Nós da Grande BH estamos tendo o privilégio de participar da Feira Nacional de Reforma Agrária, com inúmeras atrações na Serraria Souza Pinto e imediações (Show na Praça da Estação).
E atrações o dia inteiro e parte da noite.
Nesta quinta, por exemplo, este colunista ficou grande parte da tarde na Feira, convivendo com os sem-terra, aproveitando as inúmeras ofertas (preços muito favoráveis) em termos de artesanato e alimentação.
Em minha mesa, não faltaram as melhores culinárias brasileiras como bode, pato, arroz carreteiro, sem se falar em salgadinhos como empadas, pães de queijo inimagináveis e compotas das melhores...
Paralelamente, a circulação de jovens da União da Juventude Comunista oferecendo de mesa em mesa o último exemplar de "O Poder Popular", a um real.
Outros participantes igualmente novinhos, de ponto em ponto abrindo cartolinas com slogans político-sociais-ambientais.
E de um extremo, membros do Comitê Central do PCB como o professor universitário Pablo Lima.
De outro, o coordenação nacional do MST João Pedro Stédile e o secretário de Direitos Humanos Nilmário Miranda.
Em meio a todos, trabalhadoras rurais renovando mercadorias das barracas ou circulando com pratos típicos a culinária nacional como moquecas, tropeiro, pato com tucupi, arroz com pequi,os apreciadíssimos doces de leite, de figo ou de goiaba e queijos incrivelmente bem curados.
Ah! E que dizer das editoras?
Eu próprio fui ao setor da Boitempo pegar o último livro da Anita, justamente sobre seu pai, o Cavaleiro da Esperança,"Luiz Carlos Prestes, um Comunista Brasileiro!.
Lá mesmo tive vontade de começar a me deliciar com as suas mais de 540 páginas...
Só não o fazendo para não perder as atrações que se revesavam no setor artístico-cultural Cora Coralina...
Para quem aprecia, tinha também comida de graça, com hiper-valorização de verduras e legumes, com o detalhe: sem agrotóxicos...
Viro-me, vencendo a cãibra: ao meu lado uma militante da União da Juventude Comunista, Ana Laura, me oferendo o "Poder Popular".
Lembro-me do início de minha militância, aí pelos 17 anos, distribuindo panfletos em portas de fábrica, na Cachoeirinha, na Renascença, em BH ou em Sabará e em Nova Lima...
Tempo de muita dedicação...
Vamos novamente à luta.
Agora pela reforma agrária...
Não estas anunciadas por aí.
Mas a radical, mais ou menos igual à que queria promover o ex-presidente João Goulart.
"Na lei ou na marra", como pediam outros jovens, desfilando suas bandeiras por ocasião do I Congresso Nacional dos Camponeses, em 1961, na então Assembleia Legislativa, na rua dos Tamoios,
Entre Amazonas e Rio de Janeiro.
Que coisa: o tempo passa e as reivindicações são as mesmas...
Como estas da Feira Nacional de Reforma Agrária.
Todo mundo deve prestigiar.
Um ato político por excelência...
E um meio de adquirir, por exemplo, arroz , feijão e café a preços nem mais em conta...
Além de poder conviver com membros de assentamentos, poetas, escritores, políticos, estudantes de praticamente todos os partidos...
De esquerda, naturalmente.
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