A delegação do PCB ao 16º Encontro Mundial dos Partidos Comunistas participou, juntamente com diversas outras delegações, de uma coluna de centenas de militantes do PCE (Partido Comunista do Equador) e da JCE (Juventude Comunista do Equador) durante grande manifestação de massas, em Quayaquil, em memória do massacre de centenas de operários, em 15 de novembro de 1922, por ordem da oligarquia local em conluio com o imperialismo norte-americano.
Inspirados na Revolução Russa (outubro de 1917) e organizados pela Federação Regional dos Trabalhadores de Quayaquil, fundada alguns anos antes, os trabalhadores deste centro industrial deflagraram uma greve geral, que teve início com a paralização dos ferroviários de uma empresa norte-americana e se espalhou por várias categorias, sobretudo operárias. Faltou àquele movimento operário uma organização política revolucionária, mas criou as condições para a fundação, em 1926, do Partido Comunista do Equador.
O movimento paralisou e assumiu o controle da cidade durante alguns dias, levando o governo oligárquico a afogar com sangue o nascente e promissor movimento operário, mobilizando as forças armadas e policiais para atacar violentamente uma concentração popular pacífica no centro da cidade. Foram assassinados a tiros mais de 300 trabalhadores, vestidos com seus uniformes de trabalho, todos desaparecidos, muitos deles jogados no Rio Guayas, que banha a cidade, após terem sido abertos seus abdomens com baionetas.
A coluna dos comunistas equatorianos e de dezenas de outros países, com muitas bandeiras do PCE e da JCE, culminou sua participação no ato com uma combativa caminhada até o local do rio onde os corpos foram jogados. Entre discursos e palavras de ordem, realizou-se uma emocionante cerimônia de oferenda de flores nas águas do rio Guayas.
Viva o PCE!
Viva a JCE!
Viva o internacionalismo proletário!
(Delegação do PCB no Encontro Mundial dos Partidos Comunistas)
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