Na noite de sexta, dia 28, no Clube Transmontano, em São Paulo, teve início o Congresso de fundação de uma nova central sindical convocado pela Intersindical, pelo MAS e pela TLS.
O chamado da atividade já alerta para características que essa nova entidade deve ter: democrática, independente, nos locais de trabalho e nas lutas.
A mesa de abertura contou com a presença de representantes da Pastoral Operária, do MTST, do Movimento Terra Livre, da Consulta Popular, do Pólo Socialista Luis Carlos Prestes, do PCB, do PSOL e da fração pública da CUT "A CUT pode mais".
Em suas saudações, as organizações reconheceram e valorizaram o processo que vem sendo construído nos últimos anos para a construção de uma nova central após o processo de adaptação e atrelamento da CUT ao governo federal.
A organização do congresso contabilizou mais de 500 participantes, sendo 380 delegados e delegadas, representando 18 estados e cerca de 200 entidades dos ramos químico, bancário, da educação, do serviço público e rurais, além de movimentos.
Algumas declarações:
Guilherme Boulos – MTST:
"É um momento em que precisamos estar bastante organizados para enfrentar os ataques que o estado vem fazendo contra os movimentos. Nos próximos meses, teremos lutas importantes contra os gastos abusivos dos megaeventos. Temos certeza de que esse instrumento fundado hoje será mais um importante instrumento da classe trabalhadora para essas lutas."
Rejane de Oliveira – A CUT pode mais:
"A luta vai aumentar e a criminalização dos movimentos sociais também. Queremos ser parceiros de todos aqueles que lutam, e neste congresso estão companheiros que lutam."
Valdemar Rossi – Pastoral Operária:
"Nós temos que deixar bem claro que fomos traídos. Por isso, essa iniciativa é de fundamental importância. É preciso ter a coragem de romper com este sindicalismo pelego e construir uma entidade com práticas totalmente novas."
Vagner – Movimento Popular Terra Livre:
"A gente tem o desafio de chamar a unidade para lutar nesta conjuntura de grandes eventos e de déficit de moradia."
Dinho - MSTB-DL:
"Ao longo dos anos, os companheiros que estão aqui acumularam a experiência de que temos a necessidade de construir uma central democrática, livre de práticas hegemonistas."
Leica Silva – Consulta Popular:
"Nos últimos anos, o número de greves aumento. Isso nos traz responsabilidade de organizar esses trabalhadores que estão demonstrando disposição em lutar. Que essa seja uma central em que a juventude tenha participação, que as mulheres e negros sejam respeitados, para que o sindicalismo reflita o que é a nossa população."
Vagner Farias – PCB:
"Não temos dúvida: saudamos todos os esforços de aglutinar trabalhadores e trabalhadoras numa perspectiva de formular um novo projeto de poder conduzido pela classe trabalhadora."
Paulo Búfalo – PSOL:
"Neste ano de 2014 nós não podemos deixar de lembrar os 50 anos do Golpe Civil e Militar que interrompeu um processo de luta da classe trabalhadora. Esse é o congresso e uma fundação de uma central plural, por isso viemos aqui para cerrar fileiras com todos e todas que querem lutar contra a exploração."
Alexandre Aguiar – Pólo Comunista Luis Carlos Prestes:
"Nos perguntam: criar mais uma central não é dividir a classe? Afirmamos que é fundamental criar uma central para garantir o futuro da classe trabalhadora e para enfrentar o sindicalismo pelego."
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