(Unidade Classista - Comitê de São Gonçalo/ RJ)
O governo Pezão usa a desculpa da crise para parcelar os salários dos servidores públicos, e até mesmo para colocar em dúvida o pagamento do décimo terceiro salário. Não reajustou os vencimentos dos profissionais da educação, já defasado há muitos anos, alegando queda na arrecadação do Estado que teria recuado com a crise. Porém não faltam verbas para os megaeventos, como as Olimpíadas, repetindo o exemplo da Copa do Mundo, bem como para renúncias fiscais que preservem o lucro de empresários de diversos setores. Não faltam verbas até mesmo para subsídios a setores já terceirizados, como a SUPERVIA.
Na realidade, a política de desmonte dos serviços públicos é muito anterior à crise, essa apenas a potencializa, pois a sua origem pertence à mesma lógica, a lógica do grande capital, e os seus desdobramentos políticos visam essencialmente a sua preservação, em detrimento dos direitos da classe trabalhadora. O sucateamento da rede pública, em particular na saúde e educação, avançou nos últimos anos chegando próximo ao caos nos dias atuais.
O processo de terceirização também avançou, ocupando cada vez mais espaço não só no gerenciamento, mas no planejamento de políticas públicas. Fundações de caráter privado, ONGs e Organizações de diversos matizes, apresentam e implementam propostas pedagógicas, alardeadas como "salvadoras"e "inovadoras" na rede pública de educação.
Ao servidor, aquele que conquistou através de anos de dedicação e estudos e que prestou concurso público para o exercício de sua profissão, os últimos governos reservam apenas uma política de desqualificação, através de salários aviltantes, do acúmulo de tarefas, das péssimas condições de trabalho e do próprio questionamento de sua formação intelectual, como deixou transparecer recentemente o Ministro da Educação. Como podemos constatar, Pezão e Eduardo Paes não estão sozinhos em sua missão.
Das "bombas"de Moreira Franco, no Palácio Guanabara, até as "bombas" de Paes e Cabral na Cinelândia, nunca deixamos de lutar. PEZÃO, pode esperar, com crise ou sem crise, para nós trabalhadores, servidores públicos, está claro, não existe outra alternativa: A LUTA VAI CONTINUAR!
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