sexta-feira, 4 de novembro de 2016

NOTA DE SOLIDARIEDADE AO MST

                                                                       

                                                    LUTAR NÃO É CRIME!

O PCB vem a público manifestar a sua solidariedade com o Movimento de Trabalhadores(as) Rurais Sem-Terra (MST) que, na manhã dessa sexta-feira (04/11), teve as dependências da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) localizada no município de Guararema-SP, invadida arbitrariamente por soldados da PM do Estado e membros da Polícia Civil, sem mandado judicial, supostamente para averiguação e apreensão de materiais suspeitos.

O MST tem sido alvo de uma investida judicial – fundamentada em acusações inverídicas e que revelam o ódio de classe das elites movida pela Polícia Civil do Paraná, que tem procurado qualificar o movimento como “Organização Criminosa” que visa criminalizar e prender dirigentes sem-terra em diversos estados do país.

A luta pela democratização do acesso à terra no Brasil e a justa reforma agrária é uma das principais reivindicações históricas dos movimentos de trabalhadores no campo e parte da estratégia de superação do ciclo de dominação e exploração de classes que perpetua situações de violência, miséria e subordinação que se irradiam por toda a sociedade.


O MST é uma das organizações políticas que lutam pela Reforma Agrária e a superação do ciclo de miséria e subserviência do povo brasileiro e não uma organização terrorista ou criminosa, como a propaganda fascista da mídia reacionária vem tentando impor perante a opinião pública.

O ataque sofrido hoje pelo MST revela o acentuado recrudescimento da repressão e da violência dos órgãos de segurança do Estado contra o conjunto dos movimentos sociais, principalmente aqueles que estão à frente da denúncia do Governo ilegítimo de Michel Temer e de suas ações antipopulares e que se destacam na organização da resistência contra o desmonte dos serviços públicos, na defesa dos Direitos Sociais e Trabalhistas e contrários à privatização da Petrobrás, por exemplo.

O ataque dessa sexta-feira pode ser o prelúdio de uma série de ações arbitrárias e reacionárias, que visam dar sustentação à onda de ataques neoliberais e reformas conservadoras que estão em curso, colocando em risco as parcas conquistas democráticas que alcançamos.

O PCB denuncia esse intento conjunto do Poder Público em consonância com o Judiciário em reprimir as entidades sociais e de oposição ao (des) Governo Temer e alerta para a escalada repressiva e autocrática à qual o Estado –  com forte apoio de setores produtivos e midiáticos -, vem tomando contra as entidades e movimentos dos trabalhadores(as) em todo o Brasil.

Fascistas não Passarão!

Comitê Ccentral do PCB, 04 de novembro de 2016

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