Declaração política da Frente de Esquerda Socialista:
O Governo ilegítimo de Temer agoniza pela sua impopularidade e falta de legitimidade, o que abala seu apoio entre o empresariado para avançar com suas contrarreformas. As mobilizações de março e a Greve Geral de 28 de abril, garantidas pela ampla unidade dos sindicatos e entidades da classe trabalhadora, abriram o caminho para a derrubada de seu governo e seu projeto de desmonte do Estado Brasileiro.
Após denúncias graves de corrupção e tráfico de influência feitas pelo empresário Joesley, um clamor popular pela renúncia do presidente ilegítimo foi calado pela decisão de aprovação das contas da chapa Dilma/Temer, mantendo o antigo vice-presidente por mais tempo no mais alto cargo da República.
Mesmo assim, a unidade da classe trabalhadora, em torno de nove centrais sindicais e três frentes de luta, apontou um caminho de luta para barrar as reformas, encaminhando nova Greve Geral para o dia 30 de junho. Há menos de 15 dias desta greve, algumas centrais encaminharam uma divulgação pública que fragiliza a construção da Greve Geral, diluindo a mobilização do mês para um calendário amplo, sem prever a concentração de um dia unificado de paralisações.
No contexto de burocratização dos movimentos sociais das últimas décadas, o movimento sindical brasileiro hegemonicamente tem se subordinado as agendas institucionais e mesas de negociação, em que o menos pior é frequentemente agitado como vitória política e as derrotas nas lutas contra os ataques aos direitos se avolumam.
A convocação para um dia de greve geral para o dia 30 de junho deu um prazo mais do que necessário para as mobilizar para uma paralisação ainda maior que a de abril. Porém, o que estamos vendo é hesitação e uma movimentação para diluir a convocação da greve geral em um “Junho de lutas”, enquanto, o próprio calendário unificado aprovado pelas centrais tem sido esvaziado, por exemplo, no Rio de Janeiro, que não tem marcado, até agora, ato para o “Esquenta da Greve Geral” no dia 20.
Alguns coletivos sindicais e centrais, como a CSP-Conlutas, Combate Classista e Unidade Classista, acertadamente reafirmaram publicamente seu compromisso com a Greve Geral do dia 30 de junho. Nós da Frente de Esquerda Socialista declaramos todo o apoio à nova Greve Geral e nos dedicaremos a lutar pela sua aprovação em assembleias de todas as categorias e mobilização nas bases sindicais, em conjunto com os setores combativos que permanecem no enfrentamento nas ruas para barrar as contrarreformas de Temer.
É fundamental que, em cada Estado, cidade e locais de trabalho sejam convocadas, em caráter de urgência, plenárias amplas reunindo toda a militância e setores políticos dispostos a construção do calendário unificado de mobilização, com intuito de intensificar a convocação, mobilizar pela base as
trabalhadoras e trabalhadores para garantir a Greve Geral e não dar margem a qualquer tentativa de desmonte.
Amanhã vai ser maior!
(Com a Unidade Classista)
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