, estudantis e outras organizações de todo o estado de Minas Gerais, a manifestação sairá da Praça da Estação, com a concentração às 15hs, com a participação de cerca de mil manifestantes.
           As reivindicações giram em torno de três grandes temáticas: Violência, Educação Infantil e Nosso Corpo nos Pertence. O eixo da Violência engloba a luta contra a violência sexista e doméstica sofrida pelas mulheres, a desigualdade salarial, o assédio sexual e moral no trabalho. Também denuncia o descaso dos governos com moradia, saúde e educação, a violência do Estado contra as mulheres pobres e negras e das grandes empresas do agronegócio contra as mulheres camponesas.
A Educação Infantil é outra temática reivindicada pelas mulheres, que exigem a universalização das creches públicas e a valorização das educadoras. Em Belo Horizonte, falta vagas nas unidades públicas para 80% das crianças de 0 a 6 anos. No interior de Minas, a situação ainda é pior. Muitas cidades sequer possuem educação infantil pública e milhares de escolas do campo foram fechadas nos últimos 8 anos.
Outro eixo do 08 de março deste ano é Nosso Corpo nos Pertence, que  reivindica a autonomia das mulheres sobre seu corpo e evidencia a mercantilização do corpo e vida das mulheres. Em dezembro de 2011, a presidenta Dilma editou a Medida Provisória 557 (MP 557), que prevê o cadastramento das grávidas no atendimento de saúde, como forma de controlar o pré-natal e a morte durante a gravidez. As mulheres organizadas e o movimento feminista de Minas Gerais se manifestam contra a MP 557, que não representa nenhuma melhoria concreta na vida das mães trabalhadoras, nem na saúde da mulher. Considerando que o aborto clandestino é a terceira causa da mortalidade materna no país, reivindica-se a suspensão da MP 557, que abre margem para restringir, ainda mais, a autonomia das mulheres sobre seus corpos e exige-se ações efetivas que possam incidir nos índices tão persistentes de mortalidade materna.
Com o ato, os movimentos feministas e as organizações sociais pretendem realizar uma forte crítica ao capitalismo, que utiliza a opressão da mulher para explorar e obter mais lucros. Além disso, as manifestantes irão exigir dos governos municipal, estadual e federal políticas efetivas para extinguir com a violência sexista e melhorar as condições de vida da mulher trabalhadora e sua família.
Participaram da construção do 08 de março em Minas Gerais: ALEM; AMB; ANEL; Associação Cultural Odum Orixá; Brigadas Populares; CAAP/UFMG; CACE/UFMG; CACS/UFMG; Coletivo Ana Montenegro; Coletivo Marias de Minas/Lavras; Coletivo Nada Frágil; Coletivo “Paisagens poéticas”; COMDIM; Comitê Popular dos Atingidos pela Copa; Consulta Popular; CRESS/MG; Conselho Regional de Psicologia-MG; CSP-Conlutas; CUT-MG; Instituto Albam; Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania; Levante Popular da Juventude; MAB; Marcha Mundial de Mulheres; Movimento Mulheres em Luta; Movimento de Mulheres Olga Benário; MPM; MST; PCB; PCR; PSOL; PSTU; PT-BH; Primavera nos Dentes; Quilombo Raça e Classe; Rede Feminista de Saúde; Sind-REDE/BH; Sitraemg; UBM; UNEGRO, Via Campesina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário